sexta-feira, 7 de junho de 2024

Casos de câncer de próstata tendem a subir no país

Por Jonatas Pacheco

Publicado em 07 de junho de 2024 | 05:00

João Macedo foi diagnosticado com câncer de próstata aos 50 anos
Foto: Fred Magno / O Tempo

O câncer de próstata acometeu 6.742 pessoas em Minas Gerais no ano passado, o maior número desde 2019. Em todo o país, foram 40.753 casos da doença, o segundo tipo de câncer que mais atinge homens no mundo – atrás apenas do de pele não melanoma. A tendência é de alta nos casos, estima o Instituto Nacional de Câncer (Inca): a cada ano entre 2023 e 2025, são esperados 71.730 novos diagnósticos – sendo 7.970 deles em Minas, o segundo Estado com mais casos prováveis – e cerca de 16 mil óbitos pela doença no Brasil (veja mais dados abaixo).

De acordo com o Inca, o envelhecimento populacional é a principal explicação para esse aumento, já que, mais do que qualquer outro tipo, o câncer de próstata é considerado um câncer da terceira idade. “Cerca de 75% dos casos novos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos”, segundo estudo do instituto.

A relação feita pelo Inca entre envelhecimento e elevação nos casos de câncer de próstata encontra respaldo em dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE): no país, o total de pessoas com 65 anos subiu 57,4% em 12 anos: de 14.081.477 em 2010 (7,4% da população total) para 22.169.101 em 2022 (10,9% da população total).

O principal fator de risco da doença é a idade, afirma Itamar Bento, da divisão da detecção precoce do Inca. “Conforme o homem vai envelhecendo, o reparo celular não tem a mesma eficiência quanto na juventude”, detalha. E acrescenta: “No Brasil, de cada dez novos casos, nove são em homens com mais de 55 anos”.

João Batista Alves de Macedo, de 72 anos, só ficou fora dessa maioria porque descobriu a doença quando tinha 50 anos. E o diagnóstico precoce confirma outra estatística importante: quando o diagnóstico é na fase inicial, a chance de cura é de 90%, dizem especialistas. E foi o que ocorreu com o agora idoso. “A doença estava no início, e eu não precisei de quimioterapia e radioterapia. Hoje, 22 anos depois (do diagnóstico), estou curado e muito bem. Apesar de eu ter descoberto o câncer de próstata com apenas 50 anos, foi bom, pois (a doença) estava no início. Hoje, 22 anos depois do diagnóstico, tenho o privilégio de contar a minha história de cura”, comemora o comerciante, morador do bairro São Francisco, na Pampulha, em BH.

Atenção a possíveis sintomas é essencial

Homens devem ficar atentos a sinais como dificuldade de urinar e mudanças na micção, alerta Itamar Bento, do Inca. Mas ter esses sintomas não significa que o homem esteja com câncer, já que alguns desses sinais aparecem também em doenças não malignas, como hiperplasia benigna da próstata e prostatite, detalha o especialista.

No caso do comerciante João Macedo, a observação foi essencial. “Eu me queixava com minha esposa de dores no canal da urina, e ela me falava para ir ao médico. Depois de muito ouvir, fui ao urologista, que fez os exames e confirmou que eu estava com câncer de próstata”, detalha.

Ele se assustou com o diagnóstico, mas confiou na cura: “Tive medo de morrer, mas não deixei isso me abalar. Após a cirurgia, coloquei na cabeça que eu seria curado, porque adoro a vida”, ressalta.

Pelo mundo

As mortes pela doença no mundo devem subir 85% no intervalo de duas décadas: dos 375 mil óbitos de 2020 para quase 700 mil em 2040. Já os casos devem mais do que dobrar no mesmo período: de 1,4 milhão em 2020 para 2,9 milhões em 2040. Os dados são de estudo da “The Lancet”, revista inglesa sobre medicina editada desde 1823.




https://www.otempo.com.br/cidades/2024/6/7/casos-de-cancer-de-prostata-tendem-a-subir-no-pais

Exposição de fotos na Alesp lembra Revolta Paulista de 1924

© Acervo Alesp/Divulgação

Publicado em 07/06/2024 - 08:46 Por Agência Brasil - São Paulo

Em 1924, a cidade de São Paulo vivenciou um cenário de guerra. Por 23 dias, bairros operários como a Mooca, o Brás, Cambuci, Ipiranga e Belenzinho ficaram sob intenso bombardeio das forças legalistas sob as ordens do ex-presidente Artur Bernardes (1875-1955).

No dia 5 de julho de 1924, unidades do Exército se rebelaram e tomaram as ruas da capital para tentar derrubar o presidente Arthur Bernardes, que governou o Brasil entre os anos de 1922 e 1926. O conflito durou 23 dias, causando a morte de centenas de pessoas. Muitos desses revoltosos acabaram depois buscando refúgio no interior do estado.

Para lembrar o centenário da Revolta de 1924, que também foi chamada de Revolta Esquecida, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) abre, na próxima segunda-feira (10), uma exposição com 152 reproduções fotográficas desse período, além de documentos - como telegramas de governadores da época - e livros. A curadoria é do Museu de Energia de São Paulo e parte dos documentos e livros é do Acervo Histórico da Alesp. A exposição foi organizada pelo deputado estadual Maurici (PT).

Para inaugurar a exposição, a Alesp vai promover sessão solene no plenário Presidente Juscelino Kubistchek nesta sexta-feira (7), a partir das 20h. Chamada de Centenário da Revolta de 1924 e da Coluna Miguel Costa-Prestes, a sessão reunirá historiadores e descendentes das lideranças do movimento.

“Demos à exposição o nome de Centenário de 1924: Memórias da Revolta Esquecida. Ela é um esforço para resgatar a memória de um período político conturbado do nosso país. De um lado, tínhamos o presidente Artur Bernardes, que governou o Brasil entre 1922 e 1926. Do outro, jovens tenentes do Exército que desejavam mudanças, como o voto secreto, a moralização da política, uma ampla reforma para melhorar a qualidade do ensino e, em primeiro lugar, derrubar o então presidente”, explicou Maurici.

“Para conter esse movimento, as forças legalistas, sob as ordens de Artur Bernardes, transformaram São Paulo em uma praça de guerra, incluindo o bombardeio indiscriminado de bairros operários, como Mooca, Brás e Cambuci. Esse episódio marcou profundamente a nossa história e não podemos nos esquecer dele. Por isso, organizamos a exposição e a sessão solene para resgatar essa memória e mantê-la viva”, acrescentou o deputado.

De acordo com Lincoln Secco, professor do Departamento de História da Universidade de São Paulo (USP) e que estará presente à sessão solene de inauguração da mostra, a Revolução de 1924 foi uma insurreição militar que visava derrubar o então presidente, pedindo pelo voto secreto e o combate à fraude. Essa articulação não ocorreu somente em São Paulo, mas foi lá que os revoltosos conseguiram tomar o controle de uma grande cidade por mais tempo.

O movimento paulista acabou sendo derrotado pelas forças do então presidente e os integrantes que sobreviveram aos combates se organizaram em torno do militar Miguel Costa, da Força Pública de São Paulo, e de Luís Carlos Prestes, que liderava um grupo de soldados no sul do Brasil. Juntos, eles formaram a Coluna Miguel Costa-Prestes, que percorreu o país nos anos seguintes atacando a República Velha (1889 – 1930).


São Paulo - Exposição na Alesp mostra Revolta Paulista de 1924 - Foto Acervo Alesp/Divulgação

A mostra ficará em cartaz na Alesp até o dia 21 de junho.

Edição: Graça Adjuto

https://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2024-06/exposicao-de-fotos-na-alesp-relembra-revolta-paulista-de-1924

MG-133, na Zona da Mata, tem ponte liberada para passagem de qualquer tipo de veículo

SEX 7 JUNHO 2024 10:20 ATUALIZADO EM SEX 07 JUNHO 2024 10:20
DER-MG / Divulgação

O Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) libera nesta sexta-feira (7/6), a partir das 16h, a passagem para qualquer tipo de veículo na ponte sobre o Rio Pomba, no km 2,4 da MG-133, localizada entre o entroncamento da MGC-265 (Rio Pomba) até a cidade de Tabuleiro.

A ponte, situada na Zona da Mata Mineira, possui 98 metros de extensão e passou por serviços de manutenção que estavam previstos para serem executados em, aproximadamente, 30 dias, mas foram concluídos em apenas 15.

A estrutura foi construída na década de 1960 e passou por reformas nos anos 1990. Pela MG-133 passam diariamente cerca de 5 mil veículos, sendo uma média de 500 da categoria de carga.

A rodovia é muito utilizada pelos setores do agronegócio e da indústria moveleira da região para acessar a BR-040 com objetivo de escoar a produção para todo país.

https://www.agenciaminas.mg.gov.br/noticia/mg-133-na-zona-da-mata-tem-ponte-liberada-para-passagem-de-qualquer-tipo-de-veiculo