O mês de junho não é vermelho apenas devido ao Dia dos Namorados, outra causa, muito importante, também tinge os dias desta época: a doação de sangue.A doação, sempre muito recorrente nas mídias jornalísticas, tem no mês de junho, um período exclusivo, utilizado para reforçar ainda mais a importância desse ato que pode e salva vidas diariamente em todo o país.
A Fundação Hemominas, que realiza a captação de sangue em Juiz de Fora e atende a 57 hospitais de 27 cidades mineiras, também estará realizando ações para celebrar o Junho Vermelho.
No dia 14 de junho, Dia Mundial do Doador de Sangue, ocorrerão ações no próprio Hemocentro. Já no dia 17, uma grande caminhada, intitulada “Caminhada pela Vida”, será realizada no Museu Mariano Procópio, a partir das 9h30, onde os participantes poderão reforçar e chamar a atenção para a importância da doação. Para participar da caminhada os interessados deverão realizar a inscrição até o dia 14, no setor de captação do Hemominas. Essa já é a quarta edição do evento.
Déborah Carvalho, psicóloga da Fundação Hemominas, destaca a importância do Junho Vermelho, mas reforça a necessidade de transformar a doação de sangue em um hábito na sociedade. “A doação de sangue tem que ser frequente, habitual e fazer parte da rotina de cada cidadão para que a gente não tenha problema de desabastecimento. O paciente precisa de sangue todos os dias, então temos que ter doadores todos os dias do ano”, orientou.
A Fundação Hemominas atende a 57 hospitais de 27 cidades mineiras.
Foto: Rafaela Frutuoso
Apesar de muito ser falado em doação de sangue, uma outra doação também é de extrema importância, a doação de plaquetas, um elemento específico, presente no sangue. Déborah explica as principais diferenças entre essas doações. “Na doação de sangue a pessoa vem e faz uma doação de sangue total, todos os três componentes, plasma, plaqueta e hemácias. Na doação de plaquetas nós vamos retirar do doador só essa parte do sangue. As plaquetas são extremamente benéficas para pacientes com leucemia, pacientes transplantados de medula, etc. e que precisam mais especificamente dessa parte do sangue”, explicou.
Esse é o caso de Lívia Souza Corrêa, de 31 anos, que recentemente foi diagnosticada com aplasia medular, uma rara doença, que para tratamento, necessita da doação de plaquetas. As pessoas que quiserem e puderem doar plaquetas à Lívia, podem buscar o Hemominas, citar o nome dela e o hospital ao qual ela está vinculada, no caso, o Hospital Universitário – Santa Catarina.
A doação de plaquetas possui algumas especificidades que precisam ser analisadas com antecedência nos centros de doação. De acordo com a psicóloga a doação de plaquetas “só pode ser feita por homens e que tenham acesso venoso melhor que a da doação de sangue. As pessoas têm que vir antes e fazer essa avaliação do acesso. Então tem aqueles que só podem doar sangue e plaquetas e tem os que só podem doar sangue, devido à avaliação do acesso.”
Em relação ao estoque atual do Hemominas, Déborah afirmou estar bom, apesar da falta de doações do tipo negativo “durante essa greve dos caminhoneiros aqui em Juiz de Fora, a gente teve um comparecimento acima do esperado para períodos de greve. Isso foi ótimo. O estoque no geral está bom. Entretanto, em relação aos tipos de sangue negativos, estamos com queda, por serem sangues mais raros, presentes em uma porcentagem menor da população”, afirmou.
Deboráh finaliza fazendo um apelo à população para que todos que possam, doem sangue. “A gente precisa de que a população entenda essa necessidade diária. Precisamos dessa consciência, sangue é um remédio que precisamos diariamente e que só conseguimos a partir da doação de um ser humano para outro. A gente sai da doação com uma sensação maravilhosa de dever cumprido e ter ajudado ao próximo e isso não tem preço, só vivenciando”, finalizou.
A Prefeitura de Juiz de Fora também apoia as campanhas de doação de sangue promovidas pelo Hemominas, através de divulgações nas redes sociais, chamamentos à população e em eventos como a “Caminhada pela Vida”.
COMO SER UM DOADOR
Para se tornar doador, o voluntário precisa ter mais que 50kg, não ter contraído hepatite após os 11 anos de idade, apresentar documento de identidade com foto, além de passar por avaliação médica. A faixa etária é de 16 a 69 anos, sendo que entre 16 e 18, o doador deverá estar acompanhado de um responsável ou ter autorização oficial. Entre 60 e 69 anos, somente a pessoa que já tiver doado anteriormente pode doar. No caso das plaquetas, o doador precisa ser do sexo masculino, ter bom acesso venoso, e ter feito alguma doação nos últimos 36 meses.
Quem já doou, deve observar o prazo entre doações de 60 dias e até 4 vezes por ano para homens. Já as mulheres o prazo é de 90 dias e até três vezes por ano. No site é possível obter mais informações. O agendamento no setor de captação pode ser realizado pelos telefones (32) 3257-3171 ou (32) 3257-3172.
Jornal Diário Regional