quinta-feira, 30 de abril de 2020

Proposta de socorro a estados prevê congelamento de salários até 2021

Leopoldo Silva/ Agência Brasil

Publicado em 30/04/2020 - 17:15 Por Karine Melo - Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), apresentou nesta quinta-feira ( 30) o texto alternativo à proposta de ajuda a estados e municípios. Negociada com a equipe econômica, a proposta de Alcolumbre é bem diferente do Plano Mansueto aprovado na Câmara dos Deputados. O agora Programa Federativo de Enfrentamento ao Coronavírus estabelece repasse menor que o proposto pela Câmara. Serão até R$ 60 bilhões, em quatro parcelas, para que governadores e prefeitos tomem medidas nas áreas de saúde e assistência social para a contenção do novo coronavírus (covid-19).

Em troca do auxílio, estados e municípios terão que se abster de reajustar o salário de servidores públicos até 31 de dezembro de 2021. E fica proibido “conceder a qualquer título, vantagem, aumento, reajuste ou adequação de remuneração de membros de Poder ou de órgão, de servidores e empregados públicos e militares, exceto quando derivado de sentença judicial transitada em julgado ou de determinação legal anterior à calamidade pública”.

A proibição também envolve criação de cargos, empregos e funções, bem como a alteração de estruturas de carreira, que impliquem aumento de despesas. A admissão de pessoal só será possível em "reposição de cargos de chefia e de direção que não acarretem aumento de despesa” ou quando houver vacância em cargos efetivos ou vitalícios.

“Entendemos que é necessário impor um limite ao montante do auxílio. Por mais que concordemos que a covid-19 impôs restrições financeiras graves aos estados e municípios, não podemos ignorar que as contas da União também sofreram impacto da pandemia”, disse o presidente do Senado.

Sob a justificativa de que o modelo aprovado pelos deputados – no qual recursos seriam repassados de acordo com a queda na arrecadação de impostos – favorece estados e municípios mais ricos, que mais arrecadam, Alcolumbre também alterou os critérios de rateio do dinheiro proposto pela Câmara.

Divisão de recursos
Na proposta do presidente do Senado, dos R$ 60 bilhões previstos a estados e municípios, R$ 10 bilhões serão reservados a ações na área da saúde e assistência social. Desse total, R$ 7 bilhões serão para os estados. O critério de divisão levará em consideração a taxa de incidência da covid-19 (60% de peso) e população (40% de peso). Os municípios receberão R$ 3 bilhões. O critério de distribuição será o tamanho da população.

Os R$ 50 bilhões restantes serão entregues metade para estados e o Distrito Federal e metade para os municípios.

Além desse repasse, a versão apresentada por Alcolumbre estabelece a suspensão do pagamento das dívidas contratadas entre União, estados, Distrito Federal e municípios e a restruturação das operações de crédito interno e externo dos entes junto a instituições financeiras.

A proposta de Alcolumbre deverá ser levada à votação em uma sessão remota convocada para este sábado (2). Como sofreu alterações, se aprovado o texto terá que retornar à Câmara, que dará a palavra final.

Edição: Fernando Fraga

Demlurb não fará coleta de lixo domiciliar no feriado de 1º de maio

JUIZ DE FORA - 29/4/2020 - 14:27
O Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), não realizará coleta de lixo domiciliar na sexta-feira, 1º de maio, feriado dedicado ao "Dia do Trabalhador". No sábado, 2, a atividade ocorrerá normalmente.

O ecoponto de recolhimento de pneus na Rua Bartolomeu dos Santos, no Bairro São Damião, também estará fechado durante o feriado. O atendimento no Canil Municipal será em regime de plantão, pelo telefone 3690-3591, para recolhimento de animais em situação de risco nas vias.

