terça-feira, 31 de março de 2020

Feira da Agricultura Familiar passa a ser realizada na Rua São João

JUIZ DE FORA - 31/3/2020 - 15:07
Foto: Arquivo

A partir de quinta-feira, 2 de abril, a Feira Semanal da Agricultura Familiar será realizada na Rua Barão de São João Nepomuceno, Centro, das 8 às 12 horas. A mudança é ocasionada pela pandemia do coronavírus, que provocou o fechamento temporário do Parque Halfeld, onde a feira acontece normalmente.

Tradicional na cidade, a feira oferece produtos naturais e artesanais, como hortaliças, verduras, frutas, doces, quitandas, mel, licor, café, feijão, queijo e leite. Sua realização é parceria da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária (Sedeta), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) e da Associação Regional de Produtores Rurais e Feirantes da Agroindústria Familiar de Alimentos (Agrofar).

Durante este período, estão suspensas as barracas de lanches, como pastéis, caldo de cana e churrasquinhos. Os feirantes são orientados a utilizar luvas e máscaras de proteção, assim como higienizar as mãos com água e sabão ou álcool em gel frequentemente.

Marco Aurélio Mello aceita notícia-crime contra o comportamento de Bolsonaro


“Não é possível que só Bolsonaro esteja certo”, assinala o ministro

Deu no G1

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio Mello, pediu à Procuradoria-Geral da República (PGR) que analise uma notícia-crime apresentada contra o presidente Jair Bolsonaro. A notícia-crime é um instrumento usado para alertar as autoridades a respeito da ocorrência de um ilícito.

Na petição, o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) requer que o Ministério Público Federal acuse o presidente da República de colocar em risco a saúde dos brasileiros em seu pronunciamento da semana passada sobre a pandemia de coronavírus.

Marco Aurélio Mello decidiu enviar os autos para o Ministério Público Federal. “Deem vista à Procuradoria-Geral da República”, diz trecho da decisão do ministro.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Isso significa que o ministro do Supremo considera que a iniciativa do deputado é procedente e o presidente da República realmente estaria propositadamente colocando em risco a saúde dos brasileiros, ao sugerir que saiam às ruas e descumpram as determinações dos governos estaduais e municipais, além do próprio Ministério da Saúde e da Vigilância Sanitária. Se não tivesse essa opinião, Marco Aurélio Mello teria simplesmente arquivado a notícia-crime. Por isso, mandou ouvir a Procuradoria. O assunto é grave, com repercussão mundial. Vamos voltar a ele. (C.N.)Posted in Geral http://www.tribunadainternet.com.br/marco-aurelio-mello-aceita-noticia-crime-contra-o-comportamento-de-bolsonaro/

General Villas Boas elogia Bolsonaro e diz que o Brasil pode encarar “consequências imprevisíveis”

General diz que falta de “sinergia, integração de esforços e compatibilizações”

Gregory Prudenciano
Estadão

Ex-comandante do Exército e atualmente assessor do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o general Eduardo Villas Boas publicou nesta segunda-feira, dia 30, em sua conta no Twitter, algumas opiniões sobre a crise causada pelo avanço da covid-19 no Brasil.

Na publicação, que foi compartilhada pela conta do presidente Jair Bolsonaro, Villas Bôas elogia o mandatário e fala que o Brasil pode encarar “consequências imprevisíveis”, que seriam fruto de “ações extremadas”.

FALTA DE SINERGIA – Na postagem, Villas Bôas diz que o País vive “um momento especial e muito grave” e que tem se preocupado com a falta de “sinergia, integração de esforços e compatibilizações de visões” dos “protagonistas”, sem citar nomes. Segundo o general, há o risco dos pobres terem de pagar o preço por “ações extremadas” – expressão usadas duas vezes no texto.

Sobre Jair Bolsonaro, Villas Bôas diz que o presidente “não tem outra motivação que não o bem estar (sic) do povo e o futuro do País”, e que suas posturas mostram “coragem e perseverança nas próprias convicções”.


“NORMALIDADE” – Nas últimas semanas, Bolsonaro tem discutido, via imprensa, teleconferências e redes sociais, com governadores e críticos que defendem maiores restrições à mobilidade e ao comércio como forma de conter a disseminação do novo coronavírus. Para o presidente, é necessário “voltar à normalidade” para evitar um colapso econômico.“Um líder deve agir em função do que as pessoas necessitam, acima do que elas querem”, termina o texto de Villas Bôas.

O ex-comandante notabilizou-se por suas publicações no Twitter em momentos importantes, como quando falou sobre risco de “convulsão social” no dia anterior ao julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que poderia colocar em liberdade o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que deixou a cadeia posteriormente, por uma mudança no entendimento do STF sobre cumprimento de pena após condenação em segunda instância.

MACRON – Em outro momento, Villas Bôas disse ver em falas do presidente francês, Emmanuel Macron, “ameaças de emprego de poder militar” contra a soberania brasileira. Em setembro de 2019, em entrevista ao Estado, o general falou que estava preocupado com as deliberações entre bispos católicos no Sínodo da Amazônia, ocorrido no Vaticano. Para Villas Bôas, o encontro entre religiosos havia adquirido “viés político”.Posted in Geral

Procon/JF registra 159 denúncias a estabelecimentos por eventuais preços abusivos

JUIZ DE FORA - 31/3/2020 - 10:54
Desde a decretação das normas de combate ao coronavírus (covid-19) no Município, a Agência de Proteção e Defesa do Consumidor de Juiz de Fora (Procon/JF) tem realizado seus atendimentos de forma não-presencial. Do dia 17 até esta terça-feira, 31, o órgão registrou cerca de 250 ligações, sendo 159 delas denúncias de eventuais preços abusivos. Até agora, 116 demandas já haviam sido apuradas, e na maioria foi necessário notificar os fornecedores a apresentarem nota fiscal dos produtos.

O superintendente do Procon/JF, Eduardo Schröder explicou que “as empresas que foram notificadas devem apresentar a nota fiscal da compra em até dez dias. O não cumprimento pode gerar multas”.

Para o consumidor, “é importante guardar a nota, pois, assim, o Procon terá como apurar, através da solicitação das mesmas, qual foi o preço de aquisição e venda do produto nos últimos meses, podendo verificar, então, o possível abuso”, destaca o fiscal da agência, Marco Júnior.

A apuração é feita através da fiscalização do Procon. As denúncias são referentes a possíveis abusos de poder econômico e elevação de preços sem justa causa, com objetivo de aumentar arbitrariamente o custo dos insumos relacionados ao enfrentamento da covid-19, principalmente álcool em gel 70, máscaras descartáveis (PFF2 ou N95) e luvas.

Atendimento
O Procon fornece também a plataforma consumidor.gov.br, para reclamações. Em 2019, entre 9 e 30 de março, foram 531 registros. Já em 2020 são 702, indicando aumento de 32% referente aos dois períodos. O atendimento por telefone funciona pelos números 3690-7610 e 3690-7611. Os canais operam normalmente, de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h30.

Covid-19: 500 mil kits de teste rápido chegam ao Brasil. Exame permite que se tenha um resultado em apenas 15 minutos

Publicado em 31/03/2020 - 09:24 Por Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil - Brasília

O primeiro lote com 500 mil kits de testes rápidos para o novo coronavírus, comprados pela empresa Vale, já chegaram ao Brasil. A remessa vinda da China desembarcou no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na tarde de ontem (30) e foi encaminhada para o centro de logística do Ministério da Saúde na capital paulista.

A Vale fechou a compra de 5 milhões de kits para a verificação de infecção por covid-19. O teste, produzido pela empresa chinesa Wondfo, tem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ele detecta anticorpos e permite que se tenha um resultado em apenas 15 minutos.

Segundo a mineradora, a doação é uma forma de ajudar o governo brasileiro no combate à disseminação da doença no país. A Vale está usando sua rede de logística na Ásia para trazer insumos ao Brasil. As 4,5 milhões de unidades restantes serão entregues à empresa pelo fornecedor ao longo do mês de abril.

A logística de distribuição dos kits no Brasil será feita pelo governo federal e o Ministério da Infraestrutura é o responsável por garantir a oferta de linhas aéreas essenciais para o despacho do material. A pasta também deve atuar em suporte quando houver lacunas na distribuição. “O ministro Tarcísio [Freitas] está em contato com os estados através do Conselho Nacional de Secretários de Transportes (Consetrans) e conta com a possibilidade de usar aeronaves e veículos oficiais, além do apoio das Forças Armadas”, informou o ministério.

Em publicação no Twitter, o presidente Jair Bolsonaro destacou o trabalho da equipe. “Chega o primeiro lote de kits de exame rápido. Quinhentos mil itens de um total de 5 milhões doados pela Vale. A distribuição do material desta etapa está a caminho dos 26 estados de todo Brasil e DF”, escreveu.


Chega o primeiro lote de kits de exame rápido. 500 mil itens de um total de 5 milhões doados pela @valenobrasil . A distribuição do material desta etapa está a caminho dos 26 estados de todo Brasil e DF. @MInfraestrutura @tarcisiogdf


Hospital das Clínicas de Porto Alegre
Bolsonaro também anunciou a chegada de novos equipamentos de Terapia Intensiva no Hospital das Clínicas de Porto Alegre (HCPA), custeado com recursos do Ministério da Educação (MEC). De acordo com o presidente, mais recursos serão distribuídos para expansão dos leitos de 40 hospitais universitários.

No dia 13 de março, o governo editou medida provisória que destina R$ 5 bilhões para combater a crise provocada pelo coronavírus (Covid-19). Do montante, além dos recursos para o HCPA, os hospitais universitários receberão R$ 204 milhões.

O hospital de Porto Alegre passará a contar com 105 leitos em um novo Centro de Terapia Intensiva (CTI). A unidade atual tem 53 leitos. Ele é integrante da rede de hospitais universitários do MEC e vinculada academicamente à Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

De acordo com o ministério, a obra física do novo CTI foi entregue em outubro de 2019. Com o surgimento da pandemia de covid-19, o MEC liberou, no início de março, emergencialmente, R$ 57 milhões para que o hospital comprasse os equipamentos e pagasse as despesas de custeio para colocar a unidade em funcionamento.

O CTI será implementado de forma gradual e, até sexta-feira (3), dez novos leitos de terapia intensiva dedicados, exclusivamente, a pacientes portadores de covid-19 devem ser instalados. Além disso, o MEC analisa o pedido de 775 vagas para profissionais assistenciais e de apoio para atuarem na unidade.

Edição: Denise Griesinger

31/03- Dia da Integração Nacional/ Dia da Saúde e Nutrição/ Dia da Doutrina Espírita/ Torre Eiffel / Santa Balbina e saiba +

Integração nacional é o conjunto de políticas de desenvolvimento nacional, para permitir o desenvolvimento sustentável das economias regionais do país. A finalidade das políticas de integração nacional é minimizar as diferenças econômicas existentes nas várias partes do país, de forma a garantir um desenvolvimento equânime, com oportunidades a todos os cidadãos.
O Brasil é conhecido pelos contrastes regionais que o dividiram em dois pólos econômicos: o Sul, rico e desenvolvido, e o Norte, pobre e atrasado. Além disso, há a divisão em pólos demográficos: a região costeira superpopulosa e o interior com baixa densidade demográfica.

Dia da Saúde e Nutrição 
No dia 31 de março, celebra-se o Dia da Saúde e Nutrição. É uma data oportuna para pensarmos na nossa própria saúde, alimentação e hábitos.Muitas doenças são fáceis de tratar se diagnosticadas rapidamente (como a maioria dos tipos de câncer de pele, infecções e viroses) por isso é importante fazer exames de rotina periodicamente.

- Dia da Doutrina Espírita          Santa Balbina, virgem e mártir italiana

1821 – É extinta a Inquisição em Portugal

1889 – A Torre Eiffel é inaugurada por Gustave Eiffel que a projetou;
1892 –Manifesto dos 13 generais contestando a legitimidade do governo e condenando as atitudes de Floriano Peixoto 
1918 – O Horário de Verão entre em vigor nos Estados Unidos 
1931 – Um sismo destrói ManáguaNicarágua, matando 2000 pessoas;
1938 – Curitibanos no estado de SC.
1965 – O Pico da Neblina, é escalado pela primeira vez;
1993 – O congresso rejeita a criação do Estado do Iguaçu 
1994 - Naturecrânio completo Australopithecus afarensis (Evolução humana);
1998Netscape libera o código-fonte do Mozilla licença de código aberto.
2016 — Começa na França o movimento social conhecido como Nuit debout, espalhando-se dias depois para a Bélgica, Alemanha e Espanha.


Nascimentos
1685 –Johann Sebastian Bach, cantor, compositor, cravista, pianista, maestro, organista, professor, violinista e violista alemão (m. 1750).
1860 – Afonso Celso, escritor e político brasileiro (m. 1938)
1904 – Aracy Cortes, cantora brasileira (m. 1985)
1912 - Walter Müller dos Reis, médico brasileiro (m. 1987)
1926 - Luís Reis, compositor e pianista brasileiro (m. 1980)
1929 - José Murilo Martins, médico e escritor brasileiro
1936 – Ruth Escobar, atriz e produtora cultural brasileira
1955 - Angus Young, guitarrista australiano (AC/DC)
1964 - Virgínia Rodrigues, cantora brasileira
1969 - Paula Lavigne, atriz brasileira
Mortes
1727 – Isaac Newton, matemático e físico britânico (n. 1643)
1879 – Inocêncio, santo russo (n. 1797)
1889 – Vicente Alves de Paula Pessoa, juiz e político (n. 1828)
1924 – Nilo Peçanha, ex-presidente brasileiro (n. 1867)
1936 – Emídio Lino da Silva Jr,engenheiro militar,político português 
1937 – Belmiro Ferreira Braga, poeta brasileiro (n. 1872)
1998 - Carlos Vergueiro, ator, compositor e roteirista (n. 1920)
2006 – Giordani Rodrigues, jornalista brasileiro (n. 1965)
2009 – Raúl Alfonsín, político argentino (n. 1927)

http://pt.wikipedia.org/wiki/31_de_março

segunda-feira, 30 de março de 2020

Diante de pandemia, população deve estar alerta sobre notícias falsas

Marcello Casal Jr/ Agência Brasil
Publicado em 30/03/2020 - 17:26 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília

A pandemia do novo coronavírus e as medidas de isolamento social vêm sendo acompanhadas pela ampla profusão de conteúdos sobre o tema. Com isso crescem também as notícias falsas, prática difundida no Brasil e no mundo nos últimos anos. Nesse momento,a população deve tomar ainda mais cuidado tanto para não acreditar em mentiras quanto para não repassá-las.

Notícias bombástica, prometendo remédios ou saídas milagrosas têm circulado no ambiente online, em redes como Whatsapp, Facebook, Instagram e Youtube. Pessoas sem qualquer qualificação divulgam providências sem embasamento que tratariam a covid-19, como pequenas doses “shots” de imunidade ou a atribuição de poder de cura à hidroxicloroquina, mesmo contra determinação do Ministério da Saúde. 

As notícias falsas espalham desinformação e dificultam a divulgação de informações e orientações pelas autoridades à população. Diante da preocupação com a pandemia, o cuidado com a verificação para o repasse muitas vezes pode diminuir, aumentando a circulação desses conteúdos enganosos.

Um exemplo é a foto de supostos saques na cidade de São Vicente, no litoral Paulista. O episódio ocorreu, mas em 2013, e não agora. A imagem ganhou milhares de cliques e compartilhamentos em redes sociais. Ela foi desmentida por agências de checagem, como a Aos Fatos.

Checar informações
Entre as orientações estão duvidar de fontes desconhecidas, buscar orientações nos sites oficiais das autoridades de área, como a Organização Mundial de Saúde (OMS), a Organização Pan-Americana da Saúde, braço regional da OMS, o Ministério da Saúde e as secretarias municipais e estaduais e evitar repassar informações sem certeza, mesmo que venham de amigos ou familiares. É possível também checar em diversas agências ou projetos, como Lupa, Aos Fatos e Comprova.

O Ministério da Saúde lançou uma página direcionada a desmentir os boatos. O site desmente inúmeras mensagens falsas, como orientações do órgãos que nunca foram dadas, anúncios de vacinas, formas de prevenção que não funcionam (como gargarejo com água morna, sal e vinagre) e alegações sobre o vírus, como o fato de ele morrer em temperaturas partir de 26º .

Guia
O Comitê Gestor da Internet lançou um guia com dicas para manter um uso seguro da Internet, que aborda, entre outros temas, o cuidado com boatos e mensagens. Uma cartilha específica sobre como evitar e combater boatos foi publicada juntamente com o material.

Conforme a publicação, em geral os boatos difundidos apresentam uma série de características:

- Afirmam não ser notícia falsa

- Possui título bombástico

- Tem um tom alarmista, com palavras como “cuidado” ou “atenção”

- Omite local, data ou até mesmo fonte (principalmente no caso do Whatsapp)

- Não traz evidências nem embasamento

- Coloca-se como único a revelar uma informação escondida pelos demais veículos

- Pede para ser repassado a um grande número de pessoas e alega consequências trágicas caso a tarefa não seja realizada

- Utiliza URL ou até mesmo design gráfico semelhante a veículos conhecidos.

Punição
O material lembra que as pessoas responsáveis pela difusão dessas mensagens podem ser punidas, como o enquadramento nos ilícitos de calúnia e difamação, além de danos morais. No Brasil, o ilícito relacionado a um conteúdo falso só existe na legislação eleitoral, mas esses outros tipos penais podem ser utilizados.

Na Paraíba, a Assembleia Legislativa aprovou uma lei pela qual poderá multar quem difundir conteúdos falsos sobre a pandemia. A sanção pode ser entre R$ 1 mil e R$ 10 mil para quem difundir uma mensagem enganosa no estado que gere algum tipo de dano. Os recursos arrecadados serão direcionados para as ações de combate a epidemias no estado. 

Hábitos
O Whatsapp é um dos principais meios de difusão de notícias falsas. O app é um dos principais canais de informação dos brasileiros, segundo o Relatório de Notícias Digitais do Instituto Reuters, que analisa hábitos de consumo de comunicação em todo o mundo. A rede social conta com mais de 130 milhões de usuários brasileiros. A jornalista Carolina Valadares relatou à Agência Brasil que tem evitado se informar pelo aplicativo Whatsapp.

Na avaliação da organização internacional Avaaz, que atua no combate à desinformação, existe uma “infodemia”, com uma inundação de desinformação nas redes sociais. Exemplos são “lives” em redes como Facebook, Instagram e Youtube, para disseminar conteúdos falsos, além de áudios adaptadas para a realidade de cada país. É o caso, por exemplo, de áudios supostamente atribuídos a autoridades de saúde ou personalidades confiáveis com métodos e curas falsas.

“Algumas dessas mensagens podem até mesmo levar à morte em momentos de desespero, mas ainda, a longo prazo, gera uma grande desconfiança nas instituições, resultando em uma ameaça ainda maior às nossas democracias e nossa saúde. A desinformação dá às pessoas a falsa sensação de segurança e levam essas pessoas a agirem de maneiras que podem ajudar a espalhar o vírus”, comenta Laura Moraes, coordenadora de campanhas da entidade no Brasil.

Medidas
Plataformas digitais anunciaram medidas contra a disseminação de notícias falsas. O Google lançou um alerta que dá acesso a notícias, dicas de segurança e outras orientações de autoridades como a Organização Mundial da Saúde e o Ministério da Saúde. De acordo com a assessoria da empresa, milhões de anúncios que tentavam arrecadar com o tema foram bloqueados, além de ter sido implementada a proibição de anúncios em que apareciam máscaras médicas. O serviço de notícias do conglomerado, Google News, criou uma seção específica com informações sobre a pandemia. Na Play Store, a loja de aplicativos, quando uma pessoa procura um app sobre o assunto são mostrados aqueles relacionados a autoridades públicas, como o “Coronavírus - SUS”, do Governo Federal e o “Coronavírus Ceará”, do Governo do Estado do Ceará.

Por outro lado, o Youtube, maior plataforma de vídeo e também controlada pelo Google, permitiu a monetização de vídeos com menção ao novo coronavírus. Em 11 de março, a diretora executiva da empresa, Susan Wojcicki, declarou em comunicado que esta alternativa seria controlada. Mas em 16 de março, a empresa anunciou a expansão desse recurso, mantendo apenas diretrizes aos produtores de conteúdo, como checar a informação, uso de fontes confiáveis (como OMS e autoridades de saúde) e manter “a melhor das intenções possíveis”.

De acordo com a assessoria da empresa, vídeos de fontes confiáveis são destacadas nos resultados de busca. Além disso, seguem valendo as regras internas da plataforma, que proíbem, por exemplo, produtos nocivos. Entretanto, tanto o Youtube quanto outras plataformas tiveram de seguir as medidas de quarentena, o que reduziu as equipes de verificadores de conteúdo e deixou uma maior parte dessa tarefa para sistemas automatizados. 

Twitter
Em comunicado publicado na última sexta-feira (27), o Twitter alertou que o emprego maior de ferramentas automatizadas pode gerar uma “perda de contexto” e pode resultar em erros. A rede social aumentou o escopo do entendimento de “dano” para incluir aqueles que vão contra as orientações das autoridades de saúde. Serão excluídos, por exemplo, tuítes que neguem essas recomendações, divulgação de medida de prevenção e tratamento ineficazes, negação de fatos científicos, mensagens buscando se passar por autoridades ou afirmações de que determinados grupos populacionais são menos ou nada suscetíveis à pandemia. 

Na avaliação da Avaaz, as plataformas devem aumentar a escala de suas ações para seguir a gravidade da pandemia. A entidade defende que elas devem apontar um conteúdo como falso a todos que viram ou interagiram com aquela informação, fornecendo links para fontes confiáveis, como a OMS. A organização também propõe que as plataformas “desintoxiquem” seus algoritmos para que não promovam conteúdos perigosos (como na definição do que aparece numa linha do tempo ou recomendação do próximo vídeo).

Edição: Aline Leal

Número de mortes pelo novo coronavírus no Brasil chega a 159

Publicado em 30/03/2020 - 17:23 Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil - Brasília
Atualizado em 30/03/2020 - 19:02

O número de mortes em razão do novo coronavírus (covid-19) subiu de 136 para 159 entre ontem e hoje. Um aumento de 16% entre a última atualização e a divulgada há pouco pelo Ministério da Saúde.

Já os casos confirmados saíram de 4.256 para 4.579. O resultado de novas 323 pessoas infectadas marcou um incremento de 7% em relação a ontem. O número foi o menor desempenho nos últimos cinco dias, quando o número de novas pessoas infectadas, por exemplo, passou dos 500 na última sexta-feira (27).

Em entrevistas coletivas durante a semana a equipe do Ministério da Saúde afirmou que era esperado um crescimento diário de até 33%.

Os estados com mais casos foram São Paulo (1451), Rio de Janeiro (600), Ceará (372), Distrito Federal (312) e Minas Gerais (231). A menor incidência está em estados da Região Norte, como Rondônia (6), Amapá (8), Tocantins (9) e Roraima (16). 

Mortes
O índice de letalidade atingiu 3,5% com o balanço de hoje, acima do verificado no balanço de ontem, quando ficou na casa dos 3,2%.

São Paulo concentra 113 do total de mortes, seguido por Rio de Janeiro (18), Pernambuco (6), Ceará (5), Piauí (3), Paraná (3), Rio Grande do Sul (3), Santa Catarina (1), Goiás (1), Distrito Federal (1), Rio Grande do Norte (1), Bahia (1), Minas Gerais (1) e Amazonas (1). Com 23 novas mortes, foi o maior resultado registrado desde o início juntamente com o de ontem, que teve o mesmo número.

Em relação ao perfil das pessoas que faleceram, 40,4% eram mulheres e 59,6% eram homens. Mantendo o padrão identificado ao longo da semana, 90% tinham mais de 60 anos e as doenças crônicas mais associadas foram cardiopatias (81), diabetes (58), pneumopatia (24) e condições neurológicas (14).

As hospitalizações somaram 757.

Medidas de isolamento 
Na entrevista coletiva de balanço das ações do governo federal, realizada de forma conjunta no Palácio do Planalto, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou que é correto seguir as decisões dos governos sobre decretação de medidas de isolamento social.

“Tenho dialogado com secretários municipais e estaduais dentro do que é técnico e científico. Por enquanto mantenham as recomendações dos estados porque esta é no momento a medida mais recomendável já que temos muitas fragilidades do sistema de saúde que são típicas”, afirmou.

Sobre a discussão acerca do foco na proteção das vidas ou da economia, assunto sobre o qual o presidente vem se manifestando nos últimos dias, o ministro Mandetta afirmou que é inerente aos gestores da Saúde priorizar a proteção à vida da população.

“A saúde é um norte, um farol. Enquanto não temos resposta mais cientificamente comprovada, a saúde vai falar ‘para e vamos evitar contágio’. Isso não é a saúde estar certa ou errada, é instinto de preservação. O instituo pela vida é mais forte do que o econômico. Precisamos primeiro preservar esse instinto e dar as condições”, declarou.

Ele afirmou que o governo entende que não pode haver um lock down (fechamento) absoluto no país, mas é preciso ver como retomar setores da economia de forma a evitar a disseminação da doença. “Temos que moderar como ativar partes importantes da economia para que não tenhamos uma segunda onda [crise econômica] maior que a primeira [crise de saúde]. Se não tivermos coordenação teremos os dois problemas ao mesmo tempo”, ponderou.

O ministro argumentou que não há como definir prazo para o fim das medidas de isolamento, pois os países que indicaram o momento do encerramento tiveram de adiar, como Estados Unidos. Esse debate, acrescentou, será feito em conjunto com governos estaduais e prefeituras.

“Não acredito em quarentena vertical ou horizontal. Eu preciso construir um pacto com os atores, estados, Supremo Tribunal Federal. Vamos ter código de comportamento, de distanciamento entre as pessoas. De funcionar, para não morrer de paralisia, mas não ter frenesi que nos cause um mega problema que estamos vendo nos países”, defendeu.

Ontem após visitar localidades em Brasília, o presidente Jair Bolsonaro voltou a manifestar preocupação com a economia e com a preservação de empregos das pessoas que estão sendo afetadas pela crise provocada pela pandemia.

*matéria atualizada às 18h30 para acréscimo de informações

* texto ampliado às 19h02

Edição: Bruna Saniele

Covid-19 - Prefeito mantém medidas de distanciamento social

JUIZ DE FORA - 30/3/2020 - 10:41

“Há 37 anos, quando me formei em medicina, fiz o juramento de Hipócrates, afirmando a defesa e luta pela vida. Hoje estou prefeito, e não vou abrir mão disso”. A afirmação foi feita pelo prefeito Antônio Almas, na tarde de sexta-feira, 27, ao confirmar para a imprensa local que a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) manterá as medidas adotadas, presentes no decreto municipal vigente, para conter os avanços da covid-19, como suspensão de eventos e fechamento do comércio não essencial.

Almas ressaltou também o esforço intersetorial da PJF no enfrentamento ao coronavírus: “Este é o momento de mantermos centralizados os esforços, através da união dos diversos setores da Administração Municipal, em prol do bem maior”.

Em relação à tomada de decisões no Município, Almas explicou que a covid-19, doença causada pelo coronavírus, é dinâmica, e as medidas também. De acordo com o prefeito, o corpo técnico da PJF avaliou que a única forma de achatar a curva de crescimento de casos é manter as determinações de distanciamento social: “Por isso, pedimos que a população continue em casa”.

Principais medidas
- Suspensão das aulas da rede municipal por tempo indeterminado;
- Recomendação para que todas as instituições de ensino suspendam as atividades;
- Suspensão de todos os eventos municipais;
- Recomendação para que todas as atividades de cunho privado, com público superior a cem pessoas, sejam suspensas;
- Criação de comitê municipal para estudar constantemente a situação epidemiológica da cidade;
- Confecção de material gráfico para campanha informativa sobre a covid-19;
- Trabalho junto aos hospitais da cidade para ampliação do número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Fiscalização está nas ruas para coibir abertura do comércio

JUIZ DE FORA - 30/3/2020 - 11:54
Foto: Divulgação

Fiscais de posturas da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) estão nas ruas nesta segunda-feira, 30, a fim de coibir a abertura do comércio não essencial. A ação segue as determinações do decreto municipal que está em vigor na cidade desde o dia 16. Alguns comerciantes tentaram abrir seus estabelecimentos, mas foram coibidos e devidamente orientados.

“Estamos passando por uma pandemia e o mundo está nos mostrando o que deu errado. O isolamento social é fundamental, para evitarmos a transmissão/contágio do coronavírus (covid-19), pois caso haja aumento exponencial no número de infectados, haverá colapso no sistema de saúde. Por isso, vamos fazer cumprir o decreto, com a fiscalização nas ruas diariamente”, reforçou o secretário de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano, Luís Cláudio Santos Pinto.

A fiscalização também está nas ruas fazendo apreensão de itens vendidos por ambulantes irregulares. Na sexta-feira, 27, na esquina da Avenida Getúlio Vargas com Rua Floriano Peixoto, foi apreendido álcool em gel sem procedência, que estava sendo vendido em garrafas plásticas sem rótulos, e uma, inclusive, com o “produto” embalado em vidro de pimenta. A PJF está orientando as pessoas para que não comprem álcool em gel sem procedência, pois não se sabe o que tem dentro das embalagens, podendo ser mais risco para a saúde.