sábado, 15 de abril de 2017

PT é chamado de Flamengo e PSDB, de Corinthians em planilhas da Odebrecht

Por G1, São Paulo

15/04/2017 11h00 

No jogo das propinas da Odebrecht, o PT era o Flamengo e o PSDB, o Corinthians. O PR ganhou o codinome de São Paulo e o DEM, de Fluminense (veja a lista completa abaixo). Os apelidos aparecem em algumas das planilhas entregues ao Ministério Público Federal (MPF) pelo delator Luiz Eduardo Soares, que atuou no Setor de Operações Estruturadas – como era chamado o departamento de propinas da empreiteira.

Candidatos a cargos do Executivo e Legislativo também chegaram a ser identificados por termos do futebol. O candidato à Presidência da República era o "centroavante" e o governador, o "meia". Senadores ocupavam a "ponta". E deputados federais e estaduais eram, respectivamente, "volantes" e "zagueiros". Quem não tinha cargo e pertencia às bases dos partidos ganhava o apelido de goleiros.

O documento entregue por Soares não deixa claro a qual eleição se refere, mas ele foi colocado pelo Supremo Tribunal Federal em uma pasta nomeada como 2014.

(Foto: Arte/G1)

Codinomes militares
Além das referências ao futebol, outras planilhas da Odebrecht, com data de 2010, também relacionavam cargos políticos a patentes militares. Em uma das eleições, o cargo de presidente foi chamado de “general”, governador era “capitão”, senador “tenente”, deputado federal “sargento”, deputado estadual “cabo”.

Como capitão, por exemplo, foram listados codinomes como:
Balzac - identificado por delatores como Yeda Crucius (PSDB-RS)
Aspirina - Angela Amin (PP)
Fantasma - Ideli Salvatti (PT)
Brigão - Beto Richa (PSDB)
Caim - Osmar Dias (PDT)

Como tenente, aparecem entre os apelidos:
Desesperado - Germano Rigotto (PMDB)
Amante - Gleisi Hoffmann (PT-PR)
Dentuço - Gustavo Fruet (PDT)

Na coluna de sargentos, estão nomes como:
Italiano - Antonio Palocci (PT)
Avião - Manuela D'Avila
Aliado - Marco Maia (DEM) - também chamado em outras planilhas de gremista
Solução - Maria do Rosário (PT-RS)
Princesa - Cida Borghetti (PP)
Decodificado - Luiz Carlos Hauly (PSDB)

Como funcionavam os repasses
Em delação premiada, Luiz Soares explicou como funcionavam as planilhas. Ele disse que controlava os repasses lícitos, por meio de doações oficiais, e também os ilícitos. As ordens sobre quem deveria receber o que vinham de diretores da Odebrecht. Benedito Júnior era o executivo que dirigia o departamento de Operações Estruturadas e orientava o trabalho de Luiz Soares.

"Fazíamos diversos tipos de planilhas para acompanhamento", contou o delator. Em geral, elas traziam os nomes de partidos e políticos e os valores destinados a cada um antes das campanhas eleitorais. Soares disse que trabalhou com os documentos nas eleições de 2006, 2010 e 2012. Segundo ele, nas planilhas não apareciam obras ou outros assuntos de interesse da empreiteira.

Os repasses, disse o delator, eram sempre feitos aos partidos políticos.

"Nós nunca pagávamos os candidatos diretamente. Nós gostávamos de pagar para o diretório nacional. Daí o diretório nacional tinham que mandar para quem era de direito. Quem tinha contato com os políticos falava 'eu vou fazer a doação para você e estou mandando para o diretório nacional'", contou.

Segundo Benedicto Junior, os apelidos eram usados para que os funcionários do “baixo clero” da área que fazia os repasses irregulares não ficassem sabendo para quem ia o dinheiro. As pessoas que tinham contato com as autoridades é que escolhiam os codinomes.

Delator da Odebrecht cita repasses para Bruno Siqueira, prefeito de Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

15/04/2017 12h05 
De acordo com planilha de delator, Bruno Siqueira recebeu repasses R$ 125 mil via caixa dois em 2010 e em 2012 (Foto: TV Integração/ Reprodução)

O prefeito de Juiz de Fora, Bruno Siqueira (PMDB), está entre os nomes citados na tabela apresentada ao Ministério Público pelo ex-executivo da Odebrecht, Benedicto Barbosa da Silva Junior. O documento detalha pagamentos que teriam sido feitos via caixa dois a 179 políticos entre os anos de 2008 e 2014, sem declaração à Justiça Eleitoral.

