domingo, 17 de setembro de 2017

Semana Nacional do Trânsito tem atividades de conscientização em Juiz de Fora e Barbacena

Por G1 Zona da Mata

17/09/2017 12h19
 
Programação da Semana do Trânsito começa nesta segunda-feira 
(Foto: Prefeitura de Juiz de Fora/Divulgação)

Começa nesta segunda-feira (18) a programação da Semana Nacional do Trânsito em Juiz de Fora e em Barbacena. Nos próximos dias estão previstas iniciativas diversas de conscientização de pedestres, ciclistas, motociclistas e motoristas, pelo comportamento consciente e responsável.

Em Juiz de Fora, a mobilização será realizada até o dia 25, organizada na cidade pela Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), em parceria com a Comissão Municipal de Segurança e Educação no Trânsito (Comset).

Já em Barbacena, a Subsecretaria de Trânsito e Mobilidade Urbana (Sutram) preparou eventos para chamar a atenção de todos os atores do trânsito.

Programação da Semana do Trânsito começa nesta segunda-feira 
(Foto: Roberta Oliveira/G1)

Juiz de Fora
A abertura será às 9h30 desta segunda, com concentração perto do Cine-Theatro Central, no Calçadão da Rua Halfeld, onde haverá uma caminhada com panfletagem. Às 15h, será realizada no Plenário da Câmara Municipal, a primeira audiência do 9° Período Legislativo, solicitada pela Comissão de Defesa dos Idosos, onde o tema abordado será "Segurança e educação no trânsito".

Com o tema “Minha Escolha Faz a Diferença”, serão promovidas ações educativas com foco na transformação das atitudes dos envolvidos no trânsito, buscando um ambiente mais seguro, a diminuição de acidentes e valorização da vida.

"Desde o Maio Amarelo, ao invés de focar no usar os equipamentos como cinto de segurança, capacete e cadeirinha, nós focamos no comportamento. A gente quer tentar o engajamento da sociedade pra ela entender que o mais grave problema é a atitude. O desrespeito leva ao risco e pode causar acidentes. Acreditamos que a ampliação da informação e da conscientização vai proporcionar uma melhor convivência no trânsito", destacou o secretário da Settra, Rodrigo Tortoriello.

O impacto do trânsito é percebido no Hospital de Pronto Socorro, que é referência regional para Juiz de Fora e outras 93 cidades da região. Segundo os dados de 2016, 763 pacientes deram entrada por atropelamento; 1.172 por queda de moto e 2.249 foram vítimas de acidentes automobilísticos. Neste ano, até a última sexta-feira (15), foram 458 atendimentos por atropelamento, 777 por queda de moto e 1.580 por acidentes automobilísticos.

"O trânsito precisa ser uma bandeira da sociedade. Você tem custo de hospital, que é pago pela sociedade. E, mais grave, tem perdas de vidas ou pessoas que sofrem as consequências. Quanto mais a gente conseguir que a conscientização não fique só na Semana Nacional de Trânsito, será fundamental", ressaltou Tortoriello.

Programação:
Segunda
9h30 – Caminhada de Abertura com panfletagem, no Calçadão da Rua Halfeld 
15h - Audiência Pública na Câmara Municipal
Terça
14h - Workshop na Escola de Governo da Settra
De 14h às 16h – Apresentações Artísticas do Centro de Convivência do Idoso/Amac, em frente ao Teatro Central
Quarta
De 9h às 11h – Blitz Educativa no 1º Pelotão de Trânsito Rodoviário, na MG-353
14h - Treinamento de Monitores de Travessia, no Colégio Adventista
19h - 2º Encontro de Condutores do Samu, no Cisdeste
Quinta
De 9h às 11h – Blitz Educativa Urbana, na Rua da Bahia 
De 18h às 21h - palestra no Anfiteatro da OAB
Sexta
Dia Mundial sem Carro, durante todo o dia
Barbacena terá atividades especiais durante Semana do Trânsito (Foto: G1)

Barbacena
A abertura será em um evento nesta segunda, no auditório da Faculdade de Medicina. De acordo com o Subsecretário de Trânsito e Mobilidade Urbana, Dimas da Silva Teixeira, a atividades foram pensadas para chamar a atenção de todos os atores do trânsito.

"A Semana Nacional de Trânsito é um momento adequado para despertar nos condutores o compromisso com a segurança no trânsito. Cada um deve fazer a sua parte. O Município está empenhado em realizar um trabalho de educação e conscientização dos motoristas e pedestres, junto aos parceiros, como a Polícia Militar. Preparamos, por este motivo, uma programação extensa, em busca de atingir todas as faixas etárias, com ações amplas em Barbacena", disse ao G1.

Na cidade, as atividades serão realizadas até o sábado (23). Incluem palestras em escolas, atividades na Transitolândia Itinerante e uma grande ação no último dia.

Programação:
Segunda
10h - Abertura oficial com palestra do Sargente da PM, Jardel Frederico Osanan de Souza
Terça
10h - Palestra com Sutram e PM na Escola Municipal José Moreira dos Santos, no Bairro Santo Antônio
15h - Palestra com Sutram e PM na Escola Estadual São Miguel, no Bairro Funcionários
Quarta
10h - Atividades lúdicas com a Transitolândia Itinerante e Blitz Educativa, na Praça de Santo Antônio
Quinta
15h - Atividades lúdicas com a Transitolândia Itinerante e Blitz Educativa, na Praça da Rua Bahia
Sexta
15h - Palestra no Centro Educacional Aprendiz, no Bairro Boa Morte
Sábado
De 8h às 12h - Transitolândia Itinerante, simulação de salvamento em acidente de trânsito pelo Corpo de Bombeiros, Banda do 9º BPM, Blitz Educativa com alunos com Colégio Imaculada Conceição

Artista usa HQ para mostrar dificuldades de ser criança no Brasil

17/09/2017 11h27
Rio de Janeiro
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
A história em quadrinhos A Infância do Brasil é dividida em seis capítulos. Em cada um deles, o autor mostra as dificuldades enfrentadas pelas crianças, principalmente as mais pobres e de minorias étnicas, no país.
Divulgação/Avec Editora

Um bebê nasce numa pequena casa de madeira do Brasil do século 16. Ao saber que a criança nasceu, o pai entra afobado no quarto querendo saber se sua mulher finalmente deu à luz um menino, porque ele não quer mais filhas. Esse é o primeiro capítulo da história em quadrinho (HQ) A Infância do Brasil, de José Aguiar.

José Aguiar é o autor da história em quadrinhos A Infância do Brasil que conquistou, este ano, o Troféu HQMix, a principal premiação brasileira do segmento Divulgação/Avec Editora

A HQ é dividida em seis capítulos, cada um dedicado a um século desde o início da colonização do Brasil por Portugal. E, em cada capítulo, o autor mostra as dificuldades enfrentadas pelas crianças, principalmente as mais pobres e de minorias étnicas, no país, como a desigualdade de gênero, o preconceito racial, o trabalho infantil, a mortalidade infantil e a pobreza.

Tudo isso usando, como pano de fundo, episódios históricos como as bandeiras paulistas, a promulgação da Lei do Ventre Livre e a consolidação das leis trabalhistas. Durante a execução do projeto, o artista contou com a consultoria e pesquisa da historiadora Claudia Regina Baukat Silveira Moreira.

“Foi um processo bastante delicado, de auto-descoberta e de tomar consciência das coisas que acontecem ao nosso redor. Eu percebi que, infelizmente, continuamos repetindo os mesmos erros e insistindo em questões que já poderiam ter sido superadas. Em cada capítulo, eu comparo o passado com o século 21, para mostrar que ainda temos discriminação, abandono, indiferença, exploração do trabalho infantil, questões raciais, discriminação de gênero”, conta Aguiar, que teve a ideia de criar o projeto depois do nascimento do filho, em 2010.

A Infância do Brasil foi publicado em formato de revista, pela editora Avec, e conquistou neste ano o Troféu HQMix, a principal premiação brasileira do segmento. O trabalho também pode ser lido gratuitamente na internet. No site, os leitores podem não só ler a história em português, inglês, francês e espanhol, como também podem escolher uma versão comentada da história, em que são contadas curiosidades da história do Brasil, como as informações sobre o parto no século 16.

HQs e a realidade brasileira
Além de A Infância do Brasil, outras histórias em quadrinhos lançadas recentemente também abordam a realidade brasileira. Uma delas é Medeia, HQ de Mariana Waechter, que usa um mito grego para tratar de questões como o terrorismo, a violência policial e as injustiças sociais.

Em O Aguardado, Augusto Botelho usa a lenda de Dom Sebastião I, rei português que teria morrido durante uma batalha no norte da África, no século 16. O fim incerto do rei alimentou uma lenda popular de que o rei retornaria, um dia, para salvar Portugal.

Na HQ, o autor imagina um retorno de Dom Sebastião ao Brasil contemporâneo e aproveita para abordar questões como a situação política brasileira e a onda de manifestações de 2013.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Campanha usa tatuagem para reconstruir mamilos e devolver autoestima a mulheres

17/09/2017 10h39
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Maria Helena Alves Peçanha da Silva, 66 anos, e Vera Lúcia Pereira, 62 anos, não se conhecem, mas compartilham a mesma alegria. Depois de se submeterem a cirurgias de mastectomia devido ao câncer de mama, as duas tiveram a oportunidade de reconstruir gratuitamente os mamilos por meio de tatuagem, dentro da campanha Espelho, Espelho Meu. A iniciativa é do estúdio Kiko Tattoo e é realizada no Rio de Janeiro e em Miami (Estados Unidos), durante os meses de setembro e outubro, pelo segundo ano consecutivo.

O projeto faz alusão ao Outubro Rosa, campanha de conscientização iniciada em 1990, em Nova York, cujo objetivo principal é alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do câncer de mama. O símbolo do Outubro Rosa é um laço cor-de-rosa.

Vera Lúcia fez a cirurgia para retirada do tumor em 2014. Há um ano, ela voltou ao centro cirúrgico para reconstrução da mama. E, no início deste mês, participou da iniciativa para reconstrução da aréola mamilar por meio da tatuagem. Ela conta que não sentiu nenhuma dor. “Amei essa tatuagem. Você não sabe o quanto ela me fez bem. Ficou perfeita”, disse à Agência Brasil.

Segundo Vera, uma sobrinha viu a campanha na internet e foi a responsável pela inscrição. Foi ela também que levou Vera ao estúdio de tatuagem. “Há um ano, eu estava querendo fazer essa tatuagem, mas não tinha condições”.

Para Maria Helena, a tatuagem dos mamilos eleva a autoestima da mulher. “Achei ótimo. Ficou perfeito. O resultado está mais do que satisfatório”, disse. Ela conta que fez a cirurgia de retirada da mama há 23 anos. A médica que a atendeu reconstruiu o seio e refez cirurgicamente o mamilo que, com os anos, foi perdendo a tonalidade.

“Só ficou o formato, mas sem definição de cor”, explicou. Com a tatuagem feita agora, a aréola ficou do tamanho da outra e com a mesma cor.

Maria Helena disse que ficou sabendo da campanha pelo jornal e que entrou em contato com o estúdio para saber o que deveria fazer para ser atendida. Ela conta ainda que fez uma avaliação no dia 4 deste mês e que, no dia seguinte, já estava novamente no estúdio para fazer a correção do mamilo.

Para fazer a tatuagem reparadora gratuitamente, dentro da campanha Espelho, Espelho Meu, as mulheres devem ligar para número (21) 2438-4539 e agendar visita com hora marcada para conversar com o tatuador e marcar o procedimento, mediante disponibilidade de agenda e liberação médica.

Tendência
Na avaliação do mastologista Marcelo Bello, diretor do Hospital do Câncer 3 do Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), a reconstrução dos mamilos por meio de tatuagem, em vez da cirurgia tradicional, tem sido uma tendência. “Hoje tem uma tatuagem que eles chamam tatuagem 3D e quando você olha, nem diz que aquilo não é um mamilo. É uma coisa que tem ganhado muito espaço, até pela facilidade, pela simplicidade que é o método.”

De acordo com o especialista, é um processo praticamente sem dor já que a tatuagem é feita em cima de uma área de sensibilidade reduzida por causa da cirurgia anterior. “Diversos mastologistas estão encaminhando [pacientes] para fazer a tatuagem. É muito mais simples. Não é um procedimento cirúrgico, não tem nenhuma contraindicação”, reiterou.

Solidariedade
Responsável pela campanha Espelho, Espelho Meu, Kiko faz a reconstrução de mamilos em mulheres que tiveram câncer por meio da tatuagem - Divulgação

Solidariedade e preocupação com o bem-estar do próximo movem os profissionais que decidem dar um pouco do seu tempo e do seu talento às mulheres que passaram por mastectomia.

Responsável pela campanha Espelho, Espelho Meu, o tatuador Kiko disse que iniciativa foi surgindo aos poucos. “A tatuagem nada mais é do que você descobrir artisticamente o que aquela pessoa quer demostrar na sua pele e você traduz aquilo em forma de um desenho ou em forma de arte.”

Ele conta que recebeu a visita de uma pessoa que queria colocar um desenho no lugar na aréola. “Aí, eu pensei, por que a gente não faz uma aréola de verdade?”.

O resgate da autoestima das mulheres é, segundo Kiko, o objetivo principal da campanha. “Decidimos fazer a campanha porque vimos que seria muito importante fazer essa colaboração que é muito ínfima, de 30 minutos”.

A ideia é beneficiar o maior número de mulheres possível. “Eu tenho certeza que isso vai mexer com a vida de muita gente e que não vai parar por aí. A gente pretende atender o máximo de mulheres nos meses de setembro e outubro, mas é bem possível que isso se estenda”, adiantou.

Ele espera que a campanha sirva de inspiração a outros profissionais. “Acho que podem contribuir muito. Espero que sirva de inspiração para outras pessoas, porque são muitas mulheres que necessitam dessa ajuda para superar ainda mais essa etapa [pós-mastectomia].”

Outras campanhas
O artista plástico e tatuador Miro Dantas criou, em 2014, em São Paulo, a campanha Uma Tatuagem Por Uma Vida Melhor para a reconstrução de mamilos de mulheres que tiveram câncer de mama. Segundo ele, 167 sete mulheres de todo o país foram atendidas, gratuitamente, praticamente uma por semana. “Veio gente do Brasil inteiro. Foi uma campanha bem legal”, disse Dantas à Agência Brasil.
De acordo com o tatuador, o procedimento já existe há algum tempo no mundo, mas como projeto social, ele acredita ter sido o pioneiro no país.

Em Belo Horizonte, a tatuadora Renata Espinelly cobre as cicatrizes das cirurgias de mastectomia com desenhos artísticos. Ela conta que começou esse trabalho em 2015. “Eu forneço duas tatuagens gratuitas no mês para homens trans e para mulheres que sofreram perda da mama por causa do câncer”, diz Renata que também atende no Rio de Janeiro e em São Paulo. As mulheres que a procuram, em geral, são muito tímidas, mas após a tatuagem se sentem melhores. “Levantar a autoestima delas é muito bom”.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Homem é detido com pistola furtada de policial militar em Juiz de Fora

Por MGTV e G1 Zona da Mata

16/09/2017 17h30
Pistola apreendida com homem neste sábado (16) foi furtada de um PM da reserva em Juiz de Fora (Foto: Fernando Gonçalves/G1)

Um homem de 47 anos foi detido neste sábado (16) após ser pego com uma arma de fogo furtadas em Juiz de Fora. Segundo a Polícia Militar (PM), a pistola calibre 380, que é de uso exclusivo militar, foi retirada do carro de um policial militar da reserva em junho deste ano no Bairro Bom Pastor. Com a pistola, havia munições.

De acordo com a PM, o homem foi denunciado pela própria esposa, que informou a polícia sobre a localização do marido e que ele teria a intenção de matar uma pessoa. Ao ser encontrado com a pistola em um bar no Distrito de Rosário de Minas, o suspeito negou a história que estava armado porque foi ameaçado de morte, mas não explicou por quem.

O caso foi encaminhado para a Delegacia de Plantão da Polícia Civil, em Santa Terezinha.

sábado, 16 de setembro de 2017

Marcelo Rezende morre aos 65 anos em São Paulo

Por G1 SP

16/09/2017 19h16 

Morre o jornalista Marcelo Rezende

O jornalista Marcelo Rezende morreu, às 17h45 deste sábado (16), em São Paulo, aos 65 anos, vítima de falência múltipla dos órgãos em consequência de um câncer, informou o Hospital Moriah.

Rezende foi diagnosticado no início do ano com câncer no pâncreas com metástase no fígado. Ele se afastou do comando do programa Cidade Alerta, da TV Record, para fazer o tratamento de quimioterapia. Ele estava internado no Hospital Moriah, na Zona Sul de São Paulo.

Em um vídeo postado no dia 3, Marcelo Rezende falou sobre os altos e baixos do tratamento contra o câncer. "O que eu tenho, a doença que eu tenho, o câncer que eu tenho, tem altos e baixos, é como uma montanha-russa. Uma hora eu to lá em cima, outra hora eu to lá embaixo. O mais importante é que eu estou firme e estar firme é aqui, onde a mente funciona. E eu estou firme para enfrentar os baixos, até chegar o momento em que o alto vai deslizar e aí a cura vai chegar. E eu tenho certeza dela porque Deus está comigo, Deus está contigo", disse o jornalista.

Marcelo Luiz Rezende Fernandes nasceu no Rio de Janeiro, em 12 de novembro de 1951.

Começou sua carreira como repórter esportivo nos anos 70 do Jornal dos Sports. Trabalhou em O Globo, revista Placar e chegou à TV em 1987 para trabalhar na Globo. Entre os destaques está a cobertura do caso da operação da polícia na Favela Naval, em Diadema e a apresentação do programa Linha Direta. Trabalhou também na Band e Rede TV.

O jornalista deixa cinco filhos e dois netos.


Veja íntegra da nota da TV Record:
A Record TV informa com grande pesar o falecimento de Marcelo Rezende, neste 16 de setembro de 2017, no Hospital Moriah, zona sul de São Paulo. Transmitimos nossas sinceras condolências ao familiares e amigos do jornalista com o qual tivemos a honra e o privilégio de trabalhar e que atuou com tanto brilhantismo em nossa programação.

O apresentador estava afastado do Cidade Alerta desde maio, quando descobriu um câncer no pâncreas e no fígado. Ele estava no comando do programa desde 2012 e ali imprimiu a sua marca, expondo os problemas de segurança pública do País com a coragem que sempre pautou sua trajetória, transformando o Cidade Alerta em um importante canal de denúncias. "Esse jornalismo que eu e alguns companheiros fazemos é o jornalismo que revela as mazelas do País", disse ele.

Com mais de 40 de carreira, Marcelo Rezende deixa um grande legado ao jornalismo do Brasil e da Record TV. Sua trajetória foi sempre guiada pela coragem em tocar em feridas sociais. Do flagrante de abuso policial na Favela Naval, em Diadema (SP), à corrupção no futebol, passando pelos inesquecíveis depoimentos de Francisco Assis Pereira, o Maníaco do Parque, e do ex-goleiro Bruno. Rezende foi um repórter investigativo de raro talento e um apresentador polêmico que não tinha medo de expor suas opiniões. Alguns dos episódios mais marcantes de sua carreira ele narrou no livro "Corta pra Mim", lançado em 2013 pela editora Planeta, que tornou-se rapidamente um best-seller.

Rezende iniciou sua carreira na mídia impressa, aos 17 anos, no Jornal dos Sports, em sua cidade natal, no Rio de Janeiro, e atuou como jornalista esportivo por um longo período. Atuou no jornal O Globo e em seguida na Revista Placar, da editora Abril, até que, por fim ingressou na televisão, em 1988, quando foi trabalhar no Globo Esporte. A carreira sofreu uma guinada quando foi designado para fazer reportagens investigativas. Em 1999, fez parte da equipe de criação do Linha Direta, do qual tornou-se apresentador.

Na Record TV, o jornalista apresentou o Cidade Alerta em duas ocasiões, entre 2004 e 2005, e de 2012 a 2017, além de ter comandado o Repórter Record e o quadro A Grande Reportagem, exibido pelo Domingo Espetacular. Trabalhou também na Rede TV! onde apresentou o Repórter Cidadão e o Rede TV! News. Na Band esteve a frente do Tribunal na TV.

No dia da estreia do novo Cidade Alerta, em 2012, Marcelo deu o tom do que o telespectador poderia esperar : "Nós não temos amigos, nem inimigos. Trabalhamos para o interesse público, o interesse da comunidade, o interesse da sociedade".

Nessa nova fase do Cidade Alerta, a carreira do Marcelo também foi marcada pela inusitada interação com a equipe de jornalistas espalhada pelo Brasil. Descontração e alegria que contagiaram milhões de brasileiros e marcaram uma nova alternativa de informar os telespectadores.

Hoje é o Dia D da campanha de multivacinação para crianças e adolescentes

16/09/2017 08h53
Brasília
Andreia Verdélio – Repórter da Agência Brasil

Hoje é o Dia D da Campanha Nacional de Multivacinação, os postos de saúde estão abertos em todo o país. Cerca de 47 milhões de crianças e adolescentes menores de 15 anos estão convocados para atualizar a caderneta de vacinas. Segundo o Ministério da Saúde, 53% desse público não estão com a vacinação em dia.

Em 2016, o Brasil registrou a menor cobertura vacinal dos últimos dez anos, por isso, a meta do ministério é resgatar todas as crianças e adolescentes não vacinados e, com isso, iniciar ou completar os esquemas de imunização. Com o slogan Todo mundo unido fica mais protegido, a campanha começou no dia 11 de setembro e vai até o dia 22 de setembro em cerca de 36 mil postos fixos de vacinação.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, alerta que a vacinação é considerada, pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a ferramenta que mais resultou positivamente na saúde pública mundial. “Nós morríamos de varíola aos montes, morríamos de pólio ou temos pessoas que até hoje vivem com sequelas da pólio. A gente esquece a vacinação quando não vê mais a doença”, disse.

Segundo ela, muitas doenças que foram erradicadas no Brasil ou mesmo controladas ainda não estão eliminadas e podem representar risco para não vacinados. “Nenhuma vacina é mais ou menos importante. Todas as vacinas são contra doenças potencialmente graves, que podem matar, levar a hospitalização e sequelas”, explicou.

Campanhas antivacinação
As mídias sociais têm sido um espaço de disseminação de falsas informações sobre vacinas, segundo Isabella, criando movimentos antivacinais. A justificativa, em geral, é a de que a vacinação leva ao aparecimento de outras doenças. “Há relatos de casos. A notícia de que uma criança passou mal depois de tomar a vacina rapidamente se espalha por todo o país.”, disse, explicando que não há embasamento científico para esse tipo de informação.

Segundo a presidente da SBIm, uma caso não faz a vacina insegura e, mais importante, as coincidências acontecem. “Vamos imaginar que, no primeiro ano de vida, a criança toma vacina todo mês. É claro que o que ela tiver que apresentar de doença ou problema grave, com ou sem vacina, isso iria acontecer, porque ela [a criança] estará sempre relacionada temporalmente com a vacina”, disse. “Temos tantas drogas com eventos adversos graves e que tratam doenças. Mas não vemos o movimento antibiótico, por exemplo. Então, porque as vacinas?”

Recentemente, o site da SBIm e o Portal Família SBIm foram incluídos pela OMS na lista de páginas que oferecem informações confiáveis sobre vacinas, a Vaccine Safety Net (VSN). “Isso é motivo de muito orgulho, mostra que a gente não pode desistir de comunicar”, disse Isabella.

A médica explica que a vacinação é um direito da criança e do adolescente previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e que os pais que não vacinam seus filhos podem sofrer processos do conselho tutelar e serem obrigados a fazer a imunização.

“Não vacinar quando todos se vacinam é uma zona de conforto porque a chance da criança adoecer é mínima. Mas se temos dois ou três pais que não vacinam e temos uma baixa cobertura por isso, aí essas crianças não vacinadas colocam em risco todas as outras”, disse. Isso acontece porque as vacinas não tem 100% de eficácia, mas ficam em torno de 95% ou 98%, segundo Isabella.

Vacinas disponíveis
De acordo com o ministério, as vacinas disponíveis nesta campanha para crianças menores de 7 anos são: BCG – ID, hepatite B, penta (DTP/Hib/Hep B), VIP (Vacina Inativada Poliomielite), VOP (vacina oral contra pólio), VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano), vacina pneumocócica 10 valente, febre amarela, tríplice viral (sarampo, rubéola, caxumba), DTP (tríplice bacteriana), vacina meningocócica conjugada tipo C, tetraviral (sarampo, rubéola, caxumba e varicela) e hepatite A.

Já as doses disponíveis para crianças e adolescentes entre 7 e 15 anos são hepatite B, febre amarela, tríplice viral, dT (dupla tipo adulto), dTpa, vacina meningocócica conjugada tipo C e HPV.

Em 2017, o Ministério da Saúde fez alterações no esquema de vacinas e, por isso, orienta os pais a irem aos postos de saúde para checar a caderneta de vacinação. As informações sobre a Campanha Nacional de Multivacinação de 2017 estão disponíveis na página www.saude.gov.br/vacinareproteger.

Edição: Aécio Amado
Agência Brasil

sexta-feira, 15 de setembro de 2017