- Dia das Crianças / Dia Nacional dos Fanzines
Publicado em 11/10/2020 - 09:17 Por Agência Brasil - Brasília
Pela primeira vez em 227 anos, a multidão que invade as ruas de Belém, no Pará, no segundo domingo de outubro, não pôde participar das romarias e das procissões de Nossa Senhora durante o Círio de Nazaré.
O evento geralmente reúne mais de 2 milhões de pessoas. Mas este ano, devido à pandemia do novo coronavírus, a programação sofreu alterações para evitar aglomeração e contágio da covid-19. O Círio 2020 foi adaptado e transmitido pelas redes sociais.
Os fotógrafos Marcello Casal Jr e Wilson Dias, da Agência Brasil, relembram as imagens do maior evento religioso do Brasil de anos anteriores.
Anton Wilhelm Amo (Gana, 1703 — c.1759) foi um filósofo de Axim, do que atualmente é Gana. Trazido para a Alemanha pela Companhia Holandesa das Índias Ocidentais em 1707 quando criança, e dado de presente aos Duques Augusto Guilherme e Ludwig Rudolf von Wolfenbüttel, ele foi tratado como um membro da família de Antônio Ulrich, Duque de Brunswick-Wolfenbüttel, tornou-se um filósofo e um professor respeitado nas universidades de Halle an der Saale e de Jena na Alemanha depois de estudar lá. Foi o primeiro africano sub-saariano conhecido a frequentar uma universidade europeia.
Amo era um Nzema (um pessoa do povo Akan). Nasceu em Awukena na região de Axim, em Gana, mas com aproximadamente quatro anos foi comprado e levado para Amsterdã por holandeses da Companhia das Índias Orientais.[1] Alguns relatos dizem que foi levado como escravo, outros que foi enviado a Amsterdã por um padre que trabalhava em Gana. Seja qual for a verdade, quando chegou, foi oferecido como presente para Antônio Ulrich, duque de Brunsvique-Wolfenbüttel, e foi levado para seu palácio em Wolfenbüttel.[2] Amo foi batizado na capela do palácio, passou a ser tratado como um membro da família do duque e foi educado na Wolfenbüttel Ritter-Akademie (1717-1721) e na Universidade de Helmstedt (1721-1727). Acredita-se também que tenha se encontrado com Gottfried Leibniz, que era um visitante freqüente do palácio.
Frequentou então a universidade de Halle, onde entrou na Faculdade de Direito em 1727. Terminou os seus estudos preliminares em dois anos, com a dissertação: Dissertatio Inauguralis De Jure Maurorum in Europa (Os Direitos dos Mouros na Europa). Para seus estudos posteriores, Amo mudou-se para a Universidade de Wittenberg, estudando lógica, metafísica, fisiologia, astronomia, história, direito, teologia, política e medicina. Aprendeu a falar seis línguas (inglês, francês, holandês, latim, grego e alemão). A educação médica passou a ter um papel fundamental em muito do seu pensamento filosófico posterior.
Obteve o seu doutorado em filosofia em Wittenberg em 1734; a sua tese (publicado como "Sobre a ausência de sensações na mente humana e da sua presença no nosso corpo") argumentava contra o dualismo cartesiano. Amo aceitava a separação entre mente e corpo, desenvolvendo e citando Descartes, mas defendia que era o corpo quem sentiria todas as percepções (inclusive as da cognição) através de seus órgãos, enquanto a mente é unitária, indivisível, impassível e imaterial, que atua sobre o corpo orgânico mas vive em intercâmbio com ele.[3]
Retornou sua carreira filosófica em Halle sob seu nome preferido de Antonius Guilelmus Amo Afer e em 1736 tornou-se professor. Produziu seu segundo grande trabalho em 1738, com o título de "Tratado sobre a Arte de Filosofar Sóbria e Precisamente" no qual desenvolveu uma epistemologia empírica semelhante à de filósofos como John Locke e David Hume. Nele também examinou e criticou falhas tais como a desonestidade, o dogmatismo, e o preconceito intelectual. Em 1740, Amo passou a lecionar filosofia na Universidade de Jena, e naquela época começou a passar por um período difícil em sua vida. O duque de Brunsvique-Wolfenbüttel tinha morrido em 1735, deixando-o sem seus patrões e protetores. Infelizmente, isso coincidiu com as mudanças sociais na Alemanha, que estava se tornando intelectual e moralmente mais preconceituosa e menos liberal. Amo começou a ser vítima de manifestações preconceituosas feitas por seus inimigos, incluindo uma sátira feita contra a sua pessoa realizada em um teatro de Halle.
Após algum tempo, ele decidiu retornar para Gana. Embarcou em um navio holandês da Companhia das Índias Ocidentais e chegou até Gana em 1747 passando pela Guineia. Pouco se sabe sobre sua vida após este ponto, mas ele foi encontrado por David-Henri Gallandat, segundo sua publicação no jornal da Sociedade Científica Holandesa,[2] e teria vivido como um eremita.[4] A data, o local, e a forma de sua morte são desconhecidos, embora tenha morrido provavelmente por volta de 1753 ou 1759 no forte Chama em Gana.
Mais tarde, durante o idealismo alemão e romantismo, o trabalho filosófico de Amo foi ignorado por outros intelectuais alemães de Jena, como Schiller, Fichte, Schelling, Hegel, Brentano e os irmãos Schlegel.[5]
JUIZ DE FORA - 5/10/2020 - 16:48
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