sexta-feira, 16 de março de 2018

Lava Jato resiste a tudo e a todos, no combate à podridão dos Três Poderes

Um ano e meio depois, a Operação Abafa não anda

Carlos Newton

É impressionante a força da Lava Jato. Não adiantou unir as cúpulas dos três Poderes da União, reduzir verbas da Polícia Federal, nomear Torquato Jardim no Ministério da Justiça, -colocar Fernando Segovia para dirigir a PF, nada foi capaz de inviabilizar a força-tarefa, que atua num tripé unindo Polícia Federal, Procuradoria-Geral da República e Receita Federal.

OPERAÇÃO ABAFA – Nota-se que está cada vez mais atuante a chamada “Operação Abafa”, destinada a bloquear a Lava Jato e que foi denunciada em setembro de 2016 pelo então ministro Medina Osório, da Advocacia-Geral da União, em reportagem de capa da “Veja”, quando o jurista gaúcho se recusou a participar do esquema e entrou em rota de colisão com o presidente Michel Temer e os ministros Eliseu Padilha e Moreira Franco.

Mesmo assim, a Lava Jato resiste. Um ano e meio depois, registra-se que fracassaram muitas iniciativas para obstruir esse saneamento ético da política e da administração pública, enquanto se multiplica a atuação da força-tarefa pelos Estados, envolvendo outros importantes setores empresariais.

RESISTÊNCIA – O fato concreto é que, embora a “Operação Abafa” tenha conseguido dominar os três Poderes da República e estar atacando a Lava Jato por todos os lados, os resultados não são animadores. No Congresso, por exemplo, Câmara e Senado conseguiram sentar em cima de importantes projetos da Lava Jato, como a proposta das 10 Medidas contra a Corrupção e a emenda para extinção do Foro Privilegiado. Em compensação, não foram aprovadas a anistia ao Caixa 2 e a Lei de Abuso de Autoridade, destinada a intimidar policiais, procuradores e magistrados.

E no Supremo já está praticamente consagrada a proposta de restringir o foro privilegiado apenas aos crimes cometidos no mandato atual, que será um importantíssimo avanço no combate à impunidade dos políticos.

Portanto, a grande esperança da Operação Abafa se resume hoje ao Supremo, que tem prestado inestimáveis serviços a políticos corruptos e empresários corruptores, que são como irmãos xifópagos, pois uns não existem sem os outros.

TUDO TEM LIMITE – O Judiciário realmente atua com força total contra a Lava Jato, não somente libertando criminosos envolvidos diretamente na corrupção, como José Dirceu, Eike Batista, Adriana Ancelmo e Jacob Barata Filho, mas também beneficiando políticos de destaque, como os senadores Aécio Neves e Jader Barbalho.

E agora o Supremo se prepara para acabar com a prisão após a segunda instância, de forma a criar obstáculos à possibilidade de a Lava Jato mandar prender preventivamente empresários e políticos corruptos.

Mas será uma vitória de Pirro, como se dizia antigamente, apenas episódica e sem futuro, porque a Lava Jato continuará avançando contra os criminosos da elite, abrindo novos inquéritos e efetuando prisões.

A FORÇA DA WEB – Esse fenômeno de resistência só acontece porque há uma grande diferença em relação à Operação Mãos Limpas, na Itália, que acabou sendo inviabilizada nos anos 90. Duas décadas depois, está sendo muito difícil bloquear a Lava Jato, porque hoje existe a internet, com redes sociais, blogs e sites, com todo o sistema tendo interligação direta aos telefones celulares.

Pode-se dizer, sem medo de errar, que a Lava Jato hoje é movida pela internet. Sem a pressão da web, os corruptos continuariam dominando o país – como ainda dominam, mas já estão com a data de validade prestes a vencer.

O fato concreto e auspicioso é que a internet se tornou o maior instrumento da depuração da atividade política e da própria evolução da democracia. Pode-se até antever que dias melhores virão para a Humanidade, através das informações massificadas em tempo real e com menor teor de distorção político-ideológica.

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P.S – Não é por mera coincidência que em todo país sob regime ditatorial, como Coreia do Norte, Cuba, China, Guiné Equatorial, Arábia Saudita e Irã, os governos tentem impor restrições à internet. No entanto, é inútil. A web é mais forte do que as ditaduras e vai ganhar a briga, ajudando a democratizar e humanizar o mundo inteiro. Podem apostar. (C.N.)
Posted in C. Newton

Temer precisa ampliar a intervenção federal e afastar o governador Pezão

Pezão não manda nada e apenas finge governar

Jorge Béja

O assassinato da vereadora Marielle Franco e seu motorista exige que o presidente Temer determine, imediatamente, a intervenção em todo o Estado do Rio, e não apenas na segurança, como foi decretada. A intervenção como aí está e como foi feita é o mais esdrúxulo e inconstitucional ato que Temer tomou e baixou. E ninguém reclamou. Ninguém foi às Cortes superiores de Justiça questionar monstruosa ilegalidade. Não existe intervenção federal nesta ou naquela área, neste ou naquele serviço dos Estados Federados.

A intervenção é no Estado, com o afastamento do governador e a nomeação de um interventor para substituir o governador afastado, que passa a governar todo o Estado.

DECISÃO CAPENGA – A intervenção atual, que chamo de “capenga”, não encontra amparo na Constituição Federal, cujo artigo 34 somente autoriza a intervenção da União nos Estados e no Distrito Federal. No Estado, repita-se. Estado por inteiro. Estado, pessoa jurídica de Direito Público Interno. Inexiste intervenção federal em setores, serviços, instituições, secretarias… dos Estados. A intervenção é no Estado.

Essa intervenção na Segurança do Rio é de uma anomalia extrema. É escandalosamente escabrosa e suspeita. O Rio tem um governador, remanescente desde a administração Cabral, mas que, ao menos teoricamente e no papel, não manda mais na Polícia que já comandou. E o Rio tem também um interventor exclusivo para as polícias. Polícias que são as mesmíssimas do tempo de Garotinho, Rosinha, Cabral e Pezão.

O interventor fica estabelecido (e perdido) nem se sabe ao certo onde. Enquanto Pezão continua sentado no Palácio Guanabara, mandando e “governando” o resto. Que situação caótica!.

INTERLIGAÇÃO – Tudo está interligado: polícias, segurança, educação, saúde, meio ambiente… Tudo integra a Administração Pública, que não pode e nem deve ser desmembrada do comando de um só administrador. E este administrador-mor, geral e máximo, no caso dos Estados Federados, é o governador e ninguém mais.

A Procuradoria-Geral de Justiça já ingressou com duas ações contra Pezão, o governador. Ambas por improbidade administrativa. Uma, por não ter aplicado 12% da arrecadação do Estado na saúde. Outra, por não ter aplicado 25% da mesma arrecadação na educação. Faltam ainda muitas outras ações contra Pezão, porque tudo é “pedalada”, tudo é “enganação”, tudo é contra o povo.

Coitado desses generais que Temer apanhou para ver se dava jeito na segurança do Rio. Todos estão perdidos. Não sabem o que fazer. Nem são do Rio. São estranhos no ninho. E, consequentemente, alvo de hostilidades e desobediência a seus comandos.
Posted in J. Béja

Folclore e realidade, no dia a dia absurdo da política brasileira


Sebastião Nery

O homem é a palavra. O mais é circunstância. A história é a palavra. O resto é consequência. Por isso a história do homem é a história de sua palavra. É a crônica de sua linguagem. É o cotidiano do possível dizer.

Na Grécia livre de Péricles, o discurso era a palavra. Na Judéia oprimida do Cristo, o discurso era a parábula. Na Idade Média torturada de Galileu, o discurso era o silêncio. O que é a Bíblia senão a fábula do povo judeu tiranizado sob os salgueiros da Babilônia? O que foi a tragédia grega senão a metáfora da liberdade? E as fábulas do escravo Esopo, cordeiro respondendo ao inquérito do lobo? E Bernard Shaw roendo a empáfia do império britânico?

PELO ATALHO – Menino de fazenda, cedo aprendi que quando a estrada não dá caminho, toma-se o atalho. É o jeito de dizer, pela boca dos outros, o tornado indizível. O humor é uma linguagem absolutamente séria, necessária, eterna. Desde o começo dos tempos, sempre foi mais proibido proibir o humor.

Folclore não é história. É a versão popular da história. Folclore político não é história política. As histórias vão mudando na boca do povo como as nuvens mudam na boca do vento. Monteiro Lobato definiu exato: “Folclore são as coisas que o povo sabe por boca, de um contar para o outro”.

Se Maurice Latey diz que “a história é o povo em ação”, está pondo o folclore como categoria científica, crônica da vida comum, poema do dia a dia, o contar para o outro, o cantar dos medievais menestréis.

PRIMEIRO LIVRO – Quando, em agosto de 1973, no auge do calar a boca nacional, lancei o Folclore Político nº 1 no Clube dos Repórteres Políticos da Guanabara, com a presença de José Américo de Almeida, José Maria Alkmin, Magalhães Pinto e mais de cinquenta colegas de jornalismo político, José Américo com sua competente precisão de linguagem, colocou o livro nos termos preciso:

“É folclore. Nenhuma das histórias a meu respeito é inteiramente exata, mas nenhuma é inteiramente inexata, E são todas muito engaçadas”.

E Alkmin: “Essas histórias do folclore político a gente nunca sabe quais são as verdadeiras e quais as inventadas. O povo vai contando e elas vão se modificando, se reproduzindo. Como os cogumelos. Quem é que sabe quem é a mãe do cogumelo?”

A tiragem de 100 mil exemplares, em três edições, provou inteiramente sua atualidade.

VALOR POLÍTICO – As histórias não são minhas. Recolhi-as, uma a uma, aqui e ali, no Pais inteiro, exatamente como me foram contadas. Mas tenho consciência de seu valor político, antropológico, sociológico. Elas provam duas verdades verdadeiras, nestes dias de tanta verdade mentirosa.

1 – A liderança histórica e permanente do homem político na vida nacional. No distrito, na cidade, no Estado, no País, sempre foi o político quem deu a palavra final. Daí a história das nações ser, antes de tudo, a história de seus políticos, dos que carregam nas mãos o sentimento do povo, sua representação e liderança.

2 – O compromisso de diálogo e da liberdade no dia a dia da vida política brasileira. Os grandes personagens de nosso folclore político, e portanto de nossa política, são em geral homens bons, às vezes primários, mas compreensivos, liberais, humanistas, sábios. A crônica do ódio, da violência, da truculência, da tirania que tanto se vê hoje por ai, não faz parte deste livro. Ela é um grito, um gemido, um ai de exceção. Não está no cotidiano de nosso viver.

Constatar isso já é ver abertas as janelas do amanhã.
Posted in S. Nery

Mais de meia tonelada de droga é apreendida no Morro da Formiga

Por O Dia
Publicado às 17h16 de 15/03/2018 - Atualizado às 17h16 de 15/03/2018

Mais de meia tonelada de droga é apreendida no Morro da Formiga - Divulgação

Rio - Mais de meia tonelada de droga foi apreendida, nesta quinta-feira, por policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) Formiga e do Batalhão de Ações com Cães (BAC). Segundo a polícia, o material estava escondido em tonéis enterrados na mata.

