JUIZ DE FORA - 30/5/2017 - 16:24
FOTO: Patrick Bedeschi
Acolher e prestar o devido apoio, desde o psicológico ao judicial, são as propostas da Casa da Mulher – Centro de Referência, que desde 2013 vem trabalhando na defesa das mulheres vítimas de violência sexual e doméstica.
Já são mais de 9.500 casos recebidos pela unidade, que emitiu 3.732 medidas protetivas entre 29 de maio de 2013 e 30 de abril de 2017. Média de seis mulheres atendidas por dia. O trabalho da Casa da Mulher é baseado nas diretrizes da Lei 11.340, de 8 de agosto de 2006, mais conhecida como “Lei Maria da Penha”, e ao longo desses quatro anos de atuação vem apresentando aumento significativo no número de denúncias. Em 2013 foram contabilizados 1.308 atendimentos; em 2014, 1.867; em 2015, 2.231; e em 2016, 3.087.
Para marcar o aniversário do Centro de Referência, o prefeito Bruno Siqueira visitou a unidade na tarde de segunda-feira, 29, quando destacou a existência de um espaço totalmente voltado para o cuidado com as mulheres em situação de vulnerabilidade e a informação, que tem sido grande aliada para o encorajamento das vítimas. O prefeito ressaltou que, mesmo com a crise que todo o país está vivendo, trazendo algumas dificuldades para o município, “a proposta é dar continuidade aos serviços que já são disponibilizados e criar programa de capacitação para auxiliar na autonomia financeira das mulheres que passam pela Casa”.
A coordenadora Maria Luiza Moraes atribui à Casa da Mulher grande mudança de paradigma para a cidade, destacando que só os números apresentados já confirmam a sua importância: “Se não existisse a Casa, teríamos mais de 9.500 vítimas sem ter o acolhimento e local adequado para se aparar e sem resposta para a violência que ela sofre frequentemente”. Os tipos de violência registrados incluem violência física, sexual, psicológica, patrimonial e moral.
A Casa da Mulher, pertencente a Secretaria de Governo (SG), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), disponibiliza diversos serviços, como o apoio da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, polo avançado do Poder Judiciário, Defensoria Pública, Comissão Subseccional da Mulher Advogada de Juiz de Fora, Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Mulher Estadual, plantão permanente da Polícia Militar de Prevenção e Combate à Violência Doméstica.
Oferece, também, atendimento por psicólogos e assistentes sociais. A Casa está aberta de segunda a sexta-feira, entre 8 e 12 horas e 14 e 18 horas, na Rua Uruguaiana, 94, Bairro Jardim Glória.
Portal PJF