terça-feira, 10 de julho de 2018

Doze meninos e o técnico de futebol são retirados de caverna após três dias de resgate na Tailândia

Por G1

10/07/2018 06h46
 
Foto tuitada por Elon Musk mostram esforço de resgate de meninos presos em caverna da Tailândia, nesta terça-feira (10) (Foto: Courtesy of Elon Musk via AP)

Todas as 13 pessoas que estavam na caverna Tham Luang, no norte da Tailândia, foram retiradas com apoio de dezenas de mergulhadores. Os últimos quatro meninos e o técnico do time de futebol saíram do local nesta terça-feira (10), o terceiro dia de resgate e o mais desafiador, porque chovia e havia mais pessoas a serem resgatadas.


“Não temos certeza se isso é um milagre, uma ciência ou o que é. Todos os 13 Javalis [nome do time de futebol] agora estão fora da caverna”, comemorou a Marinha tailandesa em post no Facebook.

Entenda o caso
- 12 meninos, entre 11 e 16 anos, e o técnico entraram na caverna no dia 23 de junho, para se proteger da chuva. A chuva ficou intensa e a água subiu muito rápido. Eles ficaram isolados e sem comida por 9 dias. Foram encontrados no dia 2 de julho, debilitados e com muita fome.

- Resgate durou 3 dias: começou no domingo, dia 8, e terminou na terça-feira, dia 10. Cada menino foi conduzido por 2 mergulhadores e usou máscara facial de oxigênio

- 4 garotos foram retirados por dia e, no último dia de resgate, o técnico também foi tirado da caverna

- O percurso do ponto onde estavam até a entrada da caverna dura 6 horas. Eles estavam em um trecho que tem entre 800 m e 1 km de profundidade. Vários trechos são muito estreitos, com água turva e baixa visibilidade

- 90 mergulhadores participaram do resgate: 50 estrangeiros e 40 tailandeses. Ao todo, mais de 1 mil pessoas fizeram parte dos trabalhos

- Resgatados foram levados de helicóptero para hospital, onde vão ficar em quarentena e observação

A dramática situação dos meninos presos na caverna comoveu o mundo. Doze garotos entre 11 e 16 anos e seu técnico de futebol entraram no local há 18 dias, para fugir do mau tempo, e só puderam sair depois de uma operação de resgate que envolveu 1 mil profissionais vindos de várias partes do mundo.

A missão era muito difícil: os estreitos, lamacentos e inundados caminhos eram um desafio até mesmo para mergulhadores experientes, que levavam cerca de seis horas para percorrer 4 km até onde estava o grupo. Um deles morreu após levar suprimentos aos meninos, que ficaram presos uma encosta cercada de água.

As equipes de resgate chegaram a considerar tirá-los pela superfície da montanha, mas a profundidade era grande demais – entre 800 m e 1 km. E ainda havia risco de desmoronamento caso o solo fosse perfurado. Drenar água também era uma opção, mas os esforços tinham pouco resultado – milhões de litros de água eram bombeados para fora da caverna, mas a chuva impedia o avanço do trabalho.

Último menino e treinador são resgatados de caverna na Tailândia
Ao sair da caverna, os resgatados foram atendidos em um hospital improvisado. Em seguida, foram transferidos de ambulância para um helicóptero para serem levados ao hospital da província de Chiang Rai, que fica a cerca de 70 km. Nesta terça, houve uma certa demora em transferir os meninos para o helicóptero, mas três ambulâncias foram vistas deixando o local, de acordo com a BBC.

As oito primeiras crianças trazidas para a superfície permanecem internadas, mas passam bem. Elas estão em quarentena para evitar alguma infecção já que a saúde do grupo ficou fragilizada por um longo período de jejum forçado.

De acordo com o jornal “The Guardian”, prosseguem os trabalhos para a retirada de um médico e três fuzileiros navais que entraram na caverna para dar assistência ao grupo.

Voluntários comemoram retirada de meninos e do técnico na caverna Tham Luang, no norte da Tailândia, nesta terça-feira (10) (Foto: Reuters)

Além da Marinha, líderes internacionais, como o presidente Donald Trump e a premiê Theresa May, comemoraram o sucesso da operação de resgate.

Nesta terça, um jornalista estrangeiro foi detido pela polícia por colocar um drone para sobrevoar a entrada da caverna enquanto aconteciam as operações de resgate.
Um jornalista foi detido pela polícia colocar um drone para sobrevoar a entrada da caverna (Foto: Reuters)


Operação delicada
A operação de resgate é bastante complexa e perigosa: as galerias subterrâneas estão completamente escuras e são de difícil acesso. O grupo precisa atravessar trechos inundados, muito estreitos e com um relevo bastante acidentado. Alguns dos meninos não sabem nadar. Todos precisaram aprender técnicas de mergulho às pressas. O estado de saúde dos meninos e do técnico também preocupam a equipe de resgate.

O primeiro-ministro tailandês, Prayut Chan-o-chau, afirmou que os meninos receberam ansiolíticos antes de serem levados à superfície, segundo o “The Guardian”. Nos últimos dias, resgatados foram vistos chegar à superfície em macas.
Ambulância deixa caverna Tham Luang, na Tailândia, nesta terça-feira (10) (Foto: Soe Zeya Tun/Reuters )

Os nomes dos resgatados não foram divulgados nem mesmo para os pais. As autoridades tomaram essa atitude para preservar os pais das crianças que ainda não tinham sido retiradas da caverna. Questões culturais explicam a decisão das autoridades.
Equipes de resgate se preparam para levar crianças resgatadas em caverna na Tailândia para hospital (Foto: Facebook/Police Thailand News/via Reuters )

Em princípio, o governo anunciou que os 12 meninos, de 11 a 16 anos, e o técnico, de 25 anos, seriam retirados em quatro grupos. O primeiro, com quatro crianças, e depois três grupos de três pessoas. Diante do sucesso do primeiro dia de operação, que aconteceu no domingo (8), quatro pessoas também foram retiradas na segunda (9).

Operação de resgate em caverna da Tailândia chega ao 3º dia
Entre as operações, existe uma pausa para que novos cilindros de oxigênio fossem colocados na cavidade subterrânea e para o descanso dos mergulhadores. Uma equipe de 90 mergulhadores foi mobilizada - 50 estrangeiros e 40 tailandeses. Mais de 1000 pessoas fazem parte das equipes.

No dia 23 de junho, o time de futebol "Javalis Selvagens" entrou na caverna após um treino e foi surpreendido pelas fortes chuvas, que provocaram a inundação das galerias subterrâneas. O grupo passou nove dias desaparecido até que dois mergulhadores britânicos os localizassem na segunda-feira (2). Abatidos, eles estavam sobre uma rocha a mais de 4 km da entrada da gruta.

Medo de tempestade
No início, as autoridades estudaram deixar o grupo dentro da caverna até o fim da estação chuvosa - o que significava que eles poderiam ficar presos por até quatro meses. Porém, o bombeamento constante de água para fora da cavidade e a interrupção das fortes chuvas contribuíram para que o nível da água abaixasse, possibilitando o resgate.

A queda no nível de oxigênio na cavidade subterrânea e a elevação do dióxido de carbono também pressionaram as equipes abreviar o resgate.

As equipes começaram a esvaziar o entorno da caverna para a operação de resgate ainda no fim da noite de sábado (7). Os mais de 1000 jornalistas que acompanham o resgate tiveram que se afastar da região.
Como foi o resgate dos 12 meninos e do técnico de caverna na Tailândia 
(Foto: Karina Almeida/G1).

https://g1.globo.com/mundo/noticia/meninos-deixam-caverna-na-tailandia-no-terceiro-dia-de-resgate.ghtml

Nem Lula acreditava que poderia ser libertado pela manobra tresloucada do PT

Zanin visitou Lula com outros quatro advogados

Deu em O Tempo
(Agência Estado)

Descrente de que poderia ficar solto por muito tempo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou a advogados que o visitaram nesta segunda-feira, 9, na Superintendência da Polícia Federal de Curitiba, onde cumpre prisão, que não deixaria a capital paranaense caso tivesse sido solto no domingo “Para onde Lula iria correr? É uma pessoa conhecida, sabe de suas responsabilidades. Ele me disse claramente: ‘Eu nem sairia de Curitiba, ficaria esperando o que decidiriam a meu respeito, porque sabia que isso não iria longe'”, declarou o ex-ministro da Justiça e advogado do PT, Eugênio Aragão, após a visita ao ex-presidente.

O petista recebeu a visita de cinco advogados. Além de Aragão, estiveram na sede da PF em Curitiba Cristiano Zanin e Luiz Carlos da Rocha, da área criminal, e Luiz Fernando Casagrande Pereira, advogado eleitoral, Manoel Caetano, constitucionalista. Conforme Zanin, Lula se manteve sereno mesmo diante da negativa da soltura.

DESCUMPRIMENTO – Aragão e Zanin argumentaram que, mesmo que fosse revertida no dia seguinte, a decisão do desembargador federal Rogerio Favreto concedendo a liberdade ao ex-presidente deveria ter sido cumprida. Aragão disse que as regras processuais, de competência e jurisdição foram “subvertidas” com as decisões posteriores à soltura.

“O tema levado pelo habeas corpus era o direito de o Lula poder fazer campanha como pré-candidato à Presidência. Esse tema nunca foi levado à Justiça. Foi com base nisso que ele (Favreto) decidiu”, declarou Aragão, afirmando que a liminar só poderia ser revertida pela 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) ou por tribunais superiores, mas apenas após o término do plantão de Favreto.

NOVOS RECURSOS – Zanin disse ainda que a defesa criminal do ex-presidente está estudando a possibilidade de complementar os recursos judiciais já nos tribunais superiores com os fatos ocorridos neste domingo

“A defesa técnica sempre chamou atenção para o fato de que o ex-presidente não estava tendo acesso a um julgamento justo e imparcial”, disse o advogado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – As entrevistas dos próprios advogados mostram que nem Lula acreditava numa manobra tresloucada e ilegal como essa, armada pelos três deputados para usar o desembargador plantonista, que é petista de carteirinha e se orgulha de servir ao partido e a seu ídolo Lula. Não contavam com o espírito público do juiz Moro, que defende a legalidade em todos os momentos. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

A armação de Fravero concretiza a desmoralização do “quinto constitucional”

Charge do Alpino (Yahoo Brasil)

Carlos Newton

Ao embarcar na canoa furada que seus amigos petistas lhe apresentaram, o desembargador Rogério Favreto, julgou estar revivendo o almirante Francisco Barroso, na Batalha do Riachuelo. Pensou que os fins justificavam os meios, Lula da Silva seria solto e ele, o desconhecido Rogério Favreto, estaria cumprindo seu dever e passaria a ser reconhecido como herói nacional. Bem, sonhar ainda não é proibido, mas o principal resultado da ousadia do desembargador foi a completa desmoralização do chamado “quinto constitucional”, o dispositivo legal que dá ao presidente da República e aos governadores o direito de escolher 20% dos membros dos tribunais federais e estaduais, respectivamente.

