sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Sargento da PM reage e mata ladrão de moto em Contagem

PUBLICADO EM 30/09/16 - 08h15

FERNANDA VIEGAS

Um ladrão de moto foi morto por um sargento da Polícia Militar (PM), na noite dessa quinta-feira (29), em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O policial de folga, estava em sua motocicleta, na rua Rio Elba, no bairro Novo Riacho, quando dois homens se aproximaram, sendo que um deles estava armado, e mandaram que a vítima entregasse o relógio e a chave do veículo. O policial entregou o relógio para o adolescente de 17 anos, que fugiu. Em seguida, o outro suspeito subiu na moto, mas antes de fugir, apontou a arma para o PM que também sacou sua arma, dizendo ser da polícia e mandando que o ladrão deitasse no chão. Como ele não obedeceu, foi atingido por dois tiros.

O sargento acionou a PM e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas as balas que acertaram uma das axilas e um dos braços do suspeito o mataram. Até o momento, ele não foi identificado.

O comparsa foi encontrado pela PM e o relógio foi recuperado. Ele foi encaminhado para uma delegacia. O policial também foi levado para o batalhão e teve a arma apreendida.

O revólver do suspeito era uma réplica.
Atualizada às 12h29

Jornal O Tempo

“PP, PT e PMDB formaram uma mesma organização criminosa”, denuncia Janot

Charge do Renato Peters, reprodução do G1

Carolina Brígido
O Globo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que integrantes do PT, do PMDB e do PP “se organizaram internamente, utilizando-se de seus partidos e em uma estrutura hierarquizada, para perpetração de práticas espúrias”. Segundo ele, os partidos formaram “uma mesma organização criminosa, com alinhamento, de forma horizontal, de núcleos políticos diversa” para cometer crimes contra a administração pública investigados na Operação Lava-Jato.

“Com efeito, os elementos de informação que compõem o presente inquérito modularam um desenho de um grupo criminoso organizado único, amplo e complexo, com uma miríade de atores que se interligam em uma estrutura com vínculos horizontais, em modelo cooperativista, em que os integrantes agem em comunhão de esforços e objetivos, e outra em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos, de comando, controle e de tomadas de decisões mais relevantes”, escreveu Janot.

FATIAMENTO – As declarações estão em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual Janot pediu o fatiamento do principal inquérito da Lava-Jato em quatro. PT e PP terão um inquérito cada. O PMDB da Câmara terá um inquérito e o PMDB do Senado terá outro. Ao todo, o procurador-geral pediu a investigação contra 66 pessoas. Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, decidir se abre ou não os inquéritos. No pedido enviado ao STF, Janot pediu a investigação contra 30 pessoas ligadas ao PP; 12 pessoas ligadas ao PT; nove ligadas ao PMDB no Senado e 15, ao PMDB da Câmara.

Ainda segundo o procurador-geral, o PT usou os crimes apurados na Lava-Jato para continuar no poder. “No âmbito do PT, os novos elementos de informação passaram a indicar uma atuação criminosa voltada à arrecadação de valores espúrios, com um alcance mais amplo se comparado àquele que se visualizava no início, objetivando, em especial, a sedimentação de um projeto de manutenção no poder”, escreveu no ofício.

EM POSTOS-CHAVES – Janot também explicou que integrantes do PMDB da Câmara “atuavam diretamente na indicação política de pessoas para postos importantes da Petrobras e da Caixa Econômica Federal. Além disso, eram responsáveis pela ‘venda’ de requerimentos e emendas parlamentares para beneficiar, ao menos, empreiteiras e banqueiros”.

O procurador-geral também afirmou que integrantes dos três partidos, “utilizando indevidamente de sua sigla partidária”, dividiram entre si a indicação de diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional da Petrobras. “Como visto, a indicação de determinadas pessoas para importantes postos chaves do ente público, por membros dos partidos, era essencial para implementação e manutenção do projeto criminoso”.

FATOS CONEXOS – O procurador-geral esclareceu que o fatiamento do principal inquérito é necessário para a “otimização do esforço investigativo”. Ele esclareceu que os fatos investigados são conexos entre os partidos. “Embora, até o momento, tenha sido desvelada uma teia criminosa única, mister, para melhor otimização do esforço investigativo, a cisão do presente inquérito tendo como alicerce os agentes ligados aos núcleos políticos que compõem a estrutura do grupo criminoso organizado”.

Janot também afirmou que não seria proveitoso para as apurações que pessoas sem direito ao foro especial fossem investigadas em um inquérito separado, na primeira instância. “Caso exista desmembramento, poderá gerar prejuízo relevante à compreensão da extensão material e à futura prestação jurisdicional, ponderou”.

Receita Federal ajuda Lava Jato a devassar as 72 palestras que Lula teria dado

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo 
Estadão

Com apoio da Receita Federal, os dados de documentos anexados à primeira denúncia formal da Lava Jato contra Lula na Justiça Federal em Curitiba estão sendo cruzados com informações registradas por o ex-presidente e seus familiares, amigos e sócios. As suspeitas são que as movimentações financeiras da LILS e do Instituto Lula serviram para ocultar propinas.

No material produzido pela PF, os peritos comparam as datas de recebimentos pela LILS por palestras com o período em que as empreiteiras pagaram propinas a dois ex-diretores da Petrobrás: Paulo Roberto Costa, ex-Abastecimento e primeiro delator da Lava Jato, e Renato Duque, ex-Serviços. Esse último, cota do PT no esquema de fatiamento político da estatal entre PT, PMDB e PP.

“Insta destacar, inclusive, que os períodos nos quais as empreiteiras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão efetuaram pagamentos de propinas à Paulo Roberto Costa, via Costa Globa, coincidem com o período em que efetuaram pagamentos a LILS Palestras, Eventos e Publicações por serviços pretensamente prestados.”

PRIMEIRO DELATOR – Costa foi o primeiro delator da Lava Jata a confessar o esquema Petrobrás. Ele apontou em 2014 ao juiz federal Sergio Moro que a corrupção era sistêmica no governo federal, abrangendo além da área de petróleo e gás, energia, rodovias, ferrovias e aeroportos.

Pela Costa Globa ele recebeu “propinas atrasadas das empreiteiras: a Camargo Corrêa, no valor de R$ 3 milhões, Queiroz Galvão, R$ 600 mil, Iesa Óleo & Gás, R$ 1,2 milhão e Engevix, R$ 665 mil. Dessas, as duas primeiras efetuaram pagamentos a LILS.

O MPF destaca que Costa, que foi diretor de Abastecimento da Petrobrás entre maio de 2004 e abril de 2012, e Renato Duque, que ocupou a Diretoria de Serviços da estatal de janeiro de 2003 a abril de 2013, terem aberto empresas de consultoria – respectivamente, as empresas Costa Global e D3TM – para continuarem “a receber valores de propina sob a forma de contratos falsos de prestação de serviços”.

ENVOLVIMENTO – No processo criminal aberto pelo juiz federal Sérgio Moro na terça-feira, dia 20, Lula é acusado pelo envolvimento com R$ 87 milhões de propinas pagas pela OAS, por três contratos da Petrobrás. A acusação aceita aponta que R$ 3,7 milhões desse montante foram pagos ao ex-presidente de forma oculta no triplex 164-A do Edifício Solaris no Guarujá (SP) e no custeio do armazenamento de bens pessoais do petista ente 2011 e 2016.

Além do inquérito aberto sobre a LILS e Instituto Lula, o ex-presidente ainda é alvo de um inquérito por corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que a Lava Jato diz ser dele – o petista nega – e de investigações por associação à organização criminosa e obstrução às investigações do escândalo Petrobrás, em Brasília – no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Justiça Federal do Distrito Federal.

72 PALESTRAS – O Instituto Lula informa que “de 2011 a 2015, Lula deu 72 palestras empresariais pagas, para 45 empresas contratantes no Brasil e em todas as partes do mundo”.

“Lula discursou em reuniões de diretoria, seminários para dirigentes de empresas, encontros com clientes e confraternizações dos mais diversos setores – financeiro, alimentício, construção, bebidas, comércio, comunicações e outros.”

Segundo informa o documento, “todas as receitas e despesas da empresa LILS foram devidamente contabilizadas e seus rendimentos registrados nas declarações de Imposto de Renda dos dois sócios”.

“A LILS estabeleceu um contrato padrão para ser utilizado em cada palestra e tomou como referência o valor em reais equivalente a 200 mil dólares, de acordo com a taxa de câmbio da época da palestra, semelhante ao cobrado por outros ex-presidentes de projeção internacional.”

Pesquisador comemora vacina, mas alerta: "Dengue não vai acabar amanhã"

30/09/2016 12h22
Belo Horizonte
Léo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil

A primeira vacina contra a dengue já está acessível gratuitamente para a população de 30 municípios do Paraná. Embora ainda não exista previsão para que outras regiões do país sejam beneficiadas pela novidade, a espera não deve ser longa.

A notícia é comemorada por especialistas, mas o pesquisador João Bosco Siqueira Júnior, da Universidade Federal de Goiás (UFG), alerta que é preciso dosar a euforia, já que leva tempo entre a introdução de uma vacina e a percepção de seu impacto na saúde da população.
O mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika - Arquivo/Agência Brasil

Siqueira Júnior lembrou que, no passado, a introdução de outras vacinas demoraram a surtir efeito na população e que as gerações atuais vivem um cenário em que várias doenças já estão erradicadas. "Essa pessoas, não têm a vivência, por exemplo, de que entre o início da vacina da poliomelite e o controle da doença, se passou um bom tempo. Então é preciso educar a população nesse sentido, pois a dengue não vai acabar amanhã", disse ele na 18ª Jornada Nacional de Imunizações, que começou ontem (29) em Belo Horizonte e vai até sábado (1º).

O laboratório francês Sanofi Pasteur é o responsável pelo desenvolvimento da vacina contra a doença, que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Como não há muitos casos de dengue na França, a avaliação de campo ocorreu na Ásia e na América Latina, incluindo o Brasil. O imunizante é indicado para pessoas entre 9 e 45 anos e deve ser aplicado em três doses com intervalos de seis meses.

Registrada em dezembro de 2015 na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a primeira campanha da vacina atendeu a rede pública do Paraná, em julho. A primeira dose já foi distribuída a 30 municípios. Em 28 deles, a campanha tem como público-alvo pessoas entre 15 e 27 anos. Nas outras duas cidades, atende a faixa etária entre 9 a 45 anos.

Enquanto não chega à rede pública de outros estados, a vacina pode ser encontrada em hospitais e clínicas de imunização privados. O custo para os estabelecimentos varia entre R$ 132 e R$ 138, conforme determinou a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos(Cmed). Para o consumidor, o valor sai mais caro.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, também avalia de forma positiva a novidade, mas ressalta o desafio de conscientizar a população.

"A vacina é ótima. Tem uma eficácia de mais de 90% para as formas mais graves da doença. O único ponto negativo é a necessidade de três doses. Por que digo isso? Porque é muito difícil vacinar o adulto. Quando o alvo é uma faixa etária de 9 a 45 anos, há um desafio enorme de trazer as pessoas para a sala de vacinação. Ainda mais quando precisamos fazer isso três vezes, em intervalos de seis meses"

Isabella diz ainda que a inclusão da vacina na rede pública demanda estratégia. "Antes do governo adquirir do laboratório, nós precisamos ter um plano elaborado que permita trazer as pessoas à sala de vacinação. Este é o maior desafio. Do contrário, a vacina fica parada na geladeira. E é preciso garantir também que não vai faltar orçamento para adquirir nenhuma das três doses", acrescentou.

Estudos
Siqueira Júnior explica que a experiência no Paraná vai permitir avançar em pesquisas sobre os impactos na saúde pública. "A vacina tem resultados que foram divulgados para um indivíduo. Os benefícios individuais estão bem registrados. A nossa próxima pergunta é qual o impacto que a vacina tem na perspectiva da saúde pública. Qual é o resultado de se ter muita gente imunizada?", indaga.

Segundo ele, um aspecto que precisa ser analisado é a situação dos idosos. Pessoas acima de 60 anos compõem um grupo de risco entre pacientes com o vírus da dengue. Segundo o Ministério da Saúde, idosos têm 12 vezes mais chances de morrer pela doença do que pessoas de outras faixas etárias. No entanto, a vacina foi elaborada para quem possui entre 9 e 45 anos. Ou seja, os idosos estão fora do público alvo.

"Mesmo assim, eles podem ser beneficiados. Pois se as pessoas entre 9 e 45 anos estiverem imunizadas, elas deixam de ser fonte do vírus para o mosquito que picá-las. Dessa forma, espera-se que a quantidade de mosquitos infectados caia. Assim, nós protegemos indiretamente os idosos. É um contexto possível, mas que só as pesquisas poderão confirmar", explica Siqueira Júnior.

O pesquisador não acredita em prejuízos à população pela vacina. "No passado, isso já ocorreu. Quando foi desenvolvida a vacina para rubéola, por exemplo, as crianças eram o foco. A doença se deslocou para adultos jovens. E, quando mulheres gestantes contraem rubéola, os bebês podem nascer com alguma malformação. Mas a rubéola é uma transmissão de pessoa para pessoa. No caso da dengue, se trata de uma transmissão vetorial. O mosquito não vai alterar seu hábito porque a pessoa tomou ou não a vacina. Para ele, isso não faz diferença", avalia.

Controle de vetor
Como o resultado da imunização leva tempo para beneficiar a população e, em um primeiro momento, não haverá vacina para todos, o combate ao mosquito precisa continuar.

"A vacina só protege contra a dengue e nós temos também a zika e a febre chikungunya. O mosquito ainda transmite a febre amarela, embora seja uma doença que já tenha vacina há bastante tempo. E mesmo que, no futuro, tenhamos vacina para zika e febre chikungunya, o combate ao Aedes não acaba. Estes mosquitos são muito capazes de transmitir vírus. Futuramente eles podem se adaptar para disseminar novas doenças. Além disso, outros vírus podem também se adequar ao mosquito", avalia Siqueira Júnior.

O pesquisador da UFG acredita que em breve poderemos contar com novas tecnologias para controle do Aedes aegypti. Ele aponta dois estudos promissores. Um deles pretende utilizar mosquitos geneticamente modificados para impedir a reprodução da espécie.

O outro faz uso da bactéria Wolbachia, facilmente encontrada no meio ambiente. Pesquisa preliminares têm apontado que o vírus da dengue, da febre chikungunya e da zika, quando são infectados por esta bactéria, não conseguem mais ser transmitidos pelo mosquito.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Mulher é detida com mais de 300 cigarros de maconha em Juiz de Fora

29/09/2016 19h22 - Atualizado em 29/09/2016 19h37

Do G1 Zona da Mata

Suspeita trocava interior de cigarros por maconha 
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Uma mulher, que não teve a idade revelada, foi detida nesta quinta-feira (29) pela Polícia Militar (PM), suspeita de tráfico de drogas, no Bairro Bairu, em Juiz de Fora.

De acordo com as informações preliminares dos militares, foram localizados 318 cigarros de maconha com ela, na Rua Inconfidentes.

A suspeita também estava com uma barra da droga e uma balança de precisão. Todo o material foi apreendido. Ainda segundo a PM, ela tirava o tabaco de cigarros comuns e substituía por maconha.

A ocorrência está em andamento e a mulher foi encaminhada para a Delegacia de Plantão da cidade, onde será ouvida pelo delegado nas próximas horas.

Esquerda? Que esquerda? A do PDT?

Charge do Chico Caruso, reprodução de O Globo

Marcelo Câmara

Alguns internautas receberam o primeiro artigo desta série, dedicado ao PT, como uma intenção deliberada deste jornalista de livrar uma suposta Esquerda do partido da responsabilidade pelos males causados ao País. Não. Absolutamente. Nada disso. Três foram os objetivos daquele artigo: procurar demonstrar que as ações dos governos do PT não se coadunam, em tese, com os valores e a ética de uma doutrina socialista democrática; que os verdadeiros socialistas que estiveram no PT o deixaram a partir das condutas iniciais do primeiro governo Lula; e que, como se comprovará ao final da série, os verdadeiros socialistas, com as suas naturais virtudes, pecados e erros, não habitam os partidos ditos “de Esquerda” no País, estão distantes do processo político-partidário, ocupados em outros ofícios e missões, ideológicas ou não.

Aqui, numa segunda reflexão, perguntamos: Há Trabalhistas de Esquerda no atual PDT? Evidentemente que não. Talvez, uns poucos, franciscana e saudosamente, em desconforto, sem ter para onde ir, que, ao agirem, de acordo com as suas convicções, estão sendo marginalizados ou processados para a expulsão do partido.

Há exceções. Alguns intelectuais de Esquerda, incrivelmente, permanecem no PDT, ainda integram o partido, como o brilhante jornalista e historiador José Augusto Ribeiro, autor dos três volumes esgotadíssimos de A Era Vargas. Há alguns outros valorosos trabalhistas-socialistas, aqui e acolá, com a carteirinha do partido, frequentando-o.

SUMIÇO – Mas, onde está a maciça, a expressiva Esquerda Trabalhista, Brizolista, do PDT? A maioria está fora da vida político-partidária, votando, consciente e responsavelmente “nulo” ou “em branco” a cada eleição, desde a partida de Brizola. “Se, no Brasil, o Trabalhismo é uma ideologia na gaveta e se não existe partido trabalhista, não há em quem e porque votar” – argumentam.

Em 1980, o PDT foi a alternativa de Leonel de Moura Brizola, após perder a histórica sigla PTB para Ivete Vargas, numa complexa e maquiavélica manobra do General Golbery do Couto e Silva, o mesmo que ajudou a inventar Lula. No ano anterior, em Portugal, Brizola e mais 125 Trabalhistas, gente de várias latitudes sociais e diversos talentos, como Darcy Ribeiro, Francisco Julião, Doutel de Andrade e Herbert de Souza, o Betinho, elaboram e assinam a Carta de Lisboa, manifesto político, documento social, econômico e cultural, socialista e nacionalista, que marcaria o renascimento do velho PTB, mas acabou sendo o “registro de nascimento” do PDT, “um partido nacional, popular e democrático”.

Essa Carta transformou-se no ideário e no programa básico do PDT. Nela, Brizola prega uma “solução trabalhista para o País, despida de soluções importadas” e convoca para a participação e o debate todas as forças populares, democráticas e progressistas visando à “construção de uma sociedade socialista, fraterna e solidária, em Democracia e Liberdade”.

TOLERANTE E FRATERNO – Após prever um partido que deve praticar a tolerância, a fraternidade, o pluralismo e condenar a manipulação de sindicatos e organizações populares, Brizola diz que deseja “recuperar o papel renovador que desempenhava os trabalhistas antes de 64”.

Além de condenar todas as formas de censura, defender os direitos dos trabalhadores e, indiscriminadamente, os direitos humanos, a Carta enumera quatro missões então urgentes do novo partido, diante o drama social que a Nação vivia, sob a Ditadura Militar:

1) salvar as crianças do abandono e da fome, e, da delinqüência, os jovens “analfabetos e descrentes da sua Pátria”; 2) viabilizar o exercício dos direitos dos negros e índios, fazendo-lhes justiça; 3) dar a mais séria atenção às mulheres brasileiras, espoliadas em sua cidadania e no seu trabalho; 4) assumir a Nação a causa do Povo Trabalhador do Norte e Nordeste, vítimas de cruel e permanente “colonialismo interno”. Brizola coloca o Povo Brasileiro como “sujeito e criador do seu próprio futuro”, sublinhando “o caráter coletivo, comunitário e não individualista da visão Trabalhista”.

E encerra a Carta, asseverando que, com a organização do PTB – sonhava ele – “continuaremos firmemente, sob a inspiração da Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas, a caminhada junto ao povo que nos levará à emancipação da Pátria”.

O PDT ATUAL – Tomemos a ideologia Trabalhista que tem no Trabalho e nos Trabalhadores os valores primaciais de uma Nação, para a construção do Estado e suas instituições, a evolução política, o desenvolvimento socioeconômico e cultural de um país. Em seguida, viajemos pela História do Trabalhismo Brasileiro cuja semente está na Revolução Farroupilha, na luta pela República e sua afirmação, no Governo gaúcho positivista de Júlio de Castilhos. Depois, com Getúlio Vargas, Alberto Pasqualini pensou e sistematizou a doutrina. Marcondes Filho organizou o sindicalismo e ajudou a dar face trabalhista a um partido, liderado por Vargas. Vieram Jango e Brizola para consolidar a ideologia definitivamente.