Para mais informações sobre dias e horários das rotas, acesse o site www.demlurb.pjf.mg.gov.br e selecione a parte “Coleta de Lixo”, para procurar por seu bairro ou rua. O material deve ser colocado fora de casa até duas horas antes do horário marcado para passagem do caminhão, nos dias determinados. O Demlurb solicita que o lixo seja bem acondicionado e em sacos reforçados.

Homem é flagrado com 70kg de maconha no Bairro Progresso em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata
30/04/2020 08h54 
Homem é preso com 70kg de maconha em Juiz de Fora — Foto: Polícia Militar/Divulgação

Um homem de 39 anos foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM) com 67 tabletes de maconha na noite desta quinta-feira (29), no Bairro Progresso, em Juiz de Fora.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.), os policiais foram até a Rua Américo Lobo após receberem denúncias de que um morador do local guardava uma grande quantidade drogas para uma outra pessoa que atua como traficante na região.

Ao abordarem o imóvel em que mora o suspeito, os militares conseguiram detê-lo. Na busca, encontraram três tabletes de maconha com o homem.

Ao vistoriarem a residência, a equipe da PM encontrou uma caixa de papelão com diversas barras da droga escondidas dentro de um guarda-roupas, em um quarto do imóvel.

Após buscas pela casa do suspeito, a PM localizou 70kg da droga, além de um aparelho celular.

O homem foi encaminhado à delegacia, assim como o material apreendido.

Filha de militar que vive em união estável deixará de receber pensão

30/04/2020 10h33

O Instituto de Previdência dos Servidores Militares de Minas Gerais (IPSM) cancelou a pensão que uma mulher recebia desde julho de 1970, pelo falecimento de seu pai, que era major da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). A 5ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) confirmou a decisão da Comarca de Uberaba.

Logo que o IPSM teve ciência de que a pensionista vivia em união estável, instaurou procedimento administrativo para investigação da notícia, porque filha de militar tem direito à pensão apenas se for solteira ou viúva.

Insatisfeita com a decisão administrativa que extinguiu a pensão previdenciária e o plano de saúde, a pensionista acionou a Justiça. Como, em primeira instância, o juiz da Comarca de Uberaba, Nélzio Antônio Papa Júnior, decidiu manter os efeitos da decisão administrativa, a mulher recorreu.

Provas
Apesar dos seus argumentos de que não mora com o pai de seus dois filhos, os magistrados entenderam que ela vive em união estável com o companheiro. Foram colhidos depoimentos de vizinhos que confirmaram esse fato, além de a mulher ter perfil em redes sociais em que se apresenta com o sobrenome do companheiro.

Segundo o relator do recurso, juiz convocado José Eustáquio Lucas Pereira, a união estável foi reconhecida pela Constituição Federal de 1988 como entidade familiar, equiparada ao casamento pela semelhança entre ambos.

“Há em ambos o comprometimento e assistência mútuos, a comunhão de vida e do patrimônio do casal, a divisão de responsabilidades e os contornos de entidade familiar; divergindo os institutos somente quanto ao modo de constituição, já que a união estável nasce da consolidação do convívio, prescindindo de qualquer formalidade legal para seu início”, afirmou.

O magistrado analisou que, no procedimento administrativo instaurado pelo IPSM, foram incluídas diversas provas nas quais a mulher e/ou seu companheiro se identificaram com o estado civil de casados.

Algumas fotos anexadas ao processo também demonstraram que o casal mantém relacionamento público, porque aparece junto em imagens divulgadas nas redes sociais. Há fotografias em vários eventos, mostrando a constituição da união estável.

“Este fato foi corroborado pela oitiva dos vizinhos da recorrente, os quais afirmaram que o homem é companheiro da agravante e que ambos residem juntos”, concluiu o relator.

Os desembargadores Moacyr Lobato e Carlos Levenhagen votaram de acordo com o relator.

Os dados do processo não serão informados para resguardar a identidade da autora.

Fonte: TJ-MG

Decisão de Moraes quase causou crise institucional, diz Bolsonaro

Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Publicado em 30/04/2020 - 10:29 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O presidente Jair Bolsonaro disse hoje (30) que a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de suspender a nomeação do delegado Alexandre Ramagem como diretor-geral da Polícia Federal (PF) foi política e “quase” criou uma crise institucional entre os poderes.

“Tirar numa canetada, desautorizar o presidente da República dizendo em impessoalidade. Ontem quase tivemos uma crise institucional, quase, faltou pouco. Eu apelo a todos que respeitem a Constituição”, disse. “Eu não engoli ainda essa decisão do senhor Alexandre de Moraes, não engoli. Não é essa forma de tratar o chefe do Executivo”, ressaltou ao deixar o Palácio da Alvorada na manhã desta quinta-feira.

O presidente informou ainda que sua assessoria vai procurar a equipe de gabinete de Moraes e espera que o ministro do STF se pronuncie sobre a permanência de Ramagem como diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), cargo que ocupa desde o começo deste governo.

“O senhor vai retirar o Ramagem da Abin, que é tão importante quanto o diretor-geral da PF? Se não pode ter a confiança para trabalhar na PF também não pode trabalhar na Abin. É questão de coerência”, disse Bolsonaro. “Queremos o respeito de dupla mão entre os poderes. Então o senhor Alexandre de Moraes tem que decidir imediatamente se o senhor Ramagem pode ou não continuar à frente da Abin.”

Ramagem é próximo da família do presidente e atuou em sua segurança pessoal, após a vitória no segundo turno das eleições. “A amizade não está prevista como cláusula impeditiva para alguém tomar posse”, disse. “E é uma pessoa competente, segundo a própria PF, e daí a relação de amizade. A minha segurança pessoal só não dormia comigo. E por que eu não posso prestigiar uma pessoa que eu conheci com essa profundidade? É a relação de confiança”, argumentou o presidente.

Na manhã de ontem (29), o ministro Alexandre de Moraes decidiu suspender o decreto de nomeação e a posse do delegado Alexandre Ramagem como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF). Na decisão, o ministro citou declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro, que ao deixar o cargo na semana passada acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente na PF.

Após a suspensão, o presidente tornou sem efeito a nomeação de Ramagem. E hoje, Bolsonaro disse que a Advocacia-Geral da União (AGU) vai recorrer da decisão de Moraes. Já a AGU informou que não vai se manifestar sobre o caso por enquanto.

A Agência Brasil entrou em contato com a assessoria do STF e aguarda posicionamento.

Edição: Narjara Carvalho

Sequestro termina com sete mortos em Prudentópolis - PR

30/04/2020
Grupo estava fortemente armado e acabou entrando em confronto com equipes da Polícia Militar

Um confronto armado entre policiais militares e assaltantes terminou com sete mortes em Prudentópolis, município na região dos Campos Gerais. O confronto envolveu membros da Equipe ROTAM, da 4ª Cia de Prudentópolis, e Policiais de ROTAM da 8ª CIPM de Irati – os agentes de segurança entraram em confronto com assaltantes na Localidade de Tijuco Preto, área rural do Município.

De acordo com as primeiras informações, os assaltantes fizeram um roubo na localidade de Rio D’areia, área rural do município de Prudentópolis, mantendo uma família refém por aproximadamente de cinco horas. Após o roubo a Polícia Militar de Prudentópolis foi avisada e pediu apoio para a equipe policial de Irati.

As equipes policiais localizaram os assaltantes em dois veículos na localidade de Tijuco Preto onde teve início a troca de tiros. Os assaltantes foram feridos e entraram em óbito no local.

Armamento pesado
Com os indivíduos foram localizados várias armas de fogo, incluindo armas de grosso calibre, colete balísticos e também toucas balaclava. O confronto aconteceu por volta das 3h30 desta quinta-feira (30). Nenhum Policial ficou ferido no confronto.

Duas viaturas do Instituto Médico Legal (IML) se deslocaram até a localidade de Tijuco Preto para fazer o recolhimento dos corpos. Os corpos serão encaminhados para o IML de Guarapuava onde serão identificados.

Informações da rádio Copas Verdes.

30/04 - Dia Nacional da Mulher / Dia do Ferroviário/ Dia Internacional do JAZZ / Erechim / Sporting de Portugal/ Jardim Botânico e saiba +

Lei 6.971/1980, homenagem a data de nascimento de Jerônima Mesquita. 
Foi enfermeira e líder feminista brasileira e junto com outras mulheres atuou na luta pelos direitos do gênero. Foi uma das fundadoras da Federação Brasileira pelo Progresso Feminino. Jerônima Mesquita – Wikipédia, a enciclopédia livre
1854 - É inaugurada a primeira ferrovia do Brasil Dia do Ferroviário

Dia Internacional do jazz
"O jazz tem sido, ao longo de sua história, uma força para a transformação social positiva", comentou Irina Bokova em um anúncio oficial. "Por isso a UNESCO criou o Dia Internacional do Jazz. Com suas raízes na escravidão, essa música tem gerado uma voz apaixonada contra todas as formas de opressão. Ela fala uma língua de liberdade que é significativa para todas as culturas."

1918 - Emancipação do município brasileiro de Erechim, estado do RS.
1937 - Sporting Clube de Portugal instala-se no Stadium de Lisboa
1960 - Inauguração do Jardim Botânico da Madeira.
1981Atentado frustrado contra o Pavilhão Riocentro, onde era realizado um show em comemoração ao Dia do Trabalhador.
1993CERN anuncia que os protocolos da World Wide Web serão gratuitos.
2015 — Lançada contra a superfície de Mercúrio, a sonda espacial MESSENGER encerra sua missão de 11 anos ao planeta.
2019 — O imperador do Japão Akihito abdica em favor do filho Naruhito. É a primeira vez em dois séculos que um imperador japonês deixa sua função ainda vivo, graças a uma lei aprovada sob medida para Akihito.

Noite de Walpurgis, chegada da primavera — Evento regional da Escandinávia
Dia da Rainha — feriado nacional nos Países Baixos, nas Antilhas Neerlandesas e em Aruba.
Aniversário do rei Carlos XVI Gustavo da Suécia, dia oficial da bandeira
Dia da Libertação (Vietnam).
Véspera de Bealtaine (Do irlandês Bealtaine ou do escocês gaulês). Originalmente um feriado druida depois celta (Irlanda).

Nascimentos
1897 - Humberto Mauro, cineasta considerado o "Pai do Cinema Brasileiro". 
1914 - Carlos Lacerda, jornalista, escritor e político brasileiro (m. 1977).
          Dorival Caymmi, cantor, compositor e pintor brasileiro (m. 2008).
1955- Roberto Justus,apresentador, publicitário,empresário e cantor brasileiro.
1969 - Gabriel Chalita, filósofo, escritor e político brasileiro.
2002Giovanna Rispoli, atriz brasileira.

Falecimentos
1945 - Adolf Hitler, político alemão (n. 1889).
2001 - Maria Clara Machado, dramaturga brasileira (n. 1921).
2002 - Charlotte von Mahlsdorf, fundador do Gründerzeit Museum in Berlin-Mahlsdorf (n. 1928)
2003Aureliano Chaves, político brasileiro (n. 1929).
2008Julio Maria Bandeira de Mello, médico e político brasileiro, fundador do município de Bom Jesus, no estado da Paraíba (n. 1925).
2009David Picão, religioso brasileiro.
2011 _ José Massa, político brasileiro (n. 1943, mesmo dia do aniversário)
2017Belchior, cantor e compositor brasileiro (n. 1946).
2019Beth Carvalho, cantora e compositora brasileira (n. 1946).

quarta-feira, 29 de abril de 2020

Minas Gerais terá o primeiro casamento civil por videoconferência

Publicado em 29/04/2020 - 16:49 Por Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil - Brasília

Quando se conheceram, via redes sociais, Welton Adriano de Souza, 36, e Heloísa Helena Galeno Coutinho, 40, não imaginavam que seria também via internet que eles se casariam. O casal participará, nesta quinta-feira (30), da primeira cerimônia de casamento civil feita por meio de videoconferência em Minas Gerais.

Se há até algumas semanas, o casal se empolgava em meio ao “planejamento de muitas coisas bacanas” tanto para a cerimônia como para a festa que, a princípio, estaria repleta de amigos e familiares, agora o casal está empolgado com o ineditismo e com o aspecto inovador de um casamento feito através da grande rede.

A previsão é de que o casamento ocorresse no dia 4 de abril, data em que completaria nove meses desde que se conheceram nas redes sociais. “Escolhemos essa data porque simboliza o tempo que dura uma gestação”, justifica Welton.

Tudo ia bem até que, como forma de enfrentamento ao novo coronavírus, foram anunciadas medidas de isolamento social para evitar aglomerações de pessoas. “Tivemos então de alterar nossos planos”, disse à Agência Brasil Welton.

Casamento inovador
“Ao sermos informados do adiamento de nosso casamento, ficamos, no começo, chateados porque tínhamos planejado muitas coisas bacanas. Mas depois passamos a achar a ideia interessante. Tivemos de reinventar, a exemplo do que se faz em qualquer situação difícil”, contou o noivo.

O casamento via videoconferência foi então cada vez agradando mais ao casal. “Principalmente depois que descobri que seremos os primeiros a casar dessa forma. O primeiro, entende? Apesar de não ser o que é considerado ideal por muitas pessoas, estamos muito felizes por termos uma cerimônia diferente. Tínhamos planejado uma festa. Agora teremos mais do que isso. Nosso casamento será inovador”, disse Welton.

O futuro marido da cabeleireira Heloísa Helena é cuidador de idosos e técnico de enfermagem. Diante da relevância que sua profissão tem em tempos de covid-19, Welton optou por postergar a lua de mel, que deverá ser curtida em uma praia após a pandemia passar.

“Caso na quinta-feira e volto ao trabalho na sexta, porque tenho pacientes de 92 e de 81 anos que estão no grupo de risco da doença. Não dá para folgar porque é importante evitar a rotatividade de profissionais como eu, no trabalho com idosos”, explicou o cuidador.

Oficial empolgada
Outra pessoa empolgada com a cerimônia é a oficial do Cartório de Registro Civil e Notas do Distrito do Barreiro, Letícia Franco. “Eu adoraria me casar dessa forma porque, pessoalmente, gosto de inovações. Por isso será especial para mim também essa forma moderna e inovadora de casar por meio eletrônico. Estarei toda bonitona para celebrar”, confessou à Agência Brasil a oficial.

Além do cartório de Barreiro, apenas o do distrito de Venda Nova tem, por enquanto, autorização para fazer casamentos online em Minas Gerais. Segundo Letícia, apenas no estado de Santa Catarina teve alguma iniciativa similar à que está sendo implementada em Minas Gerais. Estão agendados outros cinco casamentos por videoconferência, após a cerimônia de Welton e Heloisa.

A oficial explica que os casamentos foram viabilizados por meio de uma portaria do Tribunal de Justiça mineiro, datada em 22 de abril. “A decisão foi tomada em função da necessidade de distanciamento. O detalhamento dos procedimentos relativos à permissão [para o uso de meios tecnológicos devido ao novo coronavírus] ficou a cargo da Corregedoria Nacional de Justiça”, explicou Letícia Franco.

Segundo ela, a cerimônia é igual à física. “Só que será feita à distância, por meio de um link com aplicativo de videoconferência. Teremos testemunhas assistindo a cerimônia ao mesmo tempo, e o juiz de paz presidindo a celebração. As assinaturas serão substituídas pelo arquivo do vídeo, que ficará gravado na plataforma e nos arquivos do cartório”, detalhou.

Divórcio
Segundo ela, a autorização dada pela justiça autoriza também a lavratura de escrituras. “Portanto é possível até mesmo se divorciar através de videoconferências. Tudo por assinatura remota”.

Letícia acrescenta que as autorizações dadas aos cartórios de Barreiro e de Venda Nova (ambos localizados em Belo Horizonte) são o projeto piloto de uma iniciativa que, segundo ela, deverá ser estendida a outros municípios mineiros e, muito provavelmente, a outros estados.

“Por enquanto a portaria é válida apenas durante a pandemia, mas já há uma movimentação nos sentido de tornar isso facultativo em cartórios e tribunais de todo o país. Acho que essa é uma tendência, inclusive para o Conselho Nacional de Justiça. Afinal, vivemos em uma sociedade cada vez mais virtual e digital, repleta de meios eletrônicos inventados para facilitar a vida dos cidadãos”, disse.

“É um sinal dos tempos, ainda que, a princípio seja uma inovação movida pela vontade de preservar a saúde pública. Agora é até difícil entender por que demorou tanto para se ter essa ideia”, acrescentou. Para fazer a cerimônia por videoconferência, o cartório mineiro cobra uma taxa extra de R$ 36, além dos R$500 cobrados para o casamento civil.

A oficial do cartório de Barreiro diz acreditar que, apesar de a grande maioria dos casais optarem por cerimônias tradicionais, muitos casais farão a opção por cerimônias similares à de Welton e Heloísa, mesmo após o fim do período de isolamento. “Sem dúvida é uma experiência diferenciada, e quem não quer para si um casamento especial?”, argumenta.

Edição: Aline Leal

Em meio à pandemia, moradores do Rio de Janeiro buscam atendimento médico em Juiz de Fora

Por Amanda Andrade, G1 Zona da Mata
29/04/2020 14h43 
HPS em Juiz de Fora — Foto: Reprodução/TV Integração

Entidades de saúde e a Prefeitura revelaram um aumento no número de pacientes do Estado do Rio de Janeiro em busca de atendimento médico na rede pública de saúde de Juiz de Fora. A preocupação é a sobrecarga no sistema de saúde, que já apresenta altas taxas de ocupação de leitos por causa da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, do dia 20 de abril até esta quarta-feira (29), 10 pacientes do Rio de Janeiro foram atendidos em Juiz de Fora. Destes, seis foram na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Norte e quatro no Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS). A Secretaria ressaltou que alguns estavam com suspeita de Covid-19.

Para debater a situação, o prefeito Antônio Almas (PSDB) se reuniu na terça-feira (28) com o Secretário de Estado de Saúde de Minas Gerais, Carlos Eduardo Amaral, para solicitar diretrizes para atuação neste caso.

A situação é acompanhada pela Ouvidoria Municipal de Saúde de Juiz de Fora, Conselho Municipal de Saúde e pelo Sindicato dos Médicos da cidade.

Comprometimento na estrutura da saúde
A ouvidora municipal Samantha Boechat informou ao G1 que a situação de fluminenses buscando atendimento na cidade não é recente. Entretanto, com o aumento do número de casos de Covid-19 no estado do Rio de Janeiro, a preocupação dos órgãos de saúde é uma possível superlotação das unidades de atendimento em Juiz de Fora.

A busca por atendimento e tratamento médico se dá pela proximidade de Juiz de Fora com cidades do Rio de Janeiro, como Três Rios, que fica a cerca de 60 km, Volta Redonda, que fica a 182 km, e a capital fluminense, localizada a 184 km de distância.

“Tenho recebido telefonemas e e-mails de pacientes e familiares questionando a assistência de saúde em Juiz de Fora. Nem todos os casos envolvem suspeita de coronavírus. Já tem cerca de três anos que a rede de saúde do estado do Rio de Janeiro está precária e que os pacientes de lá, principalmente da Baixada Fluminense, tem vindo para Juiz de Fora para buscar tratamento que eles não conseguem no local de origem. Com a pandemia, a situação se agravou, sem dúvidas.”, explicou Samantha.

Juiz de Fora também é a cidade referência na Macrorregião de Saúde do Sudeste de Minas Gerais, atendendo cerca de 1,6 milhões de habitantes. No município, o Hospital Doutor João Penido e Hospital Universitário da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) são referência para tratamento de Covid-19 na Zona da Mata e Campo das Vertentes.

O presidente do Sindicato dos Médicos de Juiz de Fora, Gilson Salomão, ressaltou a preocupação no comprometimento da estrutura de atendimento para a macrorregião.

“As denúncias que nós recebemos tem nos preocupado bastante. Esse fluxo de pacientes que estão vindo do Rio de Janeiro e ocupando os leitos hospitalares de Juiz de Fora pode vir a comprometer a estrutura oferecida não só a população da cidade, mas a população que engloba a macrorregião. Não temos visto, nem por parte do Estado de Minas Gerais, nem por parte da Prefeitura, nenhuma medida que venha a resolver esse problema.”, explicou o médico.

Samantha explicou que alguns pacientes chegam à cidade em estado crítico de saúde e são atendidos na rede primária de urgência e emergência, o que é obrigatório por lei. Porém, há também casos de pessoas que buscam a rede secundária de atendimento, para realização de exames, de média e alta complexidade, atendimentos e cirurgias.

“Eles ligam para a ouvidoria e querem que nós ajudemos a conseguir os atendimentos, a confecção de cartão SUS, e explicamos que não é possível, já que são residentes de outro município, outro estado.”, contou a ouvidora.

A Ouvidoria relatou que fez um pedido formal à Prefeitura de Juiz de Fora para que seja estudada a possibilidade de instalação de barreiras sanitárias nos limites municipais.

“A instalação da barreira não pode ser vista como um ato cruel e desumano, de restrição de atendimento, nem de circulação de pessoas, mas como um ato de assegurar dignidade no atendimento aos pacientes da macrorregião.”, reforçou Boechat.

Em nota, a Prefeitura de Juiz de Fora informou que, durante a conversa entre o chefe do Executivo e o secretário estadual, foi apontado que, se for para realização de atendimento de pacientes de outros estados, o município irá precisar de reforço na infraestrutura, já que o planejamento atual contempla apenas pacientes da macrorregião de saúde.

Sobre a questão de instalação de barreiras sanitárias na divisa entre os estados, a Prefeitura reforçou que a situação é federativa e precisa da interlocução do Governo de Minas Gerais com o Governo do Rio de Janeiro.

O que dizem as secretarias
A Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que tem estabelecido diretrizes observando não apenas as orientações do Ministério da Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS), mas também a legislação federal e as decisões proferidas pelo Supremo Tribunal Federal, no contexto do enfrentamento à Covid-19.

Sobre recebimento de pacientes residentes em outros estados, a Secretaria disse por nota que “não houve, até o momento, entendimentos institucionais no sentido de transferência de pacientes com Covid-19, uma vez que seriam necessárias, inclusive, estabilização adequada dessas pessoas para que efetivamente viessem a ser transportadas, o que é complexo”.

A pasta reforçou que Minas Gerais não negará auxílio a outro estado, se for o caso, porém “não é possível estabelecer qualquer compromisso sem a garantia de que a rede do estado estaria em condições de tratar a todos.”

A SES-MG afirmou que acompanhará com atenção aos desdobramentos, de forma a produzir consensos entre os entes envolvidos e a manutenção da capacidade de atendimento da rede estadual.

Sobre a instituição de barreiras sanitárias, Secretaria informou que considera que as barreiras “acabam por funcionar como mecanismos de restrição ao direito fundamental de locomoção”.

A pasta explicou que a Lei Nacional nº 13.979, que estabelece medidas para enfrentamento da emergência de saúde por conta do novo coronavírus, aponta que ações restritivas de locomoção e transporte dependem de parecer técnico da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e ato conjunto dos Ministérios da Saúde e da Justiça e Segurança Pública.

Porém, a jurisprudência do STF tem manifestado a tendência de que se considere, com maior preponderância, os atos normativos dos municípios, em virtude desses entes terem maior contato com a realidade local.

O G1 procurou a Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro que informou, por nota, que a taxa de ocupação da rede pública de saúde, considerando toda as unidades da rede estadual, é de 73% em leitos de enfermaria e 85% em leitos de Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Ainda conforme a SES-RJ, o número subiu na segunda quinzena de abril, já que as taxas de ocupação eram de 41% e 63%, respectivamente.

Sobre os leitos reservados para pacientes com Covid-19, com exceção do Hospital Regional Zilda Arns, com taxas de ocupação são de 80% na enfermaria e 79% na UTI, e do Hospital de Campanha Lagoa-Barra, onde 28 dos 30 leitos de UTI estão ocupados, a Secretaria informou que todos os outros leitos destinados para a Covid-19 estão ocupados e que há rotativa de vagas ocasionadas por altas, óbitos, além de reservas técnicas de leitos para pacientes internados que possam agravar o quadro clínico, necessitando de UTIs.

A reportagem questionou a Secretaria sobre os relatos de pacientes fluminenses buscando tratamento em Juiz de Fora e qual orientação o Governo do Rio de Janeiro nestes casos, mas não obteve retorno.

O Governo do Rio de Janeiro esclareceu que possui, atualmente, oito unidades de saúde em todo estado voltados para o atendimento do novo coronavírus e que foram abertos , 724 novos leitos para tratamento de pacientes suspeitos ou confirmados da Covid-19 foram em todo o estado do Rio de Janeiro.

Publicado decreto que lança a Estratégia de Governo Digital 2020-2022

Marcello Casal Jr/ Agência Brasil 
Publicado em 29/04/2020 - 13:45 Por Agência Brasil - Brasília

O Decreto nº 10.332, de 28 de abril de 2020, que estabelece a Estratégia de Governo Digital 2020-2022 foi lançada pelo governo federal, por meio do Decreto 10.332, publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira (29). O documente traça o caminho para um governo totalmente digital.

Entre as metas previstas, está a digitalização de 100% dos serviços públicos no âmbito federal e ações que simplifiquem a vida do cidadão também nos estados e municípios. “O objetivo deste governo é facilitar e modernizar a vida do cidadão brasileiro. A Estratégia de Governo Digital caminha para esta meta”, disse o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Jorge Oliveira.

Além da economia já propiciada, de R$ 2,2 bilhões anuais com a digitalização de 668 serviços federais desde janeiro do ano passado, o governo passou a contabilizar também as horas de burocracia poupadas pela população.

Pelas estimativas do governo federal, os brasileiros já poupam 147 milhões de horas por ano com os serviços públicos federais digitalizados nos últimos 15 meses. “É o equivalente a um dia inteiro de trabalho a toda a população economicamente ativa da Grande São Paulo’.

O processo de elaboração do documento contou com 150 participantes de 32 organizações públicas e privadas, além das 320 contribuições recebidas em consulta pública, realizada em novembro do ano passado.

Com a aplicação da nova Estratégia de Governo Digital, a partir de deste ano, a previsão de economia para o governo federal em cinco anos é de R$ 37,9 bilhões, com a eliminação de papel e burocracia, de locação de estruturas e contratação de pessoal para atendimento presencial, além de perdas com erros e fraudes nos serviços públicos.

Edição: Aécio Amado