segunda-feira, 29 de maio de 2017

Sisu abre hoje inscrições para o segundo semestre

29/05/2017 06h41
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

O Ministério da Educação (MEC) abre hoje (29) as inscrições para a segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu), que poderão ser feitas no portal do programa, na internet, até o dia 1º de junho. Para se inscrever, o candidato precisa apenas de seu número de inscrição e senha cadastrados no Exame do Ensino Médio (Enem) de 2016.

Na hora da inscrição, os candidatos podem escolher até dois cursos por ordem de preferência. Até o fim do período de inscrição, o estudante poderá alterar a opção de curso. Também deve definir se deseja concorrer a vagas de ampla concorrência, ou pelo sistema de cotas destinadas a estudantes de escolas públicas, ou a vagas destinadas às demais políticas afirmativas das instituições.

Uma vez por dia, o MEC divulga a nota de corte de cada curso, de acordo com as inscrições feitas até aquele o momento, e a classificação parcial do candidato na opção de curso escolhida.

Ao todo, serão ofertadas 51.913 vagas em 1.462 cursos de 63 instituições de ensino, entre universidades federais e estaduais, institutos federais e instituições estaduais.

Nesse processo, valerá a nota do Enem 2016. Para participar, os candidatos não podem ter tirado 0 na redação do Enem. Além disso, algumas instituições estabelecem notas mínimas para ingresso em determinados cursos. Ao todo, mais de 6,1 milhões fizeram o Enem no ano passado.

O Sisu terá uma única chamada, e a divulgação do resultado está prevista para o dia 5 de junho. Também nessa data será aberta a lista de espera, que permanecerá disponível até 19 de junho.

As matrículas serão do dia 9 ao dia 13 de junho, e a convocação da lista de espera será feita a partir do dia 26 de junho.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Juruna mostrou como usar o gravador e devolver dinheiro de propina

Juruna devolve a propina recebida de Maluf

Bernardo Mello Franco
Folha

Em outubro de 1984, o dublê de cacique e deputado Mario Juruna convocou a imprensa para fazer uma denúncia contra si mesmo. Ele havia recebido propina do empresário Calim Eid para votar em Paulo Maluf no Colégio Eleitoral. O xavante se disse arrependido e foi ao banco devolver 30 milhões de cruzeiros. A imagem do índio engravatado atrás de uma pilha de dinheiro resumiu o vale-tudo que embalou a sucessão do general Figueiredo.

Como Tancredo Neves venceu a disputa, ninguém quis investigar as suspeitas de suborno e caixa dois. Eid seguiu carreira como operador do malufismo. Juruna ficou desacreditado e não conseguiu se reeleger.

ELEIÇÃO INDIRETA – Mais de três décadas depois, o Brasil discute a possível escolha de outro presidente sem o voto popular. O senador Tasso Jereissati e o deputado Rodrigo Maia despontam como favoritos numa eleição indireta.

Políticos da situação e empresários não aceitam falar em diretas. A aliança que apoiava Michel Temer quer ungir um candidato comprometido com as reformas liberais. A ordem é mudar o presidente sem mudar a alma do governo em decomposição.

Em meio às conversas, articula-se um grande acordo para salvar investigados da Lava Jato. Entre as ideias mais cotadas, estão a anistia ao caixa dois e a concessão de algum tipo de imunidade a Temer, que poderia se estender a outros ex-presidentes.

ELEITORES SUSPEITOS – Pelo roteiro das indiretas, o próximo inquilino do Planalto será escolhido por 513 deputados e 81 senadores. Boa parte deles é investigada sob suspeita de vender projetos de lei, MPs e outras mercadorias menos valiosas que a cadeira presidencial.

Nas últimas vezes que a turma elegeu os chefes da Câmara e do Senado, venceram Eduardo Cunha, Renan Calheiros, Rodrigo Maia e Eunício Oliveira. Todos delatados na Lava Jato.

Além de mostrar o que acontece numa eleição indireta, Juruna ensinou a usar o gravador em conversas com políticos. O cacique era atrapalhado, mas sabia das coisas.

A CANETA E O ARTISTA


A palavra poética é oportunista, pois permite interpretações. Com uma caneta na mão sou um artista e posso, se me utilizar das ideias certas, estimular multidões. Para quem pratica esse ofício, um dia chega aquele momento odioso em que o erro acontece. Você pega a referência errada, usa uma fonte fraca, ou fracassa, acidentalmente ou não, no português. Aí o Diabo entra em cena.

Por Gabriel Bocorny Guidotti
Jornalista e escritor
Porto Alegre – Brasil

Errar é humano. Notar o erro é desumano, ainda mais quando o erro é compartilhado para milhares de pessoas. Você lê o texto 15 vezes e não repara no que estava bem na frente do seu nariz. Incrédulo, não acredita e se irrita. Às vezes, oscilações emocionais corrigem um trabalho. Em um dia, escrevo de um modo. No outro, olho para aquilo e digo: “onde é que estava a minha cabeça?”.

O texto é sempre passível de erros gramaticais. Erros contextuais, que podem virar acertos no dia seguinte, dependem do ânimo do autor. O objetivo é sempre o mesmo: a incessante busca pela verdade. Triste, já escrevi belíssimas memórias. Em outros momentos, o predomínio da felicidade não me permitiu produzir mais que duas linhas. Destarte, escrever constitui um campo de batalha. Inúmeros fatores influenciam no resultado.

Concomitantemente, escrever é terapêutico. O dom da palavra move montanhas, muda a história de um povo. Nunca duvide do poder de uma única letra. Ela comanda ideologias e forma novos fiéis. A palavra, mais complexa, é o bastante para a morte e a vida. Uma palavra determina a ascensão e a queda de uma nação. De palavras vive a nossa espécie. Escrever é conquistar corações, para o bem ou para o mal.

Procuro estimular o bem, criticando o que precisa ser criticado e maquiando as deficiências do mundo quando eu mesmo não as suporto. Figurar é uma saída atraente quando tantos fatos ruins acontecem ao nosso próprio arrepio. Mas é a vida, e ela precisa ser vivida. De outro modo, não haveria sobre o quê escrever. Não haveria, igualmente, os heróis da palavra grifada. E isso o mundo jamais poderia suportar.

http://jornalf8.net/2016/a-caneta-e-o-artista/

domingo, 28 de maio de 2017

Unimontes recebe inscrições para a XII Mostra Científica de Enfermagem

«Maio 2017»

Estão abertas até o dia 12 de junho de 2017 (segunda-feira) as inscrições para a XII Mostra Científica de Enfermagem, da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes). As inscrições estão abertas – inclusive para a submissão de trabalhos – no portal eletrônico do evento: www.mce.unimontes.br.

O evento está programado para ocorrer entre os dias 19 e 21 de junho de 2017, paralelamente à I Semana de Enfermagem Unificada. O tema é: “Diversidades na Enfermagem: Ética, Arte e Ciência”, com participação aberta para acadêmicos, profissionais de nível técnico, professores, profissionais de nível superior e pesquisadores.

O evento tem como objetivo dinamizar as práticas do processo ensino-aprendizagem, além de abrir espaço para as discussões multiprofissionais e dinamizar a divulgação da produção acadêmica, no âmbito da graduação e dos cursos de especialização, mestrado e doutorado da Unimontes e de instituições afins. As atividades estão programadas paras as salas e auditório do prédio 6 (Centro de Ciências Biológicas e da Saúde/CCBS).

A comissão organizadora já divulgou a programação oficial, com minicursos, conferências, palestras e apresentações artísticas. Os interessados devem apresentar resumos simples na submissão de trabalhos, que serão apresentados na forma de pôsteres. Para as inscrições em cada um dos 11 minicursos, os interessados devem preencher o formulário eletrônico específico. Há cobrança de taxas para cada uma das categorias: estudantes, nível técnico e nível superior.

Os temas dos minicursos são os seguintes:
- “Abordagem de Infecções Sexualmente Transmissíveis: Educação em Saúde”;
- “Aconselhamento e testagem rápida para HIV e Sífilis no âmbito da rede cegonha”;
- “Atualização do Calendário Vacinal”;
- “Cálculo de Medicamentos”;
- “Exame físico do recém-nascido”;
- “Metodologia científica aplicada a pesquisa na saúde: como elaborar revisão integrativa”;
- “Noções Básicas de ECG”;
- “Práticas alternativas de alívio da dor no trabalho de parto”;
- “Protocolo de Manchester”;
- “O cuidado clínico ampliado de enfermagem em saúde mental”;
- “Segurança do Paciente”.

Serviço:
XII Mostra Científica de Enfermagem / I Semana de Enfermagem Unificada
Data: de 19 a 21 de junho de 2017 (segunda a quarta-feira)
Local: Prédio 6 – campus-sede - Unimontes (Montes Claros/MG)
Inscrições: minicursos (formulário individual para cada tema) - até o dia 12 de junho de 2017 (segunda-feira)
Outras informações: www.mce.unimontes.br / (38) 3229-8283 e (38) 3229-8167 / mce@unimontes.br
Agência Minas Gerais

Sisu abre inscrições amanhã; vagas estão disponíveis para consulta

28/05/2017 09h12
Brasília
Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil

sala de aula - Arquivo/Agência Brasil

Começam amanhã (29) as inscrições para a segunda edição do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As vagas estão disponíveis para consulta na página do Sisu. As inscrições vão até dia 1º de junho.

Na hora da inscrição, os candidatos podem escolher até dois cursos por ordem de preferência. Até o final do período de inscrição, o estudante poderá alterar a opção de curso. Também deve definir se deseja concorrer a vagas de ampla concorrência ou pelo sistema de cotas destinadas a estudantes de escolas públicas ou a vagas destinadas às demais políticas afirmativas das instituições.

Uma vez por dia o Ministério da Educação divulga a nota de corte de cada curso de acordo com as inscrições feitas até aquele o momento e a classificação parcial do candidato na opção de curso escolhida.

Ao todo serão ofertadas 51.913 vagas em 1.462 cursos de 63 instituições de ensino, entre universidades federais e estaduais, institutos federais e instituições estaduais. O número de vagas reduziu em relação ao ano passado, quando, no segundo semestre, foram ofertadas 56.422 vagas em 65 instituições públicas de ensino superior. A oferta depende da adesão das instituições públicas de ensino superior, que neste ano ficou aberta até o dia 19 de maio.

Neste processo, valerá a nota do Enem 2016. Para participar, os candidatos não podem ter tirado zero na redação do Enem. Ao todo, mais de 6,1 milhões fizeram o Enem no ano passado.

O Sisu terá uma única chamada, e a divulgação do resultado está prevista para o dia 5 de junho. Também nesta data será aberta a lista de espera, que permanecerá disponível até 19 de junho.

As matrículas serão do dia 9 ao dia 13 de junho e a convocação da lista de espera será feita a partir do dia 26 de junho.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil de Notícias

Polícia Federal apresenta novas carteiras funcionais

Brasília/DF – A Polícia Federal lança oficialmente o novo conjunto de identificação funcional que traz uma série de importantes elementos de segurança.

O modelo lançado já está em processo de confecção e permitirá uma identificação mais rápida e precisa. O Cartão de Identidade Funcional será composto com os dados do servidor, entre eles nome, filiação e matrícula, e a garantia do porte de arma aos servidores policiais.

A nova carteira trará elementos de segurança, como tinta de variação óptica com luminescência à luz ultravioleta na cor dourada, fundo geométrico duplo, fotografia fantasma do titular, QR-Code que retornará os dados biográficos do portador, imagem escondida, fundo invisível fluorescente com brasão da PF, entre outros.

Modernos e mais seguros, os cerca de 20.000 documentos de servidores policiais e ocupantes do plano especial de cargos serão trocados no prazo de um ano, data de validade estabelecida para os documentos atuais.

http://www.pf.gov.br/imagens/banner-rotativo/novas-carteiras-funcionais-da-policia-federal/imprensa/materias_banner/policia-federal-apresenta-novas-carteiras-funcionais

Medicamentos genéricos - Quais as vantagens?

Clique aqui para ver alguns números sobre o registro de medicamentos genéricos no Brasil e a lista desses medicamentos com seu respectivo medicamento de referência.
O medicamento genérico é aquele que contém o(s) mesmo(s) princípio(s) ativo(s), na mesma dose e forma farmacêutica, é administrado pela mesma via e com a mesma posologia e indicação terapêutica do medicamento de referência, apresentando eficácia e segurança equivalentes à do medicamento de referência e podendo, com este, ser intercambiável.

A intercambialidade, ou seja, a segura substituição do medicamento de referência pelo seu genérico, é assegurada por testes de equivalência terapêutica, que incluem comparação in vitro, através dos estudos de equivalência farmacêutica e in vivo, com os estudos de bioequivalência apresentados à Agência Nacional de Vigilância Sanitária.

A substituição do medicamento prescrito pelo medicamento genérico correspondente somente pode ser realizada pelo farmacêutico responsável pela farmácia ou drogaria e deverá ser registrada na prescrição médica.

Os medicamentos genéricos podem ser identificados pela tarja amarela na qual se lê "Medicamento Genérico". Além disso, deve constar na embalagem a frase “Medicamento Genérico Lei nº 9.787, de 1999”. Como os genéricos não têm marca, o que você lê na embalagem é o princípio ativo do medicamento.

O preço do medicamento genérico é menor pois os fabricantes de medicamentos genéricos não necessitam realizar todas as pesquisas que são realizadas quando se desenvolve um medicamento inovador, visto que suas características são as mesmas do medicamento de referência, com o qual são comparados.

Como ocorreu o processo de criação dos medicamentos genéricos no Brasil?
Na década de 70, deu-se o início do processo de discussão sobre os medicamentos genéricos no País, culminando com a publicação do Decreto 793, revogado pelo Decreto 3.181, de 23/09/1999, que regulamentou a Lei 9.787, de 10/02/1999.

Durante a década de 90, com a aprovação da Lei 9.787, de 10/02/1999, foram criadas as condições para a implantação de medicamentos genéricos, em consonância com normas adotadas pela Organização Mundial da Saúde, Países da Europa, Estados Unidos e Canadá.

No ano 2000, iniciou-se a concessão dos primeiros registros de medicamentos genéricos (03/02/2000). Naquele ano, foram concedidos 182 registros de medicamentos genéricos e tomadas ações para implementar a produção desses medicamentos, inclusive com incentivo à importação.

Quais as vantagens dos medicamentos genéricos?
* Disponibilizar medicamentos de menor preço, uma vez que o medicamento genérico deve ser, no mínimo, 35% mais barato que o medicamento de referência;

* Reduzir os preços dos medicamentos de referência, com a entrada de medicamentos concorrentes (genéricos);

* Contribuir para aumento do acesso aos medicamentos de qualidade, seguros e eficazes;

http://portal.anvisa.gov.br/genericos

Anvisa aprova uso do Truvada na prevenção do HIV

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 25/05/2017 00:31
Última Modificação: 25/05/2017 15:45

A Anvisa aprovou uma nova indicação para a bula do Truvada. Com isso, o medicamento poderá ser indicado, também, nos casos de pré-exposição (PrEP) ao vírus HIV-1. A nova indicação possibilitará a redução do risco de infecção provocada pelo vírus quando adquirido sexualmente em adultos de alto risco – homens que fazem sexo com homens (HSH) – e casais sorodiscordantes (em que apenas um possui o vírus). A nova indicação deverá ser publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (29/5).

A Agência também publicará a alteração do registro, para que o produto possa ser usado como PrEP. Hoje, o registro é apenas para o tratamento da doença, por isso será necessária a mudança para uso em prevenção.

O Truvada é uma combinação farmacológica de duas substâncias ativas: entricitabina (FTC) e fumarato de tenofovir desoproxila (TDF). A nova indicação prevê a administração do medicamento diariamente, em combinação com práticas sexuais mais seguras.

A prescrição do Truvada para a PrEP faz parte de uma estratégia abrangente de prevenção, já que, de acordo com estudos de eficácia do medicamento para esta nova indicação, nem sempre é efetivo prevenir a infecção por HIV-1 somente com a administração do medicamento.

De acordo com a nova bula, a estratégia inclui: 
- Seguir rigorosamente o esquema posológico de administração de Truvada (um comprimido uma vez ao dia por via oral, pelo tempo em que o adulto permanecer sob risco de exposição à infecção por HIV-1), administrando o medicamento independente da exposição ao risco de infecção, uma vez que os ensaios clínicos de eficácia do medicamento mostraram que o efeito protetor do medicamento está fortemente relacionado com a adesão ao uso contínuo e níveis detectáveis de Truvada no sangue;

- Aconselhar os indivíduos não infectados, em tratamento para reduzir o risco de infecção por HIV-1, sobre práticas sexuais mais seguras que incluam uso consistente e correto de preservativos, conhecimento da sua situação sobre o HIV-1 e a do parceiro.

- Realizar testes regularmente para outras infecções transmissíveis sexualmente que possam facilitar a transmissão do HIV-1, como sífilis e gonorreia;

- Informar os indivíduos não infectados em tratamento para reduzir o risco de infecção por HIV-1 sobre, e apoiar seus esforços na redução do comportamento sexual de risco.

Outro fato importante sobre o uso de Truvada é que ele deve ser administrado, no caso da estratégia de PrEP, somente em indivíduos que sejam comprovadamente HIV-1 negativos. Isto se deve ao dado de que Truvada isoladamente pode gerar o aparecimento de substituições de resistência ao vírus caso ele seja administrado em indivíduos com infecção não detectada por HIV-1, pois o Truvada administrado isoladamente não constitui um regime completo para o tratamento.


http://portal.anvisa.gov.br/noticias

NOVO TRATAMENTO - Diabetes: Autorizada primeira insulina biossimilar

Por: Ascom/Anvisa
Publicado: 17/05/2017 19:11
Última Modificação: 26/05/2017 14:54
A primeira insulina biossimilar do Brasil foi registrada pela Anvisa. O produto chamado Basaglar é uma insulina análoga de longa duração administrada por injeção subcutânea. Na prática, o produto é mais uma opção de tratamento para as pessoas com diabetes do tipo 1 e 2. 

O biossimilar é uma cópia de um medicamento biológico de referência. Apesar disso o termo “genérico” não pode ser utilizado, pois as características deste tipo de produto impedem que o produto final seja idêntico ao medicamento biológico que serve de comparação. 

Durante a avaliação da insulina biossimilar Basaglar, foram analisadas todas as etapas de registro, análise da tecnologia farmacêutica do produto, a eficácia e segurança. O medicamento também passou por um teste para comprovar que é um biossimilar do medicamento de comparação, o Lantus (insulina glargina). 

Indicação do Basaglar 
O medicamento biossimilar teve indicação aprovada para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 em adultos e tratamento de diabetes mellitus tipo 1 em adultos e em crianças com 2 anos de idade ou mais. 

O registro de biossimilares no Brasil é regulamentado pela resolução RDC 55/2010
Quer saber as notícias da Anvisa em primeira mão? Siga-nos no Twitter (@anvisa_oficial)! 
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Barroso enfrenta Gilmar Mendes e diz que as delações não podem ser revistas

Barroso denuncia o esquema contra a Lava Jato

Bernardo Mello Franco
Folha

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF (Supremo Tribunal Federal), afirma que um acordo de delação não pode ser revisto depois de homologado pela Justiça. Ele se diz contrário à ideia de mudar os termos negociados pela Procuradoria-Geral da República com o grupo JBS, de Joesley Batista. O trato foi chancelado pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, e já deu base à abertura de inquérito contra o presidente Michel Temer e o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG).

Para Barroso, uma alteração no acordo impediria o Ministério Público de negociar novas colaborações judiciais. “Uma vez homologada, a delação deve prevalecer sem nenhum tipo de modificação futura”, afirma o ministro. “A delação só faz sentido se o colaborador tiver a segurança de que o acordo feito será respeitado. Se ela puder ser revista, em breve o instituto deixará de existir.”

BENEFÍCIOS CONCRETOS – O ministro diz que os investigados só aceitam delatar em troca de benefícios concretos, como a redução de pena ou até o perdão judicial. Ele se abstém de comentar os termos negociados com executivos da JBS. “Não li o acordo, e, portanto, não tenho condições de opinar.”

Principal alvo da delação, o presidente Temer protestou contra os benefícios concedidos a Joesley, que não será processado e recebeu permissão para se mudar com a família para os EUA. Na sexta-feira (26), o ministro Gilmar Mendes defendeu que o acordo assinado por Fachin seja submetido ao plenário do Supremo.

Barroso também se opõe à ideia, levantada por Gilmar, de o STF voltar atrás na decisão que determinou a prisão de réus condenados em segunda instância. A regra foi confirmada em outubro passado, por 6 votos a 5.

PROTEGER OS RICOS – “Voltar ao modelo anterior é retomar um sistema que pune os pobres e protege os criminosos que participam de negociatas com o dinheiro público”, afirma Barroso. “Você só muda a jurisprudência quando existe mudança na realidade ou na percepção social do direito. Não aconteceu nem uma coisa nem outra”, prossegue. “O risco de impunidade dos criminosos de colarinho branco continua real, e a percepção da sociedade é de que a Justiça precisa enfrentá-los com punições mais céleres.”

O ministro sustenta que o Judiciário não pode ser servir como “um instrumento para perseguir inimigos e proteger amigos”. “A jurisprudência não pode ir mudando de acordo com o réu”, ressalta.

Ele diz que o país está caminhando para trocar “um modelo aristocrático-corrupto por uma República de gente honesta”. “É preciso mostrar às novas gerações que o crime não compensa e que o mal não vence no final. Será uma pena se o Brasil retroceder nisso”, afirma.

PLANO CONTRA FACHIN – Sem citar nomes, Barroso sugere que há uma campanha para desgastar Fachin e blindar réus com poder político e econômico. O relator da Lava Jato tem sido criticado porque contou com apoio do lobista Ricardo Saud quando era candidato a uma vaga no STF, no início de 2015 – o caso foi noticiado pelo jornal “O Globo”. Dois anos depois, Saud se tornaria um dos principais delatores da JBS.

“As críticas são injustas. Na época não havia nada contra a empresa nem contra este senhor”, diz Barroso.

“Conheço o ministro Fachin há 25 anos. Ele é uma pessoa de integridade a toda prova. Está fazendo com correção o que precisa ser feito, e agora está sofrendo as consequências previsíveis a quem faz o certo no Brasil”, acrescenta.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Muito oportuna e importante esta entrevista a Bernardo Mello Franco, um dos mais importantes jornalistas de Brasília. Com toda certeza, Barroso está se posicionando como o rival de Gilmar Mendes no Supremo. Toda vez que Gilmar vem a público liderando uma armação para proteger os amigos e boicotar a Lava Jato, Barroso responde com firmeza, enquanto os demais ministros do Supremo fazem cara de paisagem, como se diz hoje em dia.(C.N.)Posted in Tribuna da Internet |