Como se sabe, Favreto chegou ao Tribunal Regional Eleitoral devido aos bons serviços prestados aos governos do PT, partido ao qual se filiara em 1987. Seu currículo não era nenhuma preciosidade. O maior destaque era ter trabalhado como assessor jurídico da Casa Civil, nas gestões de José Dirceu e de Dilma Rousseff.

NOTÓRIO SABER? – A indicação para o cargo de desembargador federal nada tinha a ver com suposto notório saber e reputação ilibada. Repita-se, ad nauseam, como dizem os advogados – Favreto só foi nomeado desembargador do Tribunal Regional Federal porque era um dedicado servidor petista,

A encrenca em que o desembargador plantonista se meteu para libertar Lula da Silva exibiu escancaradamente seu despreparo para a função, ao aceitar habeas corpus em processo que não se encontrava mais no TRF-4. Além disso, o incidente demonstrou cabalmente ser inviável o país seguir aceitando a vigência do chamado “quinto constitucional”. Ficou claro que é preciso emendar urgentemente a Constituição, para profissionalizar (digamos assim) a função de juiz em colegiados de todas as instâncias.

STF DESMORALIZADO – O pior exemplo dessa manipulação jurídico-administrativa é a situação desmoralizante vivida hoje pelo Supremo, onde sequer vigora o “quinto constitucional” e o presidente da República pode nomear livremente todos os ministros. Assim, ao invés dos 20% dos integrantes dos outros tribunais, no Supremo os presidentes indicam 100% dos ministros, bastando que o Senado ratifique a escolha, como sempre ocorre, aliás.

Qual é o ponto de ligação entre o desembargador Rogério Favreto e os ministros Celso de Mello, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Marco Aurélio Mello, Luís Roberto Barros, Edson Fachin e Alexandre de Moraes? Ora, todos fizeram carreira na magistratura através do “quinto constitucional” ou de escolha por presidentes da República. Atualmente, no Supremo, apenas Cármen Lúcia, Rosa Weber e Luiz Fux eram juízes, antes de se tornarem ministros.

Com as trapalhadas ocorridas no Supremo desde o Mensalão, está mais do que provado que essa situação precisa ter fim. Chega de amadores protegidos por políticos; os tribunais precisam de juízes de verdade, como aqueles de Berlim.Posted in C. Newton

Xuxa perde processo contra Google para remover buscas sobre filme erótico

Amor Estranho Amor (1982), de Walter Khouri, no qual Meneghel interpretava Tamara, uma prostituta que se relaciona com um jovem.
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PUBLICADO EM 09/07/18 - 18h58

FOLHAPRESS

A apresentadora Xuxa Meneghel, 55, teve um novo recurso negado em ação movida contra o Google para remover das buscas algumas palavras relacionando o nome dela ao filme "Amor, Estranho Amor", de 1982, em que ela, aos 19 anos, interpretou uma garota de programa e seduzia um menino de 12 anos.

O processo foi julgado em segunda instância e a apresentadora não poderá mais recorrer. Procura nesta segunda-feira (9), a assessoria de Xuxa disse que não comenta assuntos jurídicos. A disputa judicial existia desde 2010.

Ela tentava remover das buscas frases relacionadas a seu nome com a palavra "pedofilia" e derivadas como "Xuxa pedófila" ou qualquer outra que associe "escrito parcial ou integralmente, e independentemente de grafia".

Em maio do ano passado, o texto da decisão diz que "por unanimidade, após rejeitadas as preliminares, no mérito, negou-se provimento ao recurso, nos termos do voto" da desembargadora relatora Valeria Dacheux Nascimento. Xuxa recorreu novamente e o processo foi encerrado no final de junho.
Jornal OTempo

Luís Gama - Recebeu o epíteto de "Apóstolo Negro da Abolição"

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Luís Gonzaga Pinto da Gama[nota 1] (Salvador, 21 de junho de 1830São Paulo, 24 de agosto de 1882) foi um rábula, orador, jornalista, escritor brasileiro e o Patrono da Abolição da Escravidão do Brasil.

Nascido de mãe negra livre e pai branco, foi contudo feito escravo aos 10, e permaneceu analfabeto até os 17 anos de idade. Conquistou judicialmente a própria liberdade e passou a atuar na advocacia em prol dos cativos, sendo já aos 29 anos autor consagrado e considerado "o maior abolicionista do Brasil".]

Apesar de considerado um dos expoentes do romantismo, obras como a "Apresentação da Poesia Brasileira", de Manuel Bandeira, sequer mencionam seu nome. Teve uma vida tão ímpar que é difícil encontrar, entre seus biógrafos, algum que não se torne passional ao retratá-lo — sendo ele próprio também carregado de paixão, emotivo e ainda cativante. A despeito disto o historiador Boris Fausto declarou que era dono de uma "biografia de novela".

Foi um dos raros intelectuais negros no Brasil escravocrata do século XIX, o único autodidata e o único a ter passado pela experiência do cativeiro; pautou sua vida na defesa da liberdade e da república, ativo opositor da monarquia, veio a morrer seis anos antes de ver seus sonhos concretizados.

Panorama da época
São Paulo, onde viveu Gama por quarenta e dois anos, era em meados do século XIX uma ainda acanhada capital de província que, com a demanda da produção cafeeira a partir da década de 1870, contudo, viu o preço dos escravos atingir um preço que tornava quase proibitiva sua posse urbana. Até este período, contudo, era bastante comum a propriedade de "escravos de aluguel", sobre cujo trabalho seus donos hauriam a fonte de sustento, ao lado dos ditos "escravos domésticos".

Tinha uma população dez vezes menor que a da Corte (Rio de Janeiro), e uma presença da cultura jurídica bastante acentuada pois, desde 1828, ali se instalara uma das duas únicas faculdades de Direito do país, a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, que acolhia alunos de todo o país, provindos de todas as camadas sociais — além dos filhos da oligarquia rural, membros da elite intelectual que então se formava (Gama a definiu, então, como "Arca de Noé em ponto pequeno").

Filiação e primeiros anos
Sobre sua mãe, cuja figura mais tarde seria mitificada pelo Movimento Negro, Gama registrou, numa carta autobiográfica que enviou em 1880 a Lúcio de Mendonça:Sou filho natural de uma negra, africana livre, da Costa Mina (Nagô de Nação) de nome Luísa Mahin, pagã, que sempre recusou o batismo e a doutrina cristã. 

O próprio Calmon, e também Arthur Ramos, voltaram a tratar de Mahin no contexto revoltoso, este último construindo-lhe a imagem de heroína, que é mantida pelos movimentos negros.

Sobre o pai, Gama omitiu, na mesma carta, o nome: Meu pai não ouso afirmar que fosse branco, porque tais afirmativas, neste país, constituem grave perigo perante a verdade, no que concerne à melindrosa presunção das cores humanas: era fidalgo e pertencia a uma das principais famílias da Bahia de origem portuguesa. Devo poupar à sua infeliz memória uma injúria dolorosa, e o faço ocultando o seu nome. 
Ele foi rico; e nesse tempo, muito extremoso para mim: criou-me em seus braços. Foi revolucionário em 1837. Era apaixonado pela diversão da pesca e da caça; muito apreciador de bons cavalos; jogava bem as armas, e muito melhor de baralho, amava as súcias e os divertimentos: esbanjou uma boa herança, obtida de uma tia em 1836; e reduzido a uma pobreza extrema, a 10 de novembro de 1840, em companhia de Luís Cândido Quintela, seu amigo inseparável e hospedeiro, que vivia dos proventos de uma casa de tavolagem, na cidade da Bahia, estabelecida em um sobrado de quina, ao largo da praça, vendeu-me, como seu escravo, a bordo do patacho "Saraiva".

Na carta, descreve assim seu nascimento e primeira infância:
Nasci na cidade de S. Salvador, capital da província da Bahia, em um sobrado da Rua do Bângala, formando ângulo interno, em a quebrada, lado direito de quem parte do adro da Palma, na Freguesia de Sant'Ana, a 21 de junho de 1830, pelas 7 horas da manhã, e fui batizado, oito anos depois, na igreja matriz do Sacramento, da cidade de Itaparica.

Escravidão e liberdade
Uma vez vendido como escravo, foi levado para São Paulo onde permaneceu analfabeto até os 17 anos.

Posto à venda, foi rejeitado "por ser baiano" — uma condição que dava aos cativos a fama de insubordinados e acaba sendo levado para a casa de um comerciante.

Em São Paulo, Gama passou por várias "metamorfoses" únicas: fora criança livre e ali feito escravo, e depois a homem livre; de analfabeto a integrante do mundo das letras; exerceu diversas profissões e posições sociais: escravo do lar, soldado, ordenança, copista, secretário, tipógrafo, jornalista, advogado e autoridade da maçonaria.

Permanecem obscuros, contudo, os artifícios utilizados por Luis Gama para obter sua liberdade, sendo aventada a possibilidade de que, para tal, tenha se utilizado do depoimento do pai — cuja identidade ele próprio zelava por manter obscura.

Jornalista, maçom e funcionário público
Diabo Coxo (dez/1864), fundado por Gama e Agostini.

Começou a carreira jornalística, na capital paulista, junto ao caricaturista Angelo Agostini; ambos fundaram, em 1864 o primeiro jornal ilustrado humorístico daquela cidade, intitulado Diabo Coxo.

Dois anos mais tarde, ainda com Agostini, agora com adesão de Américo de Campos, fundam o hebdomadário Cabrião; os três pertenciam à mesma loja maçônica, e comungavam dos mesmos ideais republicanos e abolicionistas.

A Loja Maçônica América foi bastante ativa na causa abolicionista; fundada por Luiz Gama e Ruy Barbosa e dela também teria feito parte Joaquim Nabuco (que omite seu passado maçônico). Quando de sua morte era Gama o Venerável Mestre da instituição.

Ocupou Luís Gama a função de amanuense da polícia paulista quando, em 1868 caiu o gabinete do Conselheiro Zacarias, apeando do poder o Partido Liberal; com a consequente ascensão dos conservadores, foi ele demitido.

Gama definiu sua demissão "a bem do serviço público" como uma consequência do trabalho que vinha a fazer de libertar escravos que se achavam em situação ilegal, além de denunciar os desmandos do sistema — ou, em suas palavras: a turbulência consistia em eu fazer parte do Partido Liberal; e, pela imprensa e pelas urnas, pugnar pela vitória de minhas e suas [Lúcio de Mendonça, a quem escreve] ideias; e promover processos de pessoas livres criminosamente escravizadas, e auxiliar licitamente, na medida de meus esforços, alforrias de escravos, porque detesto o cativeiro e todos os senhores, principalmente os reis.

Advogado dos pobres, libertador dos negros]
Tamanha foi a importância do trabalho de Luís Gama na causa emancipacionista dos negros em plena vigência das leis escravocratas, que recebeu o epíteto de "Apóstolo Negro da Abolição".

Sobre sua atuação na defesa dos negros, cativos ou pobres, descreveu Raul Pompeia:...não sei que grandeza admirava naquele advogado, a receber constantemente em casa um mundo de gente faminta de liberdade, uns escravos humildes, esfarrapados, implorando libertação, como quem pede esmola; outros mostrando as mãos inflamadas e sangrentas das pancadas que lhes dera um bárbaro senhor; outros... inúmeros. E Luís Gama os recebia a todos com a sua aspereza afável e atraente; e a todos satisfazia, praticando as mas angélicas ações, por entre uma saraivada de grossas pilhérias de velho sargento. Toda essa clientela miserável saía satisfeita, levando este uma consolação, aquele uma promessa, outro a liberdade, alguns um conselho fortificante. E Luís Gama fazia tudo: libertava, consolava, dava conselhos, demandava, sacrificava-se, lutava, exauria-se no próprio ardor, como uma candeia iluminando à custa da própria vida as trevas do desespero daquele povo de infelizes, sem auferir uma sobra de lucro...E, por essa filosofia, empenhava-se de corpo e alma, fazia-se matar pelo bom...Pobre, muito pobre, deixava para os outros tudo o que lhe vinha das mãos de algum cliente mais abastado.

Em sua carta autobiográfica a Lúcio de Mendonça, Gama estima que já havia libertado do cativeiro mais de 500 escravos. Durante um júri Gama proferiu uma frase que se tornou célebre: O escravo que mata o senhor, seja em que circunstância for, mata sempre em legítima defesa — isto provocou tal reação ante os presentes que, com a confusão, o juiz se viu obrigado a suspender a sessão.

Embora atuasse principalmente na defesa dos negros acusados de crimes, ou para buscar-lhes a alforria judicialmente, não se negava a atender graciosamente aos pobres de qualquer raça, havendo casos em que defendera imigrantes europeus lesados por brasileiros.

A morte do "amigo de todos": São Paulo para, em luto

Já Raul Pompeia notara que Gama não ia bem de saúde; três dias antes de sua morte observara que este já não descia sem amparo as escadas de seu escritório, socorrendo-se do apoio dos amigos Pedro, Brasil Silvado ou dele próprio, Raul.

Gama tinha diabetes, e esta foi a causa mortis que o vitimou a 24 de agosto de 1882, atestada pelo médico Dr. Jaime Perna.

Morto o grande abolicionista e libertador de escravos, Raul Pompeia manifesta ter ficado incrédulo e, registrando cada momento do ato fúnebre, vai de imediato à casa do amigo, onde verifica que muitos já lá estavam, em vigília: diante da casa os homens choravam "como uns covardes", e as senhoras soluçavam.

Seu corpo fora colocado num esquife, na sala da frente; um escultor molda seu rosto em gesso. O féretro saiu no dia seguinte, às três horas da tarde. Pouco antes de cerrar-se o caixão a viúva protagonizou um pranto dolorido. O cemitério ficava no outro extremo da cidade, e para sua condução um coche funerário estava preparado, mas a multidão que para ali acorrera não deixa que siga ali: o "amigo de todos" — como era conhecido — teria que ser "levado por todos".

O caixão surge, trazido pelos amigos do morto: o jornalista e membro do Centro Abolicionista Gaspar da Silva, Dr. Antônio Carlos, Dr. Pinto Ferraz, o Conselheiro Duarte de Azevedo, entre outros; adiante do féretro seguia uma enorme multidão, como aquela que se apertava ao lado, disputando a honra de carregar o caixão; atrás, uma grande quantidade de carruagens e, entre elas, o coche fúnebre vazio.

Às quatro horas e cinco minutos o cortejo chegou ao Brás, onde uma banda o aguardava, e passou a acompanhá-lo tocando acordes tristes; na Ladeira do Carmo a Irmandade de Nossa Senhora dos Remédios se juntou ao enterro; chegando à "cidade", lojas cerraram suas portas e bandeiras se encontravam hasteadas a meio mastro, enquanto o povo apinhava-se nas ruas por onde o enterro passaria; nas janelas as famílias se espremem para assistir: ao longo de todo o caminho muitos são os que choram a perda.

O professor Otávio Torres registrou que Luís Gama morrera "aureolado por São Paulo"; Antônio Loureiro de Sousa, em 1949, registrou: O seu enterro foi um espetáculo inédito: foi o maior de que há notícia naqueles tempos. A multidão que acompanhou o féretro, com todo silêncio e admiração, era obrigada a parar pelos numerosos discursos que interrompiam o cortejo fúnebre. Mais recentemente, em 2013, o articulista Zeca Borges declarou que seu enterro foi o mais emocionante acontecimento da história da cidade de São Paulo.

Ali estavam pessoas de todas as classes, e todos disputavam a chance de poder carregar o esquife. Em dado momento levavam-no ao mesmo tempo o escravocrata Martinho Prado Júnior, de um lado e, do outro, altivo, um "pobre negro esfarrapado e descalço", no registro de Pompeia. Já era noite quando o cortejo chega finalmente ao campo santo da Consolação, e a multidão mantivera-se firme.

Após uma breve parada para uma preleção por um padre na capela, onde foram depositadas as centenas de coroas de flores, finalmente o caixão foi levado à sepultura, onde a multidão esperava. Antes de descerem-no, contudo, alguém — o médico Clímaco Barbosa ou Antônio Bento, gritou para que todos esperassem; após um breve discurso onde lembrou a importância de Luís Gama, levando todos às lágrimas, intimou que juntos prestassem um juramento de não deixar morrer a ideia pela qual combatera aquele gigante: foi respondido por um brado geral da multidão que, mãos estendidas ao caixão, jurava.

Sua sepultura fora adquirida no mesmo dia do enterro em nome da esposa Claudina, segundo registrado no Livro 2, fls. 28, do Arquivo Municipal; está situado na Rua 2, sepultura 17.

Efeitos do discurso
A morte de Gama e o discurso engajado junto ao seu túmulo marcaram o fim desta primeira fase do movimento abolicionista, marcadamente "legalista" (constituição de fundos para a aquisição de cativos e sua alforria, ações judiciais libertadoras) e teve início a fase de ações efetivas de combate aos escravistas: dirigida por Clímaco Barbosa, a campanha passou às "vias de fato", onde pessoas acolhiam escravos fugidos, escondendo-os em suas casas até serem encaminhados ao Quilombo do Jabaquara, em Santos, e estimulando a fuga em massa das fazendas.

Um marco dessa ação foi a invasão da Chácara Pari por membros do Clube Abolicionista do Brás, com gritos de Viva os abolicionistas, morram os escravocratas!; pessoas como Barbosa, Antônio Bento, Feliciano Bicudo, entre outros notáveis e anônimos, passaram a figurar no rol de suspeitos da polícia.

Literatura
Busto de Gama, inaugurado em 1931 - (Largo do Arouche, SP)

Gama foi um leitor da obra Vida de Jesus, do filósofo francês Ernest Renan, publicada originalmente em 1863 e logo traduzida no Brasil, sendo um dos primeiros a dela referir-se no país. Sua única obra, publicada originalmente em duas edições (1859 e 1861), Primeiras Trovas Burlescas, colocou-o no panteão literário do Brasil apenas doze anos depois de haver aprendido a ler. Este livro, dedicado a Salvador Furtado de Mendonça, magistrado que lecionava no Largo de S. Francisco e que ali também dirigia a sua biblioteca (o que permite inferir daí que tenha facilitado a Gama o acesso ao seu acervo), também traz poemas de autoria de seu amigo José Bonifácio, o Moço, em anexo.

Poesia: o "Orfeu de carapinha"
Lembrando a figura do poeta grego Orfeu, e aludindo ao seu cabelo crespo, Gama foi chamado de "Orfeu de carapinha", e dominava tanto a poesia lírica, quanto satírica.

Sua poética transcorre na primeira pessoa, sem esconder a própria origem e sem deixar de proclamar sua negritude; ao lado disto, não deixa de usar as imagens tradicionais de seu tempo, como as evocações mitológicas (tais como Orfeu, Cupido etc.) ou aos poetas do passado (como Lamartine, Camões, por exemplo).

Contudo, Gama reverte essas imagens à sua condição: a musa é da Guiné, o Orfeu tem carapinha. Ao retratar a sociedade branca, usa de imagens fortemente satíricas:

Com sabença profunda irei cantando
Altos feitos da gente luminosa, 
(...)
Espertos manganões de mão ligeira,
Emproados juízes de trapaça,
E outros que de honrados têm fumaça,
Mas que são refinados agiotas.

Ele constrói, a partir dos elementos da cultura branca, a antítese para a cultura e civilização dos negros, preenchendo-os com elementos da poesia tradicional; assim, contrapõe-se a "musa da Guiné" ás musas greco-romanas; o granito escuro ao branco mármore; a marimba e o cabaço à lira e à flauta:

Ó Musa da Guiné, cor de azeviche,
Estátua de granito denegrido,
(...)
Empresta-me o cabaço d'urucungo,
Ensina-me a brandir tua marimba (...)

Sobre si mesmo traça, nos seus versos, uma imagem que longe está da figura do "pobre coitado" ou sofredor que figura nos negros pintados por poetas brancos contemporâneos como Castro Alves, Gama atinge-se com a mesma crítica feroz com que ataca o sistema, menosprezando seu próprio valor ante os padrões culturais vigentes, que ele implicitamente aceita:

Se queres, meu amigo,
No teu álbum pensamento
Ornado de frases finas,
Ditadas pelo talento;
Não contes comigo,
Que sou pobretão:
Em coisas mimosas
Sou mesmo um ratão.

Gama chega, até, a ironizar a situação do negro, apartado da riqueza, das ciências e das artes:

Ciências e letras
Não são para ti:
Pretinha da Costa
Não é gente aqui.

Sua poesia vem, assim, a destruir, denunciar e deformar o mundo de injustiças que o cerca.

Homenagens
Entre seus contemporâneos Gama foi alvo de várias homenagens. Raul Pompeia, no Gazeta de Notícias de 10 de setembro de 1882 escreveu o artigo intitulado Última página da vida de um grande homem, sobre ele; o mesmo autor fez-lhe uma caricatura, que foi publicada naquele mesmo ano, na primeira página do jornal carioca O Mequetrefe de agosto (nº 284) e, ainda, a novela inacabada A Mão de Luís Gama, publicada originalmente nas página do Jornal do Commercio, de São Paulo (1883), e o texto A Morte de Luíz Gama.

Alguns anos depois de sua morte, e em seguida à Abolição, foi fundada pelo maçom paulistano Góes e colaboração de irmãos das lojas Trabalho e Ordem e Progresso a Loja Luís Gama, com a iniciação de 25 negros.

No Largo do Arouche, em São Paulo, há um busto erguido à sua memória,[3] erigido a mando da comunidade negra por ocasião do seu centenário (1930).

Em sua homenagem, em 1919, a Estrada de Ferro Sorocabana (atual FEPASA) nomeou uma de suas estações, hoje praticamente em ruínas.

Título de "advogado"
133 anos após sua morte, em 3 de novembro de 2015 a Ordem dos Advogados do Brasil, Seção São Paulo, concedeu-lhe o título de "advogado", uma vez que não era formado e atuava como "provisionado" ou rábula.

A cerimônia de homenagem, intitulada Luiz Gama: Ideias e Legado do Líder Abolicionista", contou com dois dias de eventos na Universidade Presbiteriana Mackenzie, através de debates e palestras.

A homenagem é inédita na história da OAB; segundo seu Presidente nacional, Marcus Vinicius Furtado Coêlho, Trata-se de uma justíssima homenagem a quem tanto lutou por liberdade, igualdade e respeito.

Impacto cultural e influências
Entre 1923–1926, naquilo que pode ser considerado como "segundo período de imprensa negra" no estado de São Paulo, surge na cidade de Campinas o jornal Getulino; nesta cidade o racismo se fazia sentir mais forte do que na própria capital daquele estado, e a publicação fazia parte do movimento por maior participação do negro na sociedade; seu título era uma homenagem a Luís Gama que tinha como um de seus pseudônimos Getulino e sua influência culminaria na criação de O Clarim da Alvorada, jornal da capital paulista.

Ao longo do tempo influenciou diversos movimentos negros brasileiros, como o grupo literário Projeto Rhumor Negro de São Paulo, criado em 1988, para quem a carta de Gama a Mendonça é dos mais importantes documentos históricos do povo brasileiro. (...) Face à dimensão da vida deste grande homem, esta carta, atravessando o tempo, é também endereçada a todos nós.]

Em 2014, no rastro do sucesso do filme 12 Anos de Escravidão, a escritora Ana Maria Gonçalves, autora da obra romanceada sobre a vida de Gama Um Defeito de Cor, preparou um roteiro para um filme e também chamando a atenção da televisão brasileira — ressaltando que bem pouco se fala sobre a escravidão, em comparação a outros fatos históricos, como o holocausto durante a Segunda Guerra Mundial.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Lu%C3%ADs_Gama

segunda-feira, 9 de julho de 2018

10/07 - Dia da Pizza em SP / Dia mundial da Lei / Dia do Truco / Dia do Frescobol no RJ/Dia de Holda, senhora das bruxas/ Portugal - Feriado em Miranda do Douro/ Pirenópolis e saiba +

10/07/2018

Dia da Pizza em SP
Dia mundial da Lei.

Dia do Truco - origem italiana


Dia do Frescobol no estado do RJ.

Mitologia nórdica - Dia de Holda, senhora das bruxas.
Portugal - Feriado Municipal de Miranda do Douro.

1832 - Criação de PirenópolisGoiás, fundada em 1727
Aniversário do município de Sousa


1859 - O Big Ben soou pela primeira vez, em Londres.
1974 - O poema "Hino dos Bandeirantes" é instituído como letra oficial do Hino do estado de São Paulo.
2016 - A Seleção Portuguesa de Futebol vence pela primeira vez na história o Campeonato Europeu de Futebol.

Nascimentos
1909 - Mestre Vitalino, escultor brasileiro (m. 1963).
1957 - Françoise Forton, atriz brasileira.
1964 - Dalton Vigh, ator brasileiro.
1980 - Cláudia Leitte, cantora brasileira.
1995 - Leonardo Rocha, ator brasileiro.

Falecimentos
1982 - Jackson do Pandeiro, músico brasileiro (n. 1919)
2004 - Maria de Lourdes Pintasilgopolítica portuguesa, primeira mulher a ocupar o lugar de primeiro-ministro no país (n. 1930)
2006 - Randal Juliano - Jornalista, radialista e apresentador de TV.(n.1925).

2007Yolanda Cardoso, atriz brasileira (n. 1928).
2015Omar Sharif, ator egípcio (n. 1932)
2017Elvira Vigna, escritora, ilustradora e jornalista brasileira (n. 1947).


Wikipédia

Funalfa abre inscrições para o “Prêmio Amigo do Patrimônio”

JUIZ DE FORA - 9/7/2018 - 16:03
Foto:Divulgação

Já estão abertas as inscrições para a 13ª edição do “Prêmio Amigo do Patrimônio”, promovido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Fundação Cultural “Alfredo Ferreira Lage” (Funalfa). Serão agraciadas iniciativas de pessoas físicas e jurídicas, de direito público ou privado, que tenham praticado ações para conservação, preservação, defesa ou divulgação do patrimônio cultural da cidade, além de ações que visem a difundir conceitos que auxiliem a compreensão do tema.

As indicações devem ser inscritas até 23 de julho, na Divisão de Patrimônio Cultural (Dipac), na sede da Funalfa (Avenida Rio Branco, 2.234, Centro – Parque Halfeld). O atendimento acontece das 8 às 12 horas e das 14 às 18 horas. A cerimônia de entrega do prêmio acontecerá em 17 de agosto, quando se comemora o “Dia Nacional do Patrimônio Histórico”.

No momento da inscrição, os interessados deverão preencher ficha com o nome proposto, endereço e telefone, a descrição da ação e a justificativa para o merecimento do prêmio, além de, se possível, anexar à ficha fotos e documentos relacionados à indicação.

Podem concorrer iniciativas reconhecidas e indicadas pela comunidade, instituições e entidades civis e ações que, mesmo desconhecidas do grande público, configurem-se como atitudes, gestos e intervenções que propiciam novo olhar sobre o patrimônio, ampliando o conceito de pertencimento, cidadania e respeito. As indicações serão avaliadas por comissão indicada pelos membros do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac).

Amigos do patrimônio

Na ultima edição do “Prêmio Amigo do Patrimônio”, os contemplados foram:

- Suzana Markus | “Carabina Cultural”: iniciativa de promoção da cultura e do patrimônio no Distrito de Sarandira, mobilizando a comunidade em relação à cultura local;

-“Laboratório de Patrimônios Culturais | Lapa”: projetos de pesquisa desenvolvidos entre os alunos da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), relacionados à gestão de acervos, destacando e contribuindo para valorização da memória e formação de profissionais;

- Projeto de visitas guiadas ao Cine-Theatro Central: incentiva o conhecimento sobre o bem tombado;

- Mônica Cristina Henriques Leite Olender: em reconhecimento aos projetos de restauro aprovados pelo Comppac, referências para outras propostas de imóveis tombados, além de sua militância em prol da preservação do patrimônio cultural;

- Loja Riachuelo: por buscar manter as características da fachada do imóvel à Rua Halfeld, 580, apesar de o mesmo não ser protegido por tombamento, seguindo as diretrizes do decreto que rege a publicidade de prédios protegidos;

- Página “Patrimônio Cultural: Além da Pedra e cal”: importante ferramenta de divulgação e ações de salvaguarda, levando conteúdo sobre o tema através das redes sociais.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044.
Portal PJF

“Férias no Museu” - Programação conta com atividades para toda a família

JUIZ DE FORA - 9/7/2018 - 16:11
Foto: Divulgação

Com atividades variadas, a Fundação Museu “Mariano Procópio” abre seu espaço para receber o público durante o período de férias escolares. Além da visitação ao setor histórico-cultural, a instituição preparou programação especial para crianças e adultos, com início no dia 17. A iniciativa, além de proporcionar momentos de lazer e descontração aos visitantes, visa a aproximação de todos com a entidade. Assim como em outras edições das “Férias", foram realizadas parcerias para promoção de atividades com público diverso. Dentro da programação, serão ainda oferecidas atividades diárias para toda família, como visitação à Galeria “Maria Amália”, aberta de terça a sexta-feira, das 10 às 17 horas, com entrada gratuita. É possível, também, organizar piqueniques e caminhadas pelo parque, bosque e trilhas. A área funciona de terça-feira a domingo, das 8 às 18 horas. O acesso pela Rua Dom Pedro II é de terça a sexta-feira, das 8 às 17 horas.

Programação
Dia 17 - Turismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) - “Oficina de Férias” - das 9 às 12 horas
- Atividades recreativas em frente ao prédio do Museu
- Crianças de cinco a oito anos. Inscrição 3690-2027 / Com 20 vagas para cada dia.

Dia 18 - Turismo UFJF - “Oficina de Férias” - das 9 às 12 horas
- Brincadeiras e atividades recreativas
- Crianças de nove a 12 anos. Inscrição 3690-2027 / Com 20 vagas para cada dia.

Dia 21 - “Casa X” – Show com personagens infantis - a partir das 10 horas
- No parque do Museu
- Público livre

– “Brincafeira” - das 14 às 17 horas
(Brincadeiras, contação de histórias e feirinha de livros)

- No parque do Museu
- Público livre

Dia 25 - “Histórias de Arrepiar”, com Margareth Marinho, a partir 14h30
- Em frente ao prédio do Museu.
- Público livre

Dia 27 - “Estande da Preservação”, das 9 às 16 horas
- Atividade com a Secretaria de Meio Ambiente (SMA), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), com distribuição de mudas de plantas
- Parque do Museu
- Público livre

Dia 29 - “Arteria no Museu”, a partir das 15 horas
- Show com a banda “Catavento”
- Parque do Museu
- Público livre

* Informações com a assessoria da Fundação Museu Mariano Procópio pelo telefone 3690-2004.
Portal PJF