terça-feira, 10 de setembro de 2019
10/09- Dia Mundial para Prevenção do Suicídio / Feriado em João Pinheiro e Areado - MG / São José do Ouro - Dois Irmãos - RS/ 1º Jornal do Brasil e saiba +
10/09/2019
Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
Feriado em Dois Irmãos, RS/
1837 - O líder farroupilha Bento Gonçalves foge da prisão e volta a comandar a rebelião.
1930 - Ferreira Gullar, poeta e escritor brasileiro.
1942 - Ary Coslov, ator e diretor brasileiro.
Dia Mundial de Prevenção do Suicídio.
Município de João Pinheiro,MG/
Feriado municipal em Areado, Minas Gerais -Aniversário da cidade
1808 - É lançada a Gazeta do Rio de Janeiro, primeiro jornal impresso no Brasil.
1813 - Guerra anglo-americana de 1812: Ocorre a Batalha do Lago Erie, em Ohio, com vitória decisiva dos estadunidenses1837 - O líder farroupilha Bento Gonçalves foge da prisão e volta a comandar a rebelião.
1871 - Fundação da Primeira Igreja Batista no Brasil em Santa Bárbara do Oeste, Estado de São Paulo.
1939 - Segunda Guerra Mundial: Fim da Batalha de Wizna, episódio ocorrido durante a Invasão da Polônia, com a vitória alemã sobre as tropas polonesas.
1977 - Hamida Djandoubi - última execução por guilhotina na França.
2008 - O Grande Colisor de Hádrons entrou em funcionamento.
2015 - É anunciada a descoberta do Homo naledi, uma nova espécie humana.Nascimentos
1942 - Ary Coslov, ator e diretor brasileiro.
Ipojuca Pontes, jornalista e escritor brasileiro.
1952 - Paulo Betti, ator brasileiro.
1970 - Maurício Manieri, músico brasileiro.
Wikipédiasegunda-feira, 9 de setembro de 2019
Internet das Coisas: saiba como essa tecnologia pode afetar sua vida
Publicado em 09/09/2019 - 15:33
Por Jonas Valente – Repórter Agência Brasil Brasília
Internet das Coisas. Embora mais conhecido entre técnicos, empresas e pesquisadores, o termo vem ganhando visibilidade na sociedade. As coisas, neste caso, são todo tipo de equipamento que pode ser conectado de distintas formas, de um caminhão para acompanhamento do deslocamento de frotas de transporte de produtos a microssensores que monitoram o estado de pacientes à distância em hospitais ou fora deles.
Na Internet das Coisas (IdC) - também tratada pela sigla em inglês IoT (Internet of Things) - novas aplicações permitem o uso coordenado e inteligente de aparelhos para controlar diversas atividades, do monitoramento com câmeras e sensores até a gestão de espaços e de processos produtivos. As regras para este ambiente tratam tanto da conexão como da coleta e processamento inteligente de dados.
O ecossistema da IdC envolve diferentes agentes e processos, como módulos inteligentes (processadores, memórias), objetos inteligentes (eletrodomésticos, carros, equipamentos de automação em fábricas), serviços de conectividade (prestação do acesso à Internet ou redes privadas que conectam esses dispositivos), habilitadores (sistemas de controle, coleta e processamento dos dados e comandos envolvendo os objetos), integradores (sistemas que combinam aplicações, processos e dispositivos) e provedores dos serviços de IdC.
Exemplos de casos de uso nos principais ambientes de aplicação da Internet das Coisas - Arte BNDES
Evolução
Segundo o economista do setor de tecnologias da informação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Eduardo Kaplan, a IdC poderia ser entendida como uma “convergência” de tecnologias já existentes, mas gerando o que o especialista chama de um salto qualitativo.
“A IdC traz mudanças tanto no desenvolvimento de uma conectividade mais pervasiva quanto no aumento do processamento dos dados e barateamento e refinamento dos sensores que permitem a coleta de dados em diversos ambientes e com diferentes atuadores. Tudo isso associado a alguma solução prática, algum uso que permite aumento de eficiência, redução de intervenção humana, novos produtos ou novos modelos de negócios”, explica.
O presidente da Associação Brasileira de Internet das Coisas (Abinc), Flávio Maeda, pontua que a IdC não é uma tecnologia nova, mas um novo sistema de soluções técnicas. “A gente está tratando o tema em geral como se fosse uma continuação da revolução da internet, a Internet 4.0. As coisas vão ficar conectadas e isso tem grandes implicações”, assinala.
Mais coisas conectadas
Na mesma linha, o executivo de Watson da IBM América Latina, Carlos Tunes, lembra que a conectividade em diversas atividades já ocorre há vários anos, como é o caso de processos de automação, mas a diferença da IdC seria a quantidade de dispositivos e as transformações que esse tipo de recurso pode gerar em diversas áreas.
O advento da IdC é que hoje a gente tem muito mais coisas conectadas do que tínhamos no passado. Agora temos desde um relógio, máquina de lavar. IdC acabou tendo uma pulverização deste tipo de sensoriamento e traz isso a um novo nível. Antes tinha número limitado de dados e com frequência grande. Agora tem quantidade maior de dados numa frequência quase que online, o que permite uma tomada de decisão instantânea”, comenta.
Um exemplo é o uso de sensores em tratores que medem a situação do solo e enviam dados para sistemas responsáveis por processar essas informações e fazer sugestões das melhores áreas ou momentos para o plantio. Outro é a adoção de dispositivos em casa, como termômetros, reguladores de consumo de energia ou gestores de eletrodomésticos, que permitem ao morador da residência controlar esses equipamentos à distância.
Máquina a máquina
O diretor de inovação do centro especializado em tecnologia CPQD, Paulo Curado, destaca que uma das diferenças desse novo ecossistema é a capacidade de conectar máquinas que passam a se comunicarem e, com isso, gerar uma forma mais complexa de monitoramento, coleta e análise de informações e tomada de decisões a partir destas, inclusive de maneira automatizada.
“IdC é quando você pega sua agenda e coloca compromisso. E aí eu pego meu relógio conectado, estou dentro do Waze [app de mobilidade]. Se ocorrer um acidente, o Waze vai me acionar pois preciso acordar mais cedo. Isso sem a interferência de ninguém. Quando as coisas começam a conversar, conectadas à internet, a gente fala em Internet das coisas. Isso muda bastante”, exemplifica.
“Qual é a grande diferença do conceito de Internet das Coisas? Quando tem diversas soluções envolvendo a comunicação máquina a máquina. Quando há soluções integradas numa rede única, onde publicam informações delas e consomem de outras, aí estamos falando de IdC”, acrescenta o coordenador de projetos de cidades inteligentes do Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel), Fred Trindade.
Mas...
Para a professora coordenadora do Medialab da Universidade Federal do Rio de Janeiro, Fernanda Bruno, esse novo ecossistema traz uma ampliação da vigilância da vida das pessoas, que hoje já existente nos smartphones, mas com potencial de crescimento por meio da disseminação de sensores em todo tipo de equipamento, como veículos, eletrodomésticos, postes e edifícios.
Mas esse processo, continua a professora, não é apenas um aumento quantitativo desse monitoramento do cotidiano, mas também qualitativo, uma vez que a captura dos dados é mais sutil e silenciosa, muitas vezes sem a consciência por parte dos indivíduos de que estão sendo objeto de tal monitoramento.
“Enquanto a Internet ‘tradicional’ foi marcada pela interatividade, a IdC está incorporada aos objetos e captura os nossos dados enquanto usamos tais objetos ou frequentamos certos espaços e ambientes. Mas é preocupante pensarmos que quantidades imensas de dados extremamente relevantes e sensíveis sobre nossos hábitos e comportamentos estão sendo coletados de forma contínua sem que seja necessária a nossa percepção e consciência deliberada disso”, observa Fernanda Bruno.
Edição: Liliane Farias
09/09 - Dia do Médico Veterinário / Dia da Libertação (Kurtuluş Günü) / Dia do Administrador / Washington D.C / L'avare - Molière- O Avarento / Daniel/Ana Carolina/Maria Rita/Saulo/Oscar e saiba +
09/09/2019
1791 - Fundação de Washington, D.C., a capital dos Estados Unidos.
1884 - É inventado o cachorro quente.
1884 - É inventado o cachorro quente.
1975 - NASA lança sonda Viking 2 (v. Programa espacial dos Estados Unidos).
2015 — Isabel II monarca Britânica com o reinado mais longo da história.
2015 — Isabel II monarca Britânica com o reinado mais longo da história.
2016 — Coreia do Norte realiza "o mais poderoso teste nuclear até à data”, causando terramoto de 5,3 na escala de Richter.
Nascimentos
1828 - Liev Tolstói, escritor russo (m. 1910).
1850 - Leopoldo Miguez, compositor e músico brasileiro (m. 1902).
