segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018
Polícia Militar registra roubos em sequência em avenida de Juiz de Fora
Por G1 Zona da Mata
05/02/2018 09h46
Um posto de gasolina e duas lojas de conveniência foram roubados em R$ 530 na madrugada desta segunda-feira (5) na Avenida Presidente Costa e Silva, no Bairro São Pedro, em Juiz de Fora. Os casos ocorreram, conforme a PM, com cerca de 15 minutos de diferença. A PM suspeita que o mesmo homem tenha cometido os dois roubos.
Segundo a ocorrência, o frentista contou que foi surpreendido por um homem que aparentava estar armado e exigiu dinheiro. Após pegar R$ 100 do caixa, o homem foi até a loja de conveniência localizado no interior do posto, de onde levou R$ 200 do funcionário do caixa, fugindo em seguida.
Cerca de 15 minutos depois, o Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) recebeu informação de roubo em outra loja de conveniência perto do local dos primeiros roubos. Segundo a PM, um homem com as mesmas características das ocorrências anteriores, anunciou o roubo e levou R$ 230 do caixa.
As viaturas fizeram rastreamento nas redondezas, no entanto, nenhum suspeito com as características citadas pelas vítimas foi encontrado. De acordo com a PM, no momento do registro da ocorrência, os funcionários não tinham acesso às imagens do sistema de monitoramento.
O caso será encaminhado para investigação na Polícia Civil.
domingo, 4 de fevereiro de 2018
Partidos têm débitos milionários com o INSS; PT lidera ranking
AA Alessandra Azevedo
postado em 04/02/2018 07:00 / atualizado em 04/02/2018 07:34
Brasília – Um dos argumentos mais usados por parlamentares contrários à reforma da Previdência é que o governo ignora os R$ 426 bilhões que as empresas devem ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e ataca só os gastos com benefícios. Com o valor sonegado, apontam, daria para pagar duas vezes o rombo esperado para 2018, de R$ 192,8 bilhões. Já os favoráveis às mudanças não cansam de lembrar que o país perde bilhões todos os anos devido à desatualização das regras, dinheiro que poderia ser investido em políticas públicas. Por mais que os discursos dos dois lados façam sentido e tenham embasamento técnico, o que ambos se esquecem de mencionar é que os partidos políticos devem R$ 12,9 milhões à Previdência Social, segundo dados da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN).
Por trás do debate político, eles deixam de pagar contribuições que, juntas, seriam suficientes para sustentar por um ano, com um salário mínimo (R$ 954), mais de mil famílias brasileiras. O valor se refere apenas às dívidas ativas, atualmente em cobrança – ou seja, não entram na lista as que foram negociadas, parceladas ou estejam em discussão judicial. No universo de devedores da Previdência não existe ideologia política nem regionalismo. Tanto partidos inclinados à direita quanto à esquerda, de 130 diretórios espalhados pelo Brasil, têm pendências, que, em alguns casos, chegam a valores milionários.
Atualmente, o líder dos partidos devedores é o PT, que, entre municípios e estados, acumula débito de R$ 8,1 milhões. Crítico incansável da reforma da Previdência, o partido fica em primeiro lugar por conta das 27 dívidas contraídas pelo diretório do Rio Grande do Sul, que somam R$ 7,13 milhões. O presidente do PT do estado, deputado federal Pepe Vargas, explica que as pendências vêm de épocas de crise financeira do partido. A estratégia que tem sido usada para quitá-las, desde que o deputado assumiu o comando do diretório, no ano passado, tem sido parcelar o valor aos poucos, dentro da possibilidade de pagamento, enquanto mantém as contribuições mensais em dia. “Não adianta negociar tudo de uma vez e não conseguir honrar os pagamentos”, explica.
Sem explicação
Apesar de o ranking ser liderado por um partido de esquerda, o segundo maior devedor é o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que tem feito de tudo para emplacar a reforma da Previdência. Considerados os diretórios municipais e estaduais, o partido deve R$ 1,68 milhão ao INSS. A maior parte da dívida vem de Sergipe, que deixou de pagar R$ 1,58 milhão. Como o novo presidente do diretório, Mendonça Prado, assumiu o posto na semana passada, no lugar de Ana Alves, que foi presa em dezembro por formação de organização criminosa, obstrução de investigação e peculato, ainda não tem uma justificativa para o valor. “Ainda não tenho acesso aos números, porque está tudo mudando. Até o tesoureiro mudou. Para não cometer erros, prefiro não comentar por agora”, explica Prado. O fato de a ex-presidente ter se mantido no comando do diretório durante parte do tempo que passou na prisão pode ter afetado a regularização das contas.
Apesar de o ranking ser liderado por um partido de esquerda, o segundo maior devedor é o DEM, do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (RJ), que tem feito de tudo para emplacar a reforma da Previdência. Considerados os diretórios municipais e estaduais, o partido deve R$ 1,68 milhão ao INSS. A maior parte da dívida vem de Sergipe, que deixou de pagar R$ 1,58 milhão. Como o novo presidente do diretório, Mendonça Prado, assumiu o posto na semana passada, no lugar de Ana Alves, que foi presa em dezembro por formação de organização criminosa, obstrução de investigação e peculato, ainda não tem uma justificativa para o valor. “Ainda não tenho acesso aos números, porque está tudo mudando. Até o tesoureiro mudou. Para não cometer erros, prefiro não comentar por agora”, explica Prado. O fato de a ex-presidente ter se mantido no comando do diretório durante parte do tempo que passou na prisão pode ter afetado a regularização das contas.
O presidente do DEM nacional, senador José Agripino Maia (RN), ressalta que o diretório comandado por ele não tem nenhuma dívida previdenciária ativa. “Os diretórios regionais, por lei, têm autonomia e responsabilidade próprias”, explica a assessoria, preceito que vale para todas as legendas. No caso do terceiro maior devedor, o PCdoB, que luta para que a reforma da Previdência em discussão seja retirada de pauta, a responsabilidade pelos R$ 501 mil devidos pelo partido é dividida entre vários diretórios. A assessoria de imprensa da legenda em Minas Gerais, que tem a maior pendência, de R$ 115,3 mil, foi contatada, mas não respondeu à reportagem até o fechamento da edição.
Nem a sigla do presidente da República, Michel Temer, fica de fora da lista.
O MDB é o quarto maior devedor da Previdência entre os partidos, com dívida de R$ 461,6 mil. A maior parcela vem do Rio Grande do Norte: R$ 153 mil. O senador Garibaldi Alves Filho (MDB-RN), que assumiu em novembro o diretório do estado, afirma estar “ciente das pendências do partido” e diz ter “determinado à área financeira um completo levantamento” dos números. “Tomando conhecimento dessa dívida previdenciária, ela merecerá prioridade na negociação de parcelamento através do diretório nacional do partido”, garante o senador.
Em quinto lugar ficou o PSB, com débito de R$ 318 mil. Diferentemente dos demais, o que pesa, no caso do PSB, é o diretório nacional, que deixou de pagar R$ 123 mil à Previdência. A assessoria de imprensa do partido foi consultada, mas não respondeu às solicitações de esclarecimento até o fechamento da edição. Para completar os 10 maiores devedores entre os partidos, entram na lista PSDB, PP, PR, PDT e PV, que devem valores entre R$ 172,5 mil e R$ 299 mil, contando todos os diretórios.
Livres para fazer campanha
Quando o assunto é o calote dos partidos políticos à Previdência Social, não é só o valor que preocupa. Os R$ 12,9 milhões devidos por eles atualmente deixam de entrar nos cofres do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e contribuem para o tão atacado rombo previdenciário, mas não atrapalham em nada a vida política dos devedores. O fato de uma legenda não pagar as contribuições previdenciárias não as impede, por exemplo, de lançar candidatos nas eleições, aponta a advogada Karina Kufa, especialista em direito eleitoral do Instituto de Direito Público (IDP) de São Paulo. “Não há nenhum tipo de restrição na lei eleitoral quanto a isso. Um diretório devedor pode manter todas as atividades políticas sem nenhum problema”, afirma.
O mesmo vale para os candidatos que tenham dívidas nos próprios CPFs, que não são impedidos de concorrer em eleições e podem assumir qualquer cargo público. “Inclusive, se os partidos ou os candidatos parcelarem as dívidas, nem irregulares ficam aos olhos do fisco”, ressalta a advogada. O procurador Everaldo Souza Passos Filhos, da Coordenação-Geral da Dívida Ativa da União da Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN), explica que, depois que o valor é renegociado, o nome da empresa é excluído da lista em até uma semana. Ou seja, basta parcelar a dívida para ficar com o nome limpo. “Não precisa nem pagar a primeira parcela”, ressalta Karina.
Além de não incluir valores parcelados, a lista de devedores não mostra os que foram suspensos por decisão judicial. “Na prática, os partidos podem ficar discutindo se o cálculo está correto ou não por muito tempo, e com o nome fora da lista”, critica a advogada Adriane Bramante, presidente do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP). Para Adriane, o fato de não haver nenhum tipo de sanção faz com que os devedores rolem a dívida indiscriminadamente. Devido a esse tipo de situação, a advogada defende a criação de uma barreira para que partidos com dívidas acumuladas com a Previdência não possam lançar candidatos. “Uma empresa devedora, por exemplo, não consegue participar de licitações. No caso dos partidos, isso pouco importa. Não há nenhuma regra que faça com que eles se preocupem com essa questão”, aponta. (AA).
https://www.em.com.br/app/noticia/politica/2018/02/04
Cães farejadores da PRF localizam malas com cerca de 50 kg de maconha
Os cães ajudaram a localizar a droga
PUBLICADO EM 04/02/18 - 14h08
JOSÉ VÍTOR CAMILO
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Um ônibus foi parado em uma abordagem de rotina na BR-381, na altura de Pouso Alegre, no Sul de Minas, e os cães da Polícia Rodoviária Federal (PRF) acabaram ajudando a corporação a localizar aproximadamente 50 kg de maconha que estavam escondidos em duas malas, neste sábado (3). O veículo seguia para a cidade de Teixeira de Freitas, na Bahia.
Conforme a PRF, a abordagem aconteceu no km 871 da rodovia por volta das 19h. Os cães farejadores K9 Mister e K9 Heros, indicaram a presença dos ilícitos após todas as bagagens serem dispostas no chão.
Dentro das malas estavam 48 tabletes de maconha. Através dos tickets das bagagens, os policiais conseguiram identificar o proprietário da droga, W.E.C., de 27 anos, natural da cidade de Penedo (AL).
Ele confessou que recebeu a droga no terminal Tietê, em São Paulo, e as levaria para Teixeira de Freitas. Ele receberia R$ 2 mil pelo transporte da maconha.
O material e o preso foram encaminhados à Delegacia de Polícia Civil de Pouso Alegre, que investigará o crime.
http://www.otempo.com.br/cidades
Para início de conversa, é preciso os eliminar privilégios concedidos a criminosos
Charge do Duke (dukechargista.com.br)
Francisco Vieira
Há países civilizados e desenvolvidos onde bandido é bandido e cidadão é cidadão e, por isso mesmo, lá bandido tem é que aparecer na televisão algemado mesmo, para passar vergonha, para as fotos fiquem arquivadas nos jornais e revistas, de forma a servir de exemplo para os outros da igualha dele. Mas isso acontece em um outro mundo, em uma outra dimensão, em alguma “Twilight Zone” situada anos-luz da nossa ilha dos piratas, como na antiga série de TV “Além da Imaginação”.
No Brasil, enquanto as autoridades que defendem de fato o cumprimento das leis perdem a liberdade e ficam praticamente proibidas de sair às ruas, sentindo-se ameaçadas, os bandidos engravatados, enfiados nos palácios e nos gabinetes como vermes no corpo de um hospedeiro, menosprezam os direitos mais básicos das pessoas simples e indefesas.
VIDA FÁCIL – Nadando de braçada na riqueza da vida fácil, conseguida com o dinheiro alheio, e na fútil ostentação, os bandidos engravatados desdenham e esnobam os trabalhadores lutadores diários. Diante da miséria dos milhões de cidadãos escravos dos impostos, o pessoal do colarinho branco defende o direito de “ir e vir”, eufemisticamente previsto na tal “Constituição Cidadã”, mas apenas para os seus “irmãos” das facções do andar de cima.
Mas todos esses bandidos, sejam os que formam a aristocracia mercenária e roubam nos gabinetes com uma canetada, sejam os da ralé, que roubam nas ruas com uma arma na mão, nenhum deles está praticando seus crimes por acaso nem se tornou criminoso ontem. Todos são contumazes, velhos conhecidos dos que tentam aplicar a lei.
PRIVILÉGIOS IMORAIS – Todos estão soltos por estarem protegidos por privilégios imorais que possibilitam um número infinito de recursos, previstos em leis exclusivas, feitas sob encomenda para beneficiar criminosos que jazem infiltrados em certas categorias de políticos e funcionários públicos. São protegidos também pelas tais “medidas cautelares” alternativas à prisão, que encheram a rua de assassinos.
As leis são palavras bonitas que escondem prerrogativas elaboradas por grupos de “doutores”, de “estudiosos” e de “especialistas” com o único propósito – garantir que o crime possa ocorrer sem que haja o risco de prisão para o criminoso.
E foram esses mesmos personagens – mantenedores da miséria, da ignorância e da total impunidade brasileira – que tomaram hoje para si o “poder de decisão” e o “monopólio da inteligência nacional”, comportando-se como se fossem os únicos capazes de escolher o melhor destino do nosso país e, até mesmo, os únicos com condições morais para nos ensinar como criar e como educar os nossos filhos.
SENHORES DA RAZÃO – São os falsos senhores da razão, que também se identificam como os únicos capazes de escolher o rumo correto da política nacional e, por tal razão, não podem perder ou ficar de fora das próximas eleições, nem que para isso seja necessário ocorrer um derramamento de sangue ou “fazer o diabo”.
E assim, governados por mercenários sem pátria, caídos de alguma nau pirata, nós chegamos ao Século XXI com uma Justiça da Idade Média, uma baderna nas ruas muito superior a que existia nos acampamentos de Gengis Khan ou de Átila, com um nível de civilidade inferior ao que era vivido na Grécia Antiga, no Século VI antes de Cristo, quando o conhecimento e os mestres eram respeitados e admirados…Posted in Tribuna da Internet
Cartórios poderão emitir RG e passaportes
04/02/2018 12h38
Brasília
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil
Passaporte poderá ser emitido por cartórios (Arquivo/Agência Brasil)
Já é possível aos cartórios brasileiros dar início ao processo para que emitam carteira de identidade e passaportes para cidadãos brasileiros. A prestação desse serviço requer, no caso da emissão de registro de identidade (RG), que a associação local dos cartórios formalize convênio com a Secretaria de Segurança Pública do estado. Já o convênio para a emissão de passaportes terá de ser firmado entre a Polícia Federal e a associação nacional dos cartórios de registro natural.
A medida administrativa que possibilita os cartórios a prestarem também este serviço foi anunciada no dia 26 de janeiro pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Nas duas situações os acordos deverão passar por análise e homologação do Poder Judiciário. No caso dos convênios locais caberá às corregedorias dos tribunais estaduais. Quanto aos convênios para a emissão de passaporte, eles terão de passar pela Corregedoria Nacional de Justiça, a quem caberá avaliar as viabilidades jurídica, técnica e financeira.
Por meio de nota, o juiz auxiliar da corregedoria Marcio Evangelista disse que a medida não afetará a confiabilidade do passaporte brasileiro. “A Polícia Federal continuará responsável por emitir o passaporte. O convênio só permitirá o compartilhamento do cadastro de informações dos cidadãos brasileiros com os cartórios, que apenas colherão as digitais e confirmarão para a Polícia Federal a identidade de quem solicitar o documento”.
Por meio de convênio será também possível a autorização para a renovação dos passaportes, pelos cartórios de registro civil. Para ter acesso a esse serviço, no entanto, será necessário o pagamento de uma taxa extra.
Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil
Acidente entre carro e ônibus deixa feridos em Juiz de Fora
Por G1 Zona da Mata
04/02/2018 09h41 Atualizado há 24 minutos
Uma das vítimas do acidente em Juiz de Fora ficou presa às ferragens
(Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
Uma colisão entre um carro de passeio e um ônibus deixou duas pessoas feridas na manhã deste domingo (4), em Juiz de Fora.
De acordo com informações preliminares do Corpo de Bombeiros, o acidente ocorreu por volta das 6h45, na subida da serra que dá acesso ao Bairro Grama.
Uma das vítimas ficou presa às ferragens e foi retirada pelos militares.
As duas pessoas que ficaram feridas foram conduzidas ao Hospital de Pronto Socorro (HPS) com escoriações. Elas não foram identificadas, por isso não foi possível verificar o estado de saúde.
Carro e ônibus bateram este domingo (4) em Juiz de Fora
(Foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação)
https://g1.globo.com/mg/zona-da-mata/noticia/acidente-entre-carro-e-onibus-deixa-feridos-em-juiz-de-fora.ghtml
Lembrando o dia em que Marx ressuscitou
Charge do Diego Novaes (Arquivo Google)
Percival Puggina
Em meados de setembro de 2008, havia muito mais rolhas de espumante no lixo de Porto Alegre e, presumo, em todo o país. Festejavam a ressurreição do camarada Marx. Talvez menos por Marx e mais pelo fim de capitalismo, abriam-se garrafas como quem liberta o pensamento para os vapores da utopia. A imaginação conduzia a delírios de prazer com a antevisão de bancos quebrando, empresas fechando portas, filas quase soviéticas às portas das padarias, pedintes nas ruas e multidões no seguro desemprego e no bolsa família.
Seria a afirmação do papel do Estado como grande pastor do povo, na uniformidade obediente da miséria. Justiça e igualdade servidas em fumegantes conchas no grande sopão do socialismo. O maldito capitalismo, enfim, estertorava.
NA ERA BUSH – “Quando aconteceu isso?” perguntará o leitor destas linhas. Assisti a essas comemorações da esquerda em Porto Alegre, mas elas se devem ter reproduzido em todo o Brasil por ocasião do tsunami que atingiu a economia mundial na crise causada pelo descontrole na emissão de créditos imobiliários no governo Bush.
Com o pedido de falência do banco Lehman Brothers em 15 de setembro de 2008, a palavra subprime explodiu nas manchetes e telas de TV. No dia seguinte, a água bateu no queixo da maior seguradora norte-americana, a AIG, e já não se falava noutra coisa… O sistema financeiro estava desabando em cascata. A economia capitalista mergulhava e era incerto se havia oxigênio suficiente nos pulmões.
MAROLINHA – Enquanto, no mundo inteiro, os governos e empresas apertaram o cinto preparando-se para as incertezas da travessia, aqui no Brasil, lembro bem, houve duas reações simultâneas e diferentes. A mais conhecida foi a de Lula, então no seu segundo mandato, período em que começou a se ver como uma divindade.
Quando advertido para o que estava acontecendo e sobre a inconveniência de assumir compromissos onerosos como a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, Lula desprezou a crise dizendo que, no Brasil, o tsunami era simples marolinha. Seguiram-se anos de multibilionária transferência de recursos para os companheiros do setor público e do setor privado nacional, para a turma do Foro de São Paulo e para parceiros ideológicos africanos. Marolinhas não intimidavam Lula.
RESSURREIÇÃO – Essa foi a mais trágica das reações brasileiras à crise da economia mundial em 2008 e nos anos seguintes. A outra, jocosa, é a que trago à reflexão dos leitores. Naquelas noites, em meados de setembro de 2008, havia muito mais rolhas de espumante no lixo de Porto Alegre e, presumo, em todo o país. Festejava-se a ressurreição do camarada Marx. Enfim o trem da história chegara à estação onde o velho alemão, determinado e confiante, esperava por ele. Cumpriam-se os fados e a História se curvava às previsões do profeta.
Estou jogando palavras, de fato. No entanto, elas caem sobre realidades que vi há quase dez anos e a elas se moldam. Com vocábulos piores, era isso que muitos diziam, naqueles dias difíceis, sobre o que estava em curso nos centros vitais do organismo capitalista, os infernos liberais dos Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha. Dez anos depois, o trem passou e a história seguiu seu curso no mundo livre. O petismo produziu no Brasil seu próprio tsunami financeiro e moral. A Venezuela é a mais recente experiência fracassada de comunismo e as economias capitalistas prosperam como há muito não acontecia. Quem tiver condições avise o Marx que ele perdeu o trem.
Posted in P. Puggina - http://www.tribunadainternet.com.br/
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