terça-feira, 29 de setembro de 2020
MEC publica edital para 50 mil vagas remanescentes do Fies
29/09 - Arcanjos: Miguel,Gabriel e Rafael / Dia Mundial do Petróleo/ Metropolitan Police Service de Londres e saiba +
São Miguel Arcanjo. São Gabriel Arcanjo. São Rafael Arcanjo.
segunda-feira, 28 de setembro de 2020
28/09- Dia Mundial Contra a Raiva/ Dia Latino-Americano e Caribenho pela legalização do aborto / Dia Nacional da Lei do Ventre Livre e saiba +
Dia Mundial Contra a Raiva, desde 2007 / Dia Latino-Americano e Caribenho pela legalização do aborto / Dia Nacional da Lei do Ventre Livre - Criado por Lei Federal (Imperial) /Aniversário da cidade de Campo Belo (interior de Minas Gerais)
Aniversário da cidade de Visconde do Rio Branco Minas Gerais
São Venceslau, mártir - Santo Católico.
1893 - É fundado o clube português Futebol Clube do Porto.
As equações de campo de Einstein
Nascimetos
domingo, 27 de setembro de 2020
O dilema das redes sociais, com suas teorias conspiratórias que acabam viciando os usuários
Posted on by Tribuna da Internet
Acabo de assistir ao documentário sobre as redes “The Social Dilemma”. É assustador mesmo para mim, que tenho tratado do tema, sobretudo pelo ângulo das fake news e teorias conspiratórias que impulsionam o tecnopopulismo de direita.
Uma das razões para ampliar minha abordagem do tema é contar com depoimentos de insiders, pessoas de dentro do universo tecnológico que trabalharam e ajudaram a construir plataformas como Twitter, Facebook, Instagram e YouTube.
LIMITAÇÕES – A maior parte da crítica disponível até então era de observadores de fora desse universo. Outra limitação de meu enfoque era observar apenas as consequências negativas das redes sociais no universo político, gerando uma atmosfera de ódio e mentiras.
Ao ver o documentário, fica claro para mim que as consequências políticas foram apenas um subproduto diante da tarefa central: usar a insegurança e a ansiedade das pessoas para torná-las dependentes do uso das redes e, com o acúmulo dos seus dados, impulsionar vendas.
Isso não chega a ser uma descoberta. O interessante é ouvir de alguém que encontrou o Facebook nos seus primórdios e teve como tarefa descobrir uma forma de fazer dinheiro com aquilo.
HÁ QUALIDADES – Quase todos os talentos contratados no início viam nas redes sociais algumas de suas inegáveis qualidades: unir famílias, ampliar o conhecimento coletivo, facilitar a solidariedade.
O caminho para financiar era a publicidade. Ela seria mais eficaz quanto maior o tempo de permanência do usuário, e muito mais eficaz também, na medida em que, conhecendo sua personalidade, às vezes mais profundamente do que ele próprio, fosse possível ampliar seu consumo.
Essa é a matriz que acabou produzindo as aberrações político-sociais que vivemos hoje. A radicalização política é necessária para prender a atenção das pessoas. As fake news são atraentes diante de uma realidade tediosa.
TEORIAS CONSPIRATÓRIAS – Isolado em sua bolha, o indivíduo tem a sensação de tudo compreender pelas teorias conspiratórias. Se alguém diz que pedófilos se reúnem no porão de uma pizzaria, ele tenta invadi-la armado de um fuzil, apesar de a pizzaria nem ter porão.
Se alguém acredita que a Terra é plana, será alimentado com inúmeras interpretações que fortalecem essa ilusão. Na busca do Google, dependendo da região, o aquecimento global aparece como uma fraude ou uma tese científica.
O problema central é que, ao contrário da TV ou do cinema, a inteligência artificial tende a se modificar num ritmo cada vez mais alucinante. Alguns dos participantes do documentário preveem que o processo deve acentuar polarizações e produzir guerras civis. Mas é evidente que algo pode ser feito para atenuar esses imensos efeitos negativos do avanço tecnológico.
COMISSÕES DA VERDADE – Certamente não é criando comissão da verdade, como queriam alguns parlamentares brasileiros. Apesar de assustador, ou por causa disso, o documentário nos estimula a buscar soluções.
Às vezes invejamos a intimidade das crianças com essas novas linguagens, um mundo fantástico se desenrolando com o simples toque de seus dedinhos. Mas nossa geração intermediária talvez possa contribuir com suas lembranças do mundo real. Outro dia, falando sobre o tema, lembrei-me de que muitos de nós foram influenciados pela filosofia do Pós-Guerra, o existencialismo. Uma de suas frases lapidares, de Jean-Paul Sartre, talvez fosse de utilidade para os jovens: o inferno são os outros.
Assim como é preciso estimular o estudo de ideias conflitantes, talvez compense retirar do armário o antigo conceito de autenticidade, que estimula a pessoa ser ela mesma, independente de likes, dislikes e ofensas grosseiras.
ACÚMULO DE INFORMAÇÕES – Voltando ao plano político, uma das questões básicas é achar o caminho para limitar o acúmulo de informações sobre as pessoas. Um dos entrevistados chegou a falar de impostos para reduzir o intenso consumo de dados pessoais pelas empresas. Não sei se é por aí.
Alguém no documentário lembrou que essas gigantes tecnológicas e a indústria das drogas são as únicas que chamam seus clientes de usuários. É um pouco exagerado, mas depois de ver “The Social Dilemma”, creio que todo mundo vai se perguntar até que ponto está viciado nas redes sociais e quais os caminhos da libertação.
‘Justiça Eleitoral’ toma do contribuinte um gasto de R$ 7,5 bilhões, mesmo quando não há eleição
Posted on by Tribuna da Internet
Todas as vezes que você ouvir alguma dessas peças de propaganda pró-virtude da “Justiça Eleitoral”, dando aulas de moral e cívica e ensinando como o eleitor deve votar nas eleições para prefeito que vêm ai, lembre-se que isso não está apenas enchendo a sua paciência – também está custando dinheiro, e esse dinheiro sai todinho do seu bolso.
Os gestores da excelência eleitoral brasileira já devem ter tentado lhe demonstrar, em outras ocasiões, que o custo das eleições no Brasil é pouca coisa, levando-se em conta os ganhos extraordinários que elas trazem para a sociedade. O que se ganha, na vida real, são esses políticos que estão aí – e cada cidadão que faça o juízo que quiser sobre a sua qualidade. Mas na questão do dinheiro não há dúvida nenhuma: é mentira o que estão dizendo. Eleição custa uma fortuna.
INVENÇÃO BRASILEIRA – A “Justiça Eleitoral”, coisa que não existe em nenhuma democracia séria do mundo – simplesmente por que se considera, ali, que um negócio desses não tem a menor utilidade – transformou-se, no Brasil, num mamute burocrático cada vez mais caro.
Sua influência na melhoria do nível dos políticos eleitos é igual a três vezes zero. Em compensação, joga para cima do contribuinte uma despesa exorbitante: R$ 20 milhões por dia, ou perto de R$ 7,5 bilhões por ano, mesmo em anos em que não há eleição alguma. (Estas são as últimas cifras disponíveis; pode ser mais, é claro.)
O mais curioso é que, embora haja uma quantidade fixa de eleições – uma a cada dois anos – as despesas não param de crescer. Em 2017, por exemplo, quando não foi feita nenhuma eleição, o custo do aparato eleitoral foi 50% maior que o de 2016, quando o País teve suas últimas eleições municipais – essas que vão se repetir agora em novembro de 2020.
O RUMO DOS BILHÕES – E onde eles conseguem gastar tanto dinheiro? Acertou: 90% de tudo vai para pagar a folha de funcionários.
A organização das eleições poderia, é claro, ficar nos limites de uma repartição pública modesta (sobretudo numa realidade cada vez mais digital), encarregada de expedir títulos de eleitor, convocar mesários, registrar candidatos e realizar outras tarefas de baixa complexidade. Nem pensar.
Deram um jeito de criar uma estrutura XXXX-L, incluindo nela até mesmo um “Tribunal Superior Eleitoral”, uma espécie de Supremo Tribunal Federal do setor; naturalmente o TSE dispõe do seu próprio palácio-sede (aliás, já está no segundo prédio desde a construção de Brasília) e custa cerca de R$ 2 bilhões por ano para o público pagante. É claro que arrumaram também 27 “tribunais regionais”, um para cada estado – cada um com a sua sede, etc. etc.
GRANDES PLANOS – A “Justiça Eleitoral” tem grandes planos para você. Foram autorizados, neste 2020 de covid-19 e de economia em processo de destruição, concursos para contratar mais de 1.000 novos funcionários (1.002, mais exatamente) para diversos dos “Tribunais Regionais”.
Salários? Estamos, aí, em pleno Brasil-Suécia. O salário inicial para “técnico”, o cargo mais modesto, é de R$ 8.500. Para funções de “segurança” a remuneração mínima é R$ 9.600. Já um “analista” começa a vida com R$ 13.500. Conseguiram inventar, acredite se quiser, nada menos que um “oficial de justiça”, como os que a justiça comum utiliza para servir notificações de despejo, etc. Salário inicial: cerca de R$ 15.000.
Entende-se perfeitamente, aí, o medo-pânico de todo esse mundo quando ouve falar no fim do voto obrigatório.