Ao todo, foram apreendidos 173 tabletes e 7.450 trouxinhas de maconha, 27 quilos de cocaína e outros 13.265 pinos da mesma droga, além de 6.225 pedras de crack. 
Em outro ponto da comunidade, um homem foi preso com 65 trouxinhas de maconha, 52 pinos de cocaína e 45 de crack. O caso foi registrado na 19ª DP (Tijuca).
https://odia.ig.com.br/rio-de-janeiro

quinta-feira, 15 de março de 2018

STJ enfim vai julgar Miranda Coelho, prova viva de enriquecimento ilícito

Miranda tem foro privilegiado e continua solto

José Casado
O Globo

Ele fez fortuna no Platô das Guianas. Seu patrimônio estimado equivale a 1,2% da economia do Amapá. Gosta de exibir o poder e a riqueza acumulada num dos estados mais pobres, recordista em mortalidade infantil e analfabetismo. Na garagem de sua casa em Macapá, 1,7 mil quilômetro ao norte de Brasília, estacionou um conjunto avaliado em R$ 4 milhões: duas Ferraris (Califórnia F1 e F430 Coupé); um Maserati Coupé GranSport; três Mercedes Benz (Sprinter 2008, CLS 350 e ML 320-CDI); três BMW (3201-A, X6-X Drive e X-5); um Mini Cooper e um Toyota Land Cruiser.

Tem um jato executivo (Cessna Citation) e meia centena de imóveis espalhados por três mil quilômetros do mapa do Brasil. Trinta e um deles já identificados em Rio, São Paulo, Brasília, Macapá, João Pessoa e nas praias de Cabedelo (PB), Pipa e Tibau do Sul (RN) — para elas, reservou sua pequena frota de lanchas Real Class (26 pés, com sofá de cabine conversível em cama de casal), Jet Boat (XR2-S, edição limitada), e moto aquática (três assentos).

FAZENDO MAGIA – Aos 70 anos, José Júlio de Miranda Coelho é prova viva de como alguns políticos fazem magia com o orçamento público: com o salário de R$ 18 mil mensais, precisaria trabalhar 466,6 anos para poupar os R$ 100.801.327,00 em dinheiro público que desviou do Tribunal de Contas do Amapá, entre a segunda-feira 30 de maio de 2005 e a sexta-feira 18 de julho de 2010.

Ex-oficial da Polícia Militar, elegeu-se prefeito, deputado e foi presidente da Assembleia, onde se contam até 70 assessores por gabinete. Em seguida, assumiu o cargo vitalício de conselheiro do Tribunal de Contas, que já presidiu três vezes.

FORO PRIVILEGIADO – Miranda Coelho se apropriou de um volume de recursos públicos equivalente ao dobro daquilo que o ex-deputado federal Geddel Vieira Lima, ministro nos governos Lula e Temer, conseguiu entesourar em malas num apartamento em Salvador.

Flagrado na Operação Lava-Jato, Geddel foi recolhido a um presídio em Brasília. Miranda Coelho foi denunciado há sete anos, junto com outros integrantes do TCE do Amapá, mas continua solto em Macapá, porque conselheiros do TCE têm direito a foro privilegiado.

Semana passada, em Brasília, o Superior Tribunal de Justiça decidiu levá-lo a julgamento, por decisão da juíza Nancy Andrighi. “A prova é oceânica”, apoiou o juiz Herman Benjamin.

“OUTRAS DESPESAS” – Há duas toneladas de evidências coletadas em Macapá. Nelas, 20 mil páginas de documentos contam como Miranda Coelho e outros conselheiros do TCE manipulavam o orçamento público. Reservavam dinheiro sob a rubrica “Outras Despesas Variáveis” e, em seguida, sacavam o dinheiro na boca do caixa do Banco do Brasil. Ele levou para casa R$ 100,8 milhões, quantia similar à renda média anual de 114 mil habitantes do Amapá. Outros R$ 76 milhões estão sob investigação.

As provas amazônicas incluem desvios milionários na educação, saúde, segurança pública, transportes e agricultura. O sucessor de Miranda Coelho na presidência da Assembleia, deputado Moisés de Souza, comandou um grupo de 20 parlamentares, 14 funcionários e empresários locais na dissipação de R$ 50 milhões.

Registram, ainda, casos como o da deputada Telma Gurgel, que gastou R$ 949 mil em “verba indenizatória” no espaço de 13 meses. Ela alegou ter consumido quatro toneladas e meia de pães, 1.800 lanches e 1.200 almoços no período.

Paralisação proposta por juízes é a do setor que todo o país diz não andar


Charge do Jarbas (Arquivo Google)

Janio de Freitas

Greve de juízes não é para qualquer país. São necessárias certas condições não encontráveis em qualquer continente. Para a greve dos juízos de varas federais, oferecemos, como preliminar, uma situação paradoxal caracteristicamente brasileira: a paralisação proposta e aprovada é a do setor que todo o país diz não andar.

Comprovada a inicial, é exigido um país com muitos milhões de cabeças transtornadas, esvaída a já escassa capacidade de raciocínio e bom senso para recompor-se. País em que, por isso, o comum seja os juízes declararem ilegais as greves e demais atos de protesto de outros setores. E onde a ninguém espantará que os juízes não recorram ao juízo superior ou trabalhista em defesa do que consideram direitos seus.

SOLIDARIEDADE – Ainda assim, e supondo que existam, os juízes em greve hoje serão, todos, merecedores de uma solidariedade relativa, mas justa. Entre as misérias brasileiras, multisseculares e irredutíveis, estão a falta de brio e a covardia, confundidas com comodismo, para enfrentar o autoritarismo, as diversas opressões, a usurpação de direitos legais e mesmo os naturais. Certos ou errados na causa, com adequada ou imprópria maneira de pressionar os tribunais das alturas, os juízes batalham pelo pretendido — por hipotético que este seja em numerosas opiniões autorizadas.

É certo que muitos deles já deram ou dariam decisão contrária a situações equivalentes à sua atual. É o problema de classes e poder, em torno do qual o Brasil se fez e vive. Mas esses defensores profissionais da Justiça estão sofrendo uma injustiça. Seja porque outros assuntos os trouxeram ao nível das “celebridades”, seja pelo monossilábico jornalismo desses tempos, os juízes tornaram-se objeto único da artilharia contra os hoje chamados “penduricalhos salariais”, não faz muito conhecidos pelo mais simpático “xepas”. E são apenas parte, nem ao menos maior, de um grande contingente.

UMA BOCA-RICA – Esse mecanismo de aumentar ganhos, com os pretextos mais variados, eleva ao absurdo o custo dos servidores públicos, sem melhorar os que de fato necessitam. E contribuiu muito para desordenar e aviltar o serviço público, ao transformar o sistema de concurso/carreira pelo quebra-galho eleitoral, para os mais carentes, e em boca-rica para os apaniguados. Uma das modernizações idealizadas por Roberto Campos e escritas com o cano do fuzil.

O método dos adicionais é uma bagunça gigantesca. Dar alguma racionalidade à administração, tanto a federal como as contaminadas estaduais e municipais, seja no custo ou na funcionalidade, requereria começar aí. Talvez até um tanto antes. Pelas palavras: o que significa extra, o que é compensado pela compensação e reposto pela reposição (só nesse item, em um ano ali atrás, Aécio Neves faturou quase R$ 1 milhão). E o que significa a combinação de auxílio e moradia — para os juízes e para os outros recebedores, a começar na Câmara e no Senado.

15/03 - 20 anos sem Tim Maia / Dia Mundial dos Direitos do Consumidor / Dia Internacional Contra a Violência Policial / Dia da Escola e saiba +


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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
15 de março é o 74.º dia do ano no calendário gregoriano (75.º em anos bissextos). Faltam 291 para acabar o ano.

Dia Mundial dos Direitos do Consumidor
Dia Internacional Contra a Violência Policial
Dia da Escola

No calendário romano era o dia dos Idos de março, e no século III a.C. e no século II a.C. marcava o dia do início das funções dos Cônsules anuais, investidura que depois passou para as calendas de janeiro, 1 de janeiro. Era um dia de importante reunião do Senado romano, e no ano 44 a.C., a entrada para a reunião foi o momento escolhido para executar a morte de Júlio César.

1493: Réplica da caravela "La Niña".
1944: Ruínas da cidade após a Batalha de Monte Cassino.

1493Cristóvão Colombo retorna à Espanha após 1ª viagem às Américas.
1545 — Primeira sessão do Concílio de Trento.
1819 — O físico francês Augustin-Jean Fresnel ganha um concurso na Académie des Sciences em Paris, provando que a luz se comporta como uma onda. As integrais de Fresnel, ainda utilizadas para calcular padrões de ondas, silenciam os céticos que já apoiavam a teoria de partículas de Isaac Newton.
1944 — Segunda Guerra Mundial: Batalha de Monte Cassino – A aviação dos Aliados bombardeia o monastério dominado pelos nazistas como preparativo para o posterior ataque de suas tropas.
1956 — O musical da Broadway My Fair Lady estreia em Nova Iorque.
1967 — A "República dos Estados Unidos do Brasil" passa a ser denominada "República Federativa do Brasil".
1972 — O filme The Godfather de Francis Ford Coppola, baseado em um romance de Mario Puzo de mesmo nome e com adaptação para o cinema do próprio Puzzo e de Coppola estreia nos cinemas. Ele seria considerado um dos melhores filmes de todos os tempos.
1975 — Ocorre a fusão dos estados do Rio de Janeiro e da Guanabara.
2001-Explosões destroem a Plataforma P-36 da Petrobras na Bacia de Campos.
2011 — Início da Guerra Civil Síria.

Nascimentos
1882 - Júlio Prestes, político brasileiro (m. 1946).
1885 - Henrique Fontes, político brasileiro (m. 1966).
1913 - Luís Antônio da Gama e Silva, jurista brasileiro (m. 1979).
1938 -  Luiz Carlos Maciel, escritor, jornalista e roteirista brasileiro.
1941-  Içami Tiba,médico,escritor e apresentador de Tv (m. 2015).
1950 - Paulo Paim, político brasileiro.
1964 - Thales Guaracy, escritor e jornalista brasileiro.
1993 - Bia Arantes, atriz e modelo brasileira.

Mortes
44 a.C.Júlio César, general e estadista romano (n. 100 a.C.).
1860 - José Martiniano Pereira de Alencar, jornalista e político (n. 1794).
1927 - Júlio de Mesquita, jornalista brasileiro (n. 1862).
1929 - Raimundo Pontes de Miranda, político brasileiro (n. 1868).
1983 - José Guiomard dos Santos, político brasileiro (n. 1907).
1985 - Zé Fidélis, cantor, compositor e humorista brasileiro (n. 1910).
1986 - Milton Fontes Magarão, médico brasileiro (n. 1903).
1989 - Atílio Fontana, empresário brasileiro (n. 1900).
1998 - Tim Maia, músico brasileiro (n. 1942).

https://pt.wikipedia.org/wiki/15_de_mar

quarta-feira, 14 de março de 2018

Dia do Pi

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Este artigo foi inicialmente traduzido do artigo da Wikipédia em inglês, cujo título é «Pi Day», especificamente desta versão.

Parte de uma série sobre: a constante matemática {\displaystyle {\pi }}

Datas e convenções
O Dia do Pi é comemorado em 14 de março (03/14 na notação norte-americana), por 3,14 ser a aproximação mais conhecida de π. 
O auge das comemorações acontece à 1:59 da tarde (porque 3,14159 = π arredondado até a 5ª casa decimal) e também foi comemorado em um jogo chamado Club Penguin

Torta do Pi na Delft University
Tortas de uma comemoração no Massachusetts Institute of Technology

Se arredondarmos π para a sétima casa decimal, teremos 3,1415926, fazendo da 1:59:26 do dia 14 de março o Segundo do Pi (existe uma discussão a respeito, para alguns o Segundo do Pi foi em 14 de março de 1592, às 6:53:58).

14 de março é o dia do nascimento de Albert Einstein e também o dia da morte de Stephen Hawking, o que agrega mais fãs das ciências exatas às comemorações.

A primeira comemoração do Dia do Pi aconteceu no museu Exploratorium de São Francisco, em 1988, com público e funcionários marchando em torno de um dos espaços circulares do museu, e depois consumindo tortas de frutas; no ano seguinte, o museu acrescentou pizza ao menu do Dia do Pi.

O fundador do Dia do Pi foi Larry Shaw, o "Príncipe do Pi", atualmente fora do Exploratorium, mas ainda colaborando com as celebrações. Recentemente, uma celebração do Dia do Pi foi incorporada ao Second Life.

O Instituto de Tecnologia de Massachusetts costuma enviar suas cartas de aceitação de modo a serem entregues aos pretendentes a alunos no dia do Pi (sem muito sucesso, entretanto).

Em 14 de março de 2004, o savant Daniel Tammet recitou pi até o 22514ª dígito, obtendo o recorde europeu pelo feito.

Desde 2004 a NASA promove Pi in the Sky, um conjunto de desafios matemáticos com temática espacial. Onde os participantes devem calcular problemas reais, como por exemplo: terremotos em Marte, chuva de hélio em Júpiter, taxa de rotação do asteroide Oumuamua.

Aproximação de Pi (π)
Há também quem comemore o Dia da Aproximação de Pi, que pode cair em diversas datas, de acordo com a convenção adotada:
26 de abril: A Terra completa dois radianos de sua órbita neste dia (ou em 25 de abril nos anos bissextos); portanto a órbita completa dividida pela distância percorrida é igual a π.
22 de julho: 22/7 na notação mais comum de data, é uma antiga aproximação de π.
10 de novembro: É o 314º dia do ano (ou 9 de novembro em anos bissextos)
21 de dezembro, às 1:13 p.m.: É o 355º dia do ano (20 de dezembro nos anos bissextos), celebrado à 1:13 para a aproximação chinesa 355/113.

Tortas
Em inglês, a pronuncia da constante (pi) é idêntica a da palavra torta (pie). Por isso a tradição de comer tortas nesse dia. Mas como a constante tem íntima relação com as medidas do círculo, são aceitos quaisquer pratos preparados em forma redonda.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_do_Pi

Temer ainda vive a ilusão de que poderá forjar uma imagem de “estadista”

Charge do Aziz (Jornal A Tarde)

Carlos Newton

No caso, o verbo “forjar” está sendo usado em seus dois principais sentidos – “fabricar” e “inventar mentirosamente”. No ano passado, quando conseguiu se livrar das duas denúncias criminais feitas à Câmara dos Deputados, suspendendo temporariamente os processos que seriam abertos no Supremo Tribunal Federal, o presidente Michel Temer sonhou que poderia usar o marketing político até as últimas conseqüências, para limpar seu passado tenebroso e forjar uma imagem de estadista, que favorecesse sua candidatura à reeleição.

Na época, assinalamos aqui na “Tribuna da Internet” que seria ilusão à toa, como diria o genial Johnny Alf, porque a força-tarefa da Lava Jato jamais deixaria Temer sossegado, iria esquadrinhar cada centímetro quadrado de seu currículo– digo, da sua folha corrida.

TUDO CONFIRMADO – Realmente, foi um delírio de Temer, ao julgar que um bom desempenho governamental poderia servir de habeas corpus preventivo para passar a borracha nas armações ilimitadas em que se envolvera.

Agora, está rigorosamente confirmada a informação exclusiva da TI sobre o prosseguimento das investigações sobre Temer, independentemente das duas decisões da Câmara, que teriam blindado o presidente enquanto ele estivesse no desempenho do mandato, até 31 de dezembro deste ano.

Temer sonhou – e ainda sonha – em se candidatar à reeleição, aproveitando a divisão de votos causada pelo grande número de concorrentes e pela ausência do favorito Lula da Silva. Mas as notícias negativas não param de surgir, é um nunca-acabar.

EFEITOS ESPECIAIS – O “personal marqueteiro” Elsinho Mouco, regiamente remunerado com recursos públicos e instalado há oito meses no quarto andar do Planalto, tem se esforçado ao máximo. O presidente Temer dá entrevista todo dia, a assessoria distribui notícias positivas sem cessar, é uma novidade através da outra, ele até anda de bicicleta com a próstata avariada, a equipe palaciana está a merecer o Oscar de Efeitos Especiais.

Mas esta dedicação integral do Planalto à campanha de Temer é inglória. Não há a menor possibilidade de crescimento nas pesquisas, porque a Lava Jato é como o moinho descrito pela criatividade de Cartola e vai reduzir as ilusões a pó.

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P.S 1 – Em outubro, o país terá escolhido outro presidente. E toda vez que isto ocorre, renova-se a esperança, porque os brasileiros têm coração de estudante, como Milton Nascimento genialmente percebeu, ao colocar letra na música de seu amigo Wagner Tiso, uma composição que originalmente se chamava “Jango” e fora criada para a trilha sonora do documentário de Silvio Tendler sobre o ex-presidente estancieiro.

P.S. 2 – Em 2019 muita coisa mudará no Brasil, especialmente se Jair Bolsonaro, Ciro Gomes ou Alvaro Dias conseguirem fazer coligações e tiverem mais tempo na TV. Quanto aos demais candidatos, para mim eles nem existem. Posso estar errado, é claro, mas é esta a minha opinião. (C.N.) 
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“Estou pronto para ser preso”, diz Lula, que não pedirá asilo nem fugirá do país

Lula deu entrevista sobre o livro em sua defesa

Sérgio Roxo
O Globo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva admite estar “pronto para ser preso”. A declaração foi dada em entrevista para o livro “A Verdade Vencerá – O povo sabe por que me condenaram”, que será lançado na sexta-feira, em São Paulo, com a presença do petista. Na obra, da editora Boitempo, é reproduzida uma entrevista dada nos dias 7, 15 e 28 de fevereiro por Lula aos jornalistas Juca Kfouri e Maria Inês Nassif, para o professor de relações internacionais Gilberto Maringoni e para a editora Ivana Jinking.

“Há duas instâncias superiores que a agente pode recorrer (STF e STJ) e vamos recorrer. Eles vão tomar a decisão, eu estou pronto para ser preso. É uma decisão deles”, diz o ex-presidente, na entrevista.

SEM RESISTÊNCIA – Kfouri pergunta a Lula se ele está cogitando a hipótese de ser preso. O petista responde: “Estou. O que não estou é preparado para a resistência armada. Como sou um democrata, nem aprender a atirar eu aprendi. Então, isso está fora. O PT não nasceu para ser um partido revolucionário, nasceu para ser um partido democrático e levar a democracia até as últimas consequências”.

Na mesma reposta, Lula acrescenta que não irá fugir do país. “Eu não vou sair do Brasil, não vou me esconder em embaixada, eu não vou fugir. A palavra “fugir” não existe no meu dicionário. Vou estar na minha casa, chegando em casa entre 20h e 21h, indo dormir às 22h, acordando às 5h para fazer ginástica”.

Na sequência, Ivana questiona como se prepara o espírito para isso. “Eu não preparo o espírito. Eu sou um homem de espírito leve. Tudo isso faz parte da história. Estamos num momento histórico importante para mim. Eu sei por que estou sendo julgado. E eles não têm a mesma consciência tranquila que eu tenho.”

HUMILHAÇÃO? – Em outro trecho, Lula é indagado se seria humilhado por ir para a cadeia. “Eu não sei, esse negócio de humilhado na cadeia não é assim.”

Nesta terça-feira, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia voltou a se posicionar contra a discussão da prisão após condenação em segunda instância na pauta da Corte. Segundo a ministra, ela não se submeterá a pressão de políticos.

Questionada sobre como lida com a pressão de políticos para que o tema seja reanalisado, a ministra foi taxativa: “Eu não lido. Eu simplesmente não me submeto à pressão” — disse a presidente do STF após participar de um debate sobre a presença de mulheres no poder promovido pelo jornal “Folha de S. Paulo.Posted in Tribuna da Internet