segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Cerca de 16 mil alunos voltam às aulas na UFJF em Juiz de Fora

09/01/2017 08h23 - Atualizado em 09/01/2017 08h23

Do G1 Zona da Mata

As aulas na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) retornam no campus em Juiz de Fora nesta segunda-feira (9). Por causa da greve dos professores, o calendário letivo foi suspenso entre novembro e dezembro do ano passado. São esperados cerca de 16 mil estudantes para conclusão das atividades do segundo semestre letivo de 2016. A reposição está prevista para terminar em 6 de fevereiro. No campus de Governador Valadares, a reposição começou em 3 de janeiro e vai até 22 de março.

No campus sede, setores como o Restaurante Universitário (RU) e a Central de Atendimento (CAT) também voltam a atender aos alunos nos horários regulares. Já a Biblioteca Central funcionará das 8h às 17h, em janeiro. As bibliotecas setoriais poderão sofrer alterações nos horários de funcionamento durante o período de reposição.

O calendário acadêmico da graduação na UFJF para este ano depende de reunião do Conselho de Graduação (Congrad), a ser agendada ainda este mês. O Colégio de Aplicação João XXIII, atualmente também em período letivo, já definiu o calendário para 2017 para não afetar os estudantes do 3º ano do ensino médio. Alunos ocuparam a escola entre 26 de outubro e 18 de dezembro.

As solenidades de colação de grau unificadas serão realizadas entre os dias 15 e 17 de fevereiro no Cine-Theatro Central, às 19h, e outra às 21h. Cerca de 1.600 formandos se inscreveram para as formaturas referentes ao segundo semestre de 2016. Nesta segunda (9), os representantes dos cursos que terão alunos colando grau devem comparecer à Diretoria de Imagem Institucional, localizada no prédio da Reitoria, para a reunião com a equipe de cerimonial.

Greve
Os professores entraram em greve no dia 25 de novembro e encerraram o movimento em 14 de dezembro de 2016. Os docentes eram contrários à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que estabelece limite para o aumento dos gastos públicos pelos próximos 20 anos. Pelo mesmo motivo, servidores técnico-administrativos paralisaram atividades até 14 de dezembro e alunos ocupam a Reitoria desde 26 de outubro, também contrários às medidas que podem interferir no ensino médio.

Jovem é baleado e morre na Avenida JK em Juiz de Fora

09/01/2017 07h44 - Atualizado em 09/01/2017 07h44
Do G1 Zona da Mata

Um rapaz de 24 anos morreu após ser baleado na Avenida Juscelino Kubitschek, na altura do Bairro Barreira do Triunfo, no fim da manhã de domingo (8). A Polícia Militar (PM) recebeu informação de que o jovem ferido estava caído na rua. A equipe do Serviço de Atendimento Médico de Urgência (Samu) foi acionada, mas ele já estava morto.

A perícia esteve no local e confirmou que o rapaz foi atingido por três disparos. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Juiz de Fora.

De acordo com relato de parentes à PM, a vítima teve uma discussão com dois homens, que não foram localizados.

O caso será encaminhado para investigação na Polícia Civil.

Um grande negócio: Custo por preso é 60% maior em penitenciárias privatizadas


Charge do Fred (achargedofred.com.br)

Litza Mattos
O Tempo

A crise do sistema prisional brasileiro foi agravada nos primeiros dias do ano por uma onda de rebeliões que provocou a morte de 95 pessoas em presídios superlotados do país. Nos últimos anos, o déficit de mais de 250 mil vagas e o mau funcionamento do encarceramento fizeram o poder público apostar nas privatizações como solução para o caos nas unidades penais.

A aposta, porém, vem sendo criticada, pois segue na contramão de países que lideram o ranking de população carcerária, como os Estados Unidos, que decidiram estatizar seus presídios privatizados há décadas ao constatar problemas nesse sistema.

No Brasil, os maus exemplos ficaram evidentes com as 56 mortes no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, em Manaus, administrado pela empresa privada Umanizzare, também responsável pela concessão de outros cinco presídios no Amazonas. Em Alagoas, o presídio privatizado Girau do Ponciano também convive com fugas, assim como a Penitenciária Industrial de Guarapuava (PIG), no Paraná, que no passado já foi considerada modelo.

VOLTAR ATRÁS – De acordo com o pesquisador da ONG Human Rights Watch no Brasil César Muñoz, uma das recomendações passa pela retomada do controle das unidades. Segundo ele, existe uma lentidão grande no sistema judicial, e a privatização não impede a superlotação.

“Os agentes penitenciários recebem baixos salários, têm alta rotatividade, e as condições de trabalho são precárias. No Maranhão, vi monitores dormindo no refeitório”, conta.

O fato de a transferência de gestão não diminuir os custos também já foi constatado pelo relatório final da CPI do Sistema Carcerário. O documento que defendia a implantação do modelo de parceria público-privada para manter os presídios brasileiros mostrou que, na época, 13.865 pessoas estavam detidas nas 24 unidades de presídios com gestão ou participação privada, a um custo mensal médio de R$ 4.006,77 por preso – 60% maior que o custo nos presídios estaduais.

INCONSTITUCIONAL – A Pastoral Carcerária considera “inconstitucional e absolutamente intolerável qualquer espécie de delegação da gestão prisional à iniciativa privada”. Para o coordenador nacional da Pastoral, padre Valdir João Silveira, as