1922- Hans Georg Dehmelt, alemão, Prêmio Nobel de Física em 1989.
Warwick Estevam Kerr, cientista brasileiro.
1937 - Beto Carrero, empresário e empreendedor (m. 2008).
1964 - Aílton Graça, ator brasileiro.
1974 - Ana Carolina, cantora e compositora brasileira.
1977 - Maria Rita, cantora brasileira.
Saulo Fernandes, cantor e compositor brasileiro.
1985 - Martin Johnson, vocalista da banda Boys Like Girls.
1917 — Madge Syers, patinadora artística britânica (n. 1881).
1923 — Hermes da Fonseca, presidente do Brasil (n. 1855).
1947 — Ananda Coomaraswamy, filósofo e historiador indiano (n. 1877).
1976 — Mao Tse-Tung, estadista chinês (n. 1893).
2003 — Edward Teller, físico nuclear búlgaro (n. 1908).2005 — Tarzan Taborda, lutador de luta livre português (n. 1935).
Jacob Lekgetho, futebolista sul-africano (n. 1974).
2013 — Champignon, músico brasileiro, ex-integrante da banda Charlie Brown Jr. (n. 1978).
Wikipédia
domingo, 8 de setembro de 2019
Cirurgia de Bolsonaro é concluída após cinco horas
Publicado em 08/09/2019 - 13:03 e atualizado em 08/09/2019 - 13:25
Por Bruno Bocchini - Repórter da Agência Brasil São Paulo
A cirurgia do presidente da República, Jair Bolsonaro, terminou às 12h40 de hoje (8) após cerca de cinco horas de duração. A informação é da assessoria de imprensa do Palácio do Planalto. Segundo o Hospital Vila Nova Star, na capital paulista, onde ocorreu o procedimento, a operação foi iniciada às 7h35. Está previsto para a tarde de hoje um boletim médico e uma entrevista coletiva com os médicos sobre a cirurgia.
A retirada de uma hérnia incisional do presidente é a quarta cirurgia após ele ter recebido uma facada em Juiz de Fora (MG) em 6 de janeiro do ano passado. De acordo com o médico Antonio Luiz de Vasconcellos Macedo, mesmo cirurgião que comandou as últimas duas operações, realizadas no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, a intervenção deste domingo é mais simples. Inicialmente tinha previsão de durar cerca de três horas.
Bolsonaro deve se licenciar do cargo por cinco dias, segundo informou o Palácio do Planalto. Ele deu entrada no hospital na noite de ontem (7). A previsão é que o presidente retome o cargo ainda no hospital, mas somente após um período inicial de recuperação. Ao todo, ele deve permanecer internado por até dez dias.
O filho Carlos Bolsonaro, vereador carioca, passou a noite com o pai. Pouco antes das 7h, horário previsto para início da cirurgia, o outro filho - o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) - chegou ao hospital. O presidente também é acompanhado pela primeira-dama Michelle Bolsonaro.
O boletim médico divulgado pelo Hospital Vila Nova Star diz que "O Senhor Presidente da República, Jair Messias Bolsonaro, foi submetido a cirurgia de correção de hérnia incisional, hoje, 8 de setembro, às 7h35, com término às 12h40, no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo. O procedimento foi bem-sucedido, realizado pelo cirurgião-chefe Dr. Antônio Luiz de Vasconcellos Macedo e sua equipe. A técnica utilizada foi a Herniorrafia Incisional com implantação de tela. O paciente fará sua recuperação no apartamento e apresenta quadro clínico estável. Por orientação médica, estará com visitas restritas nesse momento".
Texto alterado às 13h26 para acréscimo de informações.
Edição: Liliane Farias
sexta-feira, 6 de setembro de 2019
Após um ano, médico, policial e comerciante detalham facada em Jair Bolsonaro em Juiz de Fora
Por G1 Zona da Mata e MG1
06/09/2019 11h57
Um dia que começou normal e passou por uma reviravolta para se tornar histórico. É assim que o gerente de uma lanchonete em Juiz de Fora, Ednei Ferreira, o cirurgião da Santa Casa de Misericórdia, Luiz Henrique Borsato, e o comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM), tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues Oliveira, se lembram de 6 de setembro de 2018.
Neste dia, o então candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira durante ato de campanha entre o Calçadão da Rua Halfeld e a Rua Batista de Oliveira, no Centro da cidade.
O tenente-coronel participou da prisão em flagrante de Adélio Bispo e da ação para removê-lo em segurança para a Delegacia da Polícia Federal da cidade. Ferreira trabalha na lanchonete onde Bolsonaro recebeu os primeiros socorros após ser esfaqueado. Borsato era o chefe da equipe de cirurgia do dia e participou da operação emergencial no político.
Eles contaram ao G1 e ao MG1 sobre as recordações e, nos casos do comandante e do cirurgião, como reagiram ao atentado que mudou o rumo do que seria apenas mais um dia de campanha na corrida eleitoral pela Presidência do país.
Tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues Oliveira, comandante do 2º Batalhão de Polícia Militar de Juiz de Fora atendendo à imprensa após a prisão de Adélio Bispo em 6 de setembro de 2018 — Foto: Reprodução/TV Integração
'Participei de sete eleições e nunca houve nada parecido'
A frase é do comandante do 2º Batalhão da Polícia Militar (BPM), responsável pela segurança da região central de Juiz de Fora - o comandante, tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues Oliveira. Em entrevista ao G1, ele comentou que no planejamento do trabalho relativo à ida do então candidato do PSL à cidade, o policiamento foi preparado para todos os locais previstos na agenda:
primeiro, em evento na Associação Feminina de Prevenção e Combate ao Câncer de Juiz de Fora (Ascomcer) e, depois, encontro com empresários e industriais no Hotel Trade e que eles agiram conforme a definição do que o político faria à tarde.
"Estava planejado, inicialmente, que ele iria se pronunciar apenas em frente à Câmara de Vereadores. Até então não tinha notícia de que ele iria descer o Calçadão. De qualquer forma, quando começou o deslocamento do Bolsonaro e apoiadores a gente colocou equipes à frente, atrás e dos lados. Já a segurança pessoal do candidato estava por conta da equipe de policiais federais", relatou tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues Oliveira.
A facada e Adélio Bispo
6 de setembro de 2018: internauta registrou momento em que Jair Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora,
O comandante contou que seguia com a parte do efetivo que vinha atrás da multidão que acompanhava o candidato, quando chegou a informação que mudou a tarde.
"Chegou a notícia: 'Bolsonaro sofreu um atentado'. As informações iniciais eram confusas, não dizia se ele tinha sido atingido por tiro ou facada. Primeiro, disseram que era tiro. Eu e toda a equipe nos deslocamos para o local. Os outros policiais que estavam ao lado e à frente da multidão e dois policiais federais conseguiram prender o Adélio Bispo e o levaram para uma sobreloja porque os apoiadores e simpatizantes do então candidato queriam matá-lo, gritavam palavras de ordem: 'uh, vai morrer, uh, vai morrer'", lembrou.
Ele destacou que a PM organizou um cordão de isolamento para controlar a multidão que "estava enfurecida". Com o efetivo presente e apoio dos militares do 2º Batalhão e da 4ª Companhia de Policiamento Especializado, que estavam de prontidão, foi organizado como o autor do atentado seria retirado do local.
Foi feito um cordão de isolamento também em parte do calçadão para entrar com a viatura para colocar no xadrez e levá-lo em segurança para a Polícia Federal. Por causa disso não houve confronto nem contato dos simpatizantes do candidato com Adélio Bispo e conseguimos tirá-lo de lá sem que houvesse esse problema", acrescentou.
Adélio Bispo de Oliveira foi preso logo após esfaquear o então candidato a Presidência, Jair Bolsonaro (PSL) em Juiz de Fora — Foto: Polícia Militar/Divulgação
Ainda na sobreloja, o comandante conversou com o preso. "Perguntei por que ele fez isso. Ele falou que não concordava com as ideias do candidato Jair Bolsonaro. Vi que ele era natural de Montes Claros, estava em Juiz de Fora há poucos dias. Ele me falou que estava na pensão e, depois, nós estivemos lá com a Polícia Federal (PF) para buscar informações", disse.
No dia, o tenente-coronel não só atendeu à imprensa ainda no local como foi registrado descendo as escadas da sobreloja conduzindo Bispo até a viatura. Por isso, amigos e parentes queriam ouvir o relato dele e foi reconhecido, algum tempo depois, até por pessoas que ele não conhecia.
"Eu tive que contar esta história muitas vezes desde o fim de 2018. Como fiz academia de Polícia Militar em BH, tenho amigos em diversos estados. No dia, o telefone tocou direto, não consegui atender. Todo mundo querendo ouvir a história contada por mim. Até fui reconhecido em Caxambu por uma pessoa que viu a cobertura do caso e se lembrou de que eu conduzi o Adélio até a viatura", lembrou.
O tenente-coronel Marco Antônio Rodrigues Oliveira conduziu Adélio Bispo até a viatura da PM após ataque a Jair Bolsonaro em 6 de setembro de 2018
Um ano depois, ele avalia como a reviravolta em um dia de trabalho se tornou tão marcante.
"Era um dia normal, eu já tinha acompanhado outros candidatos a presidente. Estou na PM há 29 anos. Foi uma experiência única, já passei ao longo da carreira por situações tensas como confronto em jogos do Cruzeiro e Atlético no Mineirão, rebeliões em presídios em Juiz de Fora na década de 1990. Participei de sete eleições presidenciais ao longo da carreira e nunca houve nada parecido. Esta foi a diferenciada", comentou.
"Foi inesperado porque historicamente nunca havia acontecido isso, um atentado a um candidato ao cargo máximo do Brasil, seja em Juiz de Fora e no país. Às vezes, digo aos meus filhos, que, quando eles tiverem filhos para contarem direito essa história. Que o vovô estava lá neste dia", destacou o comandante.
'Igual a esse dia, eu nunca vi'
'Vivenciei isso tudo, eu e os meus colegas', disse Ednei Ferreira, gerente da lanchonete onde Jair Bolsonaro recebeu os primeiros socorros após ataque em Juiz de Fora — Foto: Reprodução/TV Integração
"Era muita gente, uma multidão, assim incontrolável", esta foi a primeira lembrança do gerente de lanchonete Ednei Ferreira, ao ser questionado pela reportagem sobre do que se recorda dos acontecimentos de 6 de setembro de 2018. Ele trabalha no local que fica em uma das esquinas do Calçadão da Rua Halfeld com a Rua Batista de Oliveira.
A multidão era formada por apoiadores e simpatizantes do então candidato Jair Bolsonaro, que foi esfaqueado perto do estabelecimento. E isso transformou o que aparentava ser um dia normal de trabalho.
"Eu estava no caixa, o pessoal estava descendo na campanha do Bolsonaro. Aí quando começou tudo, não sei de onde apareceu tanta gente, de repente aquele tumulto. Eles vieram e deitaram ele para dar os primeiros socorros. Aí a multidão queria ver, então vieram empurrando tudo, subiam em cima do balcão", recordou.
Momento em que Jair Bolsonaro foi retirado da lanchonete após ser esfaqueado durante campanha em Juiz de Fora
Segundo ele, foi necessária a intervenção policial para retirar as pessoas do local e permitir o socorro ao candidato, que foi encaminhado para atendimento médico.
"A gente não sabia o que tinha acontecido. Soubemos depois. Foi tudo muito rápido. Aí a gente teve que fechar as portas por segurança. Era muita gente, não dava para controlar", comentou.
Um ano depois, segundo ele, não houve grandes mudanças no local. No entanto, alguns clientes ainda perguntam sobre o ataque a Bolsonaro.
"Segue normal. Só ficou a lembrança do fato que aconteceu. Vira e mexe vem pessoas de cidadezinhas de fora que param aqui para tomar um café e aí perguntam. Às vezes tira foto do lugar. Ficou marcado. Vivenciei isso tudo, eu e os meus colegas", resumiu.
O cirurgião Luis Henrique Borsato, chefiava a equipe de plantão da cirurgia geral da Santa Casa e participou da operação de emergência em Jair Bolsonaro em 6 de setembro de 2018 — Foto: Reprodução/TV Integração
'A gente tem noção do que representou aquela cirurgia'
No dia 6 de setembro de 2018, o cirurgião do aparelho digestivo, Luis Henrique Borsato, chefiava a equipe de plantão da cirurgia geral da Santa Casa de Misericórdia. Após duas operações na parte da manhã e a pausa para o almoço, ele recebeu uma ligação chamando para um atendimento de urgência.
"O paciente, senhor Bolsonaro, tinha dado entrada no setor de emergência do hospital vítima de um traumatismo abdominal por arma branca. Ele tinha sido atendido pela equipe de plantão da emergência, estabilizado e estava sendo levado para fazer uma tomografia em caráter de urgência. Desci, na companhia de outros dois colegas cirurgiões. Nós o encontramos realizando o exame", contou.
"A tomografia identificou a presença de grande quantidade de líquido dentro do abdômen. Dali do setor de radiologia, ele foi então conduzido para o centro cirúrgico para passar por uma cirurgia em caráter de urgência", lembrou.
Um ano depois, o cirurgião ressaltou que volta e meia responde a "uma pergunta frequente": por que o candidato não apresentou sangramento externo?
"Para um objeto longo e cortante atingir a veia intra-abdominal, que causou a hemorragia, tem que atravessar pele, gordura, uma camada espessa de musculatura, só aí penetra no interior do abdômen. Quando a ponta desse objeto lesa a veia e ele é retirado, o orifício na parede é pequeno e retilíneo, a musculatura contrai. Ele sangra para dentro do abdômen. Essa hemorragia é interna. Isso foi demonstrado na tomografia", explicou.
Faca usada para atacar Bolsonaro em Juiz de Fora — Foto: PM/Divulgação
Em cerca de 20 anos de carreira, ele destacou que o caso clínico não era diferente de nada do que era feito no dia a dia na Santa Casa. O diferencial foi a identidade do paciente. Borsato conversou e relatou a um dos filhos e aos assessores o resultado do exame e a necessidade de uma intervenção imediata.
"Não houve por parte dessas pessoas, de assessores, de ninguém, pressão em cima nosso trabalho. Há quase 20 anos que eu trabalho com essa equipe. Nós abrimos uma ampla incisão abdominal, mais ou menos uns 30 centímetros longitudinal, para ter acesso ao abdômen, fazer os diagnósticos na hora ali das lesões e corrigi-las", comentou.
Ele ainda acrescentou que a atuação na sala de cirurgia não diferiu em nada dos outros atendimentos realizados no hospital. "O que diferiu foi o pós, a repercussão toda que esse caso gerou. Tinha meia Juiz de Fora no entorno do hospital, veículos de imprensa. Eu passei mais tempo dando entrevistas que realizando a cirurgia. Eu tive que dar depoimento de imediato para a Polícia Federal", acrescentou.
Pessoas se reuniram para rezar na frente da Santa Casa de Misericórdia em Juiz de Fora, onde Jair Bolsonaro foi operado após ataque em Juiz de Fora — Foto: Fellype Alberto/G1
A atuação da equipe que realizou o atendimento na Santa Casa foi elogiada pelos médicos que deram sequência ao tratamento de Bolsonaro, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo, e recebeu agradecimento do próprio paciente, em um vídeo gravado ainda internado.
"Com os anos de experiência e seguindo protocolos preestabelecidos feitos no mundo inteiro, você tem uma linha de raciocínio e de atuação. Os elogios são bem vindos, mas não são só meus, a gente divide com a equipe toda. Poderia ter sido um outro cirurgião que estivesse chefiando a naquele dia e eu teria ajudado. Acho que o mérito é de todos", resumiu.
De acordo com o cirurgião, a equipe está ciente do impacto do atendimento ao então candidato Bolsonaro, mas destacou que isso não trouxe alterações ao cotidiano do hospital.
"É uma pergunta que eu tenho respondido com uma certa frequência. O que que mudou na minha vida depois disso. A gente tem noção do que representou aquela cirurgia, aquele atendimento, quem é essa pessoa que, depois, foi eleito Presidente da República. Mas a vida cotidiana do hospital, a minha, a dos colegas continua a mesma. A gente continua trabalhando, atendendo as pessoas da mesma forma", avaliou.
Registro do atendimento a Jair Bolsonaro na Santa Casa após o ataque durante campanha em Juiz de Fora — Foto: Reprodução GloboNews
Doações para a Santa Casa
Por causa do atendimento, após ser eleito, Bolsonaro incluiu o hospital como destinatário de R$ 2 milhões em emenda parlamentar prevista para 2019. O valor é parte da verba de emenda individual a que ele tem direito no mandato atual de deputado federal. A informação sobre a destinação foi publicada no site da Câmara dos Deputados.
Em dezembro do ano passado, a Santa Casa divulgou que recebeu R$ 1,3 milhão em doações feitas até novembro por eleitores e simpatizantes de Jair Bolsonaro. Sobre emenda parlamentar prometida, a instituição explicou que o prazo para receber o recurso não acabou.
"A Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora ainda não recebeu nenhuma das emendas impositivas destinadas a nós feitas por parlamentares em 2018. Acreditamos que até o fim de 2019 elas cheguem. Baseados em nossas experiências anteriores, os prazos estão dentro do esperado", esclareceu em nota.
Santa Casa de Misericórdia de Juiz de Fora — Foto: Roberta Oliveira/G1
Bolsonaro um ano depois
Após se recuperar do ataque, Bolsonaro foi eleito presidente no segundo turno das eleições de 2018.
Ele vai passar pela quarta cirurgia no abdome no próximo domingo (8), para corrigir hérnia que surgiu no local das intervenções anteriores.
Nesta quinta (5), o presidente Jair Bolsonaro discursou durante lançamento do programa nacional de escolas cívico-militares — Foto: Reprodução/EBC
Adélio: um ano depois
Preso logo após o ataque, Adélio Bispo de Oliveira confessou o ato. Dois dias depois, foi transferido para o presídio de segurança máxima de Campo Grande (MS), onde permanece, após ser considerado inimputável e ter determinada internação por tempo indeterminado.
Em 21 de setembro, a TV Integração mostrou imagens exclusivas do cinegrafista Rodrigo Soares que mostra Adélio Bispo de Oliveira tentando esfaquear Bolsonaro (PSL) minutos antes do atentado ocorrer em Juiz de Fora no dia 6 de setembro.
Ele foi indiciado pela PF por prática de atentado pessoal por inconformismo político, crime previsto na Lei de Segurança Nacional. O primeiro inquérito concluiu que o agressor agiu sozinho no momento do ataque e que a motivação “foi indubitavelmente política”.
Em maio deste ano, Adélio foi considerado inimputável pela Justiça por ter uma doença mental.
Em junho, a sentença do juiz Bruno Savino, da 3ª Vara Federal de Juiz de Fora, determinou a internação por tempo indeterminado no presídio federal onde está.
O Ministério Público Federal (MPF) e a defesa do presidente não recorreram e o processo foi encerrado em 12 de julho.
O caso ainda está em andamento. Nesta semana, a Polícia Federal (PF) solicitou a prorrogação, por mais 90 dias, do segundo inquérito que investiga “participação de terceiros ou grupos criminosos” no atentado ao político fora do local do crime. De acordo com o delegado Rodrigo Morais, o pedido é para que a instituição consiga apurar informações sobre o advogado Zanone Júnior, que defende Adélio Bispo dos Santos. Em interrogatórios, Adélio Bispo reafirmou que agiu sozinho.
Adélio Bispo de Oliveira acompanhado de policiais no Aeroporto da Serrinha quando deixou Juiz de Fora rumo a Campo Grande (MS) — Foto: Luiz Felipe Falcão/G1
Entenda os motivos para a paralisação de ônibus em SP
Por G1 SP
06/09/2019 09h12
Entenda o porquê da paralisação dos motoristas de ônibus de SP
Motoristas e cobradores de ônibus fazem desde o início da tarde de quinta-feira (5) uma paralisação parcial do transporte coletivo em São Paulo. A categoria reivindica, entre outras coisas, manutenção do número de ônibus em circulação e dos postos de trabalho. A Prefeitura, por sua vez, quer remodelar o sistema reduzindo a frota, tirando linhas sobrepostas ou com pouca circulação e pensa até em introduzir ônibus sem cobrador. Veja pontos do impasse:
Licitação
Passageiros pegar ônibus no Terminal Grajaú — Foto: TV Globo/Reprodução
A paralisação de motoristas e cobradores de ônibus de São Paulo é uma das consequências do impasse na reformulação do sistema de transporte público da cidade. Desde 2013 o sistema funciona com contratos emergenciais. Uma nova licitação foi feita, mas está barrada na Justiça, que considerou inconstitucional o artigo que ampliava para 20 anos o prazo contratual das concessões do transporte coletivo. As empresas que ganharam a licitação são as mesmas que já operam na cidade.
Pela novo edital, a frota deve ser reduzida e os ônibus passarão a funcionar em três subsistemas. Cada subsistema depende do percurso atendido pelas linhas.
O subsistema estrutural vai rodar por corredores e vias de grande movimento. O subsistema regional vai ser a categoria que engloba os ônibus que fazem a ligação entre bairros. O sistema distribuição vai ser o responsável por conectar os bairros a terminais e estações de trem e metrô.
Menos ônibus
A Prefeitura quer reduzir a frota. Dados da SPTrans compilados pela TV Globo mostram que a circulação de ônibus em São Paulo caiu nos últimos meses. Em maio, eram 14.318 veículos. No início de setembro, o número caiu para 13.711. Segundo o Sindmotoristas, até o final do ano podem ser 1.500 a menos.
O prefeito Bruno Covas (PSDB) disse nesta quinta-feira que "o sistema de transporte vai ser reorganizado para que a gente possa dar mais agilidade". "A gente não mede a qualidade do sistema pela quantidade de ônibus, mas pela rapidez que ele leva o trabalhador até o trabalho. Não dá para comparar o novo sistema com o antigo porque ele vai ser redesenhado na cidade de São Paulo", explicou.
Protesto de ônibus nesta sexta-feira no Centro de São Paulo — Foto: Reprodução/TV Globo
Pagamento do PLR
Os trabalhadores reclamam ainda do atraso do pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que estava previsto para a quinta-feira (5). As empresas de ônibus dizem que não têm dinheiro para pagar o benefício e propuseram quitar o valor parceladamente até março de 2020. A Prefeitura se propôs a antecipar verba para que o PLR seja pago.
Menos cobradores
Cobrador de ônibus em SP — Foto: Reprodução/TV Globo
A Prefeitura de São Paulo estuda a implantação de ônibus sem cobrador a partir de setembro. A informação constava em uma carta circular emitida pela empresa responsável pelos coletivos da cidade, a São Paulo Transporte (SPTrans) conforme o G1 noticiou em junho.
A medida foi suspensa no final de julho após pressão do sindicato dos trabalhadores, que temia a demissão de muitos cobradores. O prefeito Bruno Covas explicou que existe uma orientação para que as empresas não façam novas contratações e que elas reaproveitem os funcionários.
Operação da Polícia Federal combate corrupção nos Correios
Elza Fiúza/Arquivo Agência Brasil
Publicado em 06/09/2019 - 10:31
Por Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil Rio de Janeiro
A Policia Federal deflagrou hoje (6) a Operação Postal Off para desarticular uma organização criminosa que atuava junto à Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. Segundo o órgão, o grupo praticava fraudes que estavam causando prejuízos à empresa “de forma habitual e permanente".
De acordo com a PF, a investigação começou em novembro de 2018, em Santa Catarina, e mostrou que a atuação do grupo se estendia aos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, com a “participação ativa de funcionários dos Correios”. A polícia informou que cargas postais de seus clientes eram distribuídas no fluxo postal sem faturamento ou com faturamento muito inferior ao devido.
Um dos modos de atuação dos criminosos era identificar clientes dos Correios e levá-los a romper seus contratos com a empresa. Os clientes então passariam a ter as encomendas postadas por meio de contratos mantidos entre as empresas do grupo criminoso e os Correios.
Segundo a PF, ao longo da investigação também foram apuradas solicitações e pagamentos de vantagens indevidas envolvendo empresários, funcionários públicos e agentes políticos, “configurando indícios dos crimes de corrupção passiva e concussão”.
Uma avaliação preliminar indicou que a atuação do grupo causou um prejuízo de R$ 13 milhões, segundo a PF. O valor se refere às postagens ilícitas já identificadas, sem a inclusão dos danos diários provocados pelo grupo investigado.
A PF informou ainda que cerca de 110 policiais federais estão cumprindo 9 mandados de prisão preventiva e 19 mandados de busca e apreensão na cidade do Rio de Janeiro; dois mandados de prisão preventiva e cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Tamboré, Cotia, Bauru e São Caetano, no estado de São Paulo; além de um mandado de prisão temporária e um de busca em Belo Horizonte, em Minas Gerais. Os mandados foram expedidos pela 7ª Vara Federal de Florianópolis de Santa Catarina.
Bloqueios
Para garantir o ressarcimento dos prejuízos causados aos Correios, a Justiça determinou os bloqueios de contas bancárias e o arresto de bens móveis e imóveis, incluídos carros de luxo e duas embarcações, sendo uma delas um iate avaliado em R$ 3 milhões. “Com as medidas, espera-se que seja efetivado o bloqueio de R$ 40 milhões dos investigados”, afirmou a PF.
De acordo com a PF, os investigados poderão ser indiciados nos autos do inquérito policial instaurado para a apuração dos fatos, pela prática dos crimes de corrupção passiva e ativa, concussão, estelionato, crimes tributários, lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa.
Correios
Por meio de nota, os Correios informaram que estão colaborando "plenamente" com as autoridades e que a empresa permanecerá contribuindo com as investigações para a apuração dos fatos. "Os Correios reafirmam o seu compromisso com a ética, a integridade e a transparência", diz o comunicado.
Edição: Maria Claudia
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