segunda-feira, 20 de abril de 2020

Covid-19: depressão cresce entre atletas do futebol profissional

Marcelo Camargo
Publicado em 20/04/2020 - 14:42 Por Rodrigo Ricardo - Repórter da Rádio Nacional - Rio de Janeiro -  Atualizado em 20/04/2020 - 15:36

A depressão vem crescendo entre homens e mulheres que vivem de jogar futebol e os motivos apontados pela Federação Internacional de Jogadores Profissionais (FIFPro) são o isolamento social - medida adotada para travar o avanço da pandemia do novo coronavírus (covid-19) - e as incertezas quanto ao futuro. A entidade publicou hoje (20) em seu site oficial o resultado de uma pesquisa, realizada entre 22 de março a 14 de abril, com 1602 atletas em confinamento na Inglaterra, França, Austrália e Estados Unidos.

Dentro do universo pesquisado, foram ouvidas 468 jogadoras de futebol, das quais 22% responderam que apresentam sintomas de depressão. Entre os homens, 13% admitiram manifestações da doença. O transtorno de ansiedade generalizada foi apontado por 18% dos jogadores e 16% das jogadoras. 

No início do ano, estudo idêntico já havia sido feito pela entidade, com o apoio de pesquisadores do hospital da Universidade de Amsterdã. Na ocasião, a pesquisa registrou que 11% das mulheres e 6% dos homens reconheceram ter sintomas de depressão.

A FIFPro tem cerca de 63 países filiados. A entidade lembra que muitos profissionais da bola vivem fora dos países onde nasceram, sem suas famílias, e receosos com a aproximação do fim de seus contratos. A entidade pontua que o estudo é uma reflexão social, e por isso não defende a retomada apressada das competições. O retorno, segundo a FIFPro, poderia causar mais preocupação aos atletas diante do medo de serem infectados pela covid-19.

Edição: Cláudia Soares Rodrigues

O livro “A realidade de Madhu” de 2013 previu uma grande pandemia em 2020?

Publicado em 2 de abril de 2020

É verdade um livro chamado “A realidade de Madhu”, escrito em 2013, teria previsto que uma grande pandemia iria assolar o mundo em 2020?

O texto com a constatação surgiu em diversos sites e blogs – e também nas redes sociais – no final de março de 2020. De acordo com um recorte da página de um livro, uma grande epidemia iria acabar com quase metade da humanidade em 2020!

O texto ainda afirma que o livro se chama “A realidade de Madhu” e que sua autora teria previsto a pandemia do coronavírus em 2013.

Será que isso é verdade ou mentira?

Trecho extraído do livro: “Em 2020, quando a Terceira Realidade terminou de envolver todo o planeta Terra, uma pandemia global matou mais de três bilhões de terráqueos. Foi um momento muito caótico que durou dois anos. Foi uma pandemia viral psicossomática que penetrava somente em corpos incompatíveis com a vibração de amor ao próximo. Não havia para onde fugir”.

Verdade ou mentira?
Em 2013, Melissa Tobias terminou seu romance “A realidade de Madhu” com um enredo envolvendo viagens intergaláticas e contatos com alienígenas. No final de março de 2020, em entrevista ao jornal Extra, a autora disse que nem se lembrava mais do trecho em sua obra e que teve que buscar na página 183 de seu romance para comprovar que o que estava sendo espalhado a seu respeito era real, que o texto estava lá!

Melissa disse que havia escrito esse trecho se baseando no estudo da Naturologia e nos escritos de Chico Xavier e que sempre deixou bem claro que a história é uma obra de ficção científica (e não uma obra de autoajuda ou espírita). Ela também explicou que nunca recuperou os R$ 15 mil que tirou do próprio bolso para realizar o sonho de ter um livro publicado.

Felizmente, após seu livro ser redescoberto na web em 2020, a escritora assinou um contrato com uma editora, que irá republicar seu romance.

Poucas semelhanças
Como a própria autora disse em entrevistas, não se trata de uma previsão. Para ela, 2020 era um ano muito distante e, por isso (juntamente com uma suposta profecia atribuída ao Chico Xavier que dizia que 2019 seria o fim de uma Era), achou interessante jogar a epidemia para esse ano redondo.

As semelhanças param por aí. O vírus do romance de Melissa é um organismo “psicossomático” (que tem origem psicológica, mas que gera problemas no corpo), enquanto que o causador da COVID-19 passa longe dessa classificação, visto que ele ataca o sistema respiratório.

Conclusão
O livro “A realidade de Madhu”, de Melissa Tobias, realmente falou de uma epidemia que ocorreria em 2020 no mundo todo. No entanto – no livro – o vírus é psicossomático e acabou com 3 bilhões de humanos!

20/04 - Dia do Disco / Dia do Diplomata/ Vasahiah / Santa Inês e São Teodoro/ Pales/ Congregação Cristã no Brasil e saiba +

Instrumento que foi de muita importância na história da música. Esta mídia foi desenvolvida no final da década de 1940, e era utilizada para registrar informações de áudio e reproduzi-las através de um toca-discos. 

Dia do Diplomata (Foi o prestígio obtido em dois casos que fez com que Rodrigues Alves escolhesse Paranhos para o posto máximo da diplomacia em 1902, quando o Brasil estava justamente envolvido em uma questão de fronteiras, desta vez com a Bolívia.
Esta tentava arrendar uma parte do seu território a um consórcio empresarial anglo - americano. A terra não era reclamada pelo Brasil, mas era ocupada quase que integralmente por colonos brasileiros, que liderados por Plácido de Castro resistiam às tentativas bolivianas de expulsá-los, episódio que ficou conhecido como "Revolução Acreana".


Anjo do dia- Vasahiah / Santos do dia - nês de Monte Pulciano e Teodoro
Roma antiga: Festival de Pales, deusa pastoral dos bosques e dos campos.
Canadá e Estados Unidos: 20 de abril é um dia cerimonial do fumo de maconha.

1963 - Início do Pan-Americano de São Paulo.
1985 - Carlos Lopes estabelece a melhor marca mundial da Maratona fazendo 2h7m11s em Roterdão.
1999 - Massacre na Columbine High School: Eric Harris e Dylan Klebold abrem fogo dentro da escola. Quinze pessoas morrem e 23 ficam feridas. Após os tiroteios, ambos suicidam-se antes da SWAT entrar no colégio.
2010 - Explosão da plataforma Deepwater Horizon, causando 11 mortos e uma enorme maré negra.
2012 — Cento e vinte e sete pessoas morrem quando um avião cai em uma área residencial perto do Aeroporto Internacional Benazir Bhutto, em Islamabad, Paquistão.

Nascimentos
1586Santa Rosa de Lima, religiosa peruana e padroeira da América (m. 1617).
1884 - Augusto dos Anjos, poeta brasileiro (m. 1914).
1889 - Adolf Hitler, führer alemão (nascido na Áustria) (m. 1945).
1927 - Miriam Pires, atriz e cantora brasileira (m. 2004).
1948-  Luís Vagner, cantor, compositor e instrumentista de samba-rock 
1963 - Maurício Gugelmin, ex-piloto brasileiro de Fórmula 1 e Champ Car.
1964 - Altemir Gregolin, médico e político brasileiro.
1979 - Camilla de Castro, modelo e atriz brasileira (m. 2005).
1982 - Bruno Ferrari, ator brasileiro.
1983 - Miranda Kerr, modelo australiana.
1984 - Nélson Évora, atleta português de salto triplo.

Falecimentos
1902 - Sousândrade, poeta, criador da bandeira do Maranhão (n. 1833).
1969 - Ataulfo Alves de Souza, compositor e cantor brasileiro (n. 1909).
1993 - Cantinflas, comediante mexicano (n. 1911).
2014 - Rubin Carter, ex-pugilista norte-americano (The Hurricane) (n. 1937).
https://pt.wikipedia.org/wiki/20_de_abril

domingo, 19 de abril de 2020

ESPECIAL RELIGIOSO MENSAGENS - Roberto Carlos


Um programa Especialmente elaborado e editado pelo Canal AAT. Se você gostou compartilhe essa ideia , deixe seu Like.

Roberto Carlos canta: Un Leon Se Escapo (Um Leão Está Solto nas Ruas)


"Un Leon Se Escapo (Um Leão Está Solto nas Ruas)"(Rossini Pinto / J. Quirós)
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Coronavírus - Visão geral dos casos

Visão geral dos casos 
Brasil  - Confirmados       38.654   Recuperados   14.026   Mortes      2.462 
Global - Confirmados   2.382.064  Recuperados    611.791   Mortes  165.636 
Atualizado menos de 20 min atrás·   Fonte:Wikipédia· Sobre esses dados 

Conheça a nanotecnologia, ciência que revoluciona a indústria

No próximo dia 29 de dezembro, completam-se exatos 60 anos desde que a Nanociência ganhou seu pontapé inicial. Foi em uma palestra dada pelo físico Richard Feynman em um encontro da American Physical Society na California Institute of Technology, mais conhecida como CalTech. Em sua fala, intitulada There’s Plenty of Room at the Bottom (“Tem Bastante Espaço no Fundo”, em tradução livre), o pesquisador descreveu o processo teórico por meio do qual seria possível manipular e controlar átomos e moléculas individualmente.

