Por Lucas Negrisoli Publicado em 20 de dezembro de 2022 | 19h07 - Atualizado em 20 de dezembro de 2022 | 19h07
Governador Romeu Zema (Novo) — Foto: Guilherme Bergamini
O
governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), afirmou, em coletiva de imprensa nesta terça-feira (20), que "sonha" que haja recomposição salarial anual para todas as categorias, mas que a prioridade do
Executivo para o próximo ano segue sendo o pagamento de débitos já existentes. Reeleito,
Zema relembrou que houve extinção do parcelamento dos salários, reajuste de 10,06% para o funcionalismo e pagamento integral do 13º.
“Nós, neste ano de 2022, demos, depois de muitos anos, um reajuste geral. Aquilo que for possível, dentro da lei, nós daremos. Quando assumimos, Minas Gerais comprometia 67% da receita corrente líquida com a folha de pagamento. No ano passado, nós já comprometíamos 49%, que é o limite prudencial. Então, nós não podemos estar dando reajuste quando você está acima deste limite. Tudo indica que estamos no limiar. Vamos ter que fechar as contas, vamos ter que ver, mas eu ressalto aqui que nós estamos pagando – e na minha opinião é prioridade – aqueles direitos que estão pendentes há anos, como as férias-prêmio”, afirmou.
“Quitamos neste ano férias-prêmio de funcionários que tinham se aposentado há sete, oito anos. Estamos pagando, não são funcionários, mas são prestadores, e são valores pulverizados, cada um tem R$ 1 mil, R$ 2 mil, R$ 5 mil a receber, os advogados ativos, mais de 20 mil advogados do Estado, que prestaram serviço para a Defensoria Pública. E temos muitas outras pendências, que eu mesmo não sei”, completou.
No evento, a secretária de Planejamento e Gestão do governo, Luísa Barreto (PSDB) se comprometeu a “quitar os passivos devidos aos servidores estaduais nos próximos quatro anos”. Ela informou que o Estado tem R$ 1 bilhão em verba retida devido à fila de servidores que não tiveram pagamentos em anos anteriores. De acordo com a secretária, um cronograma de pagamento será anunciado em breve pelo Governo de Minas.
“Esse é o último grande passivo que temos para quitar. Nesta gestão, tentamos quitar os benefícios que foram sendo gerados imediatamente, mas o Estado tinha esse passivo de anos anteriores e os servidores têm o direito de receber. Estamos assumindo um compromisso com o funcionalismo de terminar essa gestão sem nenhum débito. Estamos nos organizando em termos técnicos e administrativos. Temos esse planejamento para os próximos quatro anos, mas vamos nos antecipar ao máximo para quitar as dívidas. Já conseguimos, nesta gestão, fazer uma série de quitações de passivos, tanto com os municípios quanto com os servidores, como os R$ 908 milhões em férias-prêmio devidas que foram já pagos”, declarou.
https://www.otempo.com.br/politica/zema-deixa-em-aberto-possibilidade-de-reajuste-para-servidores-em-2023-1.2785671