segunda-feira, 29 de outubro de 2018

Manutenção preventiva pode afetar abastecimento de água na cidade nesta terça-feira

JUIZ DE FORA - 29/10/2018 - 15:04

Nesta terça-feira, 30, a Companhia de Saneamento Municipal (Cesama) realizará manutenção preventiva no booster da terceira adutora, que fica ao lado do Parque de Exposições. Os trabalhos, que serão realizados das 8 às 16 horas, incluem a troca da válvula de retenção de uma das bombas da estação. Como o sistema de abastecimento da cidade é interligado, será necessário que toda a população economize água durante o período.

A Cesama pede a compreensão da população e informa que, assim que os serviços forem concluídos, o fornecimento de água será retomado. A previsão é de que o sistema seja regularizado ainda na noite de terça-feira.

* Informações com a Assessoria de comunicação da Cesama pelo telefone 3692-9179.
Portal PJF

DF e mais 13 estados terão óleo diesel reajustado a partir de novembro

Publicado em 29/10/2018 - 15:58

Por Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil Brasília

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) atualizou a tabela com os preços de combustíveis a serem usados como o valor médio ao consumidor a partir de quinta-feira (1). O chamado preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) do óleo diesel aumentou em 13 estados e no Distrito Federal. O ato da secretaria-executiva do Confaz foi publicado hoje (29) no Diário Oficial da União.

Os novos valores abrangem Alagoas, Amazonas, Amapá, Ceará, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, São Paulo e o Distrito Federal. Os estados que efetivaram os maiores aumentos foram Ceará, de R$ 3,25 o litro para R$ 3,58 o litro, e Rio de Janeiro, de R$ 3,42 para R$ 3,67.
A partir de 1 de novembro preços de combustíveis a serem usados como o valor médio ao consumidor serão reajustados - Arquivo/Agência Brasil

O PMPF serve de base para o recolhimento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) feito pelas refinarias no ato da venda dos combustíveis aos postos de gasolina.

Em relação ao óleo diesel, apenas o Maranhão efetivou uma pequena redução nessa nova tabela, de R$ 3,53 o litro para R$ 3,52. Considerando todos os estados, o PMPF do óleo diesel vai variar de R$ 2,81 o litro, no Espírito Santo, a R$ 4,45, no Acre.

Em julho, o preço do óleo diesel caiu em vários estados como parte do acordo para encerrar a paralisação dos caminhoneiros no mês de maio. De lá para cá, muitos preços já recuperaram o patamar anterior, como é o caso do estado do Amazonas que, em julho, havia baixado o preço médio do diesel para R$ 3,36 o litro e, na nova tabela, foi para R$ 3,80. A Paraíba também chegou a reduzir o preço do diesel para R$ 3,23 e, agora, passou para R$ 3,67.

Gasolina
Considerando todos os estados, o preço médio da gasolina comum vai variar de R$ 4,30 o litro, no Paraná, a R$ 5,35, no Acre, a partir de 1º de novembro. O preço médio da gasolina comum aumentará em 14 estados: Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Os maiores aumentos foram no Ceará, de R$ 4,17 para R$ 4,60, e em Minas Gerais, de R$ 4,87 para R$ 5,09. No caso da gasolina, tiveram redução no preço médio ao consumidor o Amapá, de R$ 4,35 para R$ 4,34, e o Distrito Federal, de R$ 4,89 para R$ 4,84.

Além da gasolina comum e do óleo diesel, a tabela do PMPF traz os preços de referência da gasolina premium (aditivada), diesel S10, gás liquefeito de petróleo (GLP - gás de cozinha), querosene da aviação, álcool etílico hidratado combustível (etanol), gás natural veicular (GNV), gás natural industrial e óleo combustível.

Gás de cozinha
O gás de cozinha fica mais caro em sete estados e no Distrito Federal. Os aumentos mais expressivos foram em Minas Gerais, de R$ 5,52/kg para R$ 6,17/kg, e no Rio de Janeiro, de R$ 4,84/kg para R$ 5,41/kg. Mato Grosso e Roraima são os estados com o GLP mais caros do país, R$ 7,37/kg e R$ 7,07/kg, respectivamente.

Por outro lado, o gás de cozinha fica mais barato em cinco estados: Alagoas, Amazonas, Goiás, Maranhão e Rio Grande do Norte. Os estados com o GLP mais baratos são Espírito Santo (R$ 4,53/kg) e Sergipe (R$ 4,78/kg).

O Confaz é constituído pelos secretários de Fazenda, Finanças ou Tributação de cada estado e do Distrito Federal e presidido pelo ministro da Fazenda. O objetivo do conselho é adotar medidas para aperfeiçoar a política fiscal dos estados e torná-la compatível com as leis da federação.

A tabela do PMPF é atualizada a cada duas semanas e está disponível na página do Confaz.

Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil

Haddad deseja “boa sorte” a Bolsonaro e diz que está com coração leve

Publicado em 29/10/2018 - 10:13

Por Agência Brasil Brasília

O candidato do PT à Presidência da República, Fernando Haddad, derrotado nas eleições, desejou hoje (29) sorte ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL). Nas redes sociais, o petista afirmou estar com o “coração leve” e que espera o “melhor de todos”. Ele se dirigiu ao adversário como “presidente”.

“Presidente Jair Bolsonaro. Desejo-lhe sucesso. Nosso país merece o melhor. Escrevo essa mensagem, hoje, de coração leve, com sinceridade, para que ela estimule o melhor de todos nós. Boa sorte”, afirmou Haddad, na sua conta no Twitter.
Fernando Haddad desejou sorte ao presidente eleito Jair Bolsonaro (Arquivo/Rovena Rosa/Agência Brasil)

Ontem (28), após a confirmação da vitória de Bolsonaro, que obteve 55% dos votos contra 44% para Haddad, o candidato do PT agradeceu o apoio durante a campanha presidencial. Também nas redes sociais, ele postou imagens em que aparece abraçando a mulher Ana Estela.

“Lembrando o hino nacional: verás que um professor não foge à luta, nem teme quem adora a liberdade à própria morte”, disse o petista, referindo-se também à sua profissão que é de professor de ensino superior na Universidade de São Paulo (USP).

Aos eleitores, Haddad se dirigiu também com carinho. “Gostaria de agradecer os 45 milhões de eleitores que nos acompanharam. Uma parte expressiva da população que precisa ser respeitada.”

Mencionou ainda sua família e sua história pessoal. “Gostaria de agradecer meus antepassados que me ensinaram o valor da coragem e a defender a justiça a qualquer preço. Todos os demais valores dependem da coragem”, disse.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Jovem é assaltada na Avenida Brasil, na região Central

Uma jovem, de 22 anos, foi assaltada na margem direita da Avenida Brasil, na região Central, na madrugada desta segunda-feira, 29. Ela passava pelo local, pouco depois da meia noite, quando foi abordada por um homem que roubou o celular dela e fugiu pela ponte da Rua Halfeld, no sentido à Avenida Sete de Setembro.

Uma testemunha, de 24 anos, que estava no local e tentou ajudar a vítima foi agredida com o soco no rosto pelo assaltante.

A Polícia Militar realizou rastreamento na área e conseguiu localizar o autor, que tem 28 anos. Ele foi preso em flagrante e o celular roubado foi recuperado.

Mulher é vítima de tiro em bar durante comemoração do resultado das eleições

Uma mulher, de 39 anos, foi atingida por um tiro na Avenida Agilberto Costa, no bairro São Benedito, na zona Leste de Juiz de Fora, na noite desse domingo, 28. Por volta das 22h30, a vítima estava no interior de um bar da região comemorando o resultado das eleições presidenciais, quando ocorreu um disparo acidental no estabelecimento.

O tiro atingiu o ombro da mulher que se deslocou sozinha até o Hospital de Pronto Socorro Dr. Mozart Teixeira (HPS), na Avenida Rio Branco, onde foi medicada e liberada.

Ela não soube identificar quem foi o responsável pelo tiro.

Jornal Diário Regional

Revelado pelo Cruzeiro, Daniel é assassinado em Curitiba

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

Estadão Conteúdo 
29/10/18 - 01h02

O meia Daniel, que era jogador do São Paulo e estava emprestado ao São Bento, de Sorocaba, morreu assassinado neste domingo (28), em Curitiba.

Daniel, de 24 anos, natural de Juiz de Fora, foi revelado pelo Cruzeiro, mas teve destaque no Botafogo. O jogador foi contratado pelo São Paulo no fim de 2014, mas não teve oportunidade por causa de uma lesão. Acabou emprestado para a Ponte Preta para a disputa do Campeonato Paulista, mas também não teve bom desempenho. Em dez jogos, não fez gol e atuou em apenas cinco partidas como titular

No ano passado, o atleta atuou pelo Coritiba durante o Campeonato Brasileiro. O jogador voltou a se machucar e só jogou nas rodadas finais. O time de Curitiba foi rebaixado e Daniel voltou para o Morumbi.

Com 16 partidas oficiais pelo tricolor paulista (duas em 2015 e 14 no ano seguinte), Daniel não teve espaço com o técnico Diego Aguirre este ano e acabou emprestado em junho para o São Bento.

O clube São Bento se pronunciou em uma nota oficial
"O Esporte Clube São Bento lamenta a morte do meia Daniel, confirmada pela assessoria de imprensa do atleta na noite deste domingo (28). O jogador foi contratado por empréstimo do São Paulo para reforçar o elenco do São Bento na Série B. A causa da morte ainda não foi informada. 

A diretoria do clube lamenta o fato ocorrido e se solidariza com a família e amigos do jogador nesse momento de profunda tristeza"

O São Paulo também prestou condolências à família do atleta:
O São Paulo Futebol Clube lamenta profundamente a morte do meio-campista Daniel Corrêa Freitas. O clube se solidariza e presta condolências à família do atleta.

https://www.otempo.com.br/superfc/futebol/revelado-pelo-cruzeiro-daniel-

Ao parabenizar Bolsonaro, STF, PGR e OAB pregam tolerância

Publicado em 28/10/2018 - 21:55

Por Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil Brasília

Ao parabenizar o novo presidente da República eleito, Jair Bolsonaro, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Dias Toffoli, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, fizeram discursos em favor da união nacional e contra a intolerância entre os brasileiros.

Os três falaram no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, após a ministra Rosa Weber, presidente da Corte, ter feito o anúncio oficial de Bolsonaro como vencedor da corrida presidencial deste ano.

Primeiro a falar, Toffoli defendeu uma convivência harmoniosa e um país sem radicalismos, seja por parte da situação ou da oposição. “É momento de união, de serenidade e de combate a qualquer forma de intolerância. O pais se formou como uma sociedade tolerante e continuará a sê-lo”, afirmou. 

O presidente do STF ainda fez uma defesa das liberdades de expressão, de imprensa, de opinião, de consciência política, de crença e culto. “É na pluralidade e na diversidade e no respeito às diferenças que se constrói uma nação”, disse.

Toffoli enfatizou que o presidente eleito deve, conforme a Constituição, “promover o bem de todos sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor ou qualquer forma de discriminação”. Em nome dos 11 ministros do STF, ele afirmou que a Corte “seguirá com sua missão de moderador de eventuais conflitos sociais políticos e econômicos, garantindo a paz social”.

Em seguida, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, também destacou que o presidente eleito deve governar e promover o bem de todos, sem discriminação. “A democracia é o governo da maioria em respeito à minoria”, afirmou.

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, destacou que o Brasil passou por uma campanha eleitoral com “muitos extremismos”, mas o momento é de “menos confronto e mais encontro”. Ele acrescentou que “vencidos e vencedores devem se respeitar e trabalhar pelo Brasil, o momento e de encerramos o pleito eleitoral e pensamos na nação e no nosso país”.

Liberdade de imprensa
Ao se pronunciarem, os chefes do STF e da PGR fizeram também a defesa do jornalismo profissional como requisito básico ao funcionamento pleno da democracia. “A imprensa brasileira deve ser respeitada. Uma nação democrática necessita de uma imprensa livre”, afirmou.

Em seu discurso, Raquel Dodge saudou a imprensa, que “documentou com empenho renovado a cada dia os principais fatos, informando o eleitor e contribuindo para que eles formassem a sua convicção”.

*Texto ampliado às 22h31
Edição: Sabrina Craide
Agência Brasil

domingo, 28 de outubro de 2018

(Vovó) - Da série Coragem, o Cão Covarde e +

e +

Meu nome é Jair Messias Bolsonaro. Podem me chamar de presidente.

Bolsonaro tem uma missão que terá de cumprir

Jorge Béja

Ele venceu. E vai governar o Brasil de 01.01.2019 a 31.12.2022. Venceu, não por ser um fenômeno. Muito menos, mito. Fenômeno e mito são dons, são atributos de ordem transcendental. Gandhi, Mandela, Luther King, Chaplin, Joana D’Arc, Chopin, Mozart, Liszt, Bach, entre outros, e cada um no cumprimento de sua missão, é que foram fenômenos, mitos, gênios. Eram iluminados. Marcaram épocas. São imortais. Já Bolsonaro, não.

Quando é chamado de “mito” por seus correligionários, a adjetivação está fora da realidade. É alegoria. Não traduz um fato concreto, histórico, científico ou filosófico a ele atribuído.

UM MEDICAMENTO – Bolsonaro é um anti-histamínico para eliminar a cor vermelha que lambuzaram a Bandeira Nacional, para fazer sumir a vermelhidão da pele, acabar com as coceiras, os edemas e outras alergias mais. Bolsonaro também é um antibiótico contra infecções por microorganismos e bactérias resistentes.

Bolsonaro é medicamento novo. Vai ser testado. Pode até curar. O tratamento é de longa duração. A dosagem precisa ser pesada, forte, ininterrupta, porque o doente chamado Brasil está duramente enfermo. Agoniza no CTI. Ainda não morreu. Se encontra entubado, mas há esperança de cura.

SURGE FRANCISCO – Naquele 13 de Março de 2013, vi na televisão o cardeal francês Jean-Louis Pierre Tauran (1943-2018) chegar na varanda externa da Basílica de São Pedro, em Roma, e com sua voz e gestos trêmulos dizer ao mundo:

“Annuntio vobis gaudium magnum, Habemus Papa. Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum, Dominum Georgium Marium Sanctae Romanae Ecclesiae Cardinalem Bergoglio qui sibi nomem impossuit Franciscum” (Anuncio a todos vós, com grande alegria, temos Papa. Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor, Senhor Jorge Mario, Cardeal Bergóglio da Santa Romana Igreja que impôs a si o nome de Francisco).

Naquele dia eu identifiquei logo quem era o eleito no conclave que não durou muito tempo reunido na Capela Sistina. Era o cardeal “argentino” Jorge Mário Bergóglio que conheci pessoalmente no final da década de 1990 quando me apresentei ao piano no Teatro Colon, em Buenos Aires, no encerramento de um congresso internacional de ex-alunos.

“CLAIR DE LUNE” – Quando agradecia os aplausos, após executar a última peça, alguém da plateia estendeu o braço, me alcançou no palco e me passou um pequeno papel em que estava escrito “Clair de Lune” de Debussy. Voltei ao piano e toquei. Era um “extra” vindo dos céus. Foi “Bergóglio”, então arcebispo de Buenos Aires, quem escreveu e pediu, me disse ele depois.

A eleição de Francisco para o comando da Igreja veio no momento certo, quando a Igreja Católica estava quase quase em ruína. E Francisco não cruzou os braços. Prendeu cardeais por corrupção e apropriação indébita. Entre eles, o dirigente maior do Banco do Vaticano. Submetido ao devido processo legal segundo as leis do Estado do Vaticano, hoje cumpre pesada pena de prisão no xadrez da Santa Sé.

Expulsou da Igreja padres, bispos e cardeais pedófilos, espalhados pelo mundo. Houve muita resistência. Quase conflito e assassinato. Mas Francisco venceu. A verdade, a honestidade, a pureza, a defesa da legalidade e do que é bom, justo e perfeito sempre triunfa. 

FRANCISCO DE ASSIS – Quando o então cardeal-arcebispo de Buenos Aires foi eleito Papa e adotou o nome Francisco, Jorge Bergóglio teve o seu pensamento voltado para o Francisco de Assis do Século XII, que ao perguntar a Jesus “Senhor, que queres que eu faça?”, ouviu a resposta: “Francisco, não vês que a minha casa está em ruínas? Vai, pois, restaure-a para mim”. E Francisco deu início à restauração.

É esta a ordem, é esta a missão, é este o comando que o povo brasileiro dá ao senhor, presidente Bolsonaro. Restaure o Brasil para todos os brasileiros, para todos os povos, para todas as gentes. O senhor não é fenômeno nem mito. Sua eleição conta mais com o sentimento coletivo da “ira”, da justa “ira” que o povo nutre com o desastre e os danos que a era petista causou ao Brasil, do que com os seus méritos próprios, que existem e que agora – esperamos – virão à tona com o seu governo.

UM DEMOCRATA – Nunca, jamais, em ocasião alguma seja o senhor um déspota, e sim um democrata. Despotismo é terrível. Nem aqueles “Déspotas Esclarecidos”, como registra a História, defendiam a Liberdade, a Igualdade e a Fraternidade, e sim seus interesses para continuarem no poder e por isso passaram usar as ideias iluministas. 

A Constituição Federal e a ordem jurídica nacional são as colunas que sustentarão o seu governo. Não as fira. Não as derrube. A elas se submeta. Se não são boas, mude-as, então, seguindo o regular processo legislativo previsto na Constituição.

SEJA ENÉRGICO – Não se cerque de pelegos, aproveitadores, de gente boçal, despreparada e corrupta. Sua formação militar é rígida e não permite estar na companhia deles, assim como o senhor nunca esteve em quase 30 anos de legislatura. À menor suspeita de que um seu assessor, ministro ou integrante de outros escalões de seu governo cometeu ilícito contra a Administração, afaste-o do cargo, imediatamente, até que o processo investigativo termine. Basta a fundada suspeita. Depois, se for inocente, faça-o retornar. Se culpado, exonere-o e deixe seu destino a cargo do Poder Judiciário.

Tenha sempre, como únicos alvos principais do seu governo, a paz, a saúde, a segurança, a boa formação e a felicidade de cada um dos brasileiros. O bem comum, enfim.

PELO POVO – Sem ser populista, governe para o povo, pelo povo e com o povo. Despoje-se da menor vaidade. Sua missão é a de restaurar o nosso país, a nossa casa, que também está em ruínas, como estava a “casa” que Francisco de Assis restaurou e reedificou. Mesmo presidente, comandante-em-chefe das Forças Armadas, seja o senhor uma pessoa simples, sem ostentação e sem pompas. Seja como se fosse uma folha de papel no chão. Mas não se deixe ser pisado. Exerça sua autoridade, sem ser autoritário. Ouça os sábios, os pensadores, os anciãos. Aconselhe-se com quem tem bom conselho para dar.

O senhor venceu a morte. Aquela facada foi para matá-lo. Então, afaste, também, de todo o povo brasileiro, o perigo do esfaqueamento que nos amedronta, da morte que nos cerca e que enfrentamos, todos os dias, todas as horas, há anos e anos, por causa da violência urbana, do péssimo atendimento médico-hospitalar, por causa dos serviços públicos que mal funcionam, quando existem.

EQUIPES MÉDICAS – O povo brasileiro viu as equipes médicas irem até sua casa, no Rio de Janeiro, para cuidar do senhor. Nós, do povo, nem queremos tanto. Queremos, tão só, não esperar nas filas e corredores dos hospitais para sermos atendidos, o que leva horas, dias, semanas e até anos e anos. Aqui no Rio de Janeiro, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (INTO), o Hospital de Bonsucesso, o Hospital do Andaraí, que são federais, estão arruinados.

Coloque-os no mesmo nível do Hospital Central do Exército, do Hospital Naval Marcílio Dias, do Hospital da Aeronáutica, onde nada falta. Aqui no Rio de Janeiro e no país inteiro. O Brasil agoniza no CTI. O povo também. Os brasileiros estão enfermos e desalentados.

SEM CONCHAVOS – Não se aconchave com partidos políticos, com deputados, senadores, governadores, prefeitos, ministros, magistrados… Com ninguém. Também não permita que por eles o senhor seja manipulado, adulado e cortejado. Os Poderes da República são independentes, em primeiro lugar. Depois é que são harmônicos. Mas harmonia não quer dizer compadrio, cumplicidade, subserviência, arranjos e troca de favores.

E saiba que a maior autoridade, até mesmo acima do senhor, agora presidente da República eleito, a maior autoridade é o Povo Brasileiro. Tudo pelo povo. Só pelo povo. E no curso e ao cabo dos quatro anos de governo, que seja o senhor visto e tido como verdadeiramente um mito, um fenômeno, um herói, aplaudido e muito amado pelo povo que o elegeu presidente e pelo mesmo povo que o senhor elegeu como prioridade no seu governo. 

ADVERSÁRIO – Tenha o senhor toda a consideração, todo o respeito, toda a educação com o seu adversário político. Não o hostilize. Se lhe assiste razão, com ele concorde. É da democracia. É da civilidade. Porém, reação adequada a qualquer deslize que dele parta. Não transgrida as leis cármicas. Nem as desafie. Elas nos cobram por nossas ações e omissões que praticamos um segundo atrás ou em vidas e vidas passadas. As leis cármicas são inexoráveis. A todos apanham. Suas multidensidades são transcendentais. E nunca são percebidas por olhos comuns. 

Ore todos os dias. Deus é onipotente, onipresente e onisciente. Deus é todo poderoso, está presente em todos os lugares e tudo sabe. Não despreze os ensinamentos que nos legaram nossos antepassados. Encontre tempo e silêncio e conheça as “Características do Homem de Bem”, descritas por Allan Kardec no Capítulo 12, item 918 do “O Livro dos Espíritos”. Servirá para o aprimoramento e elevação da sua conduta pessoal e para saber, identificar e conhecer todos aqueles que o cercam.

E para terminar. Se puder, traga sempre em seu poder, no corpo ou na roupa, a pedra ônix, mas a verdadeira, a autêntica. É pedra poderosa. Limpa, energiza e seus efeitos são terapêuticos. Não é superstição. Não é “fake”. É verdade da Ciência Esotérica e da Ciência Holística. Mas todo cuidado é pouco. Se a ônix que o senhor venha usar for pedra falsa, imitação da verdadeira, os efeitos são opostos. Derruba e destrói quem a carrega. Saúde, muita saúde e paz, presidente Jair Messias Bolsonaro.  Posted in J. Béja

A hora do rodízio democrático no poder

Editorial
28/10/2018 - 19:20 / 28/10/2018 - 19:39
A vitória de Jair Bolsonaro, na oitava eleição presidencial direta depois da redemocratização, é o desfecho de uma campanha intensa, com vários ingredientes de elevada combustão. Por isso mesmo, foi um pleito que serviu para atestar a solidez do estado democrático de direito. E consolidá-lo ainda mais.

O fato de um líder popular, Lula, estar encarcerado por corrupção e lavagem de dinheiro, e ainda por cima ter estado à frente em pesquisas eleitorais, colocou no centro dos debates políticos o Poder Judiciário. O PT e advogados do ex-presidente exerceram pressão máxima, de várias formas, legais e outras nem tanto, para que o candidato Lula pudesse tentar despachar no Planalto pela terceira vez.

Mas, para isso, seria preciso desobedecer à Lei da Ficha Limpa, segundo a qual réu condenado em duas instâncias fica inelegível por oito anos. Sem a possibilidade de qualquer mudança na legislação pelas vias normais do Congresso, restaria algum inconcebível contorcionismo em tribunais, numa reinterpretação da lei, para restabelecer a elegibilidade de Lula. Este sim, um “golpe".

Como se esperava, leis foram respeitadas, norma inegociável num país já com três décadas sob a mesma Constituição, a que restabeleceu o regime democrático e respectivos direitos e liberdades.

Foram em vão pressões políticas, chicanas advocatícias, lobbies e manobras no exterior, inclusive na ONU. Valeu, como deve valer sempre, a decisão do Judiciário brasileiro, poder independente como estabelece a Carta.

A eleição de Bolsonaro, ex-capitão do Exército, deputado federal com sete mandatos, abre um novo ciclo na democracia brasileira. Pois segue-se um governo de direita assumida aos 13 anos de poder petista em Brasília — antecedidos por oito em que o PSDB, legenda de origem social-democrata, ocupou o Planalto.

Com uma pauta conservadora, escolhida pelo eleitor, o novo governo, com militares em seus quadros — Bolsonaro, capitão, mas já um político profissional, porém com o vice e alguns possíveis ministros generais — , será como todos os anteriores. Não importa se contará com militares ou civis. Perante a Constituição, não faz diferença.

Muito além de um gesto diplomático pós-eleitoral, o aceno da conciliação é necessário, devido à intolerância e à agressividade que intoxicaram a campanha. Tendo atingido o clímax no atentado que sofreu o candidato Bolsonaro em Juiz de Fora. Muito antes disso, a radicalização veio sendo fermentada no próprio Palácio do Planalto de Dilma, convertido em barricada para defender a presidente do impeachment de “arma na mão”; ou em ameaças como a de Lula de chamar o “exército de Stédile”. Balelas, mas que ajudaram a envenenar o ambiente.

Toxidade para a qual contribuiu também o candidato do PSL, ao repetir na campanha absurdos proferidos da tribuna livre da Câmara, que ocupava como membro do desimportante baixo clero. Deveria ter percebido que mudara de status.

A pacificação interessa à nação, até porque há graves problemas econômicos que precisam ser resolvidos com a participação do Legislativo, que terá de aprovar leis e emendas constitucionais. O presidente Jair Bolsonaro precisará de votos para isso. O que implica negociações entre situação e oposição, balizadas pelo interesse público.

Não se deve desconsiderar que os dois candidatos chegaram ao domingo com altas taxas de rejeição junto ao eleitorado. Haddad e PT mais que Bolsonaro, este também com índice elevado de não aceitação. Há, portanto, um compreensível mau humor da população com a política e os políticos. Por tudo isso, o resultado das urnas indicou grande divisão na sociedade.

É missão adicional do novo governo fazer um trabalho competente na formulação de propostas, enquanto, da parte da oposição, cabe a ela, sem abrir mão de seu papel, entender que logo no início da gestão de Bolsonaro estarão em jogo questões das quais depende o futuro dos brasileiros, mais especificamente, de forma imediata, dos 12,7 milhões de desempregados e seus dependentes, cujo destino está ligado à reativação efetiva da economia. Não qualquer bolha induzida por gastos públicos. Os desempregados não podem ser reféns da luta político-partidária e ideológica.

Noticiou-se que Lula, de Curitiba, torcia para Fernando Haddad não ser derrotado por uma avalanche de votos. Assim, a oposição (PT etc.) poderá erguer muitos obstáculos à frente do novo governo. Não se duvide, porque o lulopetismo já demonstrou como exerce o poder e faz oposição, quando todos os meios são justificados.

Enfrentar este cenário difícil não será apenas um desafio para governo e oposição, mas também para o próprio regime democrático, com seus pesos e contrapesos.

https://oglobo.globo.com/opiniao/2018/10/28/26715-hora-do-rodizio-democratico-no-poder