Apenas na década seguinte, porém, ao explorar máquinas de ultraprecisão, o professor Norio Taniguchi cunhou o termo “nanotecnologia” para descrever algo que ainda não era possível. Em 1981, foi desenvolvido o Microscópio de Varredura por Tunelamento (STM, ou Scanning Tunneling Microscopy), que permitiu que os pesquisadores “vissem” átomos individuais. A Nanociência, prevista de forma teórica em 1959, se tornava então uma realidade.


Pesquisa avançada dependeu do desenvolvimento de microscópios de alta precisão. (Fonte: Pixabay)

Mas, o que é, afinal, a nanotecnologia?
De maneira simples e direta, convencionou-se chamar de nanotecnologia toda ciência, engenharia e tecnologia feita em nanoescala, o que é mais ou menos entre 1 e 100 nanômetros — 1 nanômetro é 1 bilionésimo de 1 metro. Se a escala numérica é abstrata demais, considere que uma folha de papel em um jornal tem 100 mil nanômetros de espessura.

Como todo o Universo é composto por átomos, as aplicações da nanotecnologia são virtualmente ilimitadas. Não há área do conhecimento ou aspecto da existência humana que não possa ser afetado positivamente pelo desenvolvimento de tecnologias na escala nano. Desde roupas impermeáveis e autolimpantes até computadores menores e mais rápidos, passando por diagnósticos e tratamentos médicos mais eficientes ou por mecanismos de dessalinização de água do mar. Desde formas de transporte mais eficientes e baratos até telas com maior definição de imagem, passando pelos já anunciados celulares dobráveis ou nanotubos de carbono que reduzem a perda energética dos fios de alta tensão. Seja um ideal mais nobre, sejam produtos que irão revolucionar nosso dia a dia, dificilmente alguma nova descoberta científica irá acontecer sem que a nanoteconologia esteja envolvida.
Nanotubo de carbono.​ (Fonte: Pixabay)

Uma das formas de se qualificar para atuar nesse mercado é o Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais e Nanotecnologia, da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Os cursos de Mestrado e Doutorado promovem a interação entre Química, Física, Engenharias e qualquer outra área que necessite de materiais complexos e tecnológicos. O Programa não é focado apenas em nanotecnologia, como o título já adianta, mas sim nas demandas da indústria, que cada vez mais necessita de soluções pensadas a partir da escala nano.

Em 2016, a Mackenzie inaugurou em São Paulo o Centro de Pesquisa Avançada em Grafeno da América Latina, o MackGraph, com foco em investigar propriedades do grafeno e de outros nanomateriais com aplicação na indústria. São 4 mil metros quadrados, distribuídos em 7 andares, com vários laboratórios que permitem que os estudos se desenvolvam. Esse é o primeiro centro privado para pesquisas sobre o grafeno da América Latina. Ao todo, foram mais de R$ 100 milhões investidos pela instituição nesse ramo nos últimos anos.

O grafeno é uma das formas cristalinas do carbono, assim como o diamante ou o grafite. Ele é muito forte, leve, semitransparente e ótimo condutor de calor e eletricidade. Por ser uma folha plana de átomos de carbono altamente condensado, é um dos mais eficientes materiais para nanotubos. Na prática, o grafeno é uma camada extremamente fina de grafite, já que tem a altura de um átomo de carbono.

Em 2010, o Prêmio Nobel de Física foi concedido a Andre Geim e Konstantin Novoselov, ambos da Universidade de Manchester, por trabalhos considerados inovadores com o material.

Arquitetura moderna: o que é, história e influências


Para tratar de arquitetura moderna primeiro é necessário falar sobre o Modernismo, um conjunto de ideais que surgiu na Europa entre o fim do século XIX e o início do século XX, influenciado pela Revolução Industrial e pela mudança de mentalidade da sociedade.

Modernismo
Pintura do Palácio de Cristal, em Londres. (Fonte: Viva Decora)

A Revolução Industrial, que aconteceu entre 1740 e meados de 1840, foi a grande responsável pelo surgimento desse movimento que influenciou a arte, a literatura, o cinema, o design e a arquitetura.

É possível dizer que os avanços tecnológicos da época deram oportunidades e criaram novas necessidades para a sociedade, que precisava rever os conceitos ultrapassados e definir ideais voltados para o progresso.

Modernismo na arquitetura
Torre Eiffel, um exemplo de arquitetura moderna no coração de Paris. (Fonte: Viva Decora)

No campo da arquitetura e engenharia, a mudança estrutural da sociedade durante a Revolução Industrial impulsionou e, de certa forma, até forçou a criação de soluções para a ocupação dos espaços urbanos.

Novos materiais produzidos em grande escala, como ferro, vidro, aço e concreto armado, passaram a ser utilizados e possibilitaram aos arquitetos a criação de obras mais altas, leves e fortes. Pela primeira vez, esses profissionais não estavam apenas à serviço da Igreja e da Monarquia, tornando-se agentes da mudança do cenário das cidades. Durante aquela época foram criados os primeiro arranha-céus da história, além de pontes, estradas, viadutos e residências urbanas.

Bauhaus
A escola alemã permanece relevante. (Fonte: Archtrends)

Não tem como falar de arquitetura moderna sem falar da Escola Bauhaus — da junção dos termos alemães bauen (construir) e haus (casa) —, responsável por influenciar não só a arquitetura mas também o design e as artes, sendo imensamente influente até a atualidade. A primeira escola de design do mundo foi fundada na República de Weimar, na Alemanha, em 1919, pelo arquiteto Walter Gropius.

Apesar de ter durado pouco mais de 1 década e ter sido fechada em 1933 com a ascensão do governo nazista, a Bauhaus criou os ideais que se tornaram base para a arquitetura moderna. O espírito se manteve vivo, já que os artistas migraram para outros países da Europa e América e levaram a influência moderna com eles.

O arquiteto alemão Mies van der Rohe (1886-1969) resumiu os ideais da Bauhaus de uma forma muito simples: "menos é mais".

Características
Villa Savoye, de 1928, criada por Le Corbusier. (Fonte: Viva Decora)

A rejeição aos modelos tradicionais, o uso de materiais pré-fabricados, a geometrização das formas, o predomínio de linhas retas e a priorização da funcionalidade marcaram o estilo. Outras características incluem paredes brancas e lisas, janelas amplas e vãos e planta livres.

É importante lembrar que, apesar de simples, a arquitetura moderna não é simplória. A Revolução Industrial mudou a forma como as cidades eram ocupadas e isso fez com que as novas construções seguissem os princípios de:
integração;
funcionalidade;
simplicidade;
luz e ventilação;
função social.

No Brasil
Museu de Arte de São Paulo. (Fonte: Decor Fácil)

Engana-se quem acredita que o movimento ficou restrito à Europa. O Brasil não só abraçou a arquitetura moderna como também acrescentou elementos nacionais, desenvolvendo um estilo próprio e que até hoje pode ser visto em diversos centros urbanos.

A Semana de Arte Moderna, que aconteceu em 1922, em São Paulo, foi o pontapé inicial para a criação do modernismo brasileiro, que adaptou os ideais europeus a nossas necessidades, formas e materiais.

O Museu de Arte de São Paulo (Masp), da arquiteta Lina Bo Bardi, é um grande exemplo de como a arquitetura moderna ganhou um toque especial quando chegou ao Brasil. O projeto inicial da construção foi concluído em 1957, mas a inauguração aconteceu só em 1968. Hoje, o vão livre do edifício é um grande ponto de encontro da capital paulista.
Brasília foi a primeira cidade do mundo a ser planejada com características modernistas. (Fonte: Archtrends)

Outro nome que não pode ser deixado de lado é Oscar Niemeyer, que dispensa apresentações. O grande responsável pelo projeto arquitetônico de Brasília construiu a primeira cidade do mundo usando os ideais modernistas a pedido do presidente da época, Juscelino Kubitschek. O Palácio da Alvorada, o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto mostram a força da arquitetura moderna e a importância de Niemeyer no movimento.

Jogando verde - Êta eguinha boa! -


Êta eguinha boa!

Tio Tonico chegou da Boa Vista, quatro léguas batidas. Dessareou a Princesa, jogou-lhe água no lombo, que ela sacudiu com prazer. Botou milho no cocho, passou a raspadeira e tirou o cabresto. Enquanto a égua se refestelava rolando no curral, colocou o enxergão pra secar, guardou o resto da arreata e foi caminhando em direção à porta da cozinha. Antes lavou as mãos, molhou o rosto e os braços na água fria da bica.
Tia Maria batia uma abobrinha, para afogar dali a pouco. Era de ver a esperteza dela, a faca indo e vindo na maior rapidez.
Ele foi entrando e cumprimentando, palavras poucas mas jeito amigo:
– Oi, Maria.
– Oi – respondeu ela, levantando as vistas sem parar com o serviço.
– Tudo bem por aqui?
– Tudo. E por lá?
– Sem novidade.
– Comadre tá boa?
– Mesma coisa. A erisipela, como sempre, coçando muito.
– E o compadre?
– Arrumou uma diversão: consertando porteira e trocando régua do curral. Diz-se que passa o dia entretido com isso. É até bom pra ele, não tem sofrimento de ficar quieto.
– Ou sair por aí andando à toa – disse ela, caçoando.
– Ô Maria. Bem que ocê podia esquentar uma água pra mim. Tou precisando de um bom banho, trocar essa roupa suada. Êta calor danado!
Ela deixou a cuia com a abobrinha e a faca em cima da mesa. Pôs o tacho d’água numa trempe vazia e atiçou o fogo.
Tio Tonico pegou uma canequinha esmaltada, encheu de café e foi bebendo devagar, um pé apoiado no rabo do fogão.
Outra vez picando abobrinha, ela perguntou:
– E a viagem? Alguma novidade?
– Correu bem. Novidade, teve uma. Quase vendi a Princesa.
– Não acredito! Só se fosse por muito dinheiro.
– Seis conto.
– Seis conto numa égua? Santo Deus! É dinheiro demais... Qual é o doido que te deu essa proposta?
– Vou te contar. Viagem grande, a gente sozinho. Olha uma criação, escuta o vento na folhagem, vê um passarinho voando, acompanha o movimento das nuvens. Quando é fé, o cristão já nem dá conta de nada. Vai sendo levado, anda um pedação sem ver. A Princesa só indo, boa de boca, aquela marcha macia, mansa de poder passar debaixo. Fora o porte, que é difícil de encontrar: cabeça em pé, orelha sempre levantada, tala do pescoço bem formada, aquele pelo liso, sedoso.
– E o negócio?
– Pois é. Sentindo tudo isso, eu pensei: se não tivesse a Princesa, se precisasse de um animal de sela de toda confiança e alguém aparecesse querendo vender a égua pra mim, eu era bem capaz de oferecer seis conto...

Texto do livro “Casos de Minas”, de Olavo Romano.
Págs. 13 a 15.
Edição: 1982
Livro - Casos de Minas

A memória de Minas Gerais recuperada em histórias e "causos" populares. Textos fluentes e com humor. O autor vai no fundo de sua memória e de lá resgata certas coisas que ele gostaria que não morressem: um som particular, um cheiro impregnado, bichos, gentes, situações. Ele não cai na arapuca das descrições, narra apenas. O estilo é limpo, sem maquiagem, e encaixa perfeitamente com as histórias. A sabedoria, a malandragem, a essência do homem de interior – está tudo aqui, inteiro e intacto. E sua linguagem é respeitada, sem deformações gráficas.

Piano e 10 músicas: detalhes do show de Roberto Carlos, em live, na noite deste domingo

Roberto Carlos na sua primeira live produzida por um artista clássico da MPB será neste domingo (19), às 19h45, dia em que ele chega aos 79 anos de idade. O show terá as duas primeiras músicas exibidas pela TV Globo, como anunciado aqui ontem (18), casa com a qual Roberto tem contrato desde 1974, quando foi ao ar seu primeiro especial de fim de ano, e, depois, seguirá pelo seu canal oficial no YouTube (assista aqui) e pelo Globoplay.

Será um raro momento em que Roberto Carlos terá um projeto de TV fora de sua tradicional temporada natalina. O show que está sendo pensado por ele e pelo maestro Eduardo Lages desde a última quarta-feira (15) vai contar com cerca de dez músicas e caber, ao contrário das maratonas sertanejas com até cinco horas de duração, em 45 minutos, tempo de duração da live exclusiva.

As músicas escolhidas, segundo pessoas de sua produção, podem trazer surpresas. Roberto cogitou escolher algumas que canta raramente em seus shows. Outra surpresa será vê-lo ao piano mais do que o comum para fazer o próprio acompanhamento. Mantendo uma distância segura dentro do estúdio, só estarão com ele Lages e seu tecladista Tutuca Borba.

Blog: O Povo com a Notícia