Segundo Benedicto, são citados dois repasses para Siqueira. O primeiro foi em 2010, de R$ 25 mil, como deputado estadual. Na ocasião, o codinome dele era "Sino". O segundo, no valor de R$ 100 mil, foi feito em 2012, ano em que se candidatou e se elegeu prefeito, sob o codinome "Fino".

Procurada pelo G1 e pelo MGTV, a assessoria de Siqueira não se pronunciou sobre o assunto.

De acordo com a lista, não houve intermediários para os repasses, que foram justificados como "disposição para apresentar emendas/defender projetos no interesse da companhia", no período de deputado estadual e "desenvolvimento de projetos de infraestrutura de interesse da empresa", enquanto prefeito eleito.

Benedicto Júnior é um dos ex-dirigentes da empreiteira que fecharam acordo de delação premiada no âmbito da Operação Lava Jato. As delações foram homologadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Entre 2008 e 2014, há registro de R$ 246 milhões em repasses ilegais só da área de infraestrutura da Odebrecht no Brasil.

Polícia Federal inicia a busca das provas materiais para justificar as denúncias

Charge do Tacho, reproduzida do Jornal NH

Camila Mattoso e Bela Megale
Folha

A Polícia Federal e o Ministério Público Federal já têm a primeira etapa de investigação traçada para tentar comprovar os relatos de delatores da Odebrecht de que houve pagamentos de caixa dois e propina em dinheiro vivo a políticos. Os investigadores querem mapear onde, quando e como ocorreram as entregas de dinheiro em espécie informadas pelos executivos. Um dos maiores desafios agora será comprovar os pagamentos realizados em moeda.

A PF vai solicitar, por exemplo, o registro de controle de entrada no dia 28 de maio de 2014 no Palácio do Jaburu, residência oficial da vice-presidência da República, onde vive o hoje presidente Michel Temer. O pedido faz parte de diligências autorizadas pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo, na investigação sobre os ministros Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral), acusados de receber propina.

Naquele data de maio de 2014, ocorreu jantar em que Temer e Padilha teriam discutido com Marcelo Odebrecht doação ao PMDB em 2014 – o valor entregue teria sido de R$ 10 milhões, em espécie.

LOBÃO, RENAN ETC. – A Polícia Federal, a pedido da Procuradoria-Geral da República, vai atrás de informações sobre possíveis encontros do ex-executivo da Odebrecht Henrique Valladares com Edison Lobão (PMDB-MA), senador e ex-ministro de Minas e Energia, outro apontado como destinatário de propina em dinheiro vivo. A PF vai pedir registros dos acessos ao ministério e ao Senado.

Também receberam recursos desta maneira, por meio de intermediários, segundo os delatores, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), o ministro de Relações Exteriores, Aloysio Nunes (PSDB), o ex-prefeito do Rio Eduardo Paes (PMDB), entre outros.

Ao menos 166 citados nos depoimentos serão intimados a depor a partir da próxima semana. A lista inclui políticos alvo de inquéritos, autoridades não investigadas, além de empresários, operadores, entre outros que vão falar como testemunhas. O advogado José Yunes, ex-assessor de Temer e personagem do episódio dos R$ 10 milhões da Odebrecht ao PMDB, será chamado a depor.

MUITAS PROVIDÊNCIAS – Levantamento da Folha aponta que a PF terá de cumprir mais de 240 medidas neste primeiro momento, excluindo as que se referem a dados telefônicos, fiscais e bancários, mantidos sob sigilo.

A polícia tem reforçado seu efetivo em Brasília, sobretudo em razão da possibilidade de novas operações decorrentes desses inquéritos.

A polícia vai rastrear ações parlamentares em tramitações de medidas provisórias que interessavam à empreiteira –nas delações, os executivos apontam esquema de contrapartidas em troca da aprovação de projetos de interesse do grupo.

Os investigadores querem ainda obter informações sobre voos, hospedagens e registros de entradas e saídas em órgãos públicos, como Congresso, Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Aviação Civil.

EM MINAS GERAIS – Outra medida autorizada por Fachin trata da obtenção de registros de presença do ex-diretor da Odebrecht Sérgio Neves, hoje delator, e de outros funcionários da empreiteira na concessionária Minas Máquinas, em Belo Horizonte, ligada a Oswaldo Borges. Ele é apontado como operador financeiro do senador Aécio Neves (PSDB-MG) em obras da Cidade Administrativa, que abriga a sede do governo mineiro.

Na lista de políticos investigados no Supremo, há 8 ministros, 3 governadores, 24 senadores e 39 deputados. Do total de pessoas que serão intimadas pela PF, cerca de 100 são políticos.

Ex-funcionários da Odebrecht também serão chamados para novos depoimentos em que detalharão os casos delatados por eles. O patriarca do grupo, Emílio Odebrecht, e seu filho Marcelo estão na lista.

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nota da redação do blog – Esta é fase principal da investigação, a busca de provas materiais. A Odebrecht operava em dinheiro vivo e em depósitos no exterior. No caso de dinheiro vivo, muitas acusações cairão por terra, mas há os registros contábeis do “Departamento de Propina”. Quanto aos depósitos lá fora, que pegam os peixes maiores, todos serão comprovados e salve-se quem puder. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Além do Rio Doce, águas subterrâneas da bacia também estão contaminadas

15/04/2017 10h35
São Paulo
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

Águas subterrâneas da bacia do Rio Doce também estão contaminadas com metais pesados, segundo estudo - Fred Loureiro/Secom ES

Um estudo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), em parceria com o Greenpeace, revelou que, além do Rio Doce, as águas subterrâneas da região estão contaminadas com altos níveis de metais pesados. A água dos poços artesianos locais apresentaram níveis desses metais acima do permitido pelo governo brasileiro. Os pequenos agricultores são os mais prejudicados, já que não têm outra fonte de água para a produção e para beber.

As águas foram contaminadas pelo rompimento da Barragem de Fundão, pertencente à mineradora Samarco, no município mineiro de Mariana, em 5 de novembro de 2015. O incidente devastou a vegetação nativa e poluiu toda a bacia do Rio Doce, atingindo outros municípios de Minas Gerais e do Espírito Santo. Dezenove pessoas morreram e diversas comunidades foram destruídas. O episódio é considerado a maior tragédia ambiental do país.

Após o desastre, agricultores familiares recorreram a poços artesianos para irrigar suas plantações e ter água para beber. As amostras coletadas pela equipe da UFRJ apresentaram altos níveis de ferro e manganês, que prejudicam o desenvolvimento das plantações e oferecem riscos à saúde, no longo prazo, segundo os pesquisadores.

Um dos objetivos do estudo do Instituto de Biofísica da UFRJ, em parceira com o Greenpeace, foi avaliar se os agricultores, impossibilitados de utilizar em suas plantações as águas do Rio Doce contaminadas pelo desastre, poderiam empregar com segurança os poços artesianos como fonte de irrigação e consumo.

Resultados
Pesquisadores analisaram a presença de metais pesados na água em 48 amostras coletadas de três regiões diferentes da bacia do Rio Doce: Belo Oriente (MG), Governador Valadares (MG), e Colatina (ES). As amostras foram coletadas em poços, em pontos do rio e na água tratada fornecida pela prefeitura ou pela Samarco.

A cidade de Belo Oriente apresentou cinco pontos de coleta com níveis de ferro e manganês acima do estabelecido pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), órgão do Ministério do Meio Ambiente. Em Governador Valadares foram identificados 12 pontos e, em Colatina, dez pontos com os valores acima do permitido. Segundo o estudo, a água desses locais não é adequada para consumo humano e, em alguns casos, também é recomendado o uso para irrigação de plantas – situação de alguns pontos de Governador Valadares e Colatina.

A contaminação do Rio Doce se deu pelos rejeitos que vazaram com o rompimento da barragem. No entanto, os pesquisadores disseram não poder afirmar que os poços sofreram a contaminação por conta da lama vinda da barragem, por falta de estudos prévios na região. “Contudo, podemos afirmar que a escavação dos poços e sua posterior utilização se deu por conta do derramamento da lama na água do rio, que porventura, a inutilizou”, diz o relatório.

No longo prazo, para a saúde, a exposição ao manganês pode causar problemas neurológicos, semelhantes ao mal de Parkinson, enquanto o ferro, em quantidades acimas das permitidas, pode danificar rins, fígado e o sistema digestivo.

“A contaminação por metais pesados pode ter consequências futuras graves para as populações do entorno, que necessitam de suporte e apoio pós-desastre. Isso deve ser arcado pela Samarco e suas controladoras, Vale e BHP Billiton, e monitorado de perto pelo governo brasileiro”, defendeu Fabiana Alves, da Campanha de Água do Greenpeace.

Agricultura
No curto prazo, o grande impacto tem sido na agricultura, identificou a pesquisa. O estudo buscou pequenos produtores locais para analisar como seus modos de vida foram atingidos pela lama. Muitos dos que não abandonaram suas terras enfrentaram dificuldades financeiras por não conseguir mais produzir com o solo e a água que têm.

De acordo com o relatório, 88% dos entrevistados afirmaram ter alterado o tipo de cultivo e/ou criação realizada pela família após o incidente. A produção de cabras foi bastante afetada pelo desastre e as atividades de pesca e criação de peixes praticamente desapareceram na bacia.

Dados apresentados pelos pesquisadores após entrevistas com os agricultores demonstraram também que, antes do desastre, 98% dos entrevistados utilizavam água do Rio Doce para atividade econômica do dia a dia. Após a tragédia, somente 36% continuaram usando a mesma água. Destes, 87% utilizam a água para irrigação. Cerca de 60% dos entrevistados considera a água imprópria para uso, o que demonstra a insegurança no uso desse recurso fundamental para as populações que vivem à beira do rio.

Edição: Lidia Neves
Agência Brasil

Pentágono divulga vídeo do lançamento da "mãe de todas as bombas"

14/04/2017 13h46
Washington
Da Agência EFE

O Pentágono divulgou hoje (14) o vídeo do momento do impacto da bomba GBU-43, a mais potente do arsenal não nuclear dos Estados Unidos e nunca utilizada até ontem, contra um sistema de cavernas do Estado Islâmico (EI) no Afeganistão. As informações são da EFE.

As imagens aéreas mostram o momento em que a bomba conhecida como "mãe de todas as bombas" cai na ladeira de uma montanha do distrito de Achin, na província de Nangarhar, com uma potência equivalente a 11 toneladas de TNT.

Uma imensa coluna de fumaça e escombros aparece após a explosão, que acontece antes de tocar a terra para criar uma potente onda expansiva capaz de derrubar túneis e bunkers ao gerar um pequeno terremoto.

No vídeo é possível observar o avanço da onda expansiva em uma área montanhosa e remota do leste afegão na qual o EI, que chama a essa região da Ásia central de Khorasan (província de seu autoproclamado califado), tinha se fortalecido.

O ataque aconteceu ontem às 19h32, no horário local, 12h02 de Brasília, e nele poderiam ter morrido dezenas de militantes do EI.

Segundo a informação repassada hoje à Agência EFE por um porta-voz do Ministério de Defesa afegão, Muhammad Radmanish, pelo menos 36 membros do EI morreram no ataque, que destruiu ainda uma importante instalação desse grupo terrorista.

O porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, indicou ontem que o objetivo era acabar com um "sistema de túneis e cavernas" do EI no Afeganistão que "lhes permitia mover-se com liberdade e atacar com mais facilidade os militares americanos e as forças afegãs".

A bomba, em serviço desde 2003, só tinha sido utilizada em testes e foi elaborada não só para destruir bunkers e túneis, mas como arma psicológica, pelo impacto que deixa nos sobreviventes.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Jovem tenta matar rapaz com machado e é detido em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

14/04/2017 15h52 Atualizado há 18 horas
PM apreendeu machado usado em tentativa de homicídio em Juiz de Fora 
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Um jovem de 20 anos foi preso por tentativa de homicídio na manhã desta sexta-feira (14) em Juiz de Fora. Testemunhas acionaram a Polícia Militar (PM) após um rapaz, também de 20 anos, ter sido golpeado com um machado no pescoço na Rua Atlântica, no Bairro Parque das Torres.

De acordo com informações da ocorrência, o autor foi encontrado em uma mata e confessou o crime. Para a polícia, ele disse que os dois brigaram porque iam realizar um assalto e foi ameaçado pela vítima com uma faca.

A vítima foi socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e levada ao Hospital de Pronto Socorro (HPS). O G1 solicitou informação sobre o estado de saúde à Secretaria Municipal de Saúde, que informou que o rapaz passou por cirurgia e o que o quadro é estável.

O jovem foi detido e encaminhado para a Delegacia de Santa Terezinha, juntamente com a arma do crime, onde o registro da ocorrência será feito.

PM registra homicídio no Bairro Vila Ideal em Juiz de Fora

Por G1 Zona da Mata

14/04/2017 16h50 Atualizado há 1 hora

Um rapaz de 24 anos foi assassinado a tiros e outro de 23 anos ficou ferido na tarde desta sexta-feira (14), no Bairro Vila Ideal, em Juiz de Fora. De acordo com as informações da Polícia Militar (PM), dois suspeitos atirou contra ele na Rua Afonso Celso, pouco antes das 16h.

Testemunhas informaram que os dois rapazes foram ao bairro para cortarem o cabelo. Eles foram baleados por dois homens, identificados como moradores do Bairro Olavo Costa, que desembarcaram de um carro e foram em direção aos dois fazendo disparos. Eles fugiram em seguida e não foram localizados.

Quando a PM chegou ao local, testemunhas haviam isolado o local. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou o óbito da vítima, que foi atingida por disparos na cabeça. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).

O outro rapaz foi atingido na perna direita e levado para o Hospital de Pronto Socorro (HPS), onde, de acordo com a PM, passava por cirurgia e não pode prestar informações.

A perícia recolheu sete cartuchos de calibre nove milímetros e dois de calibre 380.

O caso será encaminhado para investigação na Polícia Civil.

Ao criar Lula para destruir Brizola, os militares conseguiram arrasar o país

Universidades deram títulos a um doutor de araque

Carlos Newton

Como agora todos sabem, através das informações do empresário Emilio Odebrecht, as quais são conhecidas há décadas, mas muitas lideranças de esquerda se recusavam a acreditar, Lula realmente foi uma invencionice do general Golbery do Coutto e Silva, famoso alter ego da revolução de 1964, para evitar que o trabalhista Leonel Brizola chegasse ao poder. Quem conheceu Golbery sabe que era um mestre nos bastidores da política. O cineasta Glauber Rocha merecidamente o chamou de “o gênio da raça” e quase foi crucificado por essa frase de efeito.

Conforme o comentarista Antonio Santos Aquino há anos tem relatado aqui na “Tribuna da Internet”, Lula foi um filhote da ditadura, que fez até curso na Johns Hopkins University, em Baltimore, assistido por um tradutor. O general Golbery jamais imaginou que sua cria chegasse ao poder, mas a vida é muito mais imaginosa do que a ficção.

SEM CARÁTER – Também não há a menor novidade sobre o caráter de Lula, sua trajetória já foi dissecada em três livros arrasadores, escritos por Ivo Patarra, José Nêumane Pinto e Romeu Tuma Jr. Há também as declarações dos criadores do PT que se afastaram dele, como Hélio Bicudo, Cesar Benjamim, Vladimir Palmeira, Fernando Gabeira, Heloisa Helena, Paulo Delgado, Plínio de Arruda Sampaio, a lista é interminável, tudo público e notório.

Até mesmo a prisão de Lula na ditadura foi uma farsa, conforme mostra a célebre foto do camburão, com Lula fumando um cigarro e interpretando o papel de “Barba”. O então agente federal Romeu Tuma Jr. estava lá e não deixa ninguém mentir, porque também aparece em outra fotografia do ato da prisão. Ele tinha intimidade com Lula, que costumava dormir no sofá da casa do temido Romeu Tuma pai.

ENGANOU MEIO MUNDO – O fato é que Lula enganou todo mundo, até mesmo Golbery. O líder metalúrgico criou o PT, viu que poderia substituir Brizola na disputa pelo poder, candidatou-se três vezes, foi enganando, enganando… até que saiu vitorioso na quarta tentativa, ao derrotar um candidato fraco e sem carisma, o tucano José Serra.

O resto é mais que sabido. Depois de eleito, Lula isolou os intelectuais do PT e livrou-se deles, dilatou e sindicalizou a máquina administrativa, usou as estatais como fonte inesgotável de recursos pessoais e eleitorais, ampliou ao máximo os programas sociais, sem fiscalizá-los, e criou projetos educacionais eleitoreiros, como o Pronatec, com seus supostos cursos técnicos, e o Prouni (Universidade para Todos), que fez a festa das faculdades particulares, com as bolsas totais e parciais custeadas pelo MEC para estudantes sem a menor condição de ingressar no ensino superior.

DILAPIDAÇÃO TOTAL – Essa farra do boi embriagado custou e ainda custa muitos recursos públicos, elegeu e reelegeu uma candidata mambembe e patética como Dilma Rousseff, e o resultado está aí – vamos penar até sair de recessão, enquanto isso o novo governo liquida as conquistas sociais e os direitos trabalhistas, o país anda para trás, de forma implacável, impiedosa e impactante.

O pior é que a Era Lula provocou uma escassez de novas lideranças. Estamos num deserto de homens e ideias, como dizia o ministro Oswaldo Aranha, que teria sido um grande presidente, se Vargas não tivesse lançado o general Eurico Dutra, uma versão mais antiga da “vaca fardada” que o general Mourão Filho depois imortalizaria, ao definir sua própria condição.

O fato é que os militares impediram Brizola de chegar ao poder, mas esqueceram de que era fundamental existir um líder civil capaz de comandar o país, não importa se representasse a direita ou a esquerda. Bastava que fosse decente, preparado e nacionalista, porque as velhas ideologias estão ultrapassadas, precisam desesperadamente de atualização.

E vida que segue, como dizia nosso amigo João Saldanha, que jamais deixou de ser comunista e hoje estaria deprimido com a política nacional.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Lula é um fenômeno. Orgulhando-se de jamais ter lido um só livro, tornou-se doutor honoris causa de 31 universidades espalhadas pelo mundo. Agora, todos sabem que é um doutor de araque, e a primeira instituição que pretende lhe tomar o título é a Universidade de Coimbra. As outras 30 terão de tomar idêntica iniciativa. É só uma questão de tempo. (C.N.)Posted in C. Newton

Afinal, quando custava aprovar uma MP no feira-livre do eixo Planalto/Congresso?

Charge do Rico (Arquivo Google)

Amanda Almeida
O Globo

Odebrecht calculava previamente a “expectativa” de parlamentares para aprovação de medidas provisórias. Ao falar sobre as negociações com o Congresso, o empresário Marcelo Odebrecht relata em sua delação premiada que chegou a alertar a Guido Mantega, então ministro da Fazenda, que estava tendo “custos” com a aprovação de medidas por parlamentares. Questionado pelo procurador se esses “custos” eram descontados de algum repasse a Guido, o empresário responde que só falou sobre o assunto com o ex-ministro para que ele não se sentisse “supervalorizado” por ter ajudado a empresa ao enviar medidas provisórias que a beneficiavam.

“Em algumas medidas, as coisas saíam da Fazenda meio desarrumadas, meio dúbias, que podiam gerar questão. No Congresso, você ajustava. Quando você pedia isso aí, o deputado ou o senador criava expectativa” — diz, completando que avisou ao ministro.”Cheguei para o Guido e falei: ‘Teve custo’. É uma forma também de dizer: ‘Você não fez tudo que devia fazer. Então, deixou problema’. É mais uma negociação minha para ele não supervalorizar o que ele fez para a gente” — relatou.

CÁLCULO PRÉVIO – Com medo do apetite de deputados e senadores nas campanhas, a Odebrecht já calculava quanto desembolsaria a eles em troca da aprovação de medidas provisórias durante a tramitação delas, antes do período eleitoral. É o que relata Marcelo, em um dos trechos de sua delação premiada à Justiça. O empresário diz que orientava ao então diretor da construtora responsável pelas tratativas com parlamentares que já contasse com a “expectativa” dos parlamentares e acertasse internamente os valores que seriam pagos pelos “negócios”.

“Mesmo que o compromisso que o Cláudio mencionava não tivesse sido acertado explicitamente ou na hora, é óbvio que, se um deputado ou senador atuou a favor de determinada medida provisória, mesmo que ele não tenha dito que demandaria recurso por conta daquela medida, ele criou expectativa. E lá na frente (nas eleições), ele ia cobrar” — relata o delator.

Marcelo se refere a Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, que fazia a interlocução da empresa com o Congresso.

TER CUIDADO – Nesse trecho da delação, Marcelo diz que orientava o diretor a ter cuidado nas conversas com os parlamentares. “Eu sempre dizia para o Cláudio: Cuidado porque, veja bem, você começa a usar com o (Romero) Jucá, mesmo que você não acerte com Jucá que é R$ 4 milhões por conta dessa medida provisória, lá na frente, ele vai pedir um valor absurdo para a campanha e não vai aparecer ninguém para pagar. Então, já alinhe, já autorize com os negócios que são beneficiários de cada medida aprovada no Congresso, uma expectativa que esses negócios vão bancar lá na frente em relação a candidaturas” — disse o delator.

Líder do governo no Senado e um dos alvos dos inquéritos autorizados pelo ministro Edson Fachin, Jucá (PMDB-RR) é citado apenas como exemplo nesse trecho da delação, no qual Marcelo não entra em detalhes sobre alguma negociação específica com o peemedebista.

PIADA DO JUCÁ — O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), negou as acusações de que recebeu propina da Odebrecht para aprovar emendas de interesse da empresa. Em entrevista ao jornalista Jorge Bastos Moreno em seu programa ‘Moreno no Rádio’, na ‘CBN’, o senador disse nesta sexta-feira que jamais faria “um absurdo desses”.

“Não tem sentido alguém pensar que se vende emenda por R$ 150 mil. Com R$ 150 mil não se vende (emenda) nem na feira do Paraguai. É uma piada!” — afirmou Jucá.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Afinal, quando custava uma Medida Provisória no balcão de negócios do eixo Planalto/Congresso? Jucá tenta tumultuar o assunto, falando em R$ 150 mil, até porque ninguém conseguiria comprar o Congresso por mixaria. No caso, quem estava totalmente comprado era o governo, que tinha obrigação venal de mobilizar a base aliada para aprovar a MP. O adicional que a Odebrecht gastava eram apenas alguns trocados, claro. O dinheiro grosso ficava no Planalto e na Esplanada dos Ministérios, do outro lado da Praça dos Três Podreres, digo, Poderes. (C.N.)Posted in Tribuna da Internet

Coreia do Norte diz que está pronta para guerra com armas nucleares

15/04/2017 09h32
Pyongyang
Da Agência EFE
Coreia do Norte diz que está pronta para confronto nuclear contra os EUA Agência EFE

O vice-presidente do Partido dos Trabalhadores de Coreia do Norte, Choe Ryong-hae, disse hoje (15) durante um grande desfile militar em Pyongyang que o povo norte-coreano está "preparado para a guerra" contra os Etados Unidos com suas armas nucleares. As informações são da Agência EFE.

"Estamos completamente preparados para enfrentar qualquer tipo de guerra com nossas armas nucleares se os EUA atacarem a península da Coreia", disse Ryong-hae, considerado O número dois do regime, em seu discurso durante a exibição militar em comemoração ao 105º aniversário do fundador do país, Kim Il-sung.

Durante o desfile do "Dia do Sol", presidido pelo líder Kim Jong-un, o Exército norte-coreano mostrou seu arsenal, incluindo vários mísseis balísticos, entre os quais encontrava-se um possível novo projétil de alcance intercontinental.

"Se os EUA fizerem provocações imprudentes contra nós, nossa força revolucionária contra-atacará num instante, com um ataque aniquilador e responderemos a uma guerra total com guerra total e a ataques nucleares com nosso próprio arsenal atômico", disse Choe.

Ele também acusou os EUA de posicionar armas nucleares no Sul da península coreana, "o que está criando uma situação muito tensa que ameaça a paz e a segurança não só da região, como também do mundo inteiro".

Washington decidiu enviar recentemente um porta-aviões nuclear à península da Coreia em resposta aos lançamentos de mísseis de Pyongyang e Washington, e chegou a insinuar que estuda a possibilidade de um ataque preventivo para frear os avanços armamentísticos do regime norte-coreano.

"Os imperialistas estão tentando isolar nosso povo onde as pessoas só querem viver em paz", afirmou o vice-presidente do Partido dos Trabalhadores.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil