quinta-feira, 26 de outubro de 2017

Gilmar Mendes e Barroso discutem e trocam ofensas durante julgamento no STF

26/10/2017 19h14
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil

Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso discutiram e trocaram ofensas na sessão da Corte na tarde de hoje (26). A discussão ocorreu durante o julgamento sobre a validade da uma decisão que envolve a extinção de tribunais de contas de municípios. O estopim para o início da briga ocorreu após Mendes criticar a situação financeira do Rio de Janeiro, estado de origem de Barroso.

Barroso questionou se, no Mato Grosso, estado de Gilmar Mendes “está tudo muito preso”, em referência aos políticos presos no Rio de Janeiro e complementou dizendo: "Nós prendemos, tem gente que solta". Em resposta, Gilmar disse que o colega, ao chegar ao STF, "soltou José Dirceu", ex-ministro do governo Luiz Inácio Lula da Silva e condenado no caso do Mensalão.

Em seguida, os ministros foram interrompidos pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia, mas voltaram a discutir.

Na segunda parte do bate-boca, ao explicar as razões pelas quais concedeu indulto ao ex-ministro José Dirceu, Barroso acusou Mendes de ser parcial em suas decisões.

"Não transfira para mim essa parceria que Vossa Excelência tem com a leniência em relação a criminalidade do colarinho branco", afirmou.

Ao rebater as declarações de Barroso, Gilmar Mendes disse que não é “advogado de bandidos internacionais”, em referência ao trabalho de Barroso como defensor do ex-ativista italiano Cesare Battisti, antes de ser nomeado ao STF.

Na tréplica, Barroso disse a Gilmar: “Vossa Excelência vai mudando a jurisprudência de acordo com o réu. Isso não é Estado de Direito, isso é Estado de compadrio. Juiz não pode ter correligionário”, concluiu.

Para encerrar a discussão, Cármen Lúcia lembrou aos colegas que eles estavam "no plenário de um Supremo Tribunal" e que ela gostaria de voltar ao caso em julgamento. Após o bate-boca, o julgamento foi retomado e concluído. Os ministros mantiveram a decisão da Assembleia Legislativa do Ceará, que extinguiu os tribunais de contas dos municípios do estado.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil
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Comandante da PM pede apoio das Forças Armadas na busca a assassinos de coronel

26/10/2017 18h40
Rio de Janeiro
Vladimir Platonow e Douglas Corrêa - Repórteres da Agência Brasil

O comandante da Polícia Militar do Rio de Janeiro, coronel Wolney Dias, pediu reforço das Forças Armadas na operação de busca aos criminosos que mataram, na tarde desta quinta-feira (26), o comandante do 3º BPM, no Méier, coronel Luiz Gustavo Teixeira, durante um assalto. Uma grande operação foi montada nos morros do Complexo do Lins, na zona norte, com a participação de 300 policiais de diversos batalhões, para tentar prender os assassinos.

“Falei com o secretário de Segurança sobre a possibilidade de receber apoio das Forças Armadas. Pedi uma reunião com o comandante Militar do Leste, que já se colocou à disposição. Há uma reunião que poderá ocorrer hoje ou amanhã (27), tão logo possível, para que possamos contar com essa valiosa e imprescindível ajuda das Forças Armadas”, disse o coronel.

“Nós estabelecemos uma parceria muito profícua com o Comando Militar do Leste (CML), na pessoa do general Braga Neto, que tem nos apoiado incondicionalmente, sempre estando à disposição. Penso que no menor espaço de tempo isto poderá acontecer”, disse o comandante.

Wolney Dias lamentou a morte do oficial e disse que a corporação tem manchado com sangue e suor o solo do Rio de Janeiro. Além do comandante do 3º BPM, um outro policial militar foi vítima de assalto, em Guadalupe, aumentando para 112 o número de PMs mortos no estado este ano

Operação
A Polícia Militar fechou a Estrada Menezes Côrtes, conhecida como Grajaú-Jacarepaguá, por medida de segurança, devido à operação contra o tráfico de drogas que a corporação está fazendo no Complexo do Lins, após a morte do comandante do batalhão do Méier.

Vídeos que chegaram à corporação mostram que os criminosos que ocupavam um carro Audi, roubado, e uma motocicleta, faziam um arrastão na Rua Lins de Vasconcelos com a Rua Hermengarda, na hora em que o coronel passava de carro, acompanhado do motorista da unidade, o cabo Nei Filho. O oficial voltava da zona sul, onde tinha participado da troca de comando no batalhão da PM, no Leblon.

O coronel estava fardado, o que provocou dezenas de tiros contra o carro do militar. O cabo Nei Filho, que dirigia o veículo estava à paisana, e chegou a trocar tiros com os criminosos, junto com o coronel que levou um tiro de fuzil no rosto e caiu do lado de fora do veículo. O cabo levou um tiro na perna, mas sem gravidade. Em seguida, os criminosos fugiram para uma das favelas que compõem o Complexo do Lins.

O Complexo do Lins é formado por 12 comunidades, que surgiram entre as décadas de 1930 e 1960. A construção e inauguração da Avenida Menezes Côrtes (de 1950 a 1955) movimentou a região. A comunidade Camarista Méier foi formada por volta da década de 1950. O Complexo do Lins e a comunidade Camarista Méier receberam Unidades de Polícia Pacificadora, em 2013.

Pesar
Em nota, a Secretaria de Estado de Segurança se solidarizou “com a dor e sofrimento dos familiares, amigos do comandante do 3º Batalhão de Polícia Militar do Méier, Luiz Gustavo Lima Teixeira, de 48 anos, e de toda a classe policial. Todos os esforços estão sendo feitos para que, na forma da Lei, os responsáveis por essa afronta ao Estado e à sociedade não fiquem impunes e sejam punidos.”

Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil

Temer veta uso de armas de fogo por agentes de trânsito

26/10/2017 20h19
Brasília
Marcelo Brandão - Repórter da Agência Brasil
Por orientação do Ministério da Justiça, o presidente Michel Temer vetou integralmente o projeto de lei que autorizava o uso de armas de fogo por agentes de trânsito. Consultado pelo presidente, o Ministério da Justiça disse que a medida vai contra o que preconiza o Estatuto do Desarmamento e que os agentes referidos na proposta não exercem atividade de segurança pública.

“A proposta de alteração do Estatuto do Desarmamento vai de encontro aos objetivos e sistemática do próprio Estatuto, de buscar restringir o porte de arma de fogo aos integrantes das forças de segurança pública, nos termos do disposto no Artigo 144 da Constituição. Os agentes aos quais o projeto pretende autorizar aquele porte não exercem atividade de segurança pública e, no caso de risco específico, há possibilidade de se requisitar a força policial para auxílio em seu trabalho”, destacou o ministério, em nota.

Em seu veto, Temer expôs a justificativa do Ministério da Justiça e argumentou que sua decisão se dá “por contrariedade ao interesse público”.

O projeto foi aprovado no Senado em 27 de setembro, em votação simbólica, e seguiu para sanção presidencial. O projeto concedia porte de arma de fogo a agentes da autoridade de trânsito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios que não sejam policiais. Guardas municipais nessa função também teriam o mesmo direito.

No Senado, o projeto havia recebido apoio de parlamentares tanto da base quanto da oposição.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Moradores do Jóquei Clube 2 recebem ação comunitária

JUIZ DE FORA - 26/10/2017 - 16:44

A região norte de Juiz de Fora será contemplada por ação comunitária promovida pelo Centro de Referência de Assistência Social (Cras) Norte Benfica, da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS), no sábado, 28. O evento acontecerá das 8 às 13 horas, na Unidade Básica de Saúde (UBS) Jóquei Clube 2, na Av. Antônio Guimarães Peralva, 130, Bairro Barbosa Lage. Serão oferecidos serviços de saúde, como aferição de pressão, pesagem, solicitação do exame de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos e atualização do cartão de vacina para as crianças do Bolsa Família. A equipe do Departamento de Transferência de Renda (DTR), responsável pelo Cadastro Único para Programas Sociais (Cad Único), também estará presente, oferecendo orientações sobre benefícios ao cidadão e cadastro de creches. A Casa da Mulher também é parceira e orientará sobre os direitos das mulheres. O Corpo de Bombeiros conscientizará os presentes sobre prevenção de acidentes.

Cras
Oferecido pela SDS, em parceria com a Associação Municipal de Apoio Comunitário (Amac), visa atendimento e acompanhamento das famílias em situação de vulnerabilidade social, que morem em seu território de abrangência. Tem como função principal o Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), que tem por objetivo fortalecer os vínculos familiares e comunitários, buscando priorizar a promoção da autonomia, das potencialidades e o acesso à rede socioassistencial e das demais políticas públicas.

Todo serviço de assistência social tem como porta de entrada os Cras. As pessoas interessadas em qualquer tipo de serviço nesta área devem realizar o Cad Único no Cras mais próximo de sua residência. Através do Cadastro Único, a pessoa poderá solicitar benefícios como o Bolsa Família e se inscrever nos diversos serviços oferecidos pela secretaria de assistência social do Município.

*Informações com a assessoria de Comunicação da Secretaria de Desenvolvimento Social (SDS) pelo telefone 3690-8314.
Portal PJF

ATÉ 31/10: Inscrições para o Prêmio Boas Práticas e Inovações do Sistema de Segurança Pública de Minas Gerais

«Outubro 2017»

Foram prorrogadas as inscrições para o Prêmio Boas Práticas e Inovações do Sistema de Segurança Pública de Minas Gerais. Servidores da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap), Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros Militar podem inscrever seus projetos até o dia 31 de outubro de 2017 (terça-feira).

O objetivo da ação é premiar projetos de boas práticas e inovações desenvolvidos no âmbito das instituições que compõem o Sistema de Segurança Pública de Minas Gerais.

Os projetos devem ser inscritos dentro de uma das três áreas propostas: “Informação, Tecnologia e Comunicação”; “Legitimidade e Participação Social” ou “Eficiência e Otimização de Recursos”. Para participar o servidor interessado deve enviar a descrição do projeto que tenha sido planejado, implementado e avaliado no âmbito de uma das instituições participantes. As informações devem ser apresentadas em formato de artigo com no mínimo dez páginas e no máximo 15.

Os participantes podem encaminhar os seus projetos pessoalmente ou por correio em envelopes lacrados, constando a descrição “Prêmio Boas Práticas e Inovações da Secretaria de Estado de Segurança Pública”, sendo que cada envelope deverá conter uma cópia impressa do artigo e uma mídia digital (CD ou DVD) contendo com uma cópia digital do artigo em formato PDF.

A divulgação do resultado final será publicada, no site da Sesp, a partir do dia 11 de dezembro, e a entrega da premiação será realizada em solenidade na Sesp. Os autores dos projetos premiados receberão um certificado individual e os projetos serão divulgados nos canais de comunicação da Sesp.

O edital está disponível no site da Secretaria de Segurança Pública (A secretaria>Publicações). Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: das@defesasocial.mg.gov.br.

Agência Minas Gerais

Veja como votaram os deputados mineiros na 2ª denúncia contra Temer

PUBLICADO EM 25/10/17 - 21h09

DA REDAÇÃO
A favor do arquivamento - 32
Ademir Camilo (Podemos)
Aelton Freitas (PR)
Bilac Pinto (PR)
Bonifácio de Andrada (PSDB)
Brunny (PR)
Caio Narcio (PSDB)
Carlos Melles (DEM)
Dâmina Pereira (PSL)
Delegado Edson Moreira (PR)
Diego Andrade (PSD)
Dimas Fabiano (PP)
Domingos Sávio (PSDB)
Fábio Ramalho (PMDB)
Franklin (PP)
Leonardo Quintão (PMDB)
Luiz Fernando Faria (PP)
Luis Tibé (Avante)
Marcelo Aro (PHS)
Marcos Montes (PSD)
Marcus Pestana (PSDB)
Mauro Lopes (PMDB)
Misael Varella (DEM)
Newton Cardoso Jr (PMDB)
Paulo Abi-Ackel (PSDB)
Raquel Muniz (PSD)
Renato Andrade (PP)
Rodrigo de Castro (PSDB)
Renzo Braz (PP)
Saraiva Felipe (PMDB)
Tenente Lúcio (PSB)
Toninho Pinheiro (PP)
Zé Silva (Solidariedade)

Contra o arquivamento - 19
Adelmo Leão (PT)
Eduardo Barbosa (PSDB)
Eros Biondini (PROS)
Gabriel Guimarães (PT)
George Hilton (PSB)
Jaime Martins (PSD)
Jô Moraes (PCdoB)
Júlio Delgado (PSB)
Laudivio Carvalho (Solidariedade)
Leonardo Monteiro (PT)
Lincoln Portela (PRB)
Marcelo Álvaro Antônio (PR)
Margarida Salomão (PT)
Padre João (PT)
Patrus Ananias (PT)
Reginaldo Lopes (PT)
Stefano Aguiar (PSD)
Subtenente Gonzaga (PDT)
Weliton Prado (PROS)

Ausente - 1
Mário Heringer (PDT)

Abstenção - 1
Rodrigo Pacheco (PMDB)

Jornal O Tempo

Anvisa reitera razões para proibir aditivos em cigarros

Publicado: 26/10/2017 09:54
Última Modificação: 26/10/2017 10:16


Está na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta (25/10), a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 4874, que questiona a legitimidade da Anvisa para a proibição do uso de aditivos nos produtos fumígenos derivados do tabaco.

Deve-se ressaltar que o que está em debate nesta ADI não é o banimento do cigarro, mas se a Anvisa, no estrito cumprimento de sua função legal, pode proibir que a indústria do tabaco utilize aditivos que têm um único objetivo: disfarçar o sabor do tabaco e, assim, facilitar a iniciação de adolescentes ao tabagismo. 

Tais aditivos têm tão somente a função de mascarar sabores, odores e sensações ruins em cigarros e outros produtos fumígenos, com o objetivo de fazer com que os usuários utilizem cada vez mais estes produtos.

Ao longo dos anos, o Brasil tem avançado no controle dos produtos fumígenos derivados do tabaco e também no combate ao tabagismo. Este avanço foi possível por meio da adoção de diversas medidas normativas, sendo uma das primeiras a Lei 9.294, de 15 de julho de 1996, que restringiu a propaganda e uso destes produtos.

Em 2003, o Brasil tornou-se signatário da Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco (CQCT) da Organização Mundial da Saúde (OMS), cuja internalização no país ocorreu por meio do Decreto nº 5.658/2006. Esta Convenção, que conta atualmente com 181 Estados-Partes, objetiva a adoção de medidas conjuntas para o controle dos produtos derivados do tabaco e combate mundial ao tabagismo.

O Decreto estabelece a necessidade de se tomar medidas para combater a iniciação e apoiar a cessação do consumo do tabaco e reforça que estas ações sejam embasadas em provas científicas, tendo por objetivo a redução do tabagismo.

O Brasil e os demais países que aderiram ao CQCT firmaram o compromisso que “não se justifica permitir o uso de ingredientes, tais como agentes flavorizantes, o que ajuda a tornar os produtos de tabaco atraentes” e há recomendações para que os países proíbam ou restrinjam o uso, nos produtos de tabaco, de ingredientes que aumentem a palatabilidade, que atribuam coloração, que causem falsa impressão de benefício à saúde e que sejam estimulantes.

Em cumprimento às determinações da CQCT, a Anvisa publicou a RDC nº 14, de 15 de março de 2012, que dispôs sobre os limites máximos de alcatrão, nicotina e monóxido de carbono nos cigarros, proibiu o uso de palavras como “light”, “suave”, “soft”, dentre outras, e restringiu o uso de substâncias aditivas nos produtos fumígenos derivados do tabaco, permitindo somente a utilização dos aditivos indispensáveis ao processo produtivo.

Apesar da publicação do regulamento da Anvisa, o uso de aditivos ainda é permitido no país por força de liminar concedida mediante a solicitação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), por meio da ADI a ser julgada no STF.

Para justificar a RDC nº 14/2012, a Anvisa publicou a Nota Técnica nº 10/2013, que apresenta argumentos detalhados para todas as alegações feitas por meio da ADIN. Dentre elas, é possível destacar:

· O uso de substâncias broncodilatadoras com o objetivo de aumentar a absorção de nicotina pelos brônquios e, consequentemente, o seu potencial de causar dependência;

· O emprego de substâncias que inibem o metabolismo da nicotina, deixando-a mais tempo presente na circulação sanguínea e fazendo com que o seu efeito seja intensificado;

· A utilização de substâncias anestésicas para a diminuição da irritação das vias aéreas; e

· O uso de substâncias que mascaram o sabor e odor ruim do produto, bem como a irritação causada pela fumaça do cigarro, tornando-o mais palatável.

Corroborando com as informações já apresentadas pela Anvisa, a Organização Mundial da Saúde publicou, em 2014, um documento no qual reafirma e apresenta evidências científicas de que o uso de algumas substâncias aditivas tem como finalidade o aumento do poder de causar dependência dos produtos derivados do tabaco.

São elas: a amônia (aumenta a nicotina livre e mascara o gosto ruim do produto), o eugenol e o mentol (provocam analgesia e menor irritabilidade para que haja uma maior aspiração da fumaça e disponibilidade de nicotina nos pulmões).

Menciona também os aditivos como substâncias intencionalmente adicionadas aos produtos com o objetivo de aumentar a palatabilidade, melhorar a aparência, criar falsa sensação de benefício à saúde, bem como de aumentar a energia e vitalidade.

Do STF, a Anvisa espera o reconhecimento de que tais medidas contra o uso de aditivos nos produtos fumígenos objetivam a proteção à saúde, dentro das prerrogativas legais da Agência, e que se possa, nesse caso concreto, impedir que crianças e adolescentes sejam atraídas para o cigarro.

http://portal.anvisa.gov.br/noticias

Sociedade brasileira é "patrimonialista" e "machista", afirma Cármen Lúcia

26/10/2017 12h28
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
Presidente do STF, ministra Cármem Lúcia 
(Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, afirmou hoje (26) que o fato de ocupar a chefia de um dos poderes da República não passa de um dado "circunstancial" num país cuja sociedade permanece em grande medida "patrimonialista, machista e muito preconceituosa com a mulher".

As declarações foram dadas durante um seminário sobre as mulheres na Justiça, realizado na Embaixada da França, em Brasília. Compunham a mesa a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, e a advogada-geral da União, ministra Grace Mendonça.

Cármen Lúcia respondeu a uma felicitação do embaixador da França, Michel Miraillet, que destacou que o Brasil é um dos poucos países com mulheres ocupando quatro cargos de cúpula no Judiciário. Além das três que compunham a mesa, ele contou ainda a presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Laurita Vaz.

Cármen Lúcia ressaltou que a presença de mulheres na cúpula do Judiciário pouco teria significado para além de uma coincidência histórica numa sociedade "que não se acostumou que o nome autoridade não se declina, não tem sexo". Ela revelou já ter sido barrada, por exemplo, de entrar na casa de amigos por funcionários que esperavam por um homem, jamais imaginando a possibilidade de que a presidente do Supremo fosse uma mulher.

A ministra lembrou que a presença de mulheres na cúpula do Judiciário brasileiro não se reflete nos números do Judiciário, que tem muito menos juízas e procuradoras mulheres do que homens. Tampouco, disse, se reflete na representação política, ressaltando a baixa presença feminina no Congresso.

Cármen Lúcia, Grace Mendonça e Raquel Dodge foram unânimes em destacar a imposição de uma vida quase "monástica" às mulheres que almejem cargos de liderança. De acordo com elas, há um constrangimento constante da sociedade brasileira para que a mulher priorize as relações afetivas e a família, acima da própria realização pessoal, o que não ocorre, nem de perto, em relação aos homens.

"O simples querer feminino é encarado como uma forma de ousadia", disse Grace Mendonça. "Ainda que ocupando um cargo que tenha uma percepção de autoridade, ainda somos vistas, sim, com estranheza".

Em sua fala, Cármen Lúcia fez questão de destacar que a face mais grave desse constrangimento social em relação à mulher se expressa no feminicídio.

"Continua havendo mulheres mortas, e não apenas pelos companheiros , mortas por uma sociedade que não vê que a mulher não é a causadora do feminicídio, que é um homicídio causado somente por ela ser mulher", disse.

Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil

“Hollywood in Concert”: Musical leva a magia do cinema americano ao teatro da Praça CEU

JUIZ DE FORA - 26/10/2017 - 10:42

Foto: Divulgação

Teatro e música se entrelaçam no espetáculo “Hollywood in Concert”, que a companhia “Quem Sou Eu Produções” apresenta no próximo fim de semana no Centro de Artes e Esportes Unificados “Coronel Adelmir Romualdo de Oliveira” (Praça CEU). Serão duas apresentações, uma no sábado, 28, e a outra, domingo, 29, sempre às 19 horas. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) e serão vendidos antecipadamente pelo telefone (32) 98867-1872. Haverá venda na porta do evento, na bilheteria da Praça CEU, nos dias de apresentação.

A ideia da companhia, fundada em 2014, é proporcionar aos espectadores uma viagem ao cinema hollywoodiano, entre os anos 1920 e 2016, tendo como fio condutor as canções. Conforme a diretora e atriz, Taysa Ferreira, o público vai encontrar personalidades e personagens marcantes, como Marilyn Monroe, Harry Potter, Dorothy e o casal Sebastian e Mia, do longa-metragem “La La Land”.

Ela ressalta que a montagem pretende dar uma nova roupagem à forma como os musicais são produzidos. “O teatro musical vem ganhando espaço e visibilidade no Brasil. Pensando nisso, o grupo decidiu focar nesse segmento, de forma inovadora, mas preservando aspectos essenciais”.

“Hollywood in Concert” é o segundo concerto temático realizado pelo grupo. No ano passado, a companhia produziu o espetáculo “Broadway in Concert” e, devido à boa aceitação do público, apostou mais uma vez no formato. O grupo coleciona algumas participações em festivais de teatro de Minas Gerais e do Rio de Janeiro, com premiações em categorias técnicas e artísticas.

Ficha técnica

Direção Taysa Ferreira
Atores Alexandre Pereira, Álvaro Dyogo, Bernardo Pereira, Gabriel Tolentino, Giwriane Martins, Gustavo Renault, Lílian Aquino, Roberta Oliveira e Taysa Ferreira
Sonoplastia Felipe Ribeiro
Iluminação Yago Navarro
Produção Paulo Silva
Coreografia Roberta Oliveira

O Centro de Artes e Esportes Unificados “Coronel Adelmir Romualdo de Oliveira” (Praça CEU) funciona na Av. Juscelino Kubitscheck, 5.899, Benfica.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044.
Portal PJF

Ação Social - Bairro Eldorado + Seguro