05/04/2020 às 06:53
Fotomontagem ilustrativa
A hora dos raciocínios lógicos.
Os raciocínios podem ser lógicos indutivos e/ou dedutivos. Pois bem! Estamos no meio de uma pandemia provocada por um vírus novo, o COVID-19. Até aqui, não há consenso acerca de terapia eficiente para evitar o contágio ou combater a doença e as suas taxas de morbidade e mortalidade.
Em alguns países foi adotada a quarentena horizontal (todos em casa), em outros a quarentena vertical (grupos de risco em casa - os demais em atividades com prevenção).
Até onde se pode analisar, pelos dados estatísticos publicados, a primeira opção não vêm ajudando no "achatamento da curva" (EUA, Itália, França, Espanha, etc.) a segunda opção tem tido maior eficiência (Alemanha, Holanda, etc.).
O Presidente Bolsonaro tem tentado convencer as autoridades para aderirem a ideia de adoção da segunda opção, que por raciocínio lógico dedutivo, não vai mudar o quadro posto que: se nos países que adotaram a quarentena horizontal a curva não diminuí e nos que não adotaram diminuí, pior que está, não fica.
Então, ao invés de dois traumas extremos (a contaminação em massa e a quebra do país) teríamos somente o risco da primeira (com chances de minorar os danos com base nos modelos exitosos citados).
Além do mais, sinceramente? Quarentena? Estive vendo imagens de aglomerações enormes em ambientes públicos aqui nas mídias sociais (exemplo? Caixa Econômica Federal - centrais de distribuição de cestas básicas, lojas, mercados, etc).
Outra questão é o uso ou não da cloroquina.
Ora, também nesse assunto a comunidade científica está dividida.
Grandes cientistas dizem que há uma evidente melhora no uso dessa droga em pacientes infectados, se respeitadas as fases da moléstia e as doses, juntamente com a prescrição médica adequada, que não vislumbre contra indicação.
Outra parte da comunidade científica é contra.
Convenhamos, que por raciocínio lógico indutivo, se não temos cura com outras práticas, é mais que razoável adotarmos uma terapia "off label", diante das notícias vindas de muitas fontes seguras e confiáveis, da sua eficácia, com rigorosa indicação médica, do que deixar o paciente jogado a própria sorte. É a conduta do menor prejuízo.
Não tratar quadros graves é igual a risco de morte iminente.
Então por que a resistência em usar a cloroquina e hidroxicloroquina diante dos protocolos que foram adotados em outros países?
E mais: O FDA é o órgão americano de controle de drogas. Equivale a nossa ANVISA. Ambos já liberaram o uso do remédio, ainda em condições de terapia precária e "off label". Eles são confiáveis, ou não?
Vamos agora fazer o raciocínio inverso: a quem interessa o não uso da terapia com cloroquina e hidroxicloroquina? Será que existem interesses econômicos dos grandes laboratórios farmacêuticos por detrás desta má vontade, posto serem drogas baratíssimas e de fácil e rápida distribuição?
Ou seriam interesses políticos ou de vaidades intelectuais para tentar demonstrar quem estava errado, maquiando a verdade e postergando o fim do problema?
Estaremos diante de uma aposta no caos?
Raciocínio estúpido é empacar para não usar métodos que estão dando certo.
E me parece que esse é o cenário montado no Brasil. Fiquemos atentos e façamos pressão!
Só para finalizar. Sou do grupo de risco. Vou fazer quarentena. Junto a mim, tenho pessoas que não são. Se quiserem, que vão trabalhar e na volta tomem todas as cautelas para me isolarem.
Se adoecer, fica expresso aqui minha soberana vontade: apliquem cloroquina e hidroxicloroquina sem medo.
Se morrer, morri!
E você, se adoecer? Quer tomar cloroquina e hidroxicloroquina ou não?
E se algum ente querido seu adoecer e você tiver que decidir? Sim ou não?
Está concluído o raciocínio!
Advogado.Vice-presidente e Chefe da Unidade de Representação em Santa Catarina na empresa Câmara Brasil-Rússia de Comércio, Indústria e Turismo e Sócio na empresa Nemetz & Kuhnen Advocacia.