sexta-feira, 3 de novembro de 2017

“JF Foto 17” - Maior evento de fotografia da região começa dia 9

JUIZ DE FORA - 1/11/2017 - 15:08

Foto: Ratão Diniz

A maior maratona de fotografia da Zona da Mata e região já tem data marcada. A abertura do “JF Foto 17” acontecerá na quinta-feira, 9, com palestra do fotógrafo carioca Walter Firmo, às 19 horas, no Museu de Arte “Murilo Mendes” (Mamm – Rua Benjamin Constant, 790 – Centro), com entrada franca. A partir de sexta-feira, 10, o público poderá conferir, no Centro Cultural “Bernardo Mascarenhas” (CCBM – Av. Getúlio Vargas, 200 - Centro), 15 exposições fotográficas, com cerca de 500 imagens de profissionais de várias cidades brasileiras. Outra exposição, com 27 fotos, estará disponível para visitação no Museu Mariano Procópio (Rua Mariano Procópio), a partir de 15 de novembro, com fotografias do acervo da instituição.

Além das mostras, o “JF Foto 17” terá exibição de vídeos, palestras com grandes profissionais da área, como Walter Firmo e Wânia Corredo, leitura de portfólios, mesas-redondas - com Gustavo Stephan, Custódio Coimbra, Dante Gastaldoni e Ratão Diniz, entre outros – e oficinas. Promovido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), o evento seguirá até 10 de dezembro. A programação completa pode ser consultada em anexo.

O “JF Foto 17” faz com que fotógrafos de todo Brasil, profissionais ou amadores, dialoguem sobre os diferentes processos e técnicas da área, além de ampliar a visibilidade dessa linguagem artística. De acordo com Eridan Leão, uma das coordenadoras do evento, “a programação está bem robusta, com nomes de expressão dentro da área, exposições que já estiveram em outros festivais e de fotógrafos de Juiz de Fora, que possuem carreira fora daqui e nunca realizaram mostra na cidade. As oficinas também merecem destaque, pois abordarão desde processos mais antigos, como o daguerreótipo, a técnicas recentes, como o drone, além de outras vertentes da fotografia”.

*Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.

Portal PJF

Sargento da PM morre em tentativa de assalto em Nova Iguaçu; é o 115º morto este ano

Por G1 Rio

03/11/2017 06h03 

Policial militar é assassinado em tentativa de assalto na Baixada Fluminense, no Rio

O sargento da Polícia Militar Alessandro Galdino Marques, lotado no 16º Batalhão (Olaria) foi morto em uma tentativa de assalto na noite de quinta-feira (2). Ele é o 115º PM morto no Estado do Rio de Janeiro apenas em 2017.

De acordo com informações do 20º Batalhão (Mesquita), o sargento foi abastecer o carro no posto BR da Rodovia Presidente Dutra, no bairro Vila Nova, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, quando foi abordado por um assaltante.

Ainda de acordo com a PM, houve confronto e o agente foi atingido na barriga e nas costas. Ele chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Geral de Nova Iguaçu, mas não resistiu aos ferimentos.

Parte de estrutura de ponte cede e fiéis que saíam de evento ficam feridos em Laranjal, MG

Por G1 Zona da Mata

02/11/2017 14h31 Atualizado há 14 horas

Estrutura cede e deixa fiéis feridos em Laranjal 
(Foto: Marcus Furtado/Site Silvan Alves)

Quarenta e oito fiéis que participavam de um evento religioso com a presença do pastor Valdemiro Santiago ficaram feridos após caírem de uma ponte dentro do ribeirão São João, em Laranjal, da Zona da Mata, nesta quinta-feira (2). Parte da estrutura construída especialmente para o acontecimento cedeu e as vítimas despencaram de uma altura de aproximadamente quatro metros, segundo a Polícia Militar (PM).

As 48 vítimas deram entrada no Hospital Comunitário de Laranjal e receberam os primeiros socorros. Dez delas foram encaminhadas para o Hospital São Paulo, em Muriaé, e seis já receberam atendimentos e estão liberadas. Um homem, uma mulher e uma criança, com idades não informadas, seguem em observação na sala de enfermagem. Uma outra criança está internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).

Outras sete pessoas foram transferidas para a Casa de Caridade Leopoldinense e, no momento, duas passam por cirurgia e as outras cinco, sendo uma criança, seguem em observação na sala de emergência. Nenhuma delas está em estado grave.

