quinta-feira, 17 de agosto de 2017

Supremo vai acabar com prisão em segunda instância, confirma Marco Aurélio

Marco Aurélio é o relator e já está tudo dominado

Carolina Brígido
O Globo

O ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse nesta quarta-feira que a corte deverá mudar o entendimento sobre as prisões de condenados por um tribunal de segunda instância. Ele é o relator do processo que trata do assunto e disse que levará a causa novamente ao plenário. Não há data prevista para este julgamento, porque o processo está atualmente na Procuradoria-Geral da República (PGR), aguardando um parecer. Além disso, para o julgamento acontecer, a presidente, ministra Cármen Lúcia, precisa agendar uma sessão com essa finalidade.

Em 2016, o STF autorizou o início da execução de penas determinadas pela segunda instância. Agora, o mais provável é que seja definida uma nova regra, com a necessidade de confirmação da condenação pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). O julgamento do ano passado teve caráter liminar (provisório). A intenção de Marco Aurélio é levar a mesma ação ao plenário para o julgamento de mérito (definitivo).

LIBERDADE PROLONGADA – Se a nova interpretação for sacramentada, condenados poderão aguardar por mais tempo em liberdade enquanto recorrem da pena. O ministro Gilmar Mendes, que votou pelo início mais rápido da execução das penas no ano passado, deu declarações públicas no sentido oposto recentemente.

“O processo está na Procuradoria. Eu estou aguardando o pronunciamento (da PGR) para trazer a matéria ao plenário. Pelas sinalizações, o escore vai se inverter quanto ao segundo pedido, que é se aguardar julgamento pelo STJ. Eu acho que é essa (a tendência). Outro colega já se manifestou que vai votar assim. Para mim é evolução, e não involução” — afirmou Marco Aurélio.

CÁRMEN NÃO SABIA? – Na terça-feira, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, afirmou, depois de participar de um seminário em São Paulo, que nenhuma mudança no entendimento sobre as prisões de condenados em segunda instância estava pautada no tribunal.

“Não há nada pautado sobre isso. Não há nada cogitado” — afirmou.

A declaração da ministra foi dada pouco depois de o juiz Sérgio Moro, que conduz as investigações da Lava-Jato em Curitiba, ter manifestado, no mesmo evento, uma “grande preocupação” com “movimentações no sentido de alterar o precedente”. Segundo Moro, revogar a decisão seria um “retrocesso” e “desastroso” para a Justiça criminal.

IMPUNIDADE GARANTIDA – “A exigência do trânsito em julgado significa, na prática, a impunidade dos crimes dos poderosos” — disse Moro no seminário.

De acordo com o magistrado, a necessidade do trânsito em julgado para a decretação de prisões permite que os poderosos encontrem brechas na lei para retardar os processos de modo que eles nunca cheguem ao fim. “O STF, antenado que esse sistema estava levando à impunidade, mudou seus precedentes” — completou o juiz.

Alguns ministros do STF apontam para um meio termo entre a norma atual e a anterior, que só autorizava a prisão quando ocorresse trânsito em julgado, ou seja, quando não houvesse a possibilidade de mais nenhum recurso. Caso isso prevaleça, a prisão só ocorrerá após pronunciamento do STJ – o que, na prática, levaria a execução da pena para depois da terceira instância.

IDEIA DE TOFFOLI – A ideia de esperar uma decisão do STJ foi sugerida em outubro do ano passado pelo ministro Dias Toffoli. Isso porque, segundo esse raciocínio, diferentes tribunais de justiça — que integram a segunda instância — podem dar decisões em sentidos opostos, provocando injustiças. Entre as atribuições do STJ está justamente a de uniformizar a jurisprudência dos tribunais inferiores.

“O ministro Toffoli fez um avanço que eu estou a meditar se não devo também seguir, no sentido de exigir pelo menos o exaurimento da matéria no STJ. Nós tínhamos aquele debate sobre a Defensoria Pública, que dizia que muda muitos julgamentos ou consegue uniformizar em sede de STJ. De modo que esse é um tema que nós temos talvez que revisitar” — afirmou Gilmar, em um julgamento ocorrido em maio.

Em outubro do ano passado, quando a corte examinou a questão, Gilmar tinha sido favorável à prisão após a confirmação na segunda instância, posição que prevaleceu por 6 votos a 5. Com a mudança de opinião dele, o placar ficará invertido.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – E a presidente Cármen Lúcia ainda teve a desfaçatez de dar entrevista dizendo que o Supremo não cogita de mudar a jurisprudência… Se depender deste Supremo, a impunidade dos corruptos estará garantida “per secula seculorum”. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Segunda rodada da Copa PJF Bahamas de Futebol tem 38 jogos programados

JUIZ DE FORA - 16/8/2017 - 17:56

No fim de semana, 38 jogos movimentarão a segunda rodada da Copa PJF Bahamas de Futebol. No sábado, 19, será a vez das crianças. Dezesseis partidas das categorias dente de leite, mirim e infantil serão realizadas das 8h30 às 14h35, nos campos da Comissão de Administração de Espaços Municipais (Caem), Cerâmica e Lacet. No domingo, 20, as categorias com faixa etária acima de 18 anos disputarão 22 jogos, das 8 às 13 horas, nos campos do Tupynambás e Caem Cerâmica, Linhares, Polivalente e São Benedito. O destaque da rodada ficará por conta do confronto entre Zé Irmão x Tô Maluco, pela chave H, na categoria adulta, às 10h10, no São Benedito. A equipe Zé Irmão, do Bairro Esplanada, foi criada há quatro anos, e faz sua estreia na competição. No dia 6 venceram o desfile de abertura da copa. O Tô Maluco carrega maior experiência no torneio, tendo dois títulos em sua história, sendo campeão pela última vez em 2013.

Outras informações sobre a segunda rodada da Copa PJF Bahamas podem ser conferidas no anexo.

* Informações com a assessoria de comunicação da SEL, pelo telefone 3690-7829.

Portal PJF

terça-feira, 15 de agosto de 2017

Prédio da Funalfa recebe iluminação especial para a Rainbow Fest

JUIZ DE FORA - 15/8/2017 - 16:22

Foto: Adriana Costa

Nesta semana, Juiz de Fora sedia a Rainbow Fest Brasil 2017 e já está preparada para receber o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). O setor elétrico e de iluminação da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) instalou nova iluminação no prédio da Funalfa, onde, nesta segunda-feira, 14, já reluziam as cores do símbolo do orgulho LGBT. Foram instaladas 13 lâmpadas de multivapor metálico de 400 watts, que funcionam alternadamente nas cores do arco-íris.

A volta de eventos como esse para a cidade, que contam com festivais de cinema, palestras, debates e shows ao longo da semana, e com o concurso Miss Brasil Gay, no sábado, 19, contribui para a promoção da diversidade e do combate à homofobia, fazendo com que Juiz de Fora continue a ser exemplo para o resto do país.

*Informações com a assessoria de comunicação da Empav pelo telefone 2104-8776.
Portal PJF

Seleção da Cemig busca propostas para iluminação de Natal na Praça da Liberdade

«Agosto 2017»

A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), em parceria com o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha-MG), está com seleção pública aberta, até 31 de agosto de 2017 (quinta-feira), para propostas para iluminação do Natal de Minas Gerais, que acontece, tradicionalmente, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte.

O tema obrigatório da decoração natalina deste ano são os 120 anos da capital de Minas Gerais, sendo avaliados, entre outros itens, a criatividade e a sustentabilidade da ideia, cuja execução ficará a cargo da Cemig.

Em sua proposta conceitual, o participante deverá alinhar o tema à decoração natalina e levar em conta como a iluminação se relaciona com o conjunto arquitetônico da Praça da Liberdade e com as apresentações culturais que acontecerão no Circuito Liberdade da praça, no final do ano.

Além disso, deve considerar a proteção e a promoção dos patrimônios histórico e artístico do estado, pensando, ainda, na importância turística e cultural do local. No projeto, poderão ser utilizadas até 323 mil microlâmpadas de LED e outras mil lâmpadas do tipo estrobo.

As propostas serão avaliadas por uma comissão julgadora formada por sete membros, sendo três representantes da Cemig, um do Poder Executivo estadual, um do Poder Executivo municipal e dois da sociedade civil. O autor da proposta vencedora receberá o prêmio no valor de R$ 20 mil e sua ideia ficará exposta na Praça da Liberdade, durante o Natal de Minas Gerais.

Podem se inscrever pessoas físicas ou jurídicas ou um representante legal em caso de coletivos de artistas.

O edital já está disponível no site da Cemig.

Outras informações:
Cemig - (31) 3506-2020 / 2025 / 2045
Agência Minas Gerais

Parceria entre Prefeitura e JF Imperadores é fechada antes de jogo decisivo

JUIZ DE FORA - 14/8/2017 - 19:32
Foto: Carlos Mendonça

Cento e cinquenta e seis anos após Dom Pedro II pisar em solo juiz-forano, a cidade volta a receber ares imperiais. Dessa vez, porém, o império veio para ficar, através da equipe de futebol americano JF Imperadores. Nesta segunda-feira, 14, foi realizada, no Morro do Imperador, entrevista coletiva de imprensa, na oficialização da parceria entre a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), através da Secretaria de Comunicação Social (SCS), e o time.

O secretário de Comunicação, Michael Guedes, acredita que o projeto seja importante, no sentido de promover o esporte e a cidade, e manifestou sua expectativa em relação a esta parceria:“Espero que o time obtenha sucesso e ascensão nessa empreitada, para impulsionar o nome da cidade e, por conseguinte, atrair outros promotores e apoiadores.”
O presidente do JF Imperadores, Laércio Azalim, ratificou o benefício dessa parceria e destacou o apoio da PJF na parte de comunicação e divulgação.

Jogo decisivo
No domingo, 20, às 10h30, o JF Imperadores receberá o Palmeiras Locomotives de São Paulo, no campo da Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Juiz de Fora (Faefid/UFJF). O jogo é apontado pelos atletas como crucial na temporada. Bruno Godinho, running back(tradução literal: correndo de volta. É o jogador que, em síntese, corre com a bola entre a defesa do adversário), falou sobre o confronto: “A equipe está muito bem preparada. Encaramos a pressão como algo positivo, porque acreditamos que temos condições de representar bem a cidade. Contamos com a presença da torcida para pressionar o adversário.”

A vitória vale classificação direta para a próxima fase e uma folga valiosa na primeira semana.

Vendas de ingressos e promoção
Foram disponibilizados mil ingressos, mas um outro tanto poderá ser adicionado, caso a procura seja grande. Comprada antecipadamente, a entrada custará R$ 10, podendo ser adquirida na Associação Cultural Brasil Estados Unidos (Acbeu), Rua Braz Bernadino, 73, ou na Performance, Rua Mariano Procópio, 1.510. No local e dia da partida o valor será de R$ 15.

O torcedor que deseja participar da promoção de ingressos deve comparecer ao Cine Theatro Central nesta terça-feira, 15, com a camisa do JF Mamutes ou Red Fox, para comprar com 50% de desconto. A promoção é válida só para esta terça-feira, das 9 às 17 horas. Na compra de um ingresso, o torcedor leva outro. Crianças até 12 anos não pagam.

* Informações com a Secretaria de Comunicação Social pelo telefone 3690-7245.
Portal PJF

No Teatro Solar: morte, mistério e investigação dão tom ao musical “Rua 15”

JUIZ DE FORA - 15/8/2017 - 12:22

Foto: Daniela Almeida.

O assassinato de Pedro Arantes, um renomado jornalista da década de 1950, oxigena a dramaturgia do espetáculo “Rua 15”, da companhia teatral “Quem sou eu Produções”. O musical terá apresentação única no Teatro Solar (Avenida Itamar Franco, 2.104 – São Mateus), nesta quarta-feira, 16, às 20 horas. O texto e a música são de Tayssa Ferreira, que também divide a direção com Aurélio Pimenta. Paulo Silva e Túlio Edson executam as canções, enquanto a coreografia é assinada por Roberta Oliveira. 

A história se desenrola a partir das pessoas apontadas como suspeitas do crime: a esposa da vítima, a amante, uma colega de trabalho, um deputado, entre outras. O homicídio é investigado pelos delegados Claudio Filho e Manfred, encenados por Álvaro Dyogo e Johnny Victor, respectivamente. Já Pedro Arantes, é representado pelo ator Bernardo Pereira.

Os ingressos do primeiro lote estão sendo vendidos, somente, na plataforma virtual: https://goo.gl/7R3Ckn, ao preço de R$ 40 (inteira) ou R$ 20 (meia-entrada), mais taxa do site. Quem comprar o ingresso está automaticamente incluso no sorteio de três prêmios de R$ 500, e um de R$ 1.000, a ser realizado no final do evento. O espetáculo tem classificação etária de 12 anos e duração média de uma hora.

A companhia 
Criado, executado e dirigido pela “Quem sou eu Produções”, o musical é uma realização da Sinergia Produções e tem apoio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Funalfa. Conforme Tayssa Ferreira, esse é o terceiro espetáculo autoral da produtora no gênero musical.

O grupo surgiu em 2014, quando se preparava para apresentação no Festival de Cenas Curtas de Juiz de Fora, promovido pela Funalfa. Recebeu diversos prêmios em festivais de teatro em Minas Gerais e no Rio de Janeiro, com a peça “Quem Sou Eu”, nas categorias direção, trilha sonora, cenário, figurino e atuação.

* Informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa – 3690-7044.
Portal PJF

Ladrão invade residência, agride moradora e rouba pássaros em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

15/08/2017 12h23 

Duas mulheres, de 24 e 31 anos, foram agredidas durante assaltos registrados na manhã desta terça-feira (15) nos bairros Benfica e Nova Benfica, em Juiz de Fora. Em um dos roubos, ladrão ainda pegou três pássaros que estavam em uma casa. A Polícia Militar (PM) faz rastreamentos em busca de suspeitos.

Em Benfica, na Rua João Carlos Garcia, um assaltante arrombou uma residência, entrou no imóvel e desferiu três socos na moradora, de 24 anos. O ladrão ainda roubou três pássaros. O assaltante fugiu em um veículo.

No Bairro Nova Benfica, na Rua Martins Barbosa, uma mulher, de 31 anos, que estava em uma motocicleta, foi abordada por dois assaltantes enquanto entrava na garagem de seu condomínio.

De acordo com a vítima, um dos assaltantes desferiu uma coronhada na cabeça dela, momento em que a arma disparou. Ninguém foi atingido. Autores fugiram a pé e levaram somente as chaves da moto.

Moro defende "vontade política" para que medidas anticorrupção avancem

15/08/2017 10h42
São Paulo
Marli Moreira – Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba, defendeu hoje (15) que os parlamentares do Congresso Nacional têm um papel importante para evitar que as ações de combate à corrupção retrocedam ao invés de avançar.

Ele destacou que não basta a ação da Justiça criminal para acabar com a corrupção sistêmica e que toda a sociedade tem de estar engajada. As declarações foram dadas ao discursar no encontro Mitos&Fatos, promovido pela rádio Jovem Pan, em um hotel na região dos Jardins, em São Paulo.

"Para o avanço de medidas anticorrupção é necessário ter vontade política que vem, em parte dos agentes políticos e em parte da sociedade civil, que vota e também reclama”, disse o magistrado, que chegou a ser aplaudido de pé pela plateia, por seus trabalhos na condução da Operação Jato, que investiga desvios de recursos da Petrobras. Ele advertiu, no entanto, que o movimento social deve ser suprapartidário para que alcance o seu objetivo.

Moro fez um balanço positivo da Lava Jato ao lembrar a condenação de quatro diretores de alto escalão da Petrobras, dez representantes da classe política e a recuperação aos cofres públicos de pelo menos US$ 98 milhões, até agora.

Supremo
Na opinião do juiz, o Supremo Tribunal Federal deu um passo relevante contra a impunidade ao aprovar medida que permite a aplicação de pena após condenação em segunda instância.

Para o magistrado, apesar de discussões em torno da presunção de inocência, os autores de crimes devem ser responsabilizados, desde que existam provas. Com isso, na opinião de Moro, é possível evitar uma série de apelos que atrasam o andamento de processos em fóruns de todo país.

Ainda citando a Suprema Corte, Moro lembrou a contribuição do órgão, que aprovou ação direta de inconstitucionalidade em 2015, que limitou as contribuições de empresas a campanhas eleitorais.

Ele disse ser favorável ao financiamento público de campanha que, se for bem elaborado, poderia, em sua opinião, evitar o beneficiamento de políticos que estão no poder: "Há uma tendência de quem está dentro querer ficar e não deixar entrar quem está de fora”.

O magistrado criticou a reforma política em andamento no Congresso Nacional, ao dizer que a proposta “não é uma reforma política de verdade”.

Durante a palestra, o juiz também manifestou que espera ver o Brasil caminhando na mesma direção de outros países que conseguiram êxito no combate à corrupção.

*Texto ampliado às 12h34
Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

PF faz operação contra criminosos que movimentaram mais de R$ 5 bilhões

15/08/2017 07h12
Brasília
Da Agência Brasil

A Polícia Federal - em ação conjunta com a Receita Federal - cumpre hoje (15) mandados judiciais contra uma organização criminosa transnacional responsável pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas. As empresas controladas pela organização movimentaram mais de R$ 5,7 bilhões de recursos ilícitos de 2012 a 2016.

Cerca de 300 policiais federais e 45 servidores da Receita Federal estão cumprindo 153 ordens judiciais expedidas pela 13ª Vara Federal de Curitiba, sendo dois mandados de prisão preventiva, 17 de prisão temporária, 53 condução coercitiva e 82 de busca e apreensão em várias cidades do Paraná, de São Paulo, do Espírito Santo, de Minas Gerais e Santa Catarina.

Segundo a PF, as investigações, que começaram em 2015, tiveram como alvo um “grupo criminoso composto de cinco núcleos interdependentes que utilizavam contas bancárias de várias empresas, em geral fantasmas, para receber vultosos valores de pessoas físicas e jurídicas interessadas em adquirir mercadorias, drogas e cigarros provenientes do exterior, especialmente do Paraguai”.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Defesa insiste que pedido de prisão contra Aécio seja levado ao plenário do STF

15/08/2017 12h55
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil
O senador Aécio Neves é acusado de receber R$ 2 milhões em propina do empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, com o qual foi gravado em conversas suspeitas - Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agencia Brasil

O senador Aécio Neves (PSDB-MG) voltou a pedir que o julgamento sobre sua eventual prisão seja realizado no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), e não na Primeira Turma, colegiado composto por apenas cinco dos 11 ministros da Corte.

Questões envolvendo inquéritos criminais contra parlamentares costumam ser tratadas nas turmas do STF, sendo levados a plenário, em geral, somente os casos de maior controvérsia ou os envolvendo os presidentes da Câmara ou do Senado.

Para o advogado Alberto Toron, que representa Aécio, o pedido de prisão feito pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, deve ser levado ao plenário por envolver “questões constitucionais da mais alta relevância e gravidade, estando em jogo a imunidade formal do mandato parlamentar”.

Um pedido anterior, no mesmo sentido, já havia sido indeferido pelo ministro Marco Aurélio Mello, relator do caso. A defesa voltou a insistir no tema após Janot entrar com novo recurso, no fim de julho, pedindo mais uma vez a prisão preventiva de Aécio Neves.

A insistência para que o caso seja levado ao plenário do STF ocorre mesmo após decisões favoráveis ao senador terem sido tomadas na Primeira Turma. Em junho, o colegiado decidiu substituir a prisão preventiva de Andrea Neves, irmã de Aécio e suspeita de ser sua cúmplice, por outras medidas cautelares, entre elas a proibição de sair de casa.

Contrarrazões
Junto com a nova petição, o advogado de Aécio entregou, ontem (14), as contrarrazões para contestar o novo pedido de prisão contra o senador. Na peça, Toron reafirma que seu cliente nunca foi flagrado praticando crime inafiançável, única hipótese que permitiria a prisão preventiva de parlamentar, conforme o artigo 56 da Constituição Federal.

“Pela terceira vez, o ilmo. PGR, valendo-se dos mesmíssimos argumentos, pretende que esse eg. STF, em franca violação ao que diz a Constituição Federal, decrete a prisão do agravado (Aécio), não obstante inexista no caso concreto estado de flagrância e crime inafiançável’, escreveu o advogado de Aécio.

Com a manifestação da defesa, o caso deve ser pautado em breve para a julgamento na Primeira Turma ou, como quer a defesa, no plenário da Corte. Janot já teve dois pedidos pela prisão preventiva de Aécio negados em decisões monocráticas (individuais) no STF: uma do ministro Edson Fachin e outra de Marco Aurélio Mello.

No inquérito, o senador Aécio Neves é acusado de receber R$ 2 milhões em propina do empresário Joesley Batista, dono da empresa JBS, com o qual foi gravado em conversas suspeitas, posteriormente tornadas públicas. Em delação premiada, o executivo assumiu o repasse ilegal.

O dinheiro teria sido solicitado pelo próprio Aécio, cujo objetivo seria cobrir despesas com advogados. Ele nega as acusações, afirmando que a quantia se refere a um empréstimo particular.

Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil