domingo, 5 de fevereiro de 2017

USP terá o primeiro centro de pesquisas em canabidiol do Brasil

04/02/2017 14h56
São Paulo
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil

A Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) na cidade de Ribeirão Preto terá o primeiro centro do Brasil de pesquisas em canabidiol, uma substância derivada da maconha. O centro vai funcionar numa ampliação do prédio de saúde mental da universidade e deve estar pronto no segundo semestre deste ano.


Pesquisas buscarão comprovar eficácia e segurança do uso do canabidiol - Divulgação/Anvisa

Há décadas, os cientistas vêm obtendo bons resultados no uso do canabidiol para tratar pacientes com esquizofrenia, doença de Parkinson e epilepsia. Em estudos clínicos, o canabidiol se mostrou eficaz na redução de sintomas psicóticos em pacientes com doenças mentais.

Antonio Waldo Zuardi, professor USP e coordenador do novo centro, conta que começou a estudar a substância em 1976, durante o doutorado que fez na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Em 1982, Zuardi passou a realizar as pesquisas na USP.

O estudo na USP vai analisar a resposta do canabidiol em mais de 120 crianças e adolescentes que sofrem com epilepsia refratária, ou seja, quando medicamentos tradicionais não fazem efeitos. Nessa pesquisa, o novo centro terá uma ala destinada à pesquisa básica de laboratórios e outra voltada à pesquisa clínica com os pacientes e voluntários.

Antes proibido, o canabidiol recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em março do ano passado. Foi permitida a prescrição médica e a importação, por pessoa física, de medicamentos e produtos com canabidiol e tetrahidrocannabinol (THC) em sua formulação para uso próprio e tratamento de saúde.

O canabidiol, no entanto, ainda não está registrado no país, pois não teve a sua segurança e eficácia comprovadas pela vigilância sanitária brasileira. Para isso, os pesquisadores da USP vão usar o centro para testar a substância e, futuramente, disponibilizá-la para a população.

Edição: Lidia Neves
Agência Brasil

Jovens e adolescente grávida são baleados em Juiz de Fora

05/02/2017 12h00 - Atualizado em 05/02/2017 12h00

Do G1 Zona da Mata

Dois jovens de 19 e 21 anos e uma adolescente de 17, grávida de nove meses, foram baleadas do lado de fora de uma boate no Bairro São Dimas, na madrugada deste domingo (5), em Juiz de Fora. Elas estavam no estabelecimento em um baile funk e, no fim do evento, por volta das 4h, houve vários tiros. A suspeita é de que a motivação tenha sido rixa entre bairros.

Quando os militares chegaram ao local ouviram os disparos e houve correria. O suspeito da tentativa de homicídio, de 19 anos, foi preso a poucos metros do local do crime. Ele tem mais de dez passagens, entre elas, por tráfico de drogas, ameaça, lesão corporal e homicídio. Com ele foi apreendido um revólver calibre 32.

O alvo era o jovem de 21 anos, que foi encontrado caído no chão. Ele foi levado por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital de Pronto Socorro (HPS). A vítima também tem mais de dez passagens por tráfico de drogas homicídio, lesão corporal e ameaça.

O jovem de 19 anos e a adolescente grávida também foram levados para o HPS.

Velório de Marisa virou comício, e seu corpo, palanque

Por Reinaldo Azevedo
access_time5 fev 2017, 07h54 - Atualizado em 5 fev 2017, 09h41chat_bubble_outlinemore_horiz
Lula discursa em velório. Na foto, a esquerda ideológica (Rui Falcão, de vermelho), os sindicalistas e a igreja de esquerda, representada por Dom Angélico Bernardino (de cabelo branco, à direita do ex-presidente)

Todos sabem a dureza com que tratei, aqui e em toda parte, aqueles que resolveram fazer troça do estado de saúde de Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Lula. Ou a contundência com que desqualifiquei os teóricos da conspiração, segundo os quais uma grande armação estaria em curso, com a participação até de médicos, para transformar a ex-primeira-dama em vítima, o que seria positivo para Lula. A Internet traz, como se sabe, o lixo nosso — ou melhor: “deles” — de cada dia. E também antevi o óbvio: o PT iria, sim, fazer uso político da morte de Marisa. Infelizmente, já começou. E a personagem principal da indignidade é ninguém menos do que… Lula! É um espetáculo bastante constrangedor, mas está longe de ser inédito.

O discurso do marido de Marisa no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, onde se realizou o velório, está em toda parte. Ou melhor: a fala do líder máximo do PT em desagravo e homenagem à “companheira” circula por aí. Mesmo quando evocou cenas domésticas, do cotidiano familiar, quem falava era o homem que, se a lei permitir, quer disputar de novo a Presidência da República em 2018. O velório de Marisa virou um comício, e seu corpo, um palanque.

Sim, é verdade! Tanto eu como os petistas não inovamos em 2017. Repetimos a postura que adotamos em 2009 e 2011, quando Dilma e Lula, respectivamente, tiveram câncer. Como assim?

Repudiei, então, as manifestações de grosseria nas redes sociais e cobrei que se conservasse o respeito humano de que ambos eram e são merecedores. Mas cumpre lembrar: foi a dupla a fazer um uso asqueroso da própria doença. A então “candidata Dilma” se tornou aquela que vencia até o inimigo invencível. Lula, em tempos de Lava Jato, trombeteou sobre si mesmo: nem o câncer o derruba…

Em 2002
Bem, meus caros: ao dar uma tradução política à morte da Marisa, Lula não inova: na campanha eleitoral de 2002, contou a história da primeira mulher, que morreu logo depois do parto. E ele o fez para as câmeras de Duda Mendonça, o marqueteiro. E chorou muito. Queria votos.

Não estou aqui a sugerir que a tristeza de Lula é falsa, arranjada, mera politicagem. Nada disso! Considero que a dor é verdadeira. Mas é perfeitamente possível fazer as duas coisas: sofrer e aproveitar a tragédia pessoal para… fazer política.

É claro que todos esperávamos que o marido exaltasse as virtudes cívicas da mulher e asseverasse a sua inocência. Afinal, ela era ré em duas ações penais. Segundo Lula, era “morreu triste”. Bem, meus caros, até aí, vá lá, nada de surpreendente ou censurável. Ocorre que ele foi muito além disso. Disse, por exemplo:

“Ela está com uma estrelinha do PT no seu vestido, e eu tenho orgulho dessa mulher. Muitas vezes essa molecada [os sindicalistas] dormia no chão da praça da matriz [de São Bernardo do Campo] e a Marisa e outras companheiras vendendo bandeira, vendendo camiseta para a gente construir um partido que a direita quer destruir”.

Pronto! A Marisa morta se transformava ali num símbolo. E o ex-presidente não hesitou em usar o cadáver como arma: “Na verdade, Marisa morreu triste. Porque a canalhice que fizeram com ela… E a imbecilidade e a maldade que fizeram com ela… Eu vou dedicar… Eu tenho 71 anos, não sei quando Deus me levará, acho que vou viver muito porque eu quero provar que os facínoras que levantaram leviandade com a Marisa tenham, um dia, a humildade de pedir desculpas a ela”.

A fala do bispo
O discurso de Lula foi o “grande momento” de um ato religioso oficiado por dom Angélico Bernardino, bispo emérito de Blumenau (SC) e conhecido padre de passeata. Aliás, antes mesmo que Lula enveredasse para a política, foi o homem de batina quem disparou: “A Marisa Letícia foi uma guerreira na luta a favor da classe trabalhadora. Atentem para as reformas trabalhistas que sejam contra os trabalhadores; a reforma da Previdência, contra pobres e assalariados. É preciso que estejamos atentos”.

Não se contentou. Para ele, a crise econômica “é falsamente atribuída à administração dos dois últimos governos”. Por “dois últimos”, entenda-se, está se referindo às gestões Lula e Dilma. Para o bispo, o responsável deve ser, sei lá, FHC!

Vamos ver o que vem por aí. Pudor, já deu para perceber, não haverá. Nem medida.

E noto algo curioso: reuniam-se, em perfeita comunhão, os esquerdistas ideológicos, os sindicalistas e a Igreja Católica dos vermelhos. A exemplo do que se via nos primeiros anos de existência do PT.

Lula fazia uma aparente exumação do passado para usar Marisa como instrumento de lutas futuras.
http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/velorio-de-marisa-virou-comicio-e-seu-corpo-palanque/

sábado, 4 de fevereiro de 2017

Solidão, banhos de sol e salário de R$ 45 na rotina dos presos da Lava Jato

Dirceu ganha R$ 45 mensais entregando livros nas celas

Deu no Correio Braziliense
(France Presse)

Os outrora todo-poderosos da política brasileira e agora presos da Operação Lava Jato oferecem um retrato da desolação que acarreta a perda do poder e da liberdade. Reclusos no Complexo Médico Penal de Curitiba, ex-ministros, ex-deputados, empresários e ex-diretores da Petrobras passam seu tempo em uma cela de 12 metros quadrados, compartilhadas por três pessoas.

Obrigados a longos períodos de silêncio e sem direito a visitas íntimas, as duas horas diárias de banho de sol e uma televisão de 20 polegadas suavizam a dura realidade presente de homens todo-poderosos como José Dirceu, ex-chefe de gabinete de Luiz Inácio Lula da Silva (2003-2010), ou Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara de Deputados e cérebro do impeachment da presidente Dilma Rousseff em 2016.

Ter diploma de curso superior os protege de ter de partilhar sua estada com marginais comuns, uma vantagem com que não contará o empresário Eike Batista, que já se encontra preso, com a cabeça raspada, no complexo penitenciário carioca de Bangu.

ANTES E DEPOIS – O presente dessa elite que montou um esquema monstruoso de subornos e fraudes para financiar campanhas, se perpetuar no poder e enriquecer pessoalmente contrasta com as facilidades e o luxo de que gozavam antes de serem presos.

“Todos levam um tempo para se adaptar e podem sofrer de depressão. Se pedem tratamento psicológico, fornecemos para que tomem consciência do momento que vivem: estão presos e já não importa a condição social que tinham lá fora”, explicou o chefe do Departamento Penitenciário do Paraná (Depen), Luiz Moura. “São internos e são tratados como tais”, acrescentou, dizendo que os trabalhos remunerados, quando disponíveis, fazem parte do processo de reabilitação.

SALÁRIO DE R$ 45 – Dirceu, que provavelmente seria o sucessor de Lula, chegou ao Complexo Médico Penal de Curitiba depois de condenado por receber ilegalmente US$ 3,12 milhões. Dono de uma biografia cinematográfica, que inclui um exílio em Cuba, onde recebeu treinamento militar, é um dos oito presos da “Lava-Jato”. Está pagando 20 anos e 10 meses na galeria 6, de “recursos especiais” com diploma, onde entrega livros para outros presidiários em troca de 45 reais por mês, sem contar os 25% descontados pelo Estado para reinvestir no sistema.

“Não é um trabalho de bibliotecário porque ele não tem habilitação para isso. É apenas um distribuidor de livros, ele os entrega nas celas, os traz de volta, os ordena nas estantes e faz a limpeza e conservação. Depois faz um relatório para os professores”, explica Moura.

Os presos podem, além disso, reduzir quatro dias de condenação por livro lido – um por mês, no máximo – graças a um programa que exige que façam um teste ante os professores do presídio. Se a avaliação for negativa, o perdão não é computado.

POUCAS OPÇÕES – Já Eduardo Cunha – que ganhou o apelido de “Frank Underwood” brasileiro, o personagem manipulador da série “House of Cards”, ainda não tem emprego por estar em prisão preventiva. “Há um número reduzido de trabalhos e priorizo os que já estão condenados. Enquanto os outros vão trabalhar, e ele não tem nada o que fazer, fica lendo seu processo”, conta Moura.

Os ex-deputados André Vargas (do PT, condenado a 14 anos e quatro meses) e João Argolo (do Solidariedade, 11 anos e 11 meses), assim como o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto (mais de 30 anos) se ocupam de limpar o pavilhão que os presos da “Lava-Jato” compartilham com ex-policiais e outros profissionais.

MARCELO ODEBRECHT – Já foram 22, além dos que estão alojados na Polícia Federal, e atualmente são oito, entre eles o ex-ministro da Fazenda Antonio Palocci e Marcelo Odebrecht.

Antes de confessar seus ilícitos em troca da redução de seus 19 anos e quatro meses de prisão, o dono da construtora que leva seu nome passou por esse complexo.

“Era extremadamente disciplinado. Estabeleceu uma rotina de exercícios e a cumpria. 

Foi um exagero Temer decretar luto oficial de três dias pela morte de Marisa Letícia


Carlos Newton

Os sites da grande mídia noticiaram que o presidente Michel Temer lamentou nesta sexta-feira (dia 3) a morte da ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva e decretou luto oficial de três dias. Em nota oficial, Temer prestou solidariedade à família Lula da Silva em seu nome e no da primeira-dama, Marcela Temer, nos seguintes termos: “Lamento profundamente o falecimento da senhora Marisa Letícia Lula da Silva hoje, em São Paulo. Neste momento de profunda dor e pesar na família do ex-presidente Lula, eu e Marcela transmitimos a ele, a seus filhos e aos demais familiares e amigos, as mais sinceras condolências”, disse o presidente”.

O decreto que determinou luto oficial em todo o país foi publicado ainda nesta sexta-feira, em edição extraordinária do Diário Oficial da União.

TEMER EXTRAPOLOU – Com todo respeito à memória de dona Marisa Letícia, que sofreu muito e merece descansar em paz, e também em homenagem ao profundo conhecimento jurídico do presidente Michel Temer, que foi professor de Direito Constitucional, é autor de obras jurídicas, aposentou-se aos 55 anos como procurador do Estado de São Paulo e, portanto, tem obrigação de conhecer a lei, pedimos a máxima vênia para discordar e dizer que o chefe do governo não tinha – e não tem – poderes para decretar luto oficial no caso de falecimento de ex-primeira dama.

A matéria é regulada pelo Decreto nº 70.274, de 9 de março de 1972, que aprovou as normas do Cerimonial público e da chamada ordem geral de precedência. Seus dispositivos são bastante claros. E o artigo 88 determina expressamente: “No caso de falecimento de autoridades civis ou militares, o Governo poderá decretar as honras fúnebres a serem prestadas, não devendo o prazo de luto ultrapassar três dias”.

ULTRA PETITA – Como é mais do que sabido, primeira-dama não tem mandato, cargo público nem atribuições. Portanto, não é autoridade. Ex-primeira-dama, então, nem pensar, como se dizia antigamente.

Em tradução simultânea, na tentativa de agradar ao ex-presidente Lula da Silva, o chefe do governo extrapolou em sua competência e assinou um decreto sem base legal. Ou seja, o supremo magistrado da nação, que se orgulha de ser jurista, agiu como um juiz iniciante, ao assina uma sentença “ultra petita”, que ultrapassa a situação em questão e não pode ter validade. Com todo o respeito.

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PS – Pode-se alegar que outros presidentes assinaram decretos semelhantes, para homenagear figuras de importância nacional, mas o fato concreto é que as leis são feitas para serem cumpridas, e os presidentes não têm direito de assinar decretos sem base legal. A nota oficial de condolências já estava de bom tamanho. 
(C.N.)Posted in C. Newton
http://www.tribunadainternet.com.br/

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Do ponto de vista prático, o decreto do luto oficial não altera funcionamento de escolas ou de atividades públicas. 

O período normal para luto nacional é de três dias, podendo, excepcionalmente, ser estendido por até sete dias, quando a pessoa que morreu prestou relevantes serviços ao País.

No caso de falecimento do Presidente da República, o luto será de oito dias.

Durante a fase é obrigatório o hasteamento da Bandeira Nacional a meio mastro, em todas as repartições públicas, nos estabelecimentos de ensino e sindicatos.

Durante o velório ou parte dele e no deslocamento, o caixão poderá ser coberto com a Bandeira Nacional. Não serão admitidas outras bandeiras, do Estado, Município, da entidade a que pertencia o falecido ou de seu clube de preferência. Caso sejam colocadas outras bandeiras, retira-se a Bandeira Nacional.

Antes do sepultamento, deverá a Bandeira nacional ser dobrada e entregue à família do falecido. No funeral, também é comum o governo federal colocar todos os recursos materiais à disposição das famílias dos envolvidos.

Caso a morte seja de um presidente do Brasil, o velório será no salão de honra do Palácio do Planalto e as homenagens prestadas no funeral são de acordo com o cerimonial militar. As medidas vão desde a forma de posicionamento da bandeira até a quantidade de tiros de canhão. 

Fonte: Portal Brasil

Nomeação de Moreira é igual ao caso de Dilma fazendo Lula ser ministro


Fotomontagem reproduzida do Arquivo Google

Jorge Béja

O cinismo do presidente Michel Temer não tem limites. Ele acredita que o povo é otário. Nesta sexta-feira, no discurso que deu posse a Moreira Franco como “ministro” não-sei-de-que, Temer foi de um cinismo extremo. Disse que o Moreira já era tratado como “ministro” e que aquele encontro não passava de mera formalidade! Fez igual ou pior do que Dilma Rousseff, quando a então presidente ligou para Lula dizendo que o “Bessias” estava levando para ele um papel, que era a o termo de posse, para ele usar só em caso de necessidade. Fraude, portanto.

Dilma tentou — e não conseguiu — garantir a Lula o status de “ministro” para ganhar foro privilegiado. Agora, Temer fez o mesmo. Sem “Bessias” na parada, arranjou uma solenidade, um evento, para que Moreira Franco saísse fora da jurisdição do juiz Moro e passasse a ter foro privilegiado, prerrogativa de foro, no caso o Supremo Tribunal Federal. Tudo igual. Lá e cá. Com Dilma e Lula & Temer e Moreira. Isso é desvio de finalidade. É falta de lealdade. É imoralidade presidencial, cassável pela Justiça, como aconteceu com Dilma-Lula.

SITUAÇÕES DIFERENTES – Moreira ainda teve a audácia de dizer que as situações são diferentes. Que Lula não integrava o governo. E que ele — Moreira — já fazia parte da equipe de Temer. Desculpa esfarrapada e sem o menor sustentáculo jurídico. O que interessa saber é se Lula e Moreira estavam na lista dos delatores da Lava Jato. A resposta é afirmativa.

Moreira foi citado na delação da Odebrecht (coitado do Bertold Brecht, que péssima ode compuseram para ele, que não merecia) 34 vezes. Bastava uma citação. O princípio da presunção de inocência só serve e só é válido para o Direito Penal. Para o Direito Administrativo, não. Funcionário sobre o qual paira suspeita de desonestidade é para ser afastado imediatamente, até prova em contrário. E se funcionário não for, nem pode ser chamado ou convocado para servir à Administração.
Posted in J. Béja
http://www.tribunadainternet.com.br/

Homicídio e tentativa de morte são registrados pela PM em Juiz de Fora

04/02/2017 09h10 - Atualizado em 04/02/2017 09h10

Do G1 Zona da Mata

Um homicídio e uma tentativa de morte foram registrados em Juiz de Fora na noite desta sexta-feira (3) e madrugada de sábado (4). Em ambos crimes, as vítimas foram atingidas por disparos de arma de fogo e os suspeitos fugiram.

O primeiro crime aconteceu no Bairro Vila Ideal, por volta das 22h. Segundo a Polícia Militar (PM), uma testemunha chamou a viatura ao encontrar um jovem de 17 anos caído na rua Olegário Pinto. A vítima foi levada ao Hospital de Pronto Socorro e foram constatadas duas perfurações no lado esquerdo do tórax. Para os militares, o jovem relatou que conhece os autores, que estão foragidos e são procurados pela polícia.

Por volta de meia-noite, um homicídio foi registrado no Bairro Bela Aurora. Conforme a ocorrência, a PM foi chamada à Rua Pedro Castegliani e encontraram um homem de 45 anos caído em um beco, que fica ao lado de um centro de recuperação de dependentes químicos.

De acordo com a polícia, o Samu foi acionado e constatou a morte. A vítima estava foi baleada na cabeça e morreu no local. O corpo foi levado para o Instituto Médico Legal (IML). As causas do crime não foram esclarecidas e nenhum suspeito identificado.

Ônibus carregado de drogas é flagrado na MG-353; motorista é preso

04/02/2017 09h48 - Atualizado em 04/02/2017 10h14

Do G1 Zona da Mata

Drogas foram apreendidas em ônibus em abordagem no posto da PMR em Juiz de Fora (Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Um homem de 30 anos foi detido em Juiz de Fora ao ser flagrado transportando 350 quilos de maconha em tabletes e 19 quilos de pasta base de cocaína em um ônibus de viagem. Ele foi abordado durante fiscalização de rotina no posto da Polícia Militar Rodoviária (PMR), na MG-353, do Bairro Grama, na noite de sexta-feira (3).

A droga, que havia sido embalada com balões de festa, estava escondida no bagageiro do veículo. Foi descoberto ainda que o motorista é inabilitado e o licenciamento do ônibus com placas de Uberlândia , no Triângulo Mineiro, é de 2015.

Durante o registro da ocorrência, o homem fugiu para um matagal perto do posto. Foi feito rastreamento, com apoio da Polícia Militar e do Canil. O homem foi encontrado e detido perto da entrada de uma granja na região.

A PMR disse que motorista esteve no Bairro de Paraisópolis, em São Paulo e viajava para Viçosa . Não havia passageiros no ônibus, que foi removido para pátio credenciado. O motorista inabilitado, a droga e R$ 912 em dinheiro, um celular e documentos apreendidos foram encaminhados para a Delegacia de Polícia Civil, em Santa Terezinha.

Droga estava em ônibus com placas de Uberlândia 
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

MPE quer que PMs indenizem assaltantes; soldado faz post de repúdio

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Sandra Carvalho
Publicado 03/02/2017 09:30:13
O Ministério Público do Estado (MPE) ingressou na Justiça pedido de pagamento de um salário mínimo por abuso de autoridade contra quatro suspeitos de assalto a uma concessionária em Cuiabá. Cinco policiais militares são alvos da ação aberta pela 20ª Promotoria de Justiça de Criminal, e podem ser condenados a pagar R$ 880 aos investigados ou prestar dois meses de serviços comunitários.

A audiência de apresentação de caso foi realizada nesta quinta-feira (2) no Juizado Especial Unificado de Cuiabá. Na ação, o promotor Roosevelt Pereira Cursine pede o pagamento de um salário mínimo para cada suspeito envolvido na ocorrência. Caso a proposta seja indeferida, a promotoria requer a realização de serviços à comunidade por um período de dois meses. Cursine entendeu que houve abuso de autoridade na abordagem dos policiais aos três suspeitos de assalto.

O caso ocorreu no dia 17 de outubro do ano passado, quando três homens armados invadiram a concessionária Borges Veículos, em Cuiabá, e renderam proprietários, funcionários e clientes no local enquanto roubavam objetos e uma caminhonete Hilux e fugiram do local em seguida.

Na tentativa de escape, os suspeitos foram perseguidos por duas viaturas da polícia. Durante a perseguição, o motorista da caminhonete perdeu o controle da direção e subiu na calçada.

Com a aproximação dos policiais, os suspeitos sacaram armas e começaram a fazer disparos contra uma viatura da polícia que permanecia na perseguição. Dois de três suspeitos presos foram baleados.

Manifestação
Em post divulgado em redes sociais, o cabo Rodrigo Ribeiro Leite, responsável pela equipe de policiais que fez a prisão, se mostrou indignado com a decisão do Ministério Público em punir os PMs. No texto, ele narra ação de sua equipe na perseguição e fala em “inversão de valores”. O Circuito Mato Grosso falou com o cabo Ribeiro Leite, que confirmou sua indignação. 

“O Ministério Público ordenou que eu e as outras guarnições paguem um salário mínimo para os bandidos, porque eles foram torturados, que a PM agiu com truculência. Ainda, o bandido que eu consegui pegar, deu nome errado, depois lembrou seu nome no Ministério Público, e o bandido ainda tem credibilidade perante a sociedade? “, disse.

Confira o post na íntegra:
Imaginem só, o que nos PMs sofremos por várias inversão de valores, uma ocorrência padrão, roubo na Borges veículos, elementos invadiram a loja armados e truculentos com as vítimas, estavam os proprietários, clientes e funcionários da loja, foram subtraído vários pertences como anéis, celulares, relógios, documentos, é uma Hilux branca do proprietário. A minha Guarnição escutou no rádio uma Viatura do Cb. Toninho, informando que estava em acompanhamento de uma Hilux branca roubada, e os bandidos bateram a caminhonete e trocou tiro com a guarnição do Cb. Toninho, onde dois dos 4 elementos foram baleados, um na perna, e outro no pé, e uns dos 4 evadiu em direção a Av. do CPA, foi quando a minha Guarnição estava próximo aí eu com a minha astúcia e visão aguçada, consegui ver o outro foragido, prendemos e recuperamos um revólver calibre 38, e logo depois encaminhamos os 3 detidos e um foragido, recuperamos todos os pertences das 7 vítimas, só ficou com o prejuízo foi o dono, pois sua caminhonete os bandidos bateram.

Aí fui hoje em uma audiência no Jecrim, aí vi uma coisa que nunca tinha visto em 14 anos de PM, O Ministério público ordenou que eu e as outras Guarnições, temos que pagar um salário mínimo para os bandidos, porque eles foram torturados, que a PM agiu com truculência, ainda o bandido que eu consegui pegar, deu nome errado, depois lembrou seu nome no Ministério público, e o bandido ainda tem credibilidade perante a sociedade? O dono da loja levou um prejuízo de quase 20 mil reais para arrumar a caminhonete, todos eles foram torturados psicologicamente, chamados de vagabundos e em todo o momento falavam que iam matar, depois da ocorrência o Ministério Público ordena que os PMs que estavam na ação, indenizam os bandidos? País de inversão de valores.

Como PMs trabalham desse jeito, o que fazer?

Cb. Ribeiro Leite

http://circuitomt.com.br/editorias/juridico/102302-mpe-pede-indenizaaao-a-policiais-por-abuso-de-autoridade-contra-s.html

Justiça derruba condenação de Levy Fidelix por fala contra gays

Por Da redação
3 fev 2017, 17h22
O presidente do PRTB, Levy Fidelix (Ivan Pacheco/VEJA.com)

O Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou nesta quinta-feira a sentença que condenou o presidente do PRTB, Levy Fidelix, a pagar 1 milhão de reais em danos morais por ter feito declarações consideradas homofóbicas durante um debate eleitoral em rede nacional, em 2014.

A decisão foi tomada pela 4ª Câmara de Direito Privado do TJ-SP, mas o acórdão, com a fundamentação, ainda não foi publicado. Segundo o portal Consultor Jurídico, o colegiado entendeu que as declarações de Fidelix são protegidas pelo direito da liberdade de expressão.

No debate de presidenciáveis organizado pela TV Record no dia 28 de setembro de 2014, Fidelix relacionou a homossexualidade à pedofilia e disse que gays precisavam de atendimento psicológico “bem longe daqui”.

“Aparelho excretor não reproduz (…) Como é que pode um pai de família, um avô ficar aqui escorado porque tem medo de perder voto? Prefiro não ter esses votos, mas ser um pai, um avô que tem vergonha na cara, que instrua seu filho, que instrua seu neto. Vamos acabar com essa historinha. Eu vi agora o santo padre, o papa, expurgar, fez muito bem, do Vaticano, um pedófilo. Está certo!”, disse o então candidato à presidência da República Levy Fidelix, após ser questionado pela candidata Luciana Genro (PSOL) sobre a violência sofrida pela comunidade LGBT (acrônimo de lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgênero).

Na tréplica, Fidelix ainda prosseguiu dizendo que “esses que têm problemas realmente sejam atendidos no plano psicológico e afetivo, mas bem longe da gente, bem longe mesmo porque aqui não dá”, afirmou.

A Defensoria Pública de São Paulo, que propôs a ação, informou que vai recorrer da decisão, assim que ela for publicada no processo. O dinheiro seria revertido a ações de promoção de igualdade da população LGBT.

A decisão de primeira instância — que foi anulada agora — foi expedida pela juíza Flavia Poyares Miranda em março de 2015. Ela escreveu que Fidelix “ultrapassou os limites da liberdade de expressão, incidindo sim em discurso de ódio, pregando a segregação do grupo LGBT”.

À Justiça, o candidato afirmou que não incitou o ódio, mas sim manifestou seu pensamento em debate eleitoral televisivo.

http://veja.abril.com.br/politica/justica-derruba-condenacao-de-levy-fidelix-por-fala-contra-gays/