O restante das vítimas que receberam os primeiros socorros em Laranjal já foi liberado.

A produção do MGTV entrou em contato por telefone com a Igreja Mundial do Poder de Deus, responsável pela organização do evento, que preferiu não se pronunciar neste momento.

Ponte cai e deixa 48 feridos em Laranjal
De acordo com as informações da PM, o acidente ocorreu na dispersão do público, estimado em 15 mil pessoas, que se reuniu no campo de futebol do Esporte Clube Laranjal, na Avenida Serafim Machado Naya, no Centro.

Segundo informações repassadas ao MGTV pelo comandante do Corpo de Bombeiros de Leopoldina, tenente Guilherme Cantelli, a ponte tinha laudo de um engenheiro, que garantiu que a construção seguiu as normas técnicas, e autorização dos Bombeiros.

O comandante disse que barracas foram instaladas na rota de fuga, tanto na saída da ponte, quanto na rua. que a ponte metálica dava acesso. Havia uma determinação para que essa situação fosse evitada, porém, a organização do evento permitiu que esses comerciantes instalassem essas estruturas. Isso pode ter causado um acúmulo de pessoas no local, fazendo com que seis placas da estrutura da ponte a cair. O local está interditado.
Fiéis caíram de uma altura de aproximadamente quatro metros, segundo Corpo de Bombeiros (Foto: Marcus Furtado/Site Silvan Alves)

Tragédia de Mariana: moradores sofrem com depressão e outros problemas de saúde

03/11/2017 07h50
Mariana (MG)
Sumaia Villela - Enviada especial*
Moradores perderam suas casas com o rompimento da barragem do Fundão -Léo Rodrigues/Arquivo Agência Brasil

Há dois anos, a folha do calendário das casas de dois distritos de Mariana e um de Barra Longa, em Minas Gerais, foi virada pela última vez. O dia 5 de novembro de 2015 se eternizou nas paredes das casas que ficaram de pé em Bento Rodrigues, Paracatu e Gesteira. Desde então, a vida dos atingidos pela lama da mineradora Samarco está suspensa - 730 dias depois do rompimento da Barragem de Fundão, ainda se espera pelo reassentamento, pela indenização, pelo rio límpido, cujas ações de reparo, complexas, enfrentam atrasos e obstáculos que desafiam os órgãos envolvidos.

A espera e a mudança brusca de vida se tranformam em depressão nas comunidades. Algumas pessoas não viveram para testemunhar as mudanças. Seus parentes apontam a tristeza como o agente catalisador dos problemas de saúde. São os novos mortos da tragédia de Mariana.

“Meu pai morreu de tristeza”
Enquanto faz arroz na cozinha da casa alugada e mobiliada pela mineradora Samarco, na sede do município de Mariana, em Minas Gerais, Leonídia Gonçalves, de 46 anos, lembra que um dos maiores prazeres do pai, de 67 anos, Alexandre, era tocar moda de viola e jogar baralho todas as noites, no bar de Paracatu de Baixo. As filhas dela, gêmeas, brincavam na rua quando queriam. Todos moravam lado a lado, já que, ao casar, Leonídia construiu sua casa no terreno do pai. Agora, essa é uma lembrança que não se repetirá nem mesmo quando a família for reassentada na nova Paracatu, que deve ser construída como reparação. Alexandre morreu em março deste ano, de infarto.

A agricultora tem a convicção, no entanto, de que a causa verdadeira da morte é a depressão. Seu pai foi diagnosticado e chegou a tomar medicamento para tentar reverter a doença. “A gente era feliz. Tinha de tudo. Hoje, tá todo mundo distante. Lá era todo mundo família, era um na casa do outro, à noite a gente ficava na rua, não tinha perigo de nada. E chegando à cidade agora, a gente se assusta,”, relata, ao falar sobre a mudança de hábitos do meio rural para o urbano.

Quando os 39,2 milhões de metros cúbicos de rejeito avançaram pelo Rio Gualaxo do Norte (afluente do Rio Doce) e chegaram às ruas de Paracatu, um modo de vida foi soterrado. Para abrigar os moradores, a Samarco alugou residências na cidade de Mariana, de acordo com a disponibilidade do mercado, sem que as casas dos familiares ficassem próximas. Os atendidos devem aguardar até que o novo distrito seja construído.

Foi assim que Alexandre e Leonídia viraram moradores de bairros diferentes. O aposentado, transferido de casa mais de uma vez, mudou também de hábitos. Não saía de casa, emagreceu de forma repentina e, hipertenso, passou a adoecer com frequência. Os filhos o levavam ao médico, mas ele não se recuperava. Ficou depressivo. E é das últimas palavras que trocou com a filha que a agricutora tira a argumentação mais forte sobre o motivo de sua morte.

“O fim de semana em que ele morreu, estava aqui comigo. À tardezinha falou: minha filha, eu não quero que vocês briguem. São seis irmãos. E não chora, não. Eu perguntei porque ele tava falando isso. “Eu sei que estou dando amolação para vocês, vocês chegam do trabalho, têm que ir lá para casa”. Eu falei: “Vem morar comigo então, perto das duas meninas”, porque ele era apaixonado por elas. Aí meu irmão levou ele embora. Às 19h30, minha irmã ligou e disse que ele tinha ido para o hospital. Quando cheguei lá, já tava morrendo. A gente culpa é essa lama”. Era dia 5 de março de 2017. No domingo, 5 de novembro, aniversário de dois anos da tragédia de Mariana, ela passará o dia nos escombros de Paracatu para lembrar os oito meses de falecimento do pai.

"Caso não é isolado"
Embora a Comissão de Atingidos da Barragem de Fundão não tenha um levantamento de todas as vítimas, esse caso de depressão e morte pós-desastre, de Alexandre Gonçalves, não é o único. Quando a reportagem pediu para se lembrarem de histórias semelhantes, citaram pessoas - sobretudo idosos - que morreram nos últimos dois anos, normalmente depois de sintomas que os levam a acreditar que a causa foi a tristeza.

Na própria família de Leonídia, há casos de agravamento de doenças que ela atribui à lama. Sua sogra atualmente está internada em Ouro Preto por causa de um problema no coração. Sintomas como medo de sair de casa, tristeza profunda e constante e esquecimento de fatos recentes estão nos relatos da maioria das pessoas ouvidas pela reportagem. Como no caso de Marino D'ângelo Júnior, de 47 anos, morador de Paracatu de Cima e membro da Comissão de Atingidos.

“Fiquei um tempo sem aguentar trabalhar, porque tive depressão. Hoje eu tomo dois antidepressivos, o que aumentou minha glicose. Fiz exame e chegou a dar diabetes, estou esperando para ver se vou ficar mesmo. Mas, antes de tomar esses remédios, eu só chorava”, conta. “Depois do rompimento, a gente tem que aprender a viver de novo. E o pior é que, além de passar por tudo, você tem que lutar para conseguir as coisas”.

Preconceito
Existe ainda o sofrimento causado pelo preconceito. São muitos os relatos de hostilidades sofridas pelos atingidos que foram morar em Mariana. Luzia Nazaré Mota Queiroz, de 52 anos, moradora de Paracatu de Baixo,“vendia sonhos” em uma loja de noivas da cidade de Mariana antes da tragédia. Ela saiu do emprego porque não aguentava mais ouvir comentários de clientes.

“Eu tinha que estar sempre sorridente, alegre. Com o tempo, as pessoas entravam na loja e diziam: 'eu não aguento mais esse povo falando da barragem'. Tinha uns que diziam que a gente era folgado”. Segundo Luzia, a dona da loja a apoiou, mas ela optou por pedir demissão. “Ou eu vou sofrer alguma coisa, ou a senhora vai sofrer alguma coisa. Ela relutou, mas depois entendeu”, disse.

“Pessoas que moram em Mariana acham que os atingidos se aproveitam da situação. Porque a Samarco é quem move a economia da cidade, é quem gera emprego. Mas a gente não construiu barragem para romper em cima da gente”, argumenta Marino D'ângelo.

O desemprego em Mariana passou de 20%. Há placas na cidade pedindo a volta da Samarco. O prefeito Duarte Júnior (PPS) afirma que 89% da receita do município vêm da mineração e da arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que caiu de R$ 11 milhões para R$ 8 milhões. Ele projeta nova queda, para R$ 6,5 milhões, no próximo ano, quando a Samarco, até hoje com atividade paralisada, zera o pagamento do imposto.

O prefeito respondeu ao questionamento da Agência Brasil sobre o motivo pelo qual essa dependência não foi reduzida antes da tragédia. “Quando assumimos, começamos a pensar em um distrito industrial. Mas, o que realmente acontece é que Mariana sempre foi uma cidade muito rica. Então, era muito mais interessante você receber esse dinheiro que vinha e gastar sem ter que se preocupar. Ninguém nunca se preocupou com a possibilidade de a mineração acabar, então ninguém tomava a primeira atitude. Tivemos que tomar esse tapa na cara”.

Atendimento psicológico
A Fundação Renova, criada para desenvolver as ações de reparação e compensação dos estragos provocados pelo rompimento de Fundão, não dispõe de um levantamento de pessoas atingidas que estão em depressão ou morreram durante esses dois anos, mas pretende fazer um estudo sobre o tema. É o que diz Albanita Roberta de Lima, líder do Programa Saúde de Bem-Estar Social da instituição, financiado pela Samarco e orientado por um Comitê Interfederativo (CIF), composto por órgãos públicos e a sociedade civil.

Albanita argumenta também que existe um serviço disponível aos atingidos para trabalhar com a questão da saúde mental. “Desde o dia do rompimento, já foi disponibilizado um conjunto de profissionais, que vão de médicos a psiquiatras, primeiro contratado pela Samarco e depois pela fundação”, diz. “A gente entende que é um sintoma normal, porque mexemos com a vida dessas pessoas. Elas foram tiradas da sua vida, do seu cotidiano, e isso precisa ser reparado. É preciso lembrar que determinadas pessoas têm mais dificuldade para superar esse, vamos dizer assim, inconveniente que ocorre em sua vida".

A Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) vai desenvolver o projeto Prismma, para pesquisar a situação da saúde mental das famílias atingidas pela tragédia. A equipe estará em Mariana entre os dias 15 e 17 de novembro para aplicar um questionário a 1,2 mil vítimas.

Sofrimento será cobrado na indenização, diz promotor
O promotor do Ministério Público de Minas Gerais, Guilherme Meneghin, atua em ações e acordos extrajudiciais para garantir os direitos dos moradores de Mariana. Ele diz que existe uma complexidade na questão, por não existir a causa de morte por depressão, mas confirma que os casos de sofrimento mental são comuns. Não só pelo trauma que viveram há dois anos, mas pelas consequências de mudança de moradia do meio rural para o urbano, as confusões com o cadastro de atingidos e o atraso na construção dos reassentamentos.

“Tivemos uma audiência na semana pessada, em que metade das pessoas era idosa e não foi contemplada com os auxílios. Várias delas desmaiaram. Saíram chorando da audiência. Quem era contemplado, de emoção. Quem não era, de profundo ultraje”, relata.

A Samarco e suas acionistas Vale e BHP Billiton, além da companhia contratada VogBR e 22 pessoas, entre dirigentes e representantes, já respondem a um processo criminal pela morte das 19 vítimas de 5 de novembro de 2015. A acusação é de homicídio com dolo eventual. A ação é de responsabilidade do Ministério Público Federal.

De acordo com o promotor do MPMG, Guilherme Meneghin, é difícil enquadrar as mortes de atingidos com depressão no contexto criminal, mas é possível atuar na área cível. “Esse sofrimento será cobrado na indenização”.

Até agora, os custos com velório e o enterro do pai de Leonídia foram da família. Segundo ela, nunca receberam uma ligação para manifestar pesar pela morte de Alexandre. Mas Leonídia diz que não quer nada disso. Seu maior desejo é ir embora da cidade. “A única coisa que quero é que eles entreguem minha casa. A de todo mundo. Eles têm que agilizar a compra do terreno. Aqui tem muita família que não está feliz. Eu quero ir embora. A gente era muito feliz”, repete durante a entrevista.

*A repórter viajou a convite da Fundação Renova
Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Novembro azul lembra importância do diagnóstico precoce do câncer de próstata

01/11/2017 17h18
Brasília
Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil

Monumentos são iluminados em apoio à campanha Novembro Azul para chamar a atenção dos homens sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de próstata - Valter Campanato/Agência Brasil

O câncer de próstata é o foco de mais uma edição da campanha Novembro Azul, organizada pela Sociedade Brasileira de Urologia. O câncer de próstata, tipo mais comum entre os homens, é a causa de morte de 28,6% da população masculina que desenvolve neoplasias malignas. Somente entre 2016 e 2017, 61,2 mil novos casos foram estimados pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Com o intuito de estimular a população masculina a superar a vergonha em relação ao assunto e cuidar da saúde, a campanha realiza diversas ações ao longo do mês. Em São Paulo, a programação, que começa na segunda-feira (5) e vai até dia 23, inclui mutirões para esclarecer dúvidas, uma caminhada e palestras. Em Brasília, será realizado na Câmara dos Deputados o X Fórum de Saúde do Homem, no dia 21. Por ocasião da campanha, como em anos anteriores, o Congresso Nacional e o Cristo Redentor serão iluminados de azul.

Os aspectos culturais, como o machismo, têm impacto no diagnóstico e controle da doença, muitas vezes associada com a perda da virilidade. Como consequência, há o isolamento e a baixa autoestima do paciente que, não raro, tem dificuldade para buscar ajuda e médica e durante o tratamento precisa se afastar das atividades laborais.

“A gente não consegue conversar porque as pessoas mudam de assunto rapidinho. De cara, a pessoa quer saber da vida sexual, não quer saber se você passa mal, se desmaia. Você fica meio invisível. Meu irmão mesmo disse: ‘Você é um câncer mais ou menos’, porque imagina-se que você tem que fazer aquela cara de dor, ou então, não considera que você tem câncer”, desabafa o assistente administrativo Liomardes Lino, que já passou por uma cirurgia para tratar a doença teve uma recidiva no ano passado, que o levou à radioterapia.

De acordo com dados do Inca, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos. Considerado novo para desenvolver a doença, Lino foi diagnosticado com o câncer de próstata aos 48 anos, em 2014. Foi por insistência de sua esposa que fez o exame chamado Antígeno Prostático Específico (PSD), que acusava um alto grau de anormalidade dos níveis esperados da proteína produzida pela próstata.

Exames de toque
Para o urologista Mário Fernandes Chammas Jr, a cultura machista da América Latina é um fator que atrapalha a detecção e, portanto, o tratamento da doença. Ele assegura que o exame de toque retal é simples e rápido, com duração de 5 a 10 segundos, e defende as consultas regulares ao médico. “Muitas vezes, o paciente acaba falando: ‘Era só isso?’. E perde o medo inicial.”

Além do tabu em relação ao exame, outro aspecto relevante é o fato de que a maioria de casos é assintomática. “É diferente de outros tipos de câncer, em que aparece algo no seu corpo, algo que provoca medo e te faz ir ao médico. Em larga maioria, só há sintoma quando já está muito avançado. Cabe ao médico procurar antes que chegue a esse ponto”, afirma.

Rede de apoio
Liomardes Lino participa atualmente de um grupo de homens que passaram ou passam pelo tratamento e trocam experiências por meio do aplicativo Whatsapp. Desse encontro, surgiu também a página Eu tive câncer de próstata, no Facebook, criada pelo representante de medicamentos Fernando César de Toledo Maia. Também diagnosticado com câncer de próstata, ele conta que se sentia isolado e lamentava não encontrar um canal de troca de experiências. "Senti necessidade de fazer porque não tive onde me apoiar, eu não conhecia histórias. A única história que ouvia era: 'você vai ficar impotente, incontinente’”, conta Maia.

Na opinião dele, o governo deveria realizar campanhas de impacto, como as que conseguiram reduzir o número de fumantes no país, para chamar atenção para a importância e a gravidade do tema. “A campanha deve comunicar a possibilidade de metástase [quando o câncer se espalha por outros órgãos]”, opina.

Ele relata que, mesmo no grupo, a preocupação principal dos integrantes é quanto aos possíveis efeitos colaterais do tratamento e que nenhum deles faz acompanhamento psicológico, embora muitos estejam enfrentando problemas com a família e depressão. “Eles não acreditam que a psicoterapia traria um retorno a esses problemas [sexuais]. Conheço um médico que havia casado com uma pessoa mais nova e que não quis se tratar porque achou que ia perder a virilidade”, diz.

Mário Fernandes Chammas Jr. esclarece que não é o câncer que leva a uma possível impotência sexual, mas sim o tratamento. “Nos tratamentos mais comuns no Brasil, a radioterapia e a cirurgia, quando você ataca a próstata, machuca os tecidos em volta dela, incluindo o nervo responsável pela ereção.”

Ele acrescenta que boa parte dos pacientes recupera a função, havendo a opção de aplicar medicamentos diretamente no pênis e, em último caso, utilizar uma prótese peniana. Em todos os casos, o urologista é o profissional médico qualificado para prescrever o método mais indicado.

Sintomas e prevenção
O médico explica também que o tipo mais comum de câncer de próstata é o adenocarcinoma. Na fase inicial da doença, são comumente identificados sangue na urina, dificuldade em urinar, diminuição do jato de urina e aumento da frequência ao banheiro.

Para investigar o câncer de próstata são feitos dois exames: o de toque retal, que avalia o tamanho, a forma e a textura da próstata, e o Antígeno Prostático Específico (PSD). Para confirmar uma suspeita sinalizada pelos dois testes, é feita uma biópsia, que consiste em analisar pequenos pedaços da glândula. A função da próstata é a produção de um líquido que compõe parte do sêmen, que nutre e protege os espermatozóides.

Homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos têm maior chance de também desenvolvê-lo. Outros fatores de risco são sobrepeso e tabagismo. Praticar atividades físicas e manter uma alimentação saudável são formas de prevenir a doença.

Quando se manifesta da forma menos agressiva dos três níveis existentes, o paciente deve frequentar o médico a cada três meses e seguir uma rotina de exames laboratoriais, protocolo estabelecido por especialistas há cerca de dez anos.

Direitos do paciente com câncer
Os pacientes com câncer têm direito a receber auxílio-doença – se for afastado do trabalho por mais de 15 dias – e o saque do Programa de Integração Social e do Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep). Quem é atendido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) pode solicitar ainda o benefício chamado Tratamento Fora de Domicílio (TFD), valor que cobre despesas como transporte aéreo, terrestre e fluvial, diárias para alimentação e pernoite. No caso do TFD, a liberação depende da disponibilidade orçamentária do município ou estado. Alguns estados, como o Rio de Janeiro, asseguram ainda a gratuidade de ônibus intermunicipais, trem, metrô e barca. A lista dos completa dos direitos do paciente está disponível no site do Inca.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Contran publica novas regras sobre suspensão e cassação de carteira de motorista

01/11/2017 09h32
Brasília
Pedro Peduzzi - Repórter da Agência Brasil

O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publica hoje (1º) no Diário Oficial da União resolução que estabelece os procedimentos administrativos relativos à aplicação das penalidades de suspensão e cassação da carteira de motorista nos casos de infrações cometidas a partir de 1º de novembro de 2016.

De acordo com a deliberação, a suspensão do direito de dirigir ocorrerá nos casos em que o infrator somar, no período de 12 meses, 20 pontos em decorrência de transgressões às leis de trânsito. A suspensão terá duração mínima de seis meses. Se houver reincidência, a suspensão mínima será de oito meses, podendo chegar a 2 anos. Nos casos em que as infrações já preveem, de forma específica, a suspensão, ela será aplicada mesmo que o motorista não tenha atingido os 20 pontos.

Caso o infrator seja flagrado dirigindo após ter sua habilitação suspensa, a penalidade aplicada será de cassação da carteira de motorista. Também está prevista a cassação da carteira em situações como dirigir ou permitir que dirijam veículos em categorias diferentes daquela para a qual o motorista foi habilitado; disputa de corrida ou promoção, em vias públicas, de competição, eventos, exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo sem permissão da autoridade de trânsito; ou quando o motorista fizer uso de veículos para demonstrar ou exibir manobra perigosa, ou fizer arrancada brusca, derrapagem ou frenagem com deslizamento ou arrastamento de pneus (os chamados cavalos de pau).

O Contran detalhou também as situações em que será necessário aos condutores o curso de reciclagem. No caso dos condutores de veículos como caminhões, ônibus e carretas (categorias C, D ou E), foram regulamentadas as regras sobre a possibilidade de eles optarem por participar do Curso Preventivo de Reciclagem, quando atingirem 14 pontos no período de um ano.

Edição: Graça Adjuto
http://agenciabrasil.ebc.com.br/geral/noticia/2017-11/contran-tem-novas-regras-sobre-suspensao-e-cassacao-de-carteira-de-motorista

Ministro da Justiça confirma críticas à segurança do estado do Rio

01/11/2017 12h11
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

O ministro da Justiça, Torquato Jardim, confirmou hoje (1º), em Brasília, declarações dadas à imprensa nos últimos dias sobre a segurança no estado do Rio de Janeiro. Ele classificou como “normais” as reações contrárias às suas afirmações.

Ministro da Justiça Torquato Jardim (a esquerda) reúne-se com a presidente do STF, Cármen Lúcia - Divulgação/STF

Torquato Jardim esteve nesta quarta-feira no Supremo Tribunal Federal (STF) onde se reuniu com a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, e o ministro da Educação, Mendonça Filho.

No Rio, uma comissão da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) informou que irá enviar representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) para que apure as afirmações feitas pelo ministro da Justiça. 

Em entrevistas à imprensa hoje (1º) e ontem (31), o ministro disse que o comando da Polícia Militar fluminense estaria fazendo acertos com o crime organizado, retrocedendo a situação da segurança pública no Rio a um estado de coisas semelhante ao retratado nos filmes Tropa de Elite 1 e 2.

Ministro diz que reações são normais
Ao ser questionado por jornalistas hoje, o ministro da Justiça não recuou em suas afirmações. “Sobre o Rio de Janeiro, não sei, já falei o que tinha que falar. Nenhuma reclamação. Reações são normais”, disse.

Em entrevista ao jornalista Josias de Souza publicada ontem pelo portal UOL, Torquato Jardim afirmou que o comando de batalhões da Polícia Militar do Rio seria definido por “acerto com deputado estadual e o crime organizado”.

Em outra entrevista, publicada nesta quarta pelo jornal O Globo, ele disse que “em algum lugar, voltamos a Tropa de Elite 1 e 2. Em algum lugar, alguma coisa está sendo autorizada informalmente”.

As acusações do ministro foram alvo de reações de deputados estaduais do Rio. O presidente da Alerj, Jorge Picciani (PMDB), disse que há mais de uma década não existe interferência do crime organizado na segurança estadual. "A declaração é de quem não tem nenhum conhecimento, de quem é irresponsável e de quem age com má-fé”, afirmou.

Em nota divulgada ontem (31), o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, rebateu as declarações do ministro e afirmou que o governo estadual e o comando da Polícia Militar não negociam com criminosos. Ele ressaltou que "o comandante da PM, coronel Wolney Dias, é um profissional íntegro".

Hoje, em reportagem do jornal O Globo, Torquato respondeu a Pezão afirmando ter “melhor memória” ao se lembrar de ter discutido o tema com o governador. O ministro assegurou haver “todo um serviço de inteligência” que atesta suas declarações.

Reunião no STF
O ministro da Justiça foi hoje ao Supremo Tribunal Federal (STF) para discutir com a presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, a implantação de Associação para a Proteção e Assistência aos Condenados (Apac) juvenis no país. Também esteve presente o ministro da Educação, Mendonça Filho.

Um projeto modelo de Apac juvenil, feito em parceria com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), funciona na cidade de Itaúna (MG) e, segundo Mendonça Filho, essa experiência deve servir para a implantação de novas unidades pelo país. A primeira será em Fortaleza, disse o ministro da Educação.

O dinheiro para a ampliação das Apac's virá do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen), confirmou Torquato. “O papel do Ministério da Justiça nesse notável projeto é primeiro encontrar justificativa legal para o Fundo Penitenciário”, disse o ministro. Ressaltou que a recente medida provisória que modificou as destinações do Funpen prevê “inequivocamente” a aplicação de recursos em projetos sociais.

A Associação para a Proteção e Assistência aos Condenados é um modelo de ressocialização de pessoas condenadas pela justiça criado em 1972 em São José dos Campos (SP), em que os detentos ficam submetidos a um regime menos rígido e contam com trabalho em tempo integral e aulas de ensino fundamental e médio.

Edição: Kleber Sampaio
http://agenciabrasil.ebc.com.br/politica/noticia/2017-11/ministro-confirma-criticas-seguranca-do-estado-do-rio

Settra altera trânsito na região dos cemitérios Municipal e Parque da Saudade

JUIZ DE FORA - 31/10/2017 - 15:00

A partir desta quarta-feira, 1º de novembro, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) interditará algumas vias dos bairros Poço Rico e Santa Terezinha. As alterações acontecerão em decorrência do Dia de Finados, na quinta-feira, 2 de novembro.

A partir das 22 horas desta quarta-feira, 1º de novembro, até quinta-feira, 2, o acesso ao Cemitério Municipal, no Bairro Poço Rico, terá modificações para segurança dos visitantes. A Rua Osório de Almeida, entre a alça da Praça da República e a Rua Viscondessa de Cavalcanti, será interditada totalmente. Dessa forma, o contorno da praça será em mão dupla.

No Bairro Santa Terezinha, as alterações acontecerão somente no feriado, 2, nas proximidades do Cemitério Parque da Saudade. A Avenida Alencar Tristão, entre a Rui Barbosa e a Praça Santos Marcão, funcionará em mão única, neste sentido. Para chegar ao cemitério, os veículos que virão do Bandeirantes e adjacências deverão seguir pela Rua Grão Mogol (Ponte Vermelha), Avenida Rui Barbosa, ruas Santa Terezinha, Doutor José Eutrópio e Humberto de Campos e Avenida Alencar Tristão.

* Informações com a assessoria da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo 3690-7767
Portal PJF

Novo quadro de horário de ônibus terá todas as linhas com ícone do transporte adaptado

JUIZ DE FORA - 31/10/2017 - 16:53

A Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) atualizará, nesta quarta-feira, 1º de novembro, o quadro de horários de ônibus disponível no portal da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF). Nesta nova etapa, todas as linhas terão o ícone indicando transporte adaptado, já que todas agora oferecem essa acessibilidade.

A melhoria foi possível a partir da conclusão da licitação do transporte coletivo, representando um ganho na qualidade do serviço e mais conforto para os usuários. Os horários e itinerários das linhas podem ser acessados através do site.

Serviço de Orientação ao Usuário
Caso o cidadão identifique alguma falha nos equipamentos de acessibilidade ou no sistema de transporte em geral, a Settra disponibiliza um canal para receber reclamações. O contato pode ser feito através do 3690-8218 ou pelo settraatende@pjf.mg.gov.br.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Secretaria de Transporte e Trânsito pelo telefone 3690-7767.
Portal PJF

UAI de Juiz de Fora terá novo endereço a partir de sexta-feira (3/11)

TER 31 OUTUBRO 2017 09:04 ATUALIZADO EM TER 31 OUTUBRO 2017 16:29

A Unidade de Atendimento Integrado (UAI) de Juiz de Fora irá mudar de endereço na próxima sexta-feira (3/11). Atualmente localizada na Avenida Itamar Franco, 3.600, a UAI será transferida para a Avenida Brasil, 6.345 (Shopping Jardim Norte), facilitando o acesso para os moradores devido ao maior fluxo de transporte público – uma vez que a maioria os ônibus que trafegam pela cidade passam pelas vias ao redor – e maior comodidade para a população das cidades vizinhas à Juiz de Fora que utilizam em grande número os serviços da unidade.

O novo endereço é próximo ao Terminal Rodoviário da cidade. O número de guichês também será ampliado para atender com mais agilidade cerca de 16 mil pessoas por mês.

A UAI é um equipamento do Governo do Estado de Minas Gerais que reúne serviços de vários órgãos, como Polícia Civil, Sine-MG, Cemig, Receita Federal, Cohab, Ministério do Trabalho e Polícia Federal.

Entre os serviços oferecidos pela UAI estão a emissão de Carteira de Trabalho, CPF, Carteira de Identidade e passaporte; requerimento de seguro-desemprego; intermediação de mão-de-obra para emprego formal além de diversos serviços da Cemig e Detran. Também são ofertados serviços da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag) e da Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), como cadastro de visitas e credenciamento de visitantes para as unidades prisionais, atestado de antecedentes criminais e entrevista com o Serviço Social do órgão. 

A UAI
Com um moderno conceito de atendimento e um eficiente sistema de gestão, a UAI torna mais simples e eficazes as relações do Estado com os cidadãos. O modelo de atendimento integrado ao cidadão surgiu no Brasil em 1995 e revolucionou a prestação desse tipo de serviço público, a partir da necessidade de fazer com o que o cidadão se tornasse o foco de um atendimento de qualidade, eficiente, eficaz e efetivo, rompendo assim o paradigma de uma Administração Pública burocrática.

A primeira unidade da UAI foi instalada em Belo Horizonte em 2007 tendo como foco a oferta de serviços públicos e na desburocratização.

Agência Minas Gerais