Meditemos sobre os percursos político-ideológicos de Vargas, o Estadista do Século XX, que fundou e estruturou o Estado Brasileiro, praticou, efetivamente, o Trabalhismo em suas decisões e feitos, em toda a sua dimensão humana e social, estabeleceu os alicerces da economia nacional; de Jango com as Reformas de Base, seu governo nacionalista e popular, o golpe que, por isto, sofreu e por causa dele morreu.

CONCLUSÃO – Reflitamos sobre a Carta de Lisboa, seus fundamentos, sua crítica, seus objetivos, o que o PDT nela buscou e dela cumpriu. Analisemos, por último (e nada aconteceu depois) a brilhante, coerente e vitoriosa caminhada de Brizola como líder político, nacional e trabalhista, prefeito, deputado estadual e federal, o único brasileiro governador em dois Estados, sua conduta de estadista, seus extraordinários feitos como administrador, sua rica biografia, bem como as vitórias e derrotas do PDT.

Então, estamos prontos para questionar: Esse PDT que sobreviveu após a partida do “Doutor Leonel”, e que está aí, flagelado, raquítico, canhestro, manco, contraditório, vendido, desfigurado, aliado ao PT, com o liliputiano Carlos Lupi no leme e o patético Ciro Gomes na proa, fazendo composições esdrúxulas regionalmente, tem algo a ver com o Trabalhismo Brasileiro? Com o Trabalhismo Socialista? Com a Esquerda? Deixo as perguntas aos leitores.

Temer, mesmo querendo, não pode proteger ninguém dos golpes da Lava Jato

Charge do Laerte, reprodução do Arquivo Google

Ivar Hartmann

Em meus tempos de professor de história li um dito de algum chefe: uma revolução sabemos como vai começar, mas não sabemos como vai terminar. Esta operação Lava Jato é igual. Vejam! A maior esperança nacional de justiça é um juiz de uma capital estadual e não do STF em Brasília. O procurador mais temido não é o Procurador Geral da Justiça, mas um de Curitiba. A maior quadrilha de bandidos no Brasil não é a de traficantes de drogas, mas de políticos do PT.

Os advogados mais bem pagos não são os que trabalham nos grandes bancos ou com grandes clientes, mas os que defendem os políticos e empresários envolvidos na Lava Jato. A grande figura das crônicas policiais dos jornais brasileiros não é a de um foragido procurado com recompensa pela prisão, mas a do Lula.

A maior comparação e prova de que o sujeito não precisa se formar em uma faculdade para mostrar sua inteligência e astúcia (para o bem ou para mal) para enriquecer é do empresário Randon, de Caxias do Sul, e de Lula.

UMA REVOLUÇÃO – Então, a Lava Jato é uma revolução como nunca se viu. São cerca de trezentas pessoas, sem vinculação partidária, porque proibidas por lei, representando o Ministério Público brasileiro, a Justiça brasileira e a Polícia brasileira que, apoiados nos levantamentos técnicos de agentes especializados dos órgãos federais e também sem partidos políticos, está assentando – vamos usar a palavra da moda – golpe sobre golpe na estrutura de depravação criada e mantida por Lula e seus devassos companheiros do PT e partidos aliados que tornaram o suborno e a comissão, matéria sempre presente em concorrências públicas e na administração de estatais.

A cada semana novos ilícitos são escancarados. O povo já se pergunta há meses: mas e quando vão denunciar o chefão da máfia? Pois agora foi feito. E o Eduardo Cunha e família têm agora o acompanhamento ilustre do Lula da Silva e família.

AO POUCOS – Note o leitor: aos poucos, nos últimos meses, graças aqueles trezentos da Lava Jato e não de Esparta, vão caindo os grandes bandidos nacionais. Zé Dirceu, tesoureiros do PT, ministros do PMDB, Marcelo Odebrecht, Dilma, Eduardo Cunha, Lula, afora malfeitores de menor nomeada.

É uma limpeza e tanto nos céus da pátria. Claro, faltam muitos, sendo o mais notório Renan Calheiros.

O Presidente Temer, mesmo querendo, não poderá proteger dos golpes nenhum dos que estão na alça de mira da Revolução Lava Jato.

(artigo enviado pelo advogado João Amaury Belem)

Nas eleições mais sangrentas dos últimos tempos, já foram mortos 20 candidatos

Funcionário da Prefeitura saiu do carro e foi logo atirando

Rafael Moraes Moura
Estadão

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, entrou em contato nesta quarta-feira, 28, com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, e pediu a atuação da Polícia Federal na investigação do assassinato do candidato à prefeitura de Itumbiara (GO), José Gomes da Rocha (PTB).

“Nós estamos em contato estreito com o Ministério da Justiça e também já pedimos que a Polícia Federal atue na investigação desses episódios que repercutem e podem afetar o pleito eleitoral”, disse Gilmar Mendes nesta quinta-feira, durante a sessão plenária do TSE. “Estamos acompanhando com todo o cuidado o desdobramento desses episódios, que eles sejam desde logo esclarecidos, investigados”, destacou o ministro.

Nesta quarta-feira, o TSE divulgou nota informando que o presidente da corte eleitoral “repudia” a morte de José Gomes da Rocha (PTB).

ATENTADO – “(O episódio em Itumbiara) Deu a impressão de atentado. As investigações ainda estão sendo feitas, ainda não se tem claro qual foi a motivação, mas evidentemente parece estar associado a um contexto ou atuação política. Isso certamente será devidamente esclarecido. Mas realmente se trata de um episódio chocante e deplorável para todos os títulos”, disse o ministro a jornalistas.

Segundo informações do TSE, já foram registrados pelo menos 20 homicídios envolvendo candidatos e pré-candidatos a cargos eletivos ao longo dos últimos nove meses. Os assassinatos ocorreram em 10 Estados: Rio de Janeiro, São Paulo, Ceará, Bahia, Alagoas, Rio Grande do Norte, Acre, Rondônia, Rio Grande do Sul e Goiás.

EXECUÇÃO – O candidato a prefeito José Gomes da Rocha (PTB), o Zé Gomes, foi executado na quarta-feira, 28, com um tiro na cabeça. O autor dos disparos, o funcionário público Gilberto Ferreira do Amaral, e o policial militar Vanilson Rodrigues morreram minutos depois em tiroteio. O vice-governador, José Eliton (PP), então chefe do Executivo estadual em exercício, foi baleado e levado para o hospital municipal. Ele seria submetido a uma cirurgia para a retirada de dois projéteis.

Na segunda-feira, 26, o presidente da Portela e candidato a vereador pelo PP, Marcos Vieira de Souza, conhecido como Marcos Falcon, foi assassinado a tiros em Campinho, zona norte do Rio, em pleno comitê de campanha. Ele era ex-policial militar, acusado de ligação com milícias e estava jurado de morte havia meses, segundo investigação da Polícia Civil do Rio.

SEM EXPLICAÇÃO – Questionado sobre outros episódios de violência envolvendo candidatos nesta campanha eleitoral, o ministro Gilmar Mendes disse que o TSE está acompanhando os casos “com muita atenção”. “Estamos atendendo aos pedidos feitos pelos tribunais regionais e governadores para presenças de forças federais nos vários Estados”, destacou Gilmar Mendes.

“Estamos ainda carentes de explicação (sobre a morte de candidatos nessas eleições), no Rio de Janeiro nós temos a presença de milícias, a questão do crime organizado, narcotráfico. Estivemos duas vezes na Baixada Fluminense, conversamos com as autoridades, discutimos a presença das Forças Armadas e Nacional”, ressaltou Gilmar.

Para o presidente do TSE, “aparentemente” a maioria dos casos de morte de candidatos está relacionada a questões eleitorais. “Embora também as autoridades do Rio tenham dito que havia disputa de algumas atividades ligadas ao crime comum, ao crime ordinário, mas isso envolve sempre milícias, envolve o narcotráfico. Alguns candidatos estão associados, o que traz uma outra preocupação, que é o crime organizado participando do processo eleitoral, isso realmente é algo delicado”, acrescentou.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O número de assassinatos, na verdade, é muito maior. Nesta quarta-feira, em Cuiabá (MT), um ato político acabou em tiroteio. O candidato Julio Cesar Maia Pereira, conhecido como Julio da Power, foi assaltado e seu pai foi morto pelos ladrões. O candidato e outras duas pessoas também foram baleadas. Nesse caso, porém, foi crime comum, sem conotação política. De toda forma, o número de candidatos assassinados é alarmante.(C.N.)

Termina nesta quinta a propaganda eleitoral no rádio e televisão

 29/09/2016 - 12h09 Brasília

Danyele Soares

Termina hoje (29) a propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Também é o último dia para a realização de debates, comícios e reuniões públicas.

Este ano, o período de campanha nesses meios de comunicação foi mais curto. Antes eram 45 dias. Agora, foram 35 dias. A mudança foi definida na lei conhecida como minirreforma eleitoral.

Mesmo com o fim da propaganda no rádio e na TV, os candidatos podem, até sexta-feira (30), divulgar na imprensa escrita propaganda eleitoral paga e reproduzir, na internet, jornal impresso com propaganda eleitoral.

No sábado (1º), os políticos têm até às 22h para distribuir santinhos, folhetos, volantes e outros impressos.

Até sábado também é permitida a realização de passeatas, carreatas ou caminhadas. Nesse mesmo dia termina o prazo para o político usar alto-falantes, mantida distância maior que 200 metros de hospitais, escolas, igrejas, bibliotecas públicas e teatros, quando em funcionamento.

Já no domingo (2), dia da eleição, os santinhos estão proibidos. Mas é permitido o uso de bandeiras, broches e adesivos, desde que o cidadão se manifeste de maneira individual e silenciosa. Também é vedada a prática de boca de urna ou qualquer tentativa de influenciar a vontade do eleitor.

http://radioagencianacional.ebc.com.br/politica/audio/2016-09/termina-nesta-quinta-propaganda-eleitoral-no-radio-e-televisao

Campanha para atualizar caderneta de vacinação termina amanhã

29/09/2016 10h36
Brasília
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os responsáveis por crianças menores de 5 anos e adolescentes entre 9 e 15 anos incompletos têm até amanhã para atualizar a caderneta de vacinação - Marcelo Camargo/Agência Brasil

A Campanha Nacional de Multivacinação, que tem como objetivo atualizar a caderneta de vacinação de crianças e adolescentes, termina amanhã (30) em todo o país. O público-alvo inclui crianças menores de 5 anos e crianças e adolescentes de 9 anos a 15 anos incompletos.

De acordo com o Ministério da Saúde, foram enviadas a todas as unidades da Federação 26,8 milhões de doses – incluindo 7,6 milhões para a vacinação de rotina de setembro e 19,2 milhões de doses extras para a campanha.

Ainda segundo a pasta, o objetivo da ação é combater a ocorrência de doenças imunopreveníveis no país e reduzir os índices de abandono à vacinação – sobretudo entre adolescentes. Ao todo, 350 mil profissionais participam da campanha.

Mudanças
Em janeiro deste ano, o ministério alterou o esquema de quatro vacinas: poliomielite, HPV, meningocócica C (conjugada) e pneumocócica 10 valente.

O esquema contra a poliomielite passou a ser de três doses da vacina injetável (2, 4 e 6 meses) mais duas doses de reforço com a vacina oral. Até 2015, o esquema era de duas doses injetáveis e três orais.

Já a vacinação contra o HPV passou de três para duas doses, com intervalo de seis meses entre elas para meninas saudáveis de 9 a 14 anos. Meninas de 9 a 26 anos que vivem com HIV devem continuar recebendo o esquema de três doses.

No caso da meningocócica C, o reforço, que era administrado aos 15 meses, passou a ser feito preferencialmente aos 12 meses, podendo ser feito até os 4 anos. As primeiras duas doses continuam sendo realizadas aos 3 e 5 meses.

A pneumocócica sofreu redução de uma dose e passou a ser administrada em duas (2 e 4 meses), com um reforço preferencialmente aos 12 meses, mas que pode ser recebido até os 4 anos.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil