sexta-feira, 20 de abril de 2018

Polícia Federal anuncia que fará concurso público para 500 vagas

Por Marta Cavallini, G1

20/04/2018 10h09 
Agentes da Polícia Federal, que têm a maior parte das vagas, cumprem mandados em operações pelo país (Foto: Reprodução/EPTV)

A Polícia Federal autorizou nesta sexta-feira (20) a realização de concurso para o total de 500 vagas em cargos de nível superior de escolaridade. A portaria nº 8.380 foi publicada no "Diário Oficial da União".

Veja as distribuição das vagas e cargos do concurso:
180 vagas para agente
150 vagas de delegado
80 vagas para escrivão
60 vagas para perito criminal
30 vagas para papiloscopista

Os salários de agente, escrivão e papiloscopista são em torno de R$ 12,5 mil. Para perito e delegado, as remunerações são de cerca de R$ 23 mil.

O prazo para a publicação do edital de abertura de inscrições para o concurso público será de até seis meses, contado a partir da publicação da portaria, ou seja, até 20 de outubro.


Últimos concursos
Os últimos concursos da Polícia Federal foram organizados pelo Cebraspe (antigo Cespe/UnB). Em 2013, foi realizado concurso para perito criminal federal, delegado e escrivão. No mesmo ano, a PF lançou edital para agente administrativo, de nível médio, e vários cargos de nível superior, entre eles engenheiro, administrador e psicólogo.

Em 2014, foi a vez do concurso para agente.

Os inscritos são avaliados por meio de provas objetivas e discursivas, exame de aptidão física, exame médico, avaliação psicológica, prova prática de digitação (apenas escrivão), avaliação de títulos, prova oral (apenas delegado) e curso de formação profissional, na Academia Nacional de Polícia, em Brasília.

Requisitos
Para delegado, os candidatos devem ter nível superior em direito. Para perito, o edital definirá em quais áreas de graduação serão aceitas as inscrições. Para escrivão, agente e papiloscopista, quem tem nível superior em qualquer área pode se inscrever.


Restrições das eleições não devem afetar concurso
Como neste ano haverá eleições para presidente, governadores e Congresso Nacional, haverá restrição na nomeação, contratação ou admissão do servidor público federal e estadual nos três meses que antecedem o pleito, marcado para 7 de outubro, até a posse dos eleitos, ou seja, de 7 de julho a 1º de janeiro de 2019. Mas, caso a homologação do concurso (divulgação do resultado final) seja feita até três meses antes das eleições, ou seja, até 7 de julho, as nomeações podem ocorrer em qualquer período do ano.

No caso do concurso da Polícia Federal, não há restrição para divulgação do edital, apenas para as nomeações, mas como o concurso engloba várias etapas, até que os aprovados sejam contratados, a restrição não estará mais valendo.

Previsão de concurso para a PRF
O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse que haverá ainda concurso para 500 vagas para policiais rodoviários federais, cujo edital está sendo elaborado e também será lançado ainda neste semestre. Ele disse que pretende aumentar o número de postos de videomonitoramento de estradas.

Em fevereiro, quando a pasta de Segurança Pública foi criada, Jungmann anunciou que pretendia duplicar o contingente de policiais federais em postos de fronteira. Segundo o ministro, o número passará a 300 agentes. As vagas do concurso, portanto, deverão ser direcionadas para esse fim.

Ele também disse que vai reforçar a área de combate aos crimes de corrupção, com a realocação de 20 delegados para o setor.

Essas medidas fazem parte do reforço da segurança pública no país, entre elas ainda a intenção de tornar a Força Nacional de Segurança um órgão permanente.

Futebol feminino: Brasil a um empate de ganhar a Copa América

Publicado em 20/04/2018 - 07:38

Por Agência Brasil* Brasília

A Seleção Brasileira não teve dificuldades para vencer por 3 x 0 a Argentina na sua segunda partida da fase final da Copa América de futebol feminino, ontem à noite (19) no Estádio La Portada, em La Serena, no Chile.

Agora, o Brasil depende apenas de um empate contra a Colômbia, no domingo (22), às 19h, para conquistar o heptacampeonato da competição. Os gols de ontem foram marcados por Cristiane, Thaisa e Debinha.

A Seleção Brasileira não teve dificuldade para vencer por 3 x 0 a Argentina na sua segunda partida da fase final da Copa América de futebol feminino - Direitos reservados/Lucas Figueiredo/CBF

O resultado garantiu ao Brasil a vaga para a Copa do Mundo da França, em 2019. A seleção feminina lidera, com seis pontos, a fase final da Copa América, e só pode ser alcançado pela Argentina, que tem três pontos e joga contra as chilenas na última rodada da Copa América.

*Com informações da Confederação Brasileira de Futebol
Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Bêbado atropela três, é perseguido por populares, preso e urina em viatura da PM

Homem estava com sintomas de embriaguez

PUBLICADO EM 20/04/18 - 08h54

AILTON DO VALE / NATÁLIA OLIVEIRA
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Um dia depois da mudança na legislação de trânsito entrar em vigor, com penas mais duras para quem dirigir bêbado e causar acidentes com mortes ou lesão corporal, um motorista embriagado, de 26 anos, bateu em carros estacionados e atropelou três pessoas na avenida Raja Gabaglia, no bairro Santa Lúcia, na região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele ainda fugiu sem prestar socorro, foi perseguido por testemunhas e só parou no Anel Rodoviário, no bairro Olhos D'Água, na região do Barreiro, onde foi preso em flagrante pela Polícia Militar (PM).

A soldado Juliana Dias, do 5º Batalhão da PM, explica que a corporação foi acionada nesta sexta-feira (20) por volta de 4h para atender a uma ocorrência de um atropelamento envolvendo um Citroën C4 Pallas de cor prata na Raja Gabaglia. No caminho, os policiais receberam a informação de que o suspeito já tinha ido embora e estava no Anel Rodoviário. Chegando lá, o carro do motorista bêbado estava parado às margens da via, perto de um radar, bastante danificado e sem um dos pneus. O condutor era agarrado pelas testemunhas que o seguiram.

“As testemunhas disseram que estavam em um forró na Raja Rabaglia e presenciaram um colega ser atropelado pelo suspeito no C4 Pallas. Elas foram atrás dele e o alcançaram no Anel. Acreditamos que o motorista só parou porque o veículo estava com a parte da frente toda destruída, com danos generalizados. As testemunhas seguraram ele até a gente chegar”, conta Juliana.

De acordo com a PM, o suspeito se recusou a fazer o teste do bafômetro, mas apresentou diversos sinais de embriaguez como fala desconexa, andar cambaleante, olhos vermelhos e odor etílico. Além disso, os militares encontraram dentro do carro uma garrafa de whisky praticamente vazia. Para piorar a situação, a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) dele está vencida desde o ano passado. “Ele não resistiu à prisão, mas também não alegou nada sobre o caso”, disse a soldado.

Ao ser levado algemado para a sede da 126ª Cia. da PM, no bairro Estoril, na região Oeste da capital, o homem bêbado ainda fez xixi dentro da viatura, mas pediu desculpas aos policiais. Segundo a corporação, o motorista disse que estava em um bar durante a madrugada, mas não deu qualquer explicação sobre a batida nos carros estacionados e o atropelamento. Após o registro do boletim de ocorrência, ele foi encaminhado para a Delegacia do Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG) no fim da manhã.

O que diz a Lei
A Lei Federal 3.546, que entrou em vigor na última quinta-feira, não garante mais o direito de pagamento de fiança ao motorista alcoolizado que provocar acidente com morte ou lesão corporal. O condutor condenado por homicídio culposo – sem intenção de matar – pode pegar de cinco a oito anos de prisão. A pena anterior era de dois a quatro anos de reclusão.

Já no caso de acidentes com vítima de lesão corporal grave ou gravíssima, a penalidade passa de detenção de seis meses a dois anos para prisão de dois a cinco anos. Em ambos os casos, o início da pena deverá ocorrer em regime fechado.

O TEMPO aguarda um posicionamento da Polícia Civil para saber a situação do motorista bêbado de 26 anos e por qual crime ele deve responder. Na sede da 126ª Cia. da PM, ele foi questionado sobre o caso pela reportagem, mas não quis dar entrevista.

Vítimas
Conforme a PM, uma das três vítimas do atropelamento recusou atendimento médico, pois teve apenas um corte na perna. As outras duas pessoas foram socorridas por outras testemunhas que estavam no local do acidente na Raja Gabaglia. A corporação desconhece o estado de saúde delas. As identidades dos atropelados não foram informadas pela polícia até o momento.

Jornal OTempo

Com doença degenerativa, general diz ter força para comandar o Exército

Folhapress 
[07/01/2018] 
[10h36]
O general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, de 66 anos, depara-se com dilemas de acessibilidade. Divulgação

No comando do Exército Brasileiro e à frente de 215 mil homens dos quais é exigido pleno vigor físico, o general Eduardo Dias da Costa Villas Bôas, de 66 anos, depara-se com dilemas de acessibilidade, precisa de apoio para atividades e pensa todos os dias até quando irá conseguir resistir ao poder da doença degenerativa grave que o acomete.

Embora o militar não diga o nome da enfermidade, nem mesmo em suas postagens em redes sociais, as características de sua doença se aproximam da esclerose lateral amiotrófica (ELA), mundialmente conhecida pela campanha do balde de gelo que arrecadou fundos para pesquisas. Existem, porém, outras doenças que acometem os neurônios motores.

Villas Bôas tem perda de mobilidade (já é visto em cadeira de rodas) e também tem problemas respiratórios. “O que está em pé e muito vivo hoje é minha mente, além dos princípios e valores aprendidos no Exército desde a minha adolescência”, diz. Sua condição atual o fez ampliar debates de inclusão dentro das Forças Armadas. Os colégios militares estão passando por reformas de adequação de acesso, e professores estão sendo treinados para promover educação inclusiva, o que deve estar totalmente pronto até 2023.

Sobre pessoas com deficiência desempenhando funções militares, o general avalia que é possível aproveitar potenciais, mas que mais estudos precisam ser feitos. General desde 2011 e comandante do Exército desde 2015, Villas Bôas não pretende deixar o cargo. “É possível manter o padrão de profissionalismo e entusiasmo mesmo enfrentando grandes dificuldades pessoais.”

“A reflexão que faço diariamente é até quando poderei seguir trabalhando. Enquanto estiver colaborando para que o Exército possa seguir cumprindo suas missões constitucionais, permaneço. [...] A decisão de permanecer não coube só a mim, pois o presidente da República é quem define o comandante do Exército. Coloquei meu cargo à disposição, mas ele [Michel Temer] achou por bem que eu deveria permanecer no comando. [...] Nossa carreira sempre é repleta de desafios. Não esperava, ao final da minha carreira, enfrentar este tipo de problema. Creio que, após tudo isso, ficará claro para todos os nossos militares que é possível manter o padrão de profissionalismo e entusiasmo mesmo enfrentando grandes dificuldades pessoais. Sabemos que todos enfrentam problemas, até piores do que o meu, mas não podemos perder a fé e a vontade de lutar por aquilo que acreditamos.”

http://www.gazetadopovo.com.br/politica/republica/com-doenca-degenerativa-general-diz-ter-forca-para-comandar-o-exercito-17a4thsvico17uvlxj4fcxj1z

quinta-feira, 19 de abril de 2018

JUSTIÇA COM O PRÓPRIO DEDO - JESSIER QUIRINO – DE CUMPADE PRA CUMPADE

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ABR 19  2018

Essa Justiça tá uma vergonha.

Réu, em denúncia amundiçada de vizinho brigador, foi obrigado, por lei, a cumprir distância mínima de 2000 metros da vítima, tendo que arrodiar, de casa para o trabalho, o mais esticado arrodeio que um réu já rodeou. Muro da China era pinto e o réu lançou mão dos pula-muros jurídicos etc. e coisa e tá. Conseguiu na Justiça, por meio de liminar, reduzir a distância pra 1000 metros; 500 metros; 100 metros; 10; 3… Finalmente, quando conseguiu 80 centímetros, feriu moralmente a vítima, atingindo-a na região glútea, com o dedo médio em estaca, ladeado, em meia altura, do indicador e anular. Matou a vítima de vergonha.

http://www.luizberto.com/2018/04/19/justica-com-o-proprio-dedo/

Violência, corrupção e crime organizado ameaçam a democracia, diz Villas Bôas


Na cadeira de Rodas, Villâs Boas disse tudo

Guilherme Mazui
G1, Brasília

Em uma mensagem lida nesta quinta-feira (19), na cerimônia de entrega da medalha da Ordem do Mérito Militar, o comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, afirmou que a corrupção, impunidade, violência e crime organizado são “as reais ameças à democracia”. No texto, lido pelo cerimonial do evento, ele destacou que nas eleições de outubro caberá à população votar de forma “livre, legítima, transparente e incontestável”.

A mensagem de Villas Bôas foi ouvida por uma plateia formada por militares e autoridades civis, como o presidente Michel Temer e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A Ordem do Mérito Militar é entregue no mesmo dia em que se celebra o Dia do Exército.

IMPUNIDADE – A fala de Villas Bôas ocorre dias após uma polêmica gerada por um texto postado por ele no Twitter. Na véspera de o STF julgar o habeas corpus para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado por lavagem de dinheiro e corrupção passiva, o general escreveu na rede social que o Exército compartilhava com a população o “repúdio à impunidade” e que estava “atento às suas missões institucionais”.

Na ocasião, políticos e entidades que se posicionaram contra o texto de Villas Bôas afirmaram que, como comandante do Exército, a postagem poderia soar como pressão sobre o Judiciário.

No texto desta quinta, o general disse que as ameaças à democracia podem retardar “o desenvolvimento do país e prejudicar a estabilidade”.

REAIS AMEAÇAS – “Não podemos ficar indiferentes aos mais de 60 mil homicídios por ano; à banalização da corrupção, à impunidade, à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado, e à ideologização dos problemas nacionais”, afirmou Villas Bôas na mensagem. “São essas as reais ameaças à nossa democracia contra as quais precisamos nos unir efetivamente, para que não retardem o desenvolvimento e prejudiquem a estabilidade”, completou o general.

Villas Bôas afirmou ainda que, após o resultado das eleições, a nação deve se unir para “comprometer” os governantes com a vontade dos eleitores.

“Nas eleições que se aproximam, caberá à população definir, de forma livre, legitima, transparente e incontestável, a vontade nacional. Definido o resultado da disputa, unamo-nos como Nação. Será esse o caminho para agregar valores, engrandecer a cidadania e comprometer os governantes com as aspirações legitimas de seu povo. O Exército acredita neste postulado”, disse o general na mensagem.

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TEMER DIZ QUE FOI “HOMENAGEM À CONSTITUIÇÃO”

Em vídeo divulgado no Twitter, o presidente Michel Temer afirmou que foi uma “homenagem à Constituição” a mensagem do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, lida na cerimônia de entrega da medalha da Ordem do Mérito Militar.

A mensagem de Villas Bôas destacou que corrupção, impunidade, violência e crime organizado são “as reais ameças à democracia”. O comandante do Exército também frisou que nas eleições deste ano caberá à população votar de forma “livre, legítima, transparente e incontestável”.

DISSE TEMER – “Pude verificar, com grande alegria cívica, que o comandante do Exército, na sua mensagem, mais uma vez fez uma homenagem à Constituição Brasileira”, disse Temer.

“Aliás, na sequência, na mensagem presidencial, o discurso era da mesma natureza, confiança no Brasil, especialmente confiança nas nossas instituições”, completou o presidente.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – É preciso haver tradução simultânea. O comandante do Exército reiterou que a Forças Armadas continuam de olho nos três Poderes e não aceitarão impunidade dos poderosos. E Temer fingiu que a advertência do general não era com ele… Apenas isso. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

General diz que banalização da corrupção é ameaça à democracia

Publicado em 19/04/2018 - 12:32

Por Yara Aquino - Repórter da Agência Brasil Brasília

Cerca de 380 pessoas, entre eles, militares, ministros de Estado, ministros do Supremo Tribunal Federal e parlamentares, receberam hoje (19) a Ordem do Mérito Militar e a Medalha Exército Brasileiro em cerimônia de comemoração ao Dia do Exército com a participação do presidente Michel Temer.

Na cerimônia, mensagem do comandante do Exército, general Eduardo Villas Bôas, destacou que a violência, a banalização da corrupção e impunidade são as reais ameaças à democracia do país e podem prejudicar a estabilidade.

“Não é possível ficar indiferente aos mais de 60 homicídios por ano no país, à banalização da corrupção, à impunidade, à insegurança ligada ao crescimento do crime organizado e à ideologização dos problemas nacionais”, disse o comandante na Ordem do Dia, lida durante a cerimônia.

“São essas as reais ameaças a nossa democracia e contra as quais precisamos nos unir efetivamente para que não retardem o desenvolvimento e prejudiquem a estabilidade. O momento requer equilíbrio, conciliação, respeito, ponderação e muito trabalho”, registrou.

O comandante do Exército, general Villas Bôas, destacou que a violência, a banalização da corrupção e a impunidade são as reais ameaças à democracia do país e podem prejudicar a estabilidade (Marcelo Camargo/Arquivo/Agência Brasil)

A Ordem do Dia assinada pelo general também citava as eleições de outubro. “Quando caberá à população definir de forma livre, legítima, transparente e incontestável a vontade nacional. Definido o resultado da disputa, unamo-nos como nação”.

O general também mencionou as dificuldades e os desafios do Exército, principalmente, o orçamento. “Nossa força terrestre caminha em meio a dificuldades, entre os quais estão um orçamento aquém dos imperativos de suas missões e a defasagem salarial de seus soldados em relação às demais carreiras de Estado”, disse.

Em discurso antes da leitura da Ordem do Dia, o general Eduardo Villas Bôas disse que “a defesa do país depende do Estado, do povo e das Forças Armadas”. Segundo ele, “a Constituição Federal, no Artigo 142, estabelece que as Forças Armadas são instituições permanentes, ou seja, elas são inerentes à própria existência da nação e do país”.

Em breve mensagem lida durante o evento, o presidente Michel Temer lembrou a atuação do Exército na intervenção federal na área de segurança pública no Rio de Janeiro e disse que a ordem do estado estava comprometida pela ação do crime organizado.

“Agora mesmo no Rio de Janeiro testemunhamos a dedicação do Exército, como das demais Forças, na missão incontornável de romper a ordem pública naquele estado, ordem que vinha gradativamente comprometida pela ação intolerável do crime organizado”, diz a mensagem de Temer.

De acordo com Temer, em muitas partes do Brasil os militares são a única manifestação concreta da presença do Estado, levando ações de saúde, educação e saneamento.

A Ordem do Mérito Militar é a mais elevada distinção da força e foi criada em 1934 para premiar militares e civis que tenham prestado serviços relevantes ao Exército.

Na lista de agraciados estão os ministros de Estado do Planejamento, Esteves Colnago; dos Direitos Humanos, Gustavo Rocha; e o interino da Transparência, Fiscalização e Controladoria-geral da União, Wagner de Campos. Os ministros do Supremo Tribunal Federal Luís Roberto Barroso, Edson Fachin e Alexandre de Moraes também receberam a honraria.

Entre os parlamentares estão os nomes dos senadores Ricardo Ferraço (PSDB-ES) e Armando Monteiro (PTB-PE) e os deputados Nelson Meurer (PP-PR) e Domingos Aguiar (PSD-CE). Foram agraciados também ministros do Tribunal de Contas da União, do Superior Tribunal de Justiça e do Tribunal Superior do Trabalho.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

PGR abre investigação sobre vídeo de Gleisi para TV Al-Jazira

Coluna do Estadão

19 Abril 2018 | 05h30

A Procuradoria-Geral da República instaurou procedimento preliminar para analisar a possibilidade de abrir inquérito sobre um vídeo gravado pela presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), para a TV Al-Jazira. Na gravação, ela diz que o ex-presidente Lula é um preso político e acusa a Justiça brasileira. “Lula foi condenado por juízes parciais num processo ilegal. Não há nenhuma prova de culpa, apenas acusações falsas”, afirma. A petista termina convocando “todos e todas [do mundo árabe] a se juntarem na luta” para libertar Lula.

Abrindo os trabalhos. A instauração da Notícia de Fato é o primeiro passo antes de a PGR instaurar um inquérito. A determinação partiu da titular da Secretaria Penal da PGR, subprocuradora Raquel Branquinho.

Fala que eu te escuto. Durante todo o dia de ontem, a PGR recebeu vários pedidos de cidadãos comuns para abrir investigação, além de ofício do deputado Major Olimpio (PSL-SP).

Com a palavra. No plenário do Senado, a presidente do PT reiterou sua fala à TV Al-Jazira e classificou as críticas como xenofobia.

Hora pra tudo. A possibilidade de Raquel Dodge apresentar uma terceira denúncia contra o presidente Michel Temer até o fim do ano é tratada como improvável entre seus colegas.

Tem fila. São dois os motivos. O Inquérito dos Portos é recente, foi aberto em setembro, e não vai furar a fila de mais antigos envolvendo outros políticos. E qualquer atitude apressada fará com que o Congresso rejeite a nova denúncia.

Guerra do café… O senador Aécio Neves avaliou que as declarações de Geraldo Alckmin de que deveria se afastar da vida pública para cuidar da sua defesa podem se voltar contra o presidenciável tucano.

…com leite. O senador avisa que o eleitor mineiro é solidário. Não compactua com corrupção, mas também não aceita um colega tripudiar em cima do outro.

Menos. O presidente do PTB, Roberto Jefferson, foi aconselhado por colegas de partido a parar de jurar amor eterno a Geraldo Alckmin. Acham que, se o tucano não decolar nas pesquisas, é preciso deixar a porta aberta para um plano B.

Em cima do laço. O governo vai usar o prazo-limite para decidir se sanciona, com vetos, o Projeto de Lei 7.748/17, que altera as punições para agentes públicos.

Vem que tem. O senador Antonio Anastasia, autor do texto, disse a interlocutores que o combinado é não ter vetos e que, se houver, seu partido vai agir para derrubá-los no Congresso.

CLICK. A deputada Cristiane Brasil subiu em um caixote para ficar da altura do ministro do Trabalho, Helton Yomura, em reunião na pasta, que não conseguiu assumir.
Instagram Cristiane Brasil

A volta. Quase liberado para disputar as eleições, Demóstenes Torres ganhou um quadro na TV Goiânia para responder a perguntas dos telespectadores sobre defesa do consumidor.

Entrou pra história. Ana Paula Vescovi assumiu ontem como ministra da Fazenda interina com a viagem de Eduardo Guardia para Washington participar de reunião do FMI. É a primeira vez que uma mulher ocupa o cargo desde Zélia Cardoso de Mello.

Dia D. Pré-candidato do PSB ao Planalto, Joaquim Barbosa será apresentado formalmente às bancadas de deputados e senadores do partido nesta quinta-feira em Brasília. Barbosa será provocado a se manifestar sobre suas propostas de governo e como elas se encaixam no estatuto dos socialistas.

Cabo eleitoral? Joaquim Barbosa foi elogiado pelo ministro Edson Fachin nesta quarta-feira, durante o julgamento do deputado Paulo Maluf (PP-SP) no STF. Ao citar um precedente do julgamento do mensalão, Fachin disse que tem “a elevada honra de substituir e ocupar a cadeira” de Barbosa no Supremo.

COM REPORTAGEM DE NAIRA TRINDADE E LEONEL ROCHA. COLABOROU RAFAEL MORAES MOURA

http://politica.estadao.com.br/blogs/coluna-do-estadao/pgr-abre-investigacao-sobre-video-de-gleisi-para-tv-al-jazira/

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Marcelo Odebrecht, Pinheiro e Joesley, homens fatais de Nelson Rodrigues


Pedro Coutto 

Em sua ampla obra literária e teatral, nela incluindo suas memórias e confissões publicadas em O Globo, e a crônica “À sombra das chuteiras imortais”, coluna diária também em O Globo, Nelson Rodrigues criou personagens eternos e que, na realidade, muitas vezes nos deparamos com eles nas calçadas e nos sinais de trânsito, nos restaurante, nos cinemas. Entre estes figura o homem fatal, personagem múltiplo de uma série de desfechos, exclamações e atos de sua obra.

Agora lendo as manchetes principais de ontem de O Globo, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, identifico o vulto de Joesley Batista, o homem que parecia fabricar e distribuir dinheiro e que nas suas intervenções na política e na administração federal, ao longo dos últimos quinze anos, projetou vendavais que abalaram profundamente o quadro político do Brasil.

MARCA INDELÉVEL – Joesley Batista deixou sua marca no BNDES, depois na Presidência da República e agora a fixa com tintas fortes em torno da imagem quase fantasmagórica do senador Aécio Neves. Joesley Batista vai ficar na história como um dos grandes vilões da República, outro personagem impressionista de Nelson Rodrigues, para desenhar perfis dramáticos com uso da imagem que os traduzia como vilões de cinema mudo.

O controlador da JBS, homem múltiplo, gravou diálogo com o Presidente Michel Temer, gravou telefonema com Aécio Neves. Filmou cenas da entrega de dinheiro para ser destinado ao ex-candidato a presidente da República. Não foi só isso. Filmou através de contato com a Polícia Federal a cena da noite paulista que teve como personagem principal Rodrigo Rocha Loures.

E OS OUTROS? – O empresário Marcelo Odebrecht internacionalizou a injeção de recursos financeiros sem prejuízo de atuação idêntica de largo porte na Petrobrás e em algumas obras que se tornaram palco da Copa do Mundo em 2014. Sua liberalidade, compensada largamente com recursos públicos, inundou o edifício da Petrobrás no centro do Rio de Janeiro. Esteve preso e negociou delação premiada.

Joesley Batista também negociou e está negociando novamente poder representar de forma mais convincente o papel de delator. E Leo Pinheiro, personagem que se destacou na reforma do apartamento do Guarujá, também disputa o prêmio de ator principal do vandalismo financeiro.

Vejam bem: levaram um ex-presidente da República a prisão, o atual presidente da República a dois processos no Supremo Tribunal Federal, cuja sequência foi barrada por uma engrenagem de articulações partidárias patrocinadas pelo Palácio do Planalto as quais custaram muito caro aos cofres públicos – ao Tesouro Nacional, portanto.

REVEZAMENTO – São fatos assim que, quando escrevo, tenho a certeza ou pelo menos a impressão de que os três personagens vão ter acesso a algumas páginas da História do Brasil. É isso mesmo: a imprensa, refletindo os fatos concretos do presente, passa o bastão do revezamento aos historiadores do futuro, àqueles que vierem depois de nós.

Churchill deixou uma frase exaltando os pilotos que levantaram voo para destruir no ar as bombas voadoras de Hitler. Disse ele: “nunca tantos deveram tanto a tão poucos”.

O ritmo da frase me conduz a dizer que nunca tão poucos roubaram tanto de todos os brasileiros.

Encerrando o capítulo, virando-se a página do tempo, ao destacar que Odebrecht, Pinheiro e Joesley são homens fatais que saem das linhas do grande dramaturgo para assegurar seu lugar na fase sombria da vida nacional. Antes de encerrar, lembro que Joesley Batista, ao comprometer Aécio Neves, esvaziou a candidatura de Geraldo Alckmin. As cortinas, entretanto, ainda não se fecharam.Posted in P. Coutto

Entra em vigor lei que aumenta pena para motorista embriagado

Publicado em 19/04/2018 - 05:42

Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil - Brasília

Entra em vigorar nesta quinta-feira (19) a Lei 13.546/2017, que ampliou as penas mínimas e máximas para o condutor de veículo automotor que provocar, sob efeito de álcool e outras drogas, acidentes de trânsito que resultarem em homicídio culposo (quanto não há a intenção de matar) ou lesão corporal grave ou gravíssima. A nova legislação, sancionada pelo presidente Michel Temer em dezembro do ano passado, modificou artigos e outros dispositivos do Código Brasileiro de Trânsito (Lei 9.503/1997). 

Antes, a pena de prisão para o motorista que cometesse homicídio culposo no trânsito estando sob efeito de álcool ou outras drogas psicoativas variava de 2 a 5 anos. Com a mudança, a pena aumenta para entre 5 e 8 anos de prisão. Além disso, a lei também proíbe o motorista de obter permissão ou habilitação para dirigir veículo novamente. Já no caso de lesão corporal grave ou gravíssima, a pena de prisão, que variava de seis meses a 2 anos, agora foi ampliada para prisão de 2 a 5 anos, incluindo também a possibilidade de suspensão ou perda do direito de dirigir.

As alterações no Código Brasileiro de Trânsito (CBT) também incluem a tipificação como crime de trânsito a participação em corridas em vias públicas, os chamados rachas ou pegas. Para reforçar o cumprimento das penas, foi acrescentada à legislação um parágrafo que determina que "o juiz fixará a pena-base segundo as diretrizes previstas no Artigo 59 do Decreto-Lei 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), dando especial atenção à culpabilidade do agente e às circunstâncias e consequências do crime".

Para a professora Ingrid Neto, doutora em psicologia do trânsito e coordenadora de um laboratório que pesquisa o tema no Centro Universitário do Distrito Federal (UDF), uma legislação que endureça as penas para quem comete crimes de trânsito é importante para coibir a prática, mas não pode ser uma ação isolada. "Quando a gente fala em segurança do trânsito, estamos tratando desde as ações de engenharia e infraestrutura das vias, o trabalho de educação no trânsito [voltado à prevenção], e o que chamamos de esforço legal, que é justamente uma legislação dura, que as pessoas saibam que ela existe, mas combinada com um processo efetivo de fiscalização", argumenta.

Para Ingrid, por mais dura que seja um legislação, ela não terá efeitos se não vier articulada com outras iniciativas complementares. "Na lei seca [que tornou infração gravíssima dirigir sob efeito de álcool] nós vimo isso. No começo, houve uma intensa campanha de educação e fiscalização, o que reduziu de forma significativa o índice de motoristas que bebe e insistem em dirigir, mas a partir do momento que a fiscalização foi reduzida, as pessoas se sentiram novamente desencorajadas a obedecer a lei", acrescenta. 

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil