FOTO: FRED MAGNO / O Tempo 05/12/2017
PUBLICADO EM 05/12/17 - 17h02
RAFAELA MANSUR
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Quatro pessoas foram presas suspeitas suspeitas de envolvimento na troca de tiros que terminou com a morte de um policial e com outro ferido em Pompéu, na região Central de Minas Gerais, na madrugada desta terça-feira (5). Segundo a PM, dois suspeitos foram presos em um posto de gasolina de Moema. Eles foram levados para a Delegacia de Polícia Civil de Pompéu, mas a participação dos dois ainda não foi confirmada pela polícia.
Outros dois suspeitos foram presos na parte da tarde em um restaurante em Divinópolis, na região Centro-Oeste do Estado. Eles estavam com um Corolla clonado. Os suspeitos negaram participação nas mortes e disseram que fugiram porque estavam armados. Além dos policiais, um morador da cidade que passava pelo local também foi atingido e morreu.
De acordo com a Polícia Militar (PM), por volta das 2h, cerca de 10 a 12 criminosos, armados com fuzis e espingardas calibre 12, invadiram a cidade em quatro veículos. Parte dos suspeitos se deslocou para a sede de um pelotão da PM, e o restante seguiu para uma agência do Banco do Brasil da cidade.
Os criminosos colocaram uma corrente no portão para tentar trancar os dois policiais que estavam no pelotão e atiraram várias vezes contra o local, antes de ir embora. Enquanto isso, os demais suspeitos explodiram a agência do Banco do Brasil.
Ao perceber a movimentação estranha, dois militares que estavam em serviço em uma praça próxima da agência solicitaram apoio aos policiais que estavam no pelotão, que se deslocaram para ajudar. Na praça, houve troca de tiros entre os policiais e os criminosos, e dois militares foram baleados. O cabo Osias Alves de Barros, de 33 anos, que se deslocou para o apoio, foi morto, e o cabo Lucas Reis Rosa, de 27 anos, que já estava na praça, ficou gravemente ferido.
No momento dos disparos, Alisson dos Reis Pinheiro, de 22 anos, que passava pelo local de bicicleta depois de deixar o comércio de sanduíches onde ele trabalhava, também foi baleado e morreu. Segundo a PM, os criminosos teriam ordenado que o jovem parasse, mas ele acabou correndo e sendo atingido.
De acordo com o coronel Helbert Carvalhaes, comandante da 7ª Região da PM, toda a ação aconteceu em questão de minutos. “Deslocaram para o quartel e já começaram a preparar a explosão no Banco do Brasil. Inclusive, colocaram miguelitos na porta do quartel e na estrada, uma viatura nossa que estava vindo de Martinho Campos para dar apoio na MG164 não conseguiu deslocar”, afirmou.
Segundo o coronel, o alvo dos suspeitos foi o cofre da agência bancária, e não os caixas eletrônicos. Ainda não se sabe o que foi levado pelos bandidos. “Eles conseguiram arrebentar o cofre, o que foi levado a gente não sabe, vai ser um trabalho da perícia. Os caixas eletrônicos ficam no primeiro pavimento, e a explosão ocorreu no segundo. Os caixas foram abalados pela explosão”, disse o coronel. Segundo ele, câmeras de segurança registraram o ataque à agência, mas não há imagens da troca de tiros.
Até o momento, três dos quatro veículos utilizados no crime foram localizados pela polícia — um Fiat Strada foi deixado na própria praça em Pompéu, um Palio Weekend, localizado queimado na BR-040, a 6 km do município, e uma Hilux em Medeiros. O quarto veículo seria outro Fiat Strada, que está sendo procurado.
Mais de 50 militares fazem cerco na região para tentar prender os criminosos. De acordo com o coronel Carvalhaes, a polícia vai apurar a origem dos criminosos e se eles já atuaram em outras explosões de caixas eletrônicos no Estado. “O modus operandi que foi utilizado é semelhante ao de algumas outras ações, na nossa região e em outros locais do Estado. Nós buscamos todos os casos que tiveram situações semelhantes a essa para chegar a um denominador comum e prender esses criminosos”, afirmou.
Jornal OTempo