domingo, 23 de junho de 2019

Como identificar os alimentos que parecem saudáveis, mas não são

Por BBC
23/06/2019 15h37 

Nem tudo é o que parece ser. Essa máxima vale para muitas coisas, inclusive para a alimentação, já que diversos produtos que parecem ser saudáveis nem sempre o são.

Alguns exemplos clássicos são barras de cereal, cereais matinais, sucos prontos, pães de forma, mesmo os integrais, iogurtes (com exceção dos naturais), gelatina e peito de peru.
Pão de forma faz parte da categoria de alimentos ultraprocesados — Foto: CDC/ Debora Cartagena

Presentes em vários cardápios, esses e tantos outros itens com "cara de nutritivos", na verdade, entram em uma categoria alimentar um tanto perigosa, a dos ultraprocessados, que, inclusive, nem existia até pouco tempo.

Ela só passou a ser efetivamente considerada em 2014, com a publicação da segunda edição do Guia Alimentar para a População Brasileira, do Ministério da Saúde, e a adoção do sistema de classificação alimentar NOVA, elaborado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde (Nupens), da Universidade de São Paulo (USP).

Este sistema agrupa os alimentos em quatro categorias, definidas de acordo com a extensão e o propósito do processamento industrial utilizado na sua produção. São elas: in natura ou minimamente processados, ingredientes culinários, processados e ultra processados.

Antes disso, explica Maria Laura Louzada, pesquisadora do Nupens e professora do Departamento de Políticas Públicas e Saúde Coletiva da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), os alimentos eram divididos segundo seu perfil de nutrientes (proteínas, carboidratos, gorduras, vitaminas e minerais).

A especialista conta que foi em 2009 que surgiu a proposta do agrupamento conforme o processamento industrial. "Isso se deu após analisarmos os dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), desde a década de 1970, para avaliar o consumo domiciliar da população", diz.

O que a entidade observou foi que a cada ano, as famílias brasileiras estavam comprando menos açúcar refinado, sal e óleo, mas, que, apesar disso, a composição nutricional do que era colocado no prato apontava aumento na quantidade destes elementos, considerados, até então, os grandes vilões da saúde e os responsáveis pelo aumento da obesidade e das doenças crônico-degenerativas, como infarto agudo do miocárdio e hipertensão arterial.

"Foi a partir disso que percebemos que o problema não era exatamente o açúcar, o sal e a gordura, mas sim o que estava sendo ingerido", pontua Maria Laura. "Constatamos que as pessoas estavam parando de preparar alimentos in natura e minimante processados e comprando mais os prontos para consumo", acrescenta.

A grande questão, ela pontua, é que esses produtos, em especial os ultraprocessados, contêm mais calorias e mais sal, açúcar e gordura, além de uma série de aditivos alimentares (reguladores de acidez, estabilizantes, espessantes, antioxidantes, realçadores de sabor, aromatizantes, corantes, conservantes, emulsificantes e fermentos químicos são alguns deles), que favorecem o consumo exagerado e provocam efeitos negativos no corpo e na saúde.

Paula Johns, diretora executiva da organização ACT Promoção da Saúde, comenta que, no caso exclusivo dos ultraprocessados, o conjunto de evidências em relação aos seus malefícios já é bem robusto.

"Esses alimentos, que, aliás, nem deveriam ser chamados de alimentos, mas sim de produtos comestíveis ultraprocessados, não contém nenhum nutriente, não saciam e ainda nos fazem querer comer cada vez mais", afirma.

Classificação dos alimentos
Os alimentos considerados in natura são aqueles obtidos diretamente de plantas (frutas, legumes, verduras, raízes e tubérculos) ou animais (ovos) e adquiridos para o consumo sem que tenham sofrido alterações após deixarem a natureza.

Já os minimamente processados são os in natura submetidos a pequenos processos, como limpeza, remoção de partes não comestíveis ou indesejáveis, refrigeração, secagem, embalagem, pasteurização, congelamento, moagem e fermentação, mas sem que sejam adicionados sal, açúcar, óleos, gorduras ou outras substâncias.

Entram na lista grãos e cereais (arroz, feijão, milho, grão de bico, lentilha, trigo e aveia são alguns), oleoginosas (castanhas e nozes, por exemplo), leite, massas, farinhas, carne, ervas, chá e café.

De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, esses alimentos "são a base para uma alimentação nutricionalmente balanceada, saborosa, culturalmente apropriada e promotora de um sistema alimentar socialmente e ambientalmente sustentável".

Ingredientes culinários
Nesta categoria estão inclusos óleos vegetais, gorduras, sal e açúcar, extraídos de alimentos in natura ou da natureza por processos como prensagem, moagem, trituração, pulverização e refino, e responsáveis por diversificar e tornar a alimentação mais saborosa, sem que fique nutricionalmente desbalanceada.

Alguns exemplos de óleos vegetais são os de soja, milho, girassol e oliva; de gordura, manteiga, banha de porco e gordura de coco; açúcar, branco, demerara ou mascavo, e sal (refinado ou grosso).

Vale destacar que estes itens devem ser usados em pequenas quantidades para temperar e cozinhar alimentos e criar preparações culinárias com base nos alimentos in natura ou minimamente processados.

Alimentos processados
Quando um alimento in natura ou minimamente processado recebe adição de sal, açúcar ou outra substância de uso culinário, para torná-lo durável e mais agradável ao paladar, ele passa a ser considerado processado.

Segundo o Ministério da Saúde e o Nupens, este tipo de produto é derivado diretamente de alimentos, sendo reconhecido como versão modificada, e usualmente é consumido como parte ou acompanhamento de preparações culinárias feitas com base em alimentos minimamente processados - caso do queijo acrescentando ao macarrão e das carnes salgadas ao feijão.

Macarrão à bolonhesa com queijo ralado — Foto: Camilla Resende/G1

Alguns exemplos são cenoura, pepino, ervilhas, palmito, cebola, couve-flor preservados em salmoura ou em solução de sal e vinagre; extrato ou concentrado de tomate (com sal e ou açúcar); frutas em calda e frutas cristalizadas; carne seca e toucinho; sardinha e atum enlatados; queijos e pães feitos de farinha de trigo, leveduras, água e sal.

As entidades comentam que as técnicas de processamento se assemelham às culinárias, podendo incluir cozimento, secagem, fermentação, acondicionamento em latas ou vidros e uso de métodos de preservação, como salga, salmoura, cura e defumação. E elas recomendam que se limite a ingestão destes alimentos, pois os ingredientes e os métodos usados na fabricação alteram de modo desfavorável a composição nutricional.

Alimentos ultraprocessados
O termo ultraprocessado é usado para caracterizar formulações produzidas com muitos elementos, incluindo sal, açúcar, óleos, gorduras e substâncias de uso exclusivamente industrial, como proteínas de soja e do leite e extratos de carnes, e que passam por várias etapas de processamento.

Essas formulações também costumam utilizar substâncias sintetizadas em laboratório a partir de alimentos e de outras fontes orgânicas, como petróleo e carvão - muitas delas atuam como aditivos, cuja função é estender a duração ou dotar o produto de cor, sabor, aroma e textura para torná-lo mais atraente.

Uma dica para saber se o alimento faz parte deste grupo é consultar a lista de ingredientes no rótulo. Os principais indicativos são: número elevado de ingredientes (cinco ou mais), com nomes pouco familiares e que não são usados nas preparações culinárias, como gordura vegetal hidrogenada, óleos interesterificados e xarope de frutose.
Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda evitar alimentos como o hambúrger, por conta da composição nutricional desbalanceada — Foto: Ricardo D'Angelo/Divulgação

Entram nessa categoria uma série de itens: biscoitos, sorvetes, balas e guloseimas em geral, cereais açucarados, bolos e misturas para bolo, barras de cereal, sopas, macarrão e temperos instantâneos, molhos, salgadinhos de pacote, refrescos e refrigerantes, bebidas lácteas e iogurte adoçados e aromatizados, energéticos, produtos congelados e prontos para aquecimento, extratos de carne de frango ou peixe empanados do tipo nuggets, salsichas e outros embutidos, pães de forma e pães para hambúrguer e cachorro quente.

O Guia Alimentar para a População Brasileira indica que se evite esses alimentos por conta da composição nutricional desbalanceada, características que os ligam a ingestão excessiva de calorias e o impacto que as formas de produção, distribuição, comercialização e consumo têm sobre a cultura, a vida social e o meio ambiente.

O documento ainda destaca que "o problema principal com alimentos ultraprocessados reformulados é o risco de serem vistos como produtos saudáveis, cujo consumo não precisaria mais ser limitado". Isso porque a publicidade explora suas alegadas vantagens diante dos alimentos regulares, como "menos calorias" e "adição de vitaminas e minerais".

Riscos dos alimentos ultraprocessados
Com o aumento no consumo dos alimentos ultraprocessados em todo mundo - só no Brasil, entre 1996 e 2009, segundo o Nupens, a participação na dieta da população subiu de 18,7% para 30% -, vários estudos têm sido realizados para identificar seus reais riscos para a saúde.

Dentre os mais recentes está um publicado em maio deste ano pela Universidade de Navarra, da Espanha. Realizado com 19.899 voluntários, acompanhados durante 15 anos (de 1999 a 2014), ele constatou que consumir mais de quatro porções diárias de alimentos ultraprocessados está associado a uma chance 62% maior de todas as causas de mortalidade, e que a cada porção adicional, esse índice sobe mais 18%.

Outra pesquisa divulgada no mesmo mês, esta pelo National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, mostrou a relação entre o consumo deste tipo de alimento e a maior ingestão calórica e ao ganho de peso.

Para isso, cientistas da entidade avaliaram 20 pessoas durante quatro semanas. No período, elas foram submetidas a dois tipos de dietas, ultraprocessada e não processada, ambas com quantidades iguais de nutrientes.

Ao final da experiência, a conclusão foi de que o grupo da dieta ultraprocessada consumiu 508 calorias a mais por dia em comparação com o da dieta não processada e ganhou quase 1 quilo em 15 dias.

Por fim, um trabalho da Universidade de Paris, na França, reforçou a ligação entre a ingestão de ultraprocessados com o risco elevado de desenvolver doenças cardiovasculares.

Após acompanhar 105.159 indivíduos durante cinco anos, os pesquisadores verificaram que uma participação de apenas 10% desses alimentos na dieta aumenta em 12% a chance de infarto e em 11% a de acidente vascular cerebral (AVC).

Homem é preso pela 5ª vez por vender combustível clandestino em Mateus Leme

Por LISLEY ALVARENGA
23/06/19 - 15h07
Crime foi registrado em Mateus Leme
Foto: FOTO: REPRODUÇÃO FACEBOOK

Um homem de 45 anos foi preso pela quinta vez, na noite do último sábado (22), em Mateus Leme, na região metropolitana de Belo Horizonte, por vender e estocar combustível de forma clandestina em uma residência. Outro homem, de 24, que seria inquilino do imóvel, também foi detido em flagrante.

Depois de receber um denúncia que estaria ocorrendo o comércio ilegal do combustível, militares da PM foram até a residência, em frente ao Condomínio Terra Fértil, próximo à BR-262.

Ao entrar no imóvel, os policiais encontraram 40 tambores vazios e uma bomba elétrica de sucção. Em outro cômodo da casa, foram achados três grandes reservatórios com combustível. Já em uma repartição da residência que dá acesso ao telhado, os militares identificaram um cano de PVC marrom.

Os policiais desenterraram cem metros do tal cano e descobriram que ele estava ligado a uma casa próxima do imóvel. Ao entrar na segunda residência, os militares encontraram outros cinco grandes reservatórios repletos de combustíveis.
Jornal OTempo

Pastor apóia porte de armas para cidadão de bem


https://www.youtube.com

Polícia Militar registra três assaltos no sábado em Juiz de Fora

Imagem internet
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Por G1 Zona da Mata

23/06/2019 10h36 

Três roubos, com armas e faca, foram registrados na noite deste sábado (22) em Juiz de Fora. No total, foram roubados R$ 750 em dinheiro das vítimas, celulares e uma bolsa com documentos pessoais.

O primeiro roubo foi em um salão de beleza no Bairro Manoel Honório. Conforme relato das vítimas, duas jovens de 27 e 29 anos, e uma mulher de 38 anos, dois indivíduos chegaram ao local em uma moto e armados. Eles anunciaram o assalto, levaram os celulares das vítimas e R$ 440 em dinheiro. Após o roubo, eles fugiram em direção ao Bairro Progresso. Um dos criminosos foi reconhecido pelas vítimas e preso em flagrante.

No segundo roubo, a vítima, uma jovem de 24 anos, disse que estava andando pela Rua José Calil Ahouagi quando foi abordada por um homem, com cerca de 45 anos, armado com uma faca. Ele anunciou o assalto e levou a bolsa da vítima, com documentos pessoais, R$ 110 em dinheiro e um celular.


O último roubo foi em uma padaria no Bairro Novo Triunfo. Um idoso de 63 anos disse à Polícia Militar (PM) que um indivíduo, armado com um revólver, levou R$ 200 em dinheiro do estabelecimento. Após o roubo, o criminoso efetuou um disparo que atingiu a parede da padaria. A perícia foi acionada.

G1 Zona da Mata

Hemominas encerra série de coletas externas de junho programadas para Araguari, Muriaé e Leopoldina


Fundação Hemominas encerra série de coletas externas de junho programadas para Araguari

A Fundação Hemominas realiza, nesta terça-feira (25/6), coleta de sangue no Posto Avançado de Coleta Externa (Pace) de Araguari. O endereço é a Avenida José Carrijo, nº 205, no centro da cidade. 

O atendimento no Pace Araguari será realizado das 7h30 às 11h30. A programação de junho também teve coletas nos dias 4, 11 e 18/6.

Para doar sangue: Conheça as condições e restrições para doação de sangue.

Mais informações para imprensa:
Assessoria de Comunicação Social: (31) 3029-5926 / 5928 / 5929
Hemocentro Regional de Uberlândia (PACE Araguari): (34) 3088-9200
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Fundação Hemominas conclui série de junho das coletas externas de sangue, em Muriaé

A Fundação Hemominas promove, nesta quarta-feira (26/6), coleta externa de sangue em Muriaé. Esta ação encerra a série de quatro coletas programadas para junho. 

O atendimento ocorre, das 7h30 às 15h, na rua Dr. Ivan A. Porcaro, s/n – Centro (antigo Centro Viva Vida ao lado do Hospital São Paulo).
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Fundação Hemominas realiza terceira coleta externa de sangue do mês em Leopoldina

A Fundação Hemominas conclui, nesta quinta-feira (27/6), a série de três coletas externas de sangue agendadas para o mês de junho. O atendimento ocorre, das 8h às 16h, no Polo de Saúde de Leopoldina, localizado na Rua Santa Filomena, 250, no centro da cidade. 

Para doar sangue
Conheça as condições e restrições para doação de sangue.
Mais informações para imprensa:
Assessoria de Comunicação Social: (31) 3029-5926 / 5928 / 5929

Hemocentro Regional de Juiz de Fora (PACE Muriaé e Leopoldina): (32) 3257-3113

sexta-feira, 21 de junho de 2019

Prefeito de Juiz de Fora continua internado na Santa Casa

Por G1 Zona da Mata

21/06/2019 20h23 
Prefeito de Juiz de Fora, Antônio Almas — Foto: Reprodução/TV Integração

O prefeito de Juiz de Fora, Antônio Almas (PSDB), continua internado na Santa Casa de Misericórdia na noite desta sexta-feira (21). Segundo o boletim médico enviado pela assessoria de comunicação da unidade hospitalar, o prefeito permanece estável, passando bem e melhorando.

Conforme a família informou ao G1, Antônio Almas deve ser transferido para o quarto neste sábado (22) e ainda não há previsão de alta.

Internação
Antônio Almas foi internado nesta sexta-feira após sofrer um princípio de infarto, segundo a filha do prefeito, Bárbara Almas. Ela informou que o pai teve que colocar um stent, passava bem e estava na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura disse que o prefeito foi submetido a um cateterismo e a uma angioplastia na manhã desta sexta-feira. Que o procedimento foi bem sucedido, que Antônio Almas passa bem e está na Unidade Coronariana.

A nota diz ainda que os compromissos na Prefeitura devem ser retomados na próxima semana, após liberação médica.

Três ficam feridos em soterramento em Juiz de Fora; uma das vítimas foi socorrida após quase 3h

Por G1 Zona da Mata

21/06/2019 10h55 Atualizado há 14 minutos

Desabamento é registrado no Bairro Aracy, em Juiz de Fora — Foto: Augusto Medeiros/G1

Um deslizamento de terra deixou três pessoas soterradas na manhã desta sexta-feira (21) em Juiz de Fora. As três vítimas foram resgatadas, sendo que uma delas, um homem de 41 anos, foi retirado pelo Corpo de Bombeiros depois de quase três horas.

As outras vítimas eram um homem de 43 anos, que foi soterrado do tronco para baixo, e outro de 29. Os três foram atendidos pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). O mais jovem teve leves escoriações e não precisou ser levado para uma unidade hospitalar.

Já os outros dois homens foram encaminhados para o Hospital Doutor Geraldo Mozart Teixeira (HPS) e foram liberados no final da tarde desta sexta.

A ocorrência foi na Rua Bárbara Campagnacci Borboni, no Bairro Aracy.

Respiração por tubo de PVC
Vítima é resgatada após deslizamento de terra em obra em Juiz de Fora
G1 Zona da Mata
Vítima é resgatada após deslizamento de terra em obra em Juiz de Fora

O tenente do Corpo de Bombeiros, Yuri Eder, explicou que foi utilizado para o resgate um cano de PVC, que permitiu que a vítima que permaneceu mais tempo soterrada pudesse respirar enquanto aguardava o momento de ser retirada do local.

“Chegamos ao local e duas vítimas estavam parcialmente soterradas e uma completamente soterrada com, aproximadamente, 1,5 metros de terra acima da cabeça dele. O pessoal conseguiu ter acesso através de um cano PVC e aí fizemos uma linha de oxigênio para a vítima e também mantendo contato", disse Eder.

"Demoramos aproximadamente três horas para fazer a total retirada da vítima. No decurso do atendimento, conseguíamos contato com ele a todo momento. Ele sentia muitas dores nas costas e pernas. Fizemos a retirada dele, imobilizamos e entregamos ao médico do Samu, que realizou o atendimento à vítima”, afirmou ainda o tenente.

Segundo Eder, o homem que ficou soterrado, a princípio, estava totalmente consciente, porém com diversas lesões. Foi identificada possibilidade de lesão nas pernas e na costela.

Já os outros dois homens não aparentavam ferimentos graves. "As outras duas vítimas estavam parcialmente soterradas com terra na cintura, eles foram retirados e conduzidos ao hospital. A princípio não tinha nenhuma lesão aparente", disse o tenente.

Sobre a obra, Eder disse que irão acionar a perícia da Polícia Civil e do Ministério do Trabalho. “Em contato com o proprietário, o mesmo disse que é acompanhado pelo engenheiro que tem toda a documentação. Nós manteremos o local isolado, vamos acionar a perícia da Polícia Civil e do Ministério do Trabalho, que ficarão responsáveis pela investigação", acrescentou.

O deslizamento
Gilmar Martins, de 29 anos, que estava trabalhando perto do local, conta que ouviu um barulho e desceu para ajudar. "A gente saiu para ajudar o homem que estava debaixo da terra, nisso o barranco desceu mais uma vez", disse.

Além do Corpo de Bombeiros e o do Samu, a Polícia Militar também atendeu a ocorrência.
Local do deslizamento — Foto: Lucas Rodrigues/Arquivo pessoal

Licenciamento
O G1 entrou em contato com a Prefeitura de Juiz de Fora para saber se a obra era licenciada. A assessoria de comunicação da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaur) disse que esta sexta-feira é ponto facultativo na Prefeitura e que a informação seria apurada na segunda-feira (24).

Já a assessoria da Defesa Civil informou que a obra tem placa de responsável técnico, que vai dar condições para estabilização do talude. Ainda conforme a pasta, na segunda-feira, o responsável pelo local irá apresentar a documentação, como a licença da obra, à Defesa Civil. Caso essa documentação não exista, a fiscalização da Semaur será acionada.

A Defesa Civil ainda ressaltou que, por se tratar de uma obra particular, o responsável técnico responde por qualquer problema que ocorra. Em nota, o órgão informou também que a obra está embargada até segunda-feira para conferência da documentação. Caso tenham documentação, na própria segunda-feira os responsáveis podem voltar a trabalhar, com a devida segurança.

Bolsonaro anuncia policial militar na Secretaria-Geral da Presidência


Antonio Cruz/ Agência Brasil

Publicado em 21/06/2019 - 10:38 e atualizado em 21/06/2019 - 10:54

Por Jonas Valente - Repórter da Agência Brasil Brasília

O presidente Jair Bolsonaro anunciou hoje (21) o advogado e major da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) Jorge Antonio de Oliveira Francisco para assumir a Secretaria-Geral da Presidência da República. O militar, até então, ocupava a Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil.

Já Floriano Peixoto Vieira Neto deixa a Secretaria-Geral para assumir a presidência dos Correios, substituindo Juarez Cunha. Ontem (20), o titular demitido já havia informado em sua conta na rede social Twitter que se afastaria do comando da estatal. Ele avaliou que sua gestão de sete meses à frente da empresa teve um “saldo positivo” na recuperação da empresa.

Sobre o major Francisco, Bolsonaro afirmou: “É uma pessoa que me acompanha há dez anos. É uma pessoa afeita à burocracia. Desejo boa sorte e temos plena confiança no trabalho dele”. O presidente classificou a ida de Floriano Peixoto para os Correios como uma “missão”. “Temos plena confiança de que ele a cumprirá a contento. É colega nosso acostumado a desafios”, disse.

Privatização
Em relação à uma possível privatização dos Correios, Bolsonaro destacou que há sim essa intenção, mas que, no momento, o trabalho de Floriano Peixoto será fazer o “melhor possível” para que a estatal seja “motivo de orgulho para todos nós”. O presidente destacou como tarefa avaliar o fundo de pensão da empresa, Postalis.

Currículos
Jorge Antonio de Oliveira Francisco atuou no Congresso Nacional desde 2003 como assessor parlamentar da PMDF, assessor jurídico no gabinete de Bolsonaro e também com chefe de gabinete e assessor jurídico do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Na atual gestão, havia sido nomeado para cuidar da subchefia de assuntos jurídicos da Casa Civil.

Floriano Peixoto Vieira Neto é general-de-divisão da reserva. Atuou em diversas funções no Exército, como no comando do 62º Batalhão de Infantaria em Joinville (SC) e na 5ª Subchefia do Estado-Maior do Exército, em Brasília. Integrou ainda a Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti (Minustah).

Articulação
O presidente também respondeu a jornalistas sobre a troca na articulação política, que foi retirada da Casa Civil e repassada ao general Luiz Eduardo Ramos, nomeado para a Secretaria de Governo. Ele minimizou questionamentos de que isso significaria um enfraquecimento do titular da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.

“Tem três ministérios aqui dentro que são fusíveis. Para evitar queimar o presidente, eles se queimam. A função do Onyx é a mais complicada. Passamos a Supar [Subchefia de Assuntos Parlamentares] para o Ramos e jogamos o PPI [Programa de Parcerias de Investimentos] para o Onyx. Ele está fortalecido”, pontuou.

Mensagens vazadas
Perguntado sobre novas mensagens envolvendo o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e membros da força-tarefa da Operação Lava Jato divulgadas pelo site The Intercept Brasil, Bolsonaro comentou que “não há certeza da fidelidade das mensagens divulgadas ali”. “Tudo é possível. Acredito que ele se saiu muito bem no Senado e saiu mais fortalecido do que entrou”.

Projeto de lei
Em pronunciamento, Bolsonaro disse ainda que pretende enviar um projeto de lei dando mais garantias jurídicas a militares e forças de segurança para operações. “Se a força da lei estiver em campo, ela sempre estará certa. Para o cumprimento da missão, todas as possibilidades podem ser empregadas, até mesmo pelotão de drones. Não quero que policial esteja na linha de tiros”, sublinhou.

Matéria alterada às 10h54 para acréscimo de informações. 
Edição: Paula Laboissière
Agência Brasil

quinta-feira, 20 de junho de 2019

Homem é preso por corrupção de menores e tráfico de drogas em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

20/06/2019 16h13
 
Materiais apreendidos na ação na região de Juiz de Fora — 
Foto: Polícia Militar/Divulgação

Um homem de 45 anos foi preso por corrupção de menores e tráfico de drogas, nesta quinta-feira (20), em Juiz de Fora. A ocorrência foi registrada no Bairro Manoel Honório.

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), durante um patrulhamento da Polícia Militar (PM), os policiais receberam informação que um casal estaria vendendo drogas em um ponto de ônibus.

Segundo os militares, ao chegar perto do local, o autor entregou algo para uma adolescente, de 16 anos, e fugiu em direção a Avenida Brasil, onde foi alcançado pela corporação. Durante a prisão, ele insultou os policiais e deferiu socos e chutes. Foi necessário utilizar força física para detê-lo.

Já a adolescente foi abordada por um policial. Ao ser questionada, ela informou que estava na posse de 15 comprimidos de ecstasy, os quais foram entregues pelo autor. Segundo a PM, as drogas foram adquiridas através de uma facção criminosa do Rio de Janeiro.

Conforme o BO, desde os 13 anos a adolescente é aliciada pelo suspeito. Ao ser informada da situação, a mãe da menina confirmou as informações e disse que denunciou o caso ao Ministério Público. Ainda em depoimento, a mãe contou que o autor distribuiu fotos nua da filha em diversas redes sociais.

Durante a ação foram apreendidos 35 comprimidos ecstasy, 19 galões de tricoroetileno e cloreto de metileno, 41 embalagens de vidro utilizadas para armazenar lança-perfume, 10 embalagens de plástico para colocar lança-perfume, dois rolos de rótulos com inscrições de facções criminosas do Rio de Janeiro, munições, dois aparelhos celulares, um veículo e um cartão de poupança.

Após a ocorrência, o homem foi encaminhado para a delegacia e posteriormente para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp). Já a adolescente foi ouvida e liberada.

Obrigatório há 5 anos, teste da linguinha é alvo de disputa

Publicado em 20/06/2019 - 12:17

Por Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil Brasília 

Um teste físico simples, teste da linguinha, que verifica se o bebê recém-nascido tem ou não anquiloglossia - popularmente chamada de língua presa - é alvo de disputa entre profissionais. De um lado, pediatras acreditam que o exame físico feito após o parto é suficiente para identificar a anquiloglossia e pedem a revogação da lei que tornou o teste obrigatório. Do outro, fonoaudiólogos defendem uma capacitação para que quem examine a criança esteja atento também a isto. 

Hoje (20), considerado o Dia Nacional do Teste da Linguinha, faz cinco anos que a Lei 13.002/2014, que torna o exame obrigatório, foi aprovada no Brasil. 

De acordo com a conselheira da Comissão de Saúde do Conselho Federal de Fonoaudiologia, Mércia Quintino, cerca de 4% a 10,7% das crianças nascem com a língua presa. “O diagnóstico deve ser feito o mais cedo possível. A anquiloglossia leva a dificuldade na amamentação e, depois, dificuldade de mastigar alimentos sólidos, que são um desafio maior”, diz. 

Mércia explica que o objetivo inicial é evitar o desmame precoce. “A gente sabe que a amamentação é importante e que muitas mães não têm condições de comprar leites industrializados. A fase da amamentação parece simples, mas é um momento complicado para a família, tem que ter todo o incentivo positivo para que dê certo”, disse. 
Pedido de revogação

Este ano, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) pediu ao Ministério da Saúde a revogação da lei. Para os pediatras, quando o bebê nasce já é feito um exame físico completo da criança e a língua presa é facilmente identificada nesse exame, não sendo necessário um protocolo específico para a execução do teste.

“O teste é um passo burocrático desnecessário com redundância absoluta do exame do recém-nascido, que já é feito pelo pediatra na sala de parto”, diz a presidente do Departamento Científico de Otorrinolaringologia da SBP, Tânia Sih. 

De acordo com Tânia, a maior parte dos casos de língua presa não demanda cirurgia, são níveis menos graves cujos efeitos na fala e na mastigação podem ser anulados com exercícios. “É raríssimo ter a língua superpresa, que é quando a língua adquire um formato de coração. Esses casos impactam no aleitamento materno e na fala. Para que ter fonoaudiólogo para constatar o que o médico já viu? Temos outros gastos mais urgentes para ser feitos com saúde”, defende.

Já Mércia defende que é necessário haver uma capacitação. Segundo ela, o exame não precisa ser feito necessariamente por um fonoaudiólogo, mas por um profissional que esteja atento a isso na hora de examinar a criança. 
Ministério da Saúde diz que o exame físico de recém-nascidos é realizado de forma rotineira nas maternidades - Arquivo/Agência Brasil

Diagnóstico importante 
O gerente de operações Alexandre Mitchell, que viveu a situação, defende que os hospitais estejam atentos à identificação da língua presa e mais do que isso, que ofereçam solução. 

O filho mais velho de Mitchell, Theo, que hoje tem dois anos, nasceu com a língua presa. O caso de Theo atrapalhava a amamentação e, consequentemente, o desenvolvimento da criança. "Ele não mamava direito porque a criança precisa da língua para fazer a sucção. Como a língua não ia até o final, não sugava leite suficiente. Causou muito estresse para nós porque ele não ganhava peso, achávamos que o problema era no leite”, disse. 

A solução foi uma pequena cirurgia sem necessidade de anestesia ou de pontos. Ela foi feita quando Theo tinha 15 dias, mas chegar a essa conclusão não foi tão simples. “Foram idas e vindas, até resolvermos", disse Mitchell. A anquiloglossia foi facilmente identificada, mas o pediatra do hospital particular de Brasília onde Theo nasceu achou que não seria necessário o procedimento. O fonoaudiólogo, achava que sim. 

A família deixou o hospital e logo apareceram as complicações na hora da amamentação. Eles tiveram que buscar uma dentista, para realizar o procedimento. “É um procedimento que salva a vida dos pais, só de não ficar na agonia do filho não estar amamentando, de achar que é algum outro problema. Falta nos hospitais uma atenção maior em relação a isso. Não apenas dar o diagnóstico, mas resolver”, disse. 

Ministério da Saúde 
Em nota, o Ministério da Saúde não comentou o pedido da SBP. A pasta diz que tomou medidas para cumprir a lei vigente, como publicar, em 2016, nota técnica com orientações a profissionais e a estabelecimentos de saúde sobre a avaliação clínica dos bebês e a realização do teste da linguinha. 

Além da identificação precoce da anquiloglossia, o protocolo busca estabelecer o fluxo de acompanhamento dos lactentes diagnosticados com anquiloglossia pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

“Toda criança é ou deveria passar por avaliação clínica completa como parte da rotina das equipes assistenciais, verificando assim, possíveis sinais e sintomas de doenças ou malformações”, diz a nota. 

De acordo com o ministério, o exame físico de recém-nascidos é realizado de forma rotineira nas maternidades e nas primeiras consultas de puericultura, sendo portanto a avaliação realizada pelos diferentes profissionais de saúde que acompanham o nascimento e o desenvolvimento dos bebês a partir da organização dos próprios serviços e da rede de atenção à saúde local.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil