quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Planilha apreendida revela a cota de cargos de Aécio Neves no governo federal

Aécio controlava e distribuía cargos federais 

Vinicius Sassine
O Globo

A Polícia Federal apreendeu no gabinete de Aécio Neves (PSDB-MG) no Senado 14 folhas com planilhas que detalham indicações políticas a cargos nos mais diferentes órgãos da administração pública federal em Minas Gerais. Além disso, Aécio detinha um mapeamento de cargos da União disponíveis em Minas, com as respectivas remunerações e vagas em aberto. Um dos documentos traz a data de 10 de fevereiro de 2017, o que indica a influência do senador no governo do presidente Michel Temer.

Os papéis foram apreendidos pela PF em 18 de maio deste ano, dia em que foi deflagrada a Operação Patmos, autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). No mesmo dia, a PF fez buscas em imóveis ligados ao senador em Brasília, Rio e Minas e prendeu preventivamente a irmã dele, Andrea Neves.

NA LAVA JATO – O senador e candidato derrotado nas eleições presidenciais de 2014 foi citado nas delações premiadas dos executivos do grupo J&F como beneficiário de repasses de recursos pelo grupo. Em junho, a Procuradoria Geral da República denunciou Aécio por corrupção passiva e obstrução de Justiça, pelo suposto recebimento de propina de R$ 2 milhões da J&F.

A planilha intitulada “Indicações para Cargos Federais – Minas Gerais” detalha quem indicou (político e partido) e quem foi indicado para 16 cargos em 10 órgãos do governo federal em Minas. É esta planilha que traz a data “10/02/2017”. Os órgãos são Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Superintendência Federal de Agricultura, Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Caixa, Ceasa, Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), Ibama, Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), Geap e Companhia de Armazém e Silos de Minas.

ANOTAÇÕES – Para cada nome há observação sobre efetivação ou não da indicação e a existência de pendências. Em pelo menos um caso, um ex-secretário parlamentar de um deputado aliado de Aécio assumiu um dos cargos listados.

Os outros mapeamentos traziam cargos com possibilidade de serem preenchidos. A planilha principal trazia o título: “Recrutamento Amplo Político em Minas Gerais”. Outra, indicava “recrutamento restrito”, com indicações de cargos técnicos.

Outros papéis traziam referência a um dos aliados de Aécio, o deputado federal Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG). Neste caso, a planilha traz a indicação de “Cargos em Órgãos Importantes Brasília/Rio”.

“CONHECIMENTO” – Em nota, a assessoria do senador afirmou que o levantamento diz respeito a indicações feitas por deputados federais de Minas, de vários partidos, para cargos na administração federal, encaminhado a Aécio “para conhecimento”.

Relatório da PF informa que dois celulares apreendidos no apartamento de Aécio em Ipanema, no Rio, estão em nome do avrador Laércio de Oliveira e do pedreiro Mitil Ilchaer Silva Durão. Em um dos aparelhos foram usados chips em nome de uma empregada doméstica e de um motorista de Andrea Neves, irmã do senador. A polícia suspeita que os quatro — o lavrador, o pedreiro, a empregada doméstica Valquíria Júlia da Silva e o motorista Agnaldo Soares — foram usados como laranjas para esconder a identidade do usuário dos celulares. Segundo a PF, os celulares são descartáveis e, em geral, usados para quem não quer deixar pistas sobre interlocutores e conteúdo de conversas. (Colaborou Jailton de Carvalho)

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Aécio se revela por inteiro, ao personificar o mais detestável tipo de político, que se apresenta como corrupto e fisiológico, ao cobrar o preenchimento de cargos públicos para apoiar quem porventura esteja no governo. Tornou-se uma das maiores decepções políticas das últimas décadas. Na próxima eleição, vamos vê-lo mendigando votos para deputado federal, com objetivo de não perder o foro privilegiado, que os políticos corruptos tentam manter a todo custo. (C.N.)

PF incrimina Teotônio Vilela e Renan (pai e filho) por desviar verbas da seca

Teotônio mancha o nome de seu pai, o lendário senador

Deu em O Globo

A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira 11 mandados de busca e apreensão, sendo alvos da operação o ex-governador de Alagoas Teotônio Vilela (PSDB) e o ex-secretário de Infraestrutura Marco Fireman — atualmente secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde. Os agentes passaram mais de duas horas na casa de Teotônio e deixaram o local com um malote. Ele foi senador, governador eleito e reeleito, além de presidente tucano de 1996 a 2001. As informações são do “Bom Dia, Brasil”, da TV Globo.

A ação acontece em quatro estados: Maceió (AL), Salvador (BA), Limeira (SP) e Brasília (DF). A PF investiga irregularidades nas obras do Canal do Sertão, entre os anos de 2009 e 2015. A operação, batizada de “Caríbdis”, faz referência a uma criatura da mitologia grega que deixa as águas turbulentas.

PROPINAS – Em abril, o Globo mostrou que o dinheiro de obras contra a seca foi usado para pagar propina ao senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o atual governador de Alagoas Renan Filho e o ex-governador daquele estado Teotônio Vilela.

Os três são acusados de receber R$ 13,3 milhões da Odebrecht. Para Teotônio, os delatores da empreiteira disseram ter pago R$ 2.8 milhões, só no período em que ele era governador e um dos responsáveis diretos pelo Canal.

As fraudes nas obras destinadas a mitigar os efeitos da seca em Alagoas foram denunciadas pelos ex-executivos João Antônio Pacífico, ex-diretor da Odebrecht no Nordeste, Airel Parente e Alexandre Biselli, entre outros ex-dirigentes da empreiteira. Segundo eles, num primeiro momento, houve um acerto coM ex-auxiliares de Teotônio Vilela para direcionar os lotes 3 e 4 do Canal para a Odebrecht e a OAS.

NO CRONOGRAMA – Pelo acordo, as empreiteiras teriam que pagar uma propina equivalente a 2,25% do valor da obra. O pagamento da propina ocorreria de acordo com o cronograma de desembolso do governo para o custeio das obras.

O Canal do Sertão tem por objetivo levar água para mais de um milhão de pessoas numa das regiões mais secas e pobres da América Latina. A escassez de água é uma das principais causas do subdesenvolvimento econômico da região. Pelo projeto original, o canal teria 250 quilômetros de extensão ao custo de R$ 1,5 bilhão. O governo gastou R$ 2 bilhões e, até agora, só 107 quilômetros foram concluídos.

Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que “os policiais estiveram no gabinete do secretário de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde, Marco Fireman, então secretário de Infraestrutura do Estado. Não foram levados documentos ao final da busca e o secretário está à disposição da PF para prestar todos os esclarecimentos.”

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em Minas Gerais, Aécio Neves manchou o nome de seu avô, apenas por ganância, porque já nasceu rico. Agora, em Alagoas, a cena se repete com Teotônio Vilela Filho, que também nasceu rico e joga no lixo o nome de seu pai, o lendário “Menestrel das Alagoas”, homenageado pela canção de Milton Nascimento e Fernando Brant. Quanto à família Calheiros, é um caso perdido de desvio genético de caráter. (C.N.)

No Dia Mundial de Combate à Aids, tuberculose também entra em pauta

JUIZ DE FORA - 30/11/2017 - 10:36

Foto: Carlos Mendonça

As doenças oportunistas são uma das principais preocupações dos médicos em relação aos pacientes soropositivos em tratamento. E a tuberculose é a doença que mais mata pacientes com Aids no país. Por isto, neste 1º de dezembro, Dia Mundial de Combate à Aids, a Secretaria de Saúde da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) aproveita para chamar a atenção de toda a população para a importância do diagnóstico precoce e tratamento correto da tuberculose.

Pessoas infectadas pelo HIV têm quase 30 vezes mais chance de ter tuberculose do que as pessoas sadias. Cerca de 12% dos brasileiros infectados pela bactéria da tuberculose são também portadores do vírus da Aids.

Mas a preocupação não deve estar apenas entre os portadores de HIV. A tuberculose é uma doença que acomete pessoas no país inteiro, mas tem tratamento ofertado gratuitamente no SUS e tem cura. Quanto mais cedo a doença for diagnosticada, mais rápido for iniciado o tratamento e seguido corretamente até o fim, maiores as chances de cura e redução dos riscos de possíveis complicações.

Segundo a enfermeira referência técnica do Programa Municipal de Controle da Tuberculose, do Setor de Doenças Transmissíveis da Vigilância Epidemiológica, Maria Hélida Pires de Almeida, o alerta deve ser a tosse. Se a pessoa está tossindo há mais de duas semanas, deve procurar uma Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima de sua casa, onde o exame de escarro é solicitado e enviado para o laboratório. “A identificação do sintomático respiratório é fundamental para o diagnóstico precoce”. Na UBS, o escarro é recolhido e enviado para análise. Caso seja positivo, segundo Hélida, o paciente já inicia o tratamento. “Quanto mais cedo os doentes forem tratados, maiores são nossas chances de interromper a cadeia de transmissão.”

O tratamento dura seis meses e deve ser seguido à risca. Isto porque se o paciente deixa de tomar a medicação ou toma de forma inconstante, a bactéria se torna resistentes ao antibiótico, levando à necessidade de uso de medicamentos mais fortes, por mais tempo e contribuindo para a disseminação para disseminação de bactérias resistentes.

Os sintomas
Os sintomas mais frequentes são tosse, perda de peso, catarro, febre e sudorese à noite. Mas, no início, pode aparecer apenas a tosse. Então fique atento, se está tossindo há duas semanas, não pense duas vezes, vá ao posto de saúde mais próximo e faça o teste do escarro.

No município, os pacientes devem procurar as UBSs de seus bairros. Se você mora em área descoberta, procure o Serviço de Tisiologia no PAM Marechal , térreo, loja 7.

“Dezembro Vermelho”
O dia 1º de dezembro será marcado por mobilização no Calçadão da Rua Halfeld, entre 9h e 13h. Quem passar em frente ao Cine-Theatro Central receberá informações sobre a tuberculose e também sobre as formas de prevenção e tratamento da Aids.

O momento mais importante do dia acontece com o “Ato em Defesa da Vida”, com concentração no Parque Halfeld, às 11 horas, e saída às 12 horas até o Cine-Theatro Central, onde será formado laço humano, e encerramento com apresentação cultural.

* Informações na assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde pelos telefones 3690-7123/7389.
Portal PJF

quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Relator vota para que governador de MG, Fernando Pimentel, se torne réu no STJ

29/11/2017 17h31
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel
José Cruz/Arquivo/Agência Brasil

O ministro Herman Benjamin votou hoje (29) pelo recebimento de uma das denúncias que tramitam no Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra o governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, na qual ele é acusado de corrupção passiva. Relator de todos os casos envolvendo Pimentel no STJ, Benjamin votou, no entanto, para que o governador não seja afastado do cargo, mesmo se venha a se tornar réu na Corte Superior.

“Entendo descabido, por se tratarem de fatos ocorridos antes de ele assumir o mandato de governador”, disse Benjamin, acrescentando que não existe “nenhum ato do denunciado Fernando Pimentel que vise obstruir, ou criar entrave à investigação criminal”.

O julgamento, realizado na Corte Especial do STJ, foi interrompido com o placar de 2 x 0 após pedido de vista do ministro Og Fernandes. Acompanhou integralmente o relator o ministro Jorge Mussi. É preciso uma maioria simples para confirmar o voto de Benjamin, ou seja, a concordância de mais da metade dos 15 ministros que compõem o colegiado.

Benjamin votou para que outras cinco pessoas também se tornem rés no processo: Pedro Medeiros, apontado como mula de propina; Eduardo Serrano, ex-chefe de gabinete de Pimentel; Benedito Oliveira, empresário acusado de ser intermediário do governador; e os ex-executivos da empresa Odebrecht João Nogueira e Marcelo Odebrecht.

Denúncia
Nessa denúncia, desdobramento da Operação Acrônimo e apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) em novembro do ano passado, Pimentel foi acusado de beneficiar a empresa Odebrecht em processos na Câmara de Comércio Exterior (Camex), entre 2011 e 2014, quando o petista era ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio e presidia o órgão.

Um dos processos diz respeito à aprovação de seguro de crédito para cobrir um financiamento de R$1,5 bilhão do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o soterramento de uma ferrovia na Argentina, obra realizada pela Odebrecht. Outro processo refere-se à aprovação de um financiamento para obras de transporte público em Moçambique.

Segundo a denúncia, em troca de benefícios à empresa, Pimentel combinou o recebimento de R$ 15 milhões em espécie a título de propina e o acerto, delatado por Marcelo Odebrecht e João Nogueira, ambos ex-executivos da Odebrecht, foi intermediado por Benedito Oliveira, o Bené, empresário apontado como forte aliado do então ministro.

“Houve um ajuste para o pagamento dos valores em espécie segundo um cronograma e uma logística estruturada pela empresa”, afirmou o vice-procurador-geral da República Luciano Mariz Maia.

Defesa
Para o advogado do governador, Eugênio Pacelli, as investigações conduzidas pela Polícia Federal (PF) na Operação Acrônimo demonstram clara motivação política. “O alvo sempre foi Pimentel.”

Para embasar suas afirmações, Pacelli destacou que uma das diligências da PF que deu origem à Acrônimo foi feita sem mandado judicial. Trata-se da operação na qual o empresário Benedito Oliveira, o Bené, foi flagrado com mais de R$ 100 mil em dinheiro em seu avião pessoal, em 2014, após uma denúncia anônima.

“Tudo se tratava de diligência movida por interesses políticos”, disse o advogado em sustentação oral durante o julgamento. “Está muito claro o vício originário da Operação Acrônimo.”

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

TJSP nega indenização a fotógrafo que perdeu olho ao ser atingido em protesto

29/11/2017 14h46
São Paulo
Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil
O fotógrafo Sérgio Silva perdeu o olho esquerdo após ser atingido por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar - Rovena Rosa/Agência Brasil

A 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) negou hoje (29) o recurso do fotógrafo Sérgio Silva, que pede indenização por ter perdido um olho ao ser atingido por uma bala de borracha disparada pela Polícia Militar nas manifestações de junho de 2013. O relator do caso, desembargador Rebouças de Carvalho, argumentou que não há como comprovar que o ferimento foi causado por um disparo dos policiais. O presidente da Câmara, Décio de Moura Notarangeli, e o desembargador Oswaldo Luiz Palu seguiram o entendimento do relator.

A decisão, no entanto, rejeitou a base da argumentação usada pelo juiz Olavo Zampol Júnior para negar em primeira instância a solicitação de reparação do fotógrafo. O magistrado havia atribuído ao profissional a culpa pelo incidente, ao se colocar em risco na cobertura do protesto, o que foi refutado pelos desembargadores. “Não é possível imputar a alguém que exerce o seu trabalho de forma legítima a responsabilidade pela ocorrência do desastroso incidente”, enfatizou o desembargador Notarangeli.

O caso ocorreu no dia 13 de junho de 2013, enquanto Sérgio cobria manifestação contra o aumento da tarifa no transporte público em São Paulo. Por conta do episódio, o fotógrafo acionou a Justiça para requerer que o governo de São Paulo fosse responsabilizado pelo ocorrido e pagasse uma indenização no valor de R$1,2 milhão referentes a danos morais, estético e material, além de uma pensão mensal de R$ 2,3 mil.

Falta de provas
Segundo o desembargador Rebouças de Carvalho, o pedido do fotógrafo está prejudicado pela falta de provas. Os laudos médicos não afirmam que o ferimento foi causado por uma bala de borracha. Além disso, o magistrado destacou que não houve uma investigação policial dos fatos. “Não há nenhum relatório oficial, sequer lavratura de boletim de ocorrência”, destacou o relator.

O advogado do fotógrafo, Maurício Vasques, disse que Sérgio Silva deixou de procurar as autoridades no momento do ocorrido não só pela gravidade do ferimento, mas até por medo de represálias dos policiais. “Cobrar da vítima de uma lesão gravíssima, que lhe cegou a vista, que faça a prova que o Estado pode fazer e se omite, é inadmissível”, ressaltou o advogado ao lembrar que a Polícia Militar faz filmagens das ações em manifestações.

Emocionado, Silva mostrou indignação com a decisão. “Quando eles pedem provas, eu posso provar que eu não enxergo. Posso tirar esse tapa-olho, tirar a prótese que está no lugar do meu globo ocular mostrar para eles”, disse.

O fotógrafo destacou ainda a truculência da polícia durante a repressão ao protesto do dia 13 de junho de 2013. Segundo informações trazidas pelo seu advogado, foram disparados 800 projéteis de borracha naquela noite. “Quem estava naquela noite trabalhando ou participando da manifestação, sabe que a polícia foi para aquela manifestação de modo despreparado, com o intuito de reprimir. Ela atirou, sim, em todas as direções possíveis, sem nenhum planejamento, sem nenhuma segurança”, enfatizou.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Supremo proíbe uso do amianto em todo o país

29/11/2017 17h27
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (29) proibir uso do amianto do tipo crisotila, material usado na fabricação de telhas e caixas d’água. A decisão dos ministros foi tomada para resolver problemas que surgiram após a decisão da Corte que declarou a inconstitucionalidade de um artigo da Lei Federal 9.055/1995, que permitiu o uso controlado do material.

Com a decisão, tomada por 7 votos a 2, não poderá ocorrer a extração, a industrialização e a comercialização do produto em nenhum estado do país. Durante o julgamento não foi discutido como a decisão será cumprida pelas mineradoras, apesar do pedido feito por um dos advogados do caso, que solicitou a concessão de prazo para efetivar a demissão de trabalhadores do setor e suspensão da comercialização.

Em agosto, ao começar a julgar o caso, cinco ministros votaram pela derrubada da lei nacional, porém, seriam necessários seis votos para que a norma fosse considerada inconstitucional. Dessa forma, o resultado do julgamento provocou um vácuo jurídico e o uso do amianto ficaria proibido nos estados onde a substância já foi vetada, como em São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul, mas permitida onde não há lei específica sobre o caso, como em Goiás, por exemplo, onde está localizada uma das principais minas de amianto, em Minaçu.

As ações julgadas pela Corte foram propostas pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Indústria (CNTI) há dez anos ao Supremo e pedem a manutenção do uso do material. A confederação sustenta que o município de São Paulo não poderia legislar sobre a proibição do amianto por tratar-se de matéria de competência privativa da União. Segundo a defesa da entidade, os trabalhadores não têm contato com o pó do amianto.

De acordo com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outras entidades que defendem o banimento do amianto, apesar dos benefícios da substância para a economia nacional – geração de empregos, exportação, barateamento de materiais de construção -, estudos comprovam que a substância é cancerígena e causa danos ao meio ambiente.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

PM prende suspeito de cometer série de roubos na zona Norte nessa terça-feira

29 Novembro 2017 18:03

Com o suspeito foram apreendidos dois celulares, uma quantia em dinheiro e um simulacro de arma de fogo, usado nos assaltos. Foto: Divulgação

Na madrugada desta quarta-feira, 29, uma guarnição da Polícia Militar (PM) foi acionada no Bairro Mariano Procópio, região Central, por uma vítima de roubo tentado. Em rastreamento pelo autor do fato, os policiais o localizaram no bairro Democrata, mas este, ao visualizar as viaturas policiais, evadiu em uma motocicleta. Durante a perseguição, o suspeito se acidentou e continuou a fuga a pé, invadindo várias residências no bairro, até ser localizado embaixo de um automóvel de posse de um simulacro de arma de fogo, que vinha sendo utilizado nos assaltos.

O preso, de 31 anos, foi reconhecido pela vítima como autor do roubo tentado e também foi reconhecido como autor de crime por duas vítimas de roubo consumado no bairro Industrial, região Norte, fato que ocorreu aproximadamente meia hora antes da prisão. Foi constatado, ainda, que a motocicleta utilizada nos crimes havia sido furtada no dia 10 de outubro. Ressalta-se que, no local da fuga, também foi localizada uma mochila com dois celulares, sendo um deles de uma das vítimas do roubo ocorrido no bairro Industrial.

A Polícia Militar conseguiu ainda relacionar o mesmo cidadão a outros dois roubos ocorridos nessa terça-feira, 28, sendo um roubo a mão armada a uma padaria e, em seguida, um roubo a dois pedestres no bairro Jóquei Clube, tendo as vítimas reconhecido por meio de fotografia o referido indivíduo como autor dos crimes. Na ocasião, foi localizada em sua residência outra motocicleta, também furtada estacionada no local.

Os levantamentos da Polícia Militar com cruzamento de informações e dados apontam ainda que o infrator também é suspeito de ter cometido aproximadamente oito crimes de roubo nos meses de outubro e novembro na zona Norte de Juiz de Fora, totalizando dez crimes de roubo em apenas dois meses. Além disso, há suspeita de ter atuado em outras regiões de Juiz de Fora, o que pode aumentar a cifra de crimes cometidos por esse reincidente.

O cidadão encontrava-se em liberdade condicional desde dezembro de 2015, já possuindo histórico de prisões por diversos crimes, dentre eles tráfico de drogas, roubo, ameaça e agressão.

Ao final, o infrator foi preso em flagrante pelos crimes de dois roubos consumados, roubo tentado e receptação, sendo a sua prisão ratificada. De acordo com o Tenente Vinícius Araújo, Comandante da 269ª Cia da PM, área onde atuava o criminoso, todas informações levantadas pela Polícia Militar serão encaminhadas ao Ministério Público, via ofício, para subsidiar o processo criminal.
Da redação/ Assessoria
http://www.diarioregionaljf.com.br/policial

Demlurb reativa rota da coleta seletiva no Bairro Carlos Chagas

JUIZ DE FORA - 29/11/2017 - 16:11
Aumentar a vida útil dos aterros sanitários, incentivar associações de catadores de materiais recicláveis e preservar o meio ambiente. Estes são alguns dos benefícios da coleta seletiva, apontados pela técnica ambiental Roselene Lopes, em reunião no Centro Comunitário e Cultural do Bairro Carlos Chagas, na manhã desta quarta-feira, 29. Com objetivo de atender à demanda da população, o diretor-geral do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (Demlurb), Jefferson Rodrigues, anunciou o reativamento das rotas de coleta seletiva no Bairro Carlos Chagas. Para o diretor, o importante é que este material não seja desperdiçado, pois é fonte de renda para outros trabalhadores.

O Demlurb oferece também à comunidade informações necessárias para que o material reciclável seja descartado corretamente. Para isso, o departamento conta com cartilhas informativas e equipe de divulgação.

Segundo o presidente do centro comunitário, Adilson Souza, muitos moradores solicitaram a volta da coleta seletiva ao bairro: “Além de oferecer o serviço de coleta seletiva, é importante falar o que é reciclável. Eu, por exemplo, jogaria minha televisão velha no lixo normal. Agora sei que é lixo eletrônico e deve ser descartado separadamente”.

Reativamento das rotas 
Na próxima semana, equipe do Demlurb e voluntários do centro comunitário percorrerão as ruas do bairro, prestando orientações à comunidade. Segundo o encarregado da coleta seletiva, João Carlos Maciel, a rota voltará a funcionar após o trabalho informativo.

Para a tesoureira do centro comunitário, Júlia Maria, hoje em dia existe maior preocupação em descartar os resíduos. Ela afirmou que já separa o lixo orgânico do material reciclável, e que a coleta seletiva beneficiará todo o bairro.

* Informações com a Assessoria de Comunicação do Demlurb pelo telefone 3690-3537.
Portal PJF

Domingo é dia de rock solidário no Parque da Lajinha

JUIZ DE FORA - 29/11/2017 - 15:30

No domingo, 3 de dezembro, o Parque da Lajinha será cenário do “Rock de Natal”, evento solidário com objetivo de arrecadar brinquedos para alegrar a festa de crianças juiz-foranas. Além de show com a Tuka`s Band, a ação contará com o grupo de ginástica Game Over, logo depois da apresentação do DJ Kellmer. O evento, realizado em parceria com o Projeto “Bem Comum”, da Secretaria de Comunicação Social (SCS), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), terá início às 9 horas. 

O vocalista da banda e idealizador do evento, Douglas Esterce, o “Tuka”, lembrou que é a segunda vez, este ano, que promove evento solidário em parceria com o “Bem Comum”: “Além de levar entretenimento à população, nossos shows têm como objetivo estimular ações sociais que façam a diferença na sociedade. Este evento levará muita alegria às crianças que não têm condições de ganhar presente. E estamos contentes em fazer parte disso.”

O secretário de Comunicação Social da PJF, Michael Guedes, avaliou mais esta ação, que visa ajudar o próximo: “É para isso que o ´Bem Comum` existe. Para integrar boas ações, estimular a sociedade. Agradecemos mais uma vez o apoio da Tuka`s Band, e convidamos os juiz-foranos para o show.”

Os brinquedos doados pela população durante o “Rock de Natal” serão entregues às crianças em situação de vulnerabilidade, assistidas por instituições da cidade.

*Informações com a Secretaria de Comunicação Social pelo telefone 3690-7246.
Portal PJF

Prefeitura de Juiz de Fora e Oxitec iniciam liberação do “Aedes do Bem™” no município

JUIZ DE FORA - 29/11/2017 - 15:32

A Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e a Oxitec do Brasil iniciarão nesta quinta-feira, 30, a liberação dos primeiros lotes do “Aedes do Bem™” no município. Esta é mais uma ação da PJF contra o Aedes aegypti, vetor transmissor de doenças como dengue, zika, chikungunya e febre amarela urbana. Juiz de Fora é a primeira cidade de Minas a adotar esta tecnologia. O ato que dará início à liberação acontecerá às 11 horas, na Praça do Bairro Santa Luzia, com a presença de autoridades e técnicos.

Os mosquitos serão soltos três vezes por semana em regiões dos três bairros contemplados pelo projeto nesta primeira fase: Santa Luzia, Monte Castelo e Vila Olavo Costa. As liberações ocorrerão preferencialmente pela manhã. A escolha dos bairros levou em conta a incidência de casos notificados de dengue e os dados do Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti (Liraa). O índice de infestação vem sendo monitorado de perto pela empresa parceira da Prefeitura neste projeto e desenvolvedora da tecnologia, a Oxitec do Brasil. “Vamos continuar monitorando, e a quantidade de mosquitos liberada poderá variar, sempre buscando a maior efetividade da tecnologia”, esclareceu a gerente de Produção e Distribuição da Oxitec, Karla Tepedino.

A expectativa é de que os primeiros “Aedes do Bem™” apareçam nas ovitrampas – armadilhas utilizadas para o monitoramento do índice de infestação – cerca de 30 dias após o início da liberação. Os mosquitos geneticamente modificados herdam, além do gene autolimitante – que não persiste e nem se espalha no meio ambiente –, um marcador fluorescente, que permite que sejam identificados em laboratório, viabilizando o acurado monitoramento e a avaliação da eficácia durante todo o programa, nas áreas tratadas.

“Essa tecnologia inovadora e sustentável se soma ao nosso incansável trabalho no combate ao Aedes aegypti, com destaque para a ação conjunta dos agentes comunitários de saúde e os de combate a endemias, que estão nas ruas o ano todo. Não paramos de buscar alternativas para melhorar este trabalho, pensando na saúde de cada juiz-forano”, afirmou o prefeito Bruno Siqueira.

Dez minutos contra a dengue não podem parar 
Mesmo com este projeto inovador, o trabalho dos moradores continua sendo fundamental. Com o início da liberação, a orientação é de que as pessoas deixem os mosquitos entrarem em suas casas, permitindo que os “Aedes do Bem™”, que são mosquitos machos e, portanto, não picam e não transmitem doenças, façam o serviço deles, que é copular com as fêmeas selvagens do Aedes aegypti, para gerar descendentes que morrerão antes de alcançar a idade adulta.

Se o mosquito perturbar e o morador ficar em dúvida se é “Aedes do Bem™” ou não, a orientação é colocar o ventilador no cômodo, para afastá-los, e, caso incomode, matar o inseto com as ferramentas de costume, como inseticidas e raquetes elétricas.

Para a secretária de Saúde da PJF, Elizabeth Jucá, a expectativa é de que os primeiros resultados sejam percebidos entre quatro e seis meses após o início das liberações: “Estamos muito otimistas quanto aos resultados deste projeto. No entanto, é fundamental que a população continue tirando seus dez minutos contra a dengue, todas as semanas. O ‘mosquito do bem’ fará sua parte. Se a população também fizer, estaremos cada dia mais protegidos”.

“Damos início hoje a mais uma etapa do Projeto ‘Aedes do Bem™’, em Juiz de Fora, e esperamos, com nossa tecnologia, auxiliar a Administração no combate ao Aedes aegypti no município”, disse Jorge Espanha, diretor-geral da Oxitec do Brasil. Os mosquitos utilizados na cidade serão produzidos em posto avançado, que está sendo montado no município.

Engajamento público 
O Projeto “Aedes do Bem™” em Juiz de Fora teve início com intenso trabalho de engajamento público, no qual as informações foram levadas à população. Agentes de combates de endemias e comunitários de saúde e técnicos da Oxitec realizaram visitas porta a porta nos bairros a serem beneficiados nesta primeira etapa, para explicar sobre a estratégia.

O engajamento público envolveu ainda representantes de conselhos, entidades de classe, da Administração Municipal, lideranças comunitárias, estudantes e população em geral, e contou com palestras, rodas de conversa e ações, como as edições do projeto “Bem Comum Bairros”.

Como funciona o “Aedes do Bem™” 
São mosquitos machos que não picam e não transmitem doenças. Ao serem liberados, buscam e copulam com fêmeas selvagens do Aedes aegypti, e seus descendentes herdam gene autolimitante – que não persiste e nem se espalha no meio ambiente – que faz com que morram antes de atingir a idade adulta.

Os descendentes do “Aedes do Bem™” herdam também marcador fluorescente, que permite que sejam identificados no laboratório, facilitando seu acurado monitoramento e a avaliação da eficácia durante todo o programa de uso da tecnologia.

* Informações com a assessoria de comunicação da Secretaria de Saúde pelos telefones (32) 3690-7123/7389.
Portal PJF