Por CRISTIANO MARTINS E LUCAS NEGRISOLI 16/01/21 - 11h36
O novo pico da pandemia em Minas Gerais está consolidado. Passadas duas semanas desde as festas de fim de ano e após seguidas altas nos últimos dias, o Estado registra neste sábado (16) seus novos recordes de mortes por Covid-19, tanto no número de confirmações em 24 horas quanto na média móvel de óbitos causados pela doença.
De acordo com o boletim epidemiológico publicado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG), foram confirmadas 173 novas vítimas do coronavírus em relação ao dia anterior, superando as 170 que haviam sido contabilizadas no dia 12 de agosto do ano passado. Ao todo, Minas Gerais acumula agora 13.355 vidas perdidas para a Covid-19.
Com as novas confirmações, o Estado chegou também à maior média diária de mortes provocadas pelo novo coronavírus desde o início da pandemia, de acordo com o Termômetro da Covid do portal O TEMPO (veja o gráfico interativo abaixo).
Segundo o monitoramento realizado a partir dos dados da SES-MG, foram confirmadas em média 108,7 vítimas diárias da Covid-19 nos últimos sete dias. O auge anterior também havia sido atingido durante a "primeira onda", com 102,9 óbitos por dia, entre 15 e 21 de agosto.
Casos
O boletim deste sábado registra também 7.831 novos diagnósticos confirmados em Minas. Com isso, o Estado chega a um total de 636.797 pessoas contaminadas, das quais 60.008 seguem em tratamento ou isolamento domiciliar. Todas as cidades mineiras já registraram casos confirmados da doença.
VEJA OS DADOS DA SUA CIDADE OU REGIÃO:
OBS: Para mais interatividade e melhor visualização, recomenda-se o acesso a partir de um computador ou tablet.
O Termômetro da Covid apresenta a evolução da média móvel de novos óbitos e casos confirmados nos últimos sete dias, e tem como parâmetro de comparação os mesmos dados registrados há duas semanas.
Se a média de hoje superar em mais de 15% o valor de duas semanas atrás, então a situação observada é de crescimento acelerado. No outro oposto, uma redução superior a 15% representa desaceleração. Se a variação for de até 15% para mais ou para menos, a média se encontra em um nível de estabilidade.
O uso da média móvel se justifica pela grande oscilação das notificações entre os diferentes dias da semana. Ela fica muito clara quando se observa a queda durante feriados, fins de semana e segundas-feiras, por exemplo. Desta forma, a média mostra tendências mais consistentes do que os dados diários.
Já a janela de duas semanas para comparação se explica pelo tempo médio de ação do vírus e de demora no processamento de exames e na divulgação dos resultados nos sistemas oficiais utilizados pela Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG).
Esta é a mesma metodologia utilizada, por exemplo, pelo jornal The New York Times.
Os dados são provenientes dos boletins epidemiológicos da SES-MG e referem-se aos municípios de residência dos pacientes. Isso explica eventuais números negativos, uma vez que os casos podem ser revisados ou "transferidos" de cidade.
https://www.otempo.com.br/cidades/mortes-por-covid-superam-patamar-de-agosto-e-confirmam-novo-pico-em-minas-gerais-1.2435941