segunda-feira, 13 de março de 2017

Oficiais do Exército da Zona da Mata e Vertentes retornam de missão no ES

13/03/2017 17h29 - Atualizado em 13/03/2017 17h29

Do G1 Zona da Mata
Mais de 450 militares foram para o ES ajudar em missão (Foto: Exército/Divulgação)

Cerca de 460 militares da 4ª Brigada de Infantaria Leve do Exército Brasileiro (EB), com sede em Juiz de Fora, retornaram do Espírito Santo (ES) entre os dias 8 e 9 de março, depois de participarem da missão de apoio por causa da greve dos policiais em todo o estado.

Os representantes do Exército de Juiz de Fora, São João Del Rei e Santos Dumont desempenharam atividades de garantia da lei e da ordem e patrulharam vias públicas em diversas cidades.

De acordo com o chefe da Seção de Comunicação Social da brigada, Alexandre Nepomuceno, nenhum militar foi ferido durante a operação e todos voltaram para as unidades com a integridade física garantida.

Crise no ES
As equipes permaneceram cerca de um mês em missão no Espírito Santo. Apenas da base de Juiz de Fora, mais de 200 oficiais e 58 viaturas foram enviados para dar apoio logístico ao estado.

O ES passou por um momento de crise na segurança pública desde que os policiais saíram das ruas. Familiares dos militares do estado bloquearam a porta dos batalhões e não os deixam sair.

Por semanas, as ruas ficaram à deriva de assaltantes, que fizeram diversos saques a lojas e comércios. Os números de homicídios tentados e mortes consumadas também aumentaram durante o período.

Grupos de capoeira celebram o Mês da Mulher no Museu


xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx

JUIZ DE FORA - 13/3/2017 - 10:21


Foto: Divulgação Museu Mariano Procópio

Mais de 70 participantes de diversos grupos de capoeira de Juiz de Fora e região, compareceram ao evento em celebração ao Mês da Mulher. O projeto “Roda Viva” que promove os encontros entre os capoeiristas, escolheu novamente o Parque do Museu Mariano Procópio para realizar a atividade no domingo, 12. O encontro acontece sempre no segundo domingo de cada mês. E nesta edição contou com a primeira apresentação grupo “Dandaras as Maria”. 

A iniciativa é um movimento criado por mulheres a fim de reforçar a importância do papel da mulher na cultura e sociedade. Segundo o Mestre Vagner Mendes do grupo Art Vida Capoeira, utilizar o Museu para promover o encontro, reforça a valorização do espaço público de relevância cultural e histórica. “Além da beleza do parque, as rodas visam a utilização do espaço público para que aconteça uma maior interação entre os grupos e as comunidades”.
A utilização do local para atividades pode ser solicitada pelo telefone 3690-2027. O Parque está aberto ao público de terça-feira a domingo, das 8h às 18 horas. Para os integrantes do “Clube da Caminhada”, as portas já estão abertas à partir das 6 horas. 

E quem ainda não conheceu a exposição “O Esplendor das Formas”, que ocupa a Galeria “Maria Amália”, no interior do Prédio “Mariano Procópio”, vale a visita sempre de terça a sexta-feira, das 10h às 17h.

* Informações com a Assessoria da Fundação Museu Mariano Procópio pelo telefone 3690-2004.
Portal PJF

Brasil é quarto país no ranking global de casamento infantil

13/03/2017 12h06
Brasília
Da ONU News

O casamento infantil responde por 30% da evasão escolar feminina no ensino secundário a nível mundial e faz com que as meninas estejam sujeitas a ter menor renda quando adultas  Foto: Agência Brasil/Marcello Casal Jr.

Levantamento recente do Banco Mundial revela que o Brasil tem o maior número de casos de casamento infantil da América Latina e o quarto no mundo. No país, 36% da população feminina se casa antes dos 18 anos. As informações são da ONU News.

O estudo "Fechando a Brecha: Melhorando as Leis de Proteção à Mulher contra a Violência" lembra que a lei do Brasil estipula 18 anos como a idade legal para a união matrimonial e permite a anulação do casamento infantil. O problema é que há muitas brechas na legislação.

Consentimento
Se houver consentimento dos pais, por exemplo, as meninas podem se casar a partir dos 16 anos. A autora do estudo, Paula Tavares, fala sobre outras brechas na lei. “Um dispositivo ainda comum em todo o mundo é a permissão do casamento infantil – e em geral sem limite de idade – se a menina estiver grávida. Esse é o caso do Brasil”.

Segundo ela, o país também não prevê punição para quem permite que uma menina se case fora dos casos previstos em lei, nem para os maridos nesses casos. “Na América Latina, 24 países preveem pena a quem autorize o casamento precoce, mas o Brasil não está entre eles,” observou.

Segundo o documento do Banco Mundial, a cada ano, 15 milhões de meninas em todo o mundo se casam antes dos 18 anos. Em muitas culturas, o casamento precoce muitas vezes é visto como uma solução para a pobreza, por famílias que acreditam que assim terão uma boca a menos para alimentar. No Brasil, os principais motivos incluem gravidez na adolescência e desejo de segurança financeira.

Evasão escolar e renda menor
No entanto, o estudo destaca que o casamento infantil responde por 30% da evasão escolar feminina no ensino secundário a nível mundial e faz com que as meninas estejam sujeitas a ter menor renda quando adultas. Também as coloca em maior risco de sofrer violência doméstica, estupro marital e mortalidade materna e infantil.

Por outro lado, o documento ressalta que eliminar o matrimônio infantil traz ganhos econômicos. Por isso, as recomendações para o Brasil e a América Latina são eliminar as brechas na legislação e adotar punições para a união não prevista em lei.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Boa perde patrocínios após contratar goleiro Bruno; página do clube é invadida

13/03/2017 14h29
Belo Horizonte
Léo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil

Três patrocinadores já anunciaram rompimento dos contratos com o Boa Esporte após o clube mineiro negociar a contratação do goleiro Bruno Fernandes. O atleta, que deixou a prisão no mês passado, é condenado em primeira instância pelo homicídio de Eliza Samudio, com quem teve um relacionamento e um filho. Um habeas corpus concedido pelo ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), lhe deu o direito de aguardar o julgamento dos recursos em liberdade.

As empresas Nutrends Nutrition, fabricante de suplemento nutricional, e CardioCenter, clínica cardiológica, já haviam anunciado o rompimento na semana passada. Hoje (13), foi a vez da Magsul, clínica de ressonância magnética, seguir o mesmo caminho. O Boa Esporte conta com mais oito parcerias, incluindo a prefeitura de Varginha (MG), município onde fica a sede do clube.

O anúncio oficial da contratação do goleiro ainda depende dos exames médicos e de detalhes burocráticos. As bases do contrato já foram acertadas e a diretoria da equipe mineira espera apresentar o jogador ainda hoje ou amanhã (14).

Internet
O descontentamento com a contratação também levou hackers a invadir a página virtual do clube. Em mensagem postada sobre um fundo preto, os invasores justificaram o ato como uma demonstração de repúdio ao Boa Esporte e aos patrocinadores por apoiarem diretamente o feminicídio.

Também foram apresentados alguns dados relacionados à violência contra a mulher. "No Brasil, a taxa de feminicídios é de 4,8 para 100 mil mulheres, a quinta maior no mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). Em 2015, o Mapa da Violência revelou que, de 2003 a 2013, o número de assassinatos de mulheres negras cresceu 54%, passando de 1.864 para 2.875", registra a mensagem.

Condenação

Bruno foi preso preventivamente em 2010, quando defendia o Flamengo e vivia bom momento na carreira. Um inquérito policial o apontou como principal suspeito de ter matado Eliza Samudio, que desapareceu aos 25 anos e foi considerada morta pela Justiça. Seu corpo nunca foi encontrado.

Em 2013, o Tribunal do Júri da Comarca de Contagem (MG) condenou o goleiro a 22 anos e três meses de prisão pelos crimes de homicídio triplamente qualificado, sequestro e ocultação de cadáver. Um amigo de Bruno, Luiz Henrique Romão, conhecido como Macarrão, também foi condenado.

Segundo decisão do STF do ano passado, as penas devem começar a ser cumpridas após condenação em segunda instância. No habeas corpus concedido no mês passado, o ministro Marco Aurélio destacou que Bruno tinha condenação apenas em primeira instância e já somava seis anos e sete meses de prisão preventiva, sem que seus recursos tivessem sido avaliados pela Justiça. Por esse motivo, ele deveria ser solto para poder recorrer em liberdade.

De acordo com o Código do Processo Penal, a prisão preventiva deve atender aos princípios da proporcionalidade e necessidade, não tendo prazo de duração máxima. No entanto, uma proposta de reforma da lei já aprovada no Senado e tramitando na Câmara dos Deputados sugere estabelecer o limite em 360 dias. 

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Onze municípios de três estados têm novos prefeitos

13/03/2017 13h13
Brasília
Felipe Pontes - Repórter da Agência Brasil

Os eleitores de seis municípios do Rio Grande do Sul, três de Minas Gerais, um do Amapá e um de Mato Grosso tiveram que voltar às urnas ontem (11) para escolher novamente os prefeitos.

Nesses locais, os pleitos de outubro do ano passado foram anulados porque os candidatos com maior votação não obtiveram o registro de candidatura. Por força de apelações, eles conseguiram manter os nomes nas urnas, mas posteriormente tiveram os recursos negados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e, mesmo vencendo, não puderam assumir a prefeitura.

Após a reforma eleitoral de 2015, o Código Eleitoral passou a prever a ocorrência de novas eleições sempre que não for mais possível recorrer de “decisão da Justiça Eleitoral que importe o indeferimento do registro, a cassação do diploma ou a perda do mandato de candidato eleito em pleito majoritário”.

Os eleitores que não puderam comparecer às urnas ontem deverão justificar a ausência até o dia 11 de maio, ou seja, 60 dias após a eleição. As próximas eleições suplementares estão marcadas para 2 de abril, quando 12 municípios já se preparam para voltar às urnas.

Confira abaixo os resultados das eleições suplementares desse domingo:

Rio Grande do Sul
- Arvorezinha (8,4 mil eleitores): elegeu Rogério Fachinetto (PDT), que recebeu 50,84% dos votos válidos (3.913).

- Butiá (16,9 mil eleitores): elegeu Daniel Pereira de Almeida (PT), que recebeu 51,03% dos votos válidos (6.187).

- Gravataí (186,6 mil eleitores): a cidade reelegeu o prefeito Marco Alba (PMDB), que recebeu 40,04% do total de votos válidos (48.211).

- Salto do Jacuí (9,1 mil eleitores): elegeu Cláudio Robinson (PDT), que recebeu 62,24% dos votos válidos (4.149).

- São Vendelino (2,1 mil eleitores): elegeu Evandro Scheider (PTB), que recebeu 55,81% dos votos válidos (1.109).

- São Vicente do Sul (7,3 mil eleitores): elegeu Paulo Sérgio Flores (PMDB), o Paulinho, que recebeu 52,06% dos votos válidos (2.883).

Minas Gerais
- Alvorada de Minas (3,1 mil eleitores): elegeu Vitor Hugo Ferreira (SD), o Vitor de Salvador, que recebeu 57,13% dos votos válidos (1.706).

- Ervália (14 mil eleitores): elegeu Eloisio Cunha (DEM) que recebeu 54,33% dos votos válidos (7.233).

- São Bento do Abade (3,5 mil eleitores): única cidade que elegeu uma mulher nesse domingo, Jane Rezende (PT), conhecida como “irmã da Janete”. Ela recebeu 48,96% dos votos válidos (1.671)

Mato Grosso
- Conquista D’Oeste (2,1 mil eleitores): elegeu Maria Lucia de Oliveira (PP), que recebeu 52,14% dos votos válidos (1.110).

Amapá
- Calçoene (5,5 mil eleitores): elegeu Jones Fábio Cavalcante (PPS), que recebeu 35,87% dos votos válidos (1.958).

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

domingo, 12 de março de 2017

Enganados e sufocados


Charge do Kacio (kacio.art.br)

Carlos Chagas

Quando o PT foi para o poder, frustrado desde sua fundação, derrotado três vezes com o Lula, mas afinal vitorioso, imaginava-se mudança fundamental na vida do país. Afinal, mesmo de forma lenta e gradual, porém segura, parecia ter chegado a hora do andar de baixo. Não mais a prevalência dos beneficiados pela fortuna, pelo berço ou pelas maracutaias, senão os primeiros passos para a conquista da melhoria das condições de vida dos despojados da fortuna e da ascensão dos trabalhadores a patamares menos cruéis de sobrevivência.

Empolgaram a imensa maioria dos cidadãos as pregações sobre igualdade, extinção dos privilégios de uns poucos e fim da livre competição entre quantidades e valores desiguais.

Seria extinta a miséria, reduzida a pobreza e gradativamente poderiam desaparecer as diferenças sociais responsáveis pelo fato de sempre os ricos ficarem mais ricos e os pobres, mais pobres.

APOIO ENTUSIASMADO – Era nesse objetivo que se fixava o pequeno grupo de intelectuais e acadêmicos, entusiasmados com a experiência ímpar de ver um operário no governo. Também compareciam os sindicatos, a Igreja, os universitários e até parte da classe média.

Claro que mais se organizavam, desde muito já organizadas, as mesmas camadas beneficiadas de sempre, fáceis de identificar no empresariado, nos donos da terra, nos especuladores, banqueiros e demais condutores de uma sociedade que, pelo jeito, esgotara-se e se condenava ao fracasso.

Abria-se o palco para o confronto entre o passado e o futuro, ainda que subordinado a vícios de lá e de cá, corolário da imperfeição humana da qual jamais nos livraremos.

Pelo menos, estava evidente a importância de se alterar o modelo que nos acompanha desde o Descobrimento, cada vez mais sofisticado por maior sacrifício das massas e festa das elites. Criava-se no país a consciência da necessidade de interromper a progressão das vantagens que o dinheiro concede aos senhores e falta faz aos vassalos.

EQUILÍBRIO E IGUALDADE – Imaginava-se, vale repetir, haver chegado o tempo do equilíbrio, pelo esforço de um grupo disposto não a recuperar, mas a criar o espaço de igualdade, porque liberdade, afinal, mesmo distorcida, já tínhamos, e fraternidade, conseguiríamos à força.

Alguma coisa se conseguiu, mas é preciso atentar para o fato de que desde a primeira eleição do Lula, as elites foram cooptando os personagens. Até o próprio, surpreendendo com uma anacrônica Carta aos Brasileiros, não endereçada aos seus eleitores, mas a leitores interessados em preservar benesses e vantagens. Ao redor, vicejaram falsos aliados, antigos cultores das mudanças, mas empenhados em isoladamente ascender de patamar através da corrupção, do roubo e da mistificação.

Apesar disso, algum resultado o primeiro companheiro conquistou, advindo daí sua reeleição. O diabo foi o segundo mandato. Sem reação, o Lula entregou-se aos destinatários da malfada carta. O ideal igualitário naufragou e foi para as profundezas quando, não podendo disputar um terceiro período, vendeu sonhos que não eram mais dele. Assumiu a incompetência em forma de mulher. Foi simples questão de tempo as elites voltarem ao poder e às reformas que mais uma vez massacram e sufocam a maioria, de novo enganada e sufocada.
Posted in C. Chagas

Raul Seixas previu, a solução é alugar o Brasil.


Charge do Lézio Júnior, reproduzida do Arquivo Google

Fernanda Torres
Folha

João Doria bem que podia ter se valido dos versos de “Aluga-se”, do roqueiro, para embalar o vídeo que encomendou para ser exibido nos Emirados Árabes, a fim de atrair investidores interessados nas privatizações que ocorrerão, numa escala nunca antes vista, no largest financial center in the Southern Hemisphere. Interlagos, Pacaembu, Anhembi, Ibirapuera, o Mercado Central, a malha de transporte e até os cemitérios estão lá, for sale. Um mar de oportunidades na cidade que acolhe 50% dos billionaires do país, diz o anúncio. Deu até inveja de o Doria ter o que vender.

O Rio de Janeiro não pode ser dar a esse luxo. O rombo de mais de R$ 100 bilhões não permite. Ao governo acéfalo de Pezão e companhia, resta apenas o refrão: “Nós não vamos pagar nada…”.

EXÍLIO EM LISBOA – Portugal me acolheu na Era Collor, durante o confisco de Zélia e o enterro da Embrafilme. Fiz três filmes na terrinha e uma penca de turnês de teatro para resistir ao longo inverno.

Lisboa está em plena revitalização, com um mercado imobiliário aquecido pela elite angolana, por chineses endinheirados e brasileiros em fuga. Passei duas semanas de janeiro por lá, pensando se um exílio ainda mais drástico me aguarda no futuro.

Voltei com medo de pisar em solo pátrio, aterrorizada com as imagens do deus nos acuda da greve de policiais do Espírito Santo e do levante dos servidores diante da Alerj, que transformou a Primeiro de Março numa praça de guerra.

O cinturão de miséria que separa o aeroporto do Galeão da zona sul choca os que chegam. O barril de pólvora, alimentando a desigualdade social, está sempre pronto a explodir, numa cidade falida pelo seu desgoverno.

LEGADO OLÍMPICO – Mas a bancarrota atual também se faz notar nas áreas mais abastadas. O asfalto das reformas olímpicas ainda não derreteu, mas as placas de VENDO se multiplicam nas janelas dos prédios, inúmeras lojas fecharam as portas, tropas do Exército ocupam as ruas e os tiroteios voltaram à ordem do dia.

Sete anos atrás, o metro quadrado na Vieira Souto ultrapassava em valor o da avenue Foch, em Paris, e Eike Batista arrotava progresso no talk show de Charlie Rose, durante a crise americana pós-2008. Vale a pena ver de novo. Abri a porta de casa com a mesma sensação de normalidade do suicida do Millôr, aquele, que durante a queda, entre o abismo e o chão, pensa: “Até aqui, tudo bem”.

Marcelo Freixo acaba de entregar uma proposta de impeachment para a chapa Pezão/Dornelles. Assino embaixo. Mas vou além.

VAMOS VENDER O RIO – Enquanto Doria negocia São Paulo nas arábias, proponho liquidar o Rio por aqui mesmo. Os paulistas arrematariam o sul do Estado e a capital, numa transação que incluiria a deslumbrante baía de Angra e Paraty, a usina nuclear, além dos cartões-postais da Cidade Maravilhosa.

A região serrana caberia aos mineiros, que ainda conquistariam um acesso ao mar, caso a crise recente afaste o interesse do Espírito Santo na região norte. O agraciado açambarcaria o polo petrolífero de Campos, ciente de que levaria Garotinho no pacote.

A derrocada que começou com a transferência da capital para Brasília terminaria num leilão sumário, e o Rio de Janeiro se tornaria um nome afetivo, tão saudoso quanto o da antiga Guanabara. Seria esse o plano de Juscelino?

(Artigo enviado por Mário Assis Causanilhas)

Marcos Valério tenta delação em Minas e confirma o esquema de Furnas

Valério quer depor também sobre o esquema da Petrobras

Tâmara Teixeira
O Tempo

O empresário Marcos Valério entregou ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), no último dia 15 de fevereiro, os anexos de sua delação premiada no processo do mensalão tucano. O documento foi repassado ao procurador-geral de Justiça de Minas, Antônio Sérgio Tonet. Segundo fonte do próprio órgão, o chefe do MP já designou uma procuradora para acompanhar o caso.

SÃO 30 ANEXOS – Cada um dos cerca de 30 anexos de Valério, que é réu no processo, trata de um episódio do esquema de corrupção que teria desviado recursos públicos de empresas estatais mineiras para a reeleição do então governador Eduardo Azeredo (PSDB). O tucano já foi condenado a 20 anos de prisão em primeira instância, mas recorre em liberdade.

Em um dos capítulos, Valério também irá confirmar que houve um esquema de corrupção em Furnas que teria beneficiado tucanos. As irregularidades teriam desviado recursos da subsidiária da Eletrobras, estatal federal com sede no Rio, para irrigar o caixa 2 de candidatos do PSDB, além de contas de partidos aliados.

AÇÃO NO RIO – As denúncias de corrupção e lavagem de dinheiro em Furnas já estão sob investigação na Justiça. No Rio de Janeiro, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB) e outras seis pessoas se tornaram réus por conta do esquema. O ex-diretor da empresa Dimas Toledo e outras duas pessoas não foram incluídos porque têm mais de 70 anos e, para eles, os crimes já prescreveram.

Além disso, na Lava Jato, um inquérito, sob o comando do ministro Gilmar Mendes, no Supremo Tribunal Federal (STF), traz revelações do ex-senador Delcídio do Amaral. Ele aponta o envolvimento do senador Aécio Neves no esquema. Alvo da investigação, o tucano nega qualquer relação com possíveis irregularidades em Furnas.

NEGOCIAÇÃO – As negociações para a delação premiada entre Marcos Valério e o Ministério Público de Minas estão em curso desde junho do ano passado, quando a defesa protocolou o interesse de um acordo. Três semanas após o MP receber os documentos, ainda não foi marcado o próximo passo, que seria o depoimento e a homologação do acordo. A assessoria do MP informou que não há novidades no caso. Está agendada uma audiência no dia 7 de abril para que Valério preste depoimento no caso do mensalão tucano.

Em troca das informações, Valério espera garantir que futuras condenações, como no mensalão tucano, não atrapalhem a progressão de seu regime de pena. Desde 2013 ele cumpre 37 anos referentes ao mensalão do PT. Valério também tem interesse em fazer uma delação em âmbito nacional.

MAIS DENÚNCIAS – Conforme O Tempo já noticiou, o empresário redige denúncias em que cita 50 autoridades e políticos do Legislativo, do Judiciário e do Executivo com atuações em Minas, Rio, São Paulo e Brasília. A reportagem apurou que essas informações não constam do documento entregue ao MP no último mês. Elas deverão ser repassadas posteriormente ao procurador geral da República, Rodrigo Janot.

Em setembro passado, dois procuradores federais, enviados a Minas a pedido Janot, além de dois promotores mineiros, ouviram por quatro horas Marcos Valério, em Belo Horizonte.

No nível nacional, Valério teria documentos que poderiam comprovar irregularidades envolvendo tucanos e aliados. Tem um conjunto de extratos bancários que mostrariam o real cenário dos empréstimos feitos no Banco Rural e que teriam sido maquiados antes de serem entregues à CPI dos Correios em 2005, como já disse o ex-senador Delcídio do Amaral. A suposta fraude está em investigação no STF.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – No processo do mensalão, Marcos Valério acreditou nas promessas dos petistas, não quis fazer delação premiada e quebrou a cara. Quando percebeu e tentou fazer, já era tarde demais. Agora, tenta novamente a delação, desta vez entregando os tucanos. Realmente, ele tem muita coisa a contar e precisa ser ouvido. (C.N.) Posted in Tribuna da Internet

Polícia Militar registra assassinato de adolescente em Juiz de Fora

12/03/2017 09h43 - Atualizado em 12/03/2017 10h56

Do G1 Zona da Mata

Um adolescente de 16 anos foi encontrado morto com cinco perfurações na cabeça por arma de fogo em Juiz de Fora. O corpo estava no escadão entre a Rua Diva Diva Garcia e a Rua do Boto, no Vale do Yung. A ocorrência foi registrada na madrugada deste domingo (12).

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e o médico constatou a morte. A perícia esteve no local para os trabalhos de praxe. Ao lado do corpo havia um papelote de substância semelhante a cocaína.

Populares disseram à Polícia Militar (PM) que o adolescente estava morando no Rio de Janeiro e que, no sábado (11), foi visto com uma pistola. Segundo os relatos, rapazes que ficam no escadão o teriam matado para roubar a arma. Ninguém foi preso.

sábado, 11 de março de 2017

Dilma esquece que boicotou Lula em 2014 e agora defende a candidatura dele

Dilma em Genebra, fazendo campanha contra o Brasil

Deu em O Tempo

A ex-presidente Dilma Rousseff afirmou neste sábado na Suíça que o maior objetivo político no Brasil neste momento é garantir que o ex-presidente Lula possa ser candidato nas eleições de 2018. “Assegurar que Lula seja candidato é fundamental”, disse Dilma em Genebra, onde participou do Festival Internacional de Filmes de Direitos Humanos.

Lula, que é réu em cinco ações penais, três delas da Operação Lava Jato, é o favorito para as eleições do ano que vem, segundo pesquisas de intenção de voto. Dilma afirmou que Lula atravessou um período no qual todos os meios de comunicação estavam contra ele, mas que, apesar de tudo que fizeram contra o ex-presidente, “ele é o primeiro nas pesquisas”.

Dilma declarou, ainda, que não quer voltar a disputar a presidência, mas que não descarta aspirar a um cargo de deputada ou senadora. “De agora até 2018, quero assegurar que o Brasil tenha um encontro correto com a democracia”, disse.

SEM PROPINAS – Citada na delação premiada da Odebrecht, Dilma negou ter recebido propina da construtora ou de outras empresas em suas campanhas.

“Nunca pedi propinas, nunca recebi propinas, e, de fato, nunca falei com todos aqueles que agora estão sendo investigados ou presos por terem pago propinas”, afirmou.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Usando recursos públicos oferecidos ilegalmente pelo governo Temer, Dilma circula pela Europa com sua comitiva de assessores, numa excursão organizada para difamar o país no exterior, evitar que Lula seja preso e defender a candidatura dele. Dilma se esquece de que não permitiu que Lula fosse candidato em 2014. Para impedir que Lula concorresse na Convenção do PT, ameaçou divulgar tudo o que sabia sobre ele, inclusive os gastos da segunda-dama Rosemary Noronha com cartão corporativo nas viagens de lua-de-mel ao exterior, em algumas dela como clandestina, porque seu nome não constava na lista de passageiros. Lula teve de recuar, apoiou Dilma e até fez campanha para ela. Três anos se passaram e agora, com a maior desfaçatez, ela defende a candidatura do ex-amigo e mentor, mostrando que o cinismo e a hipocrisia predominam na política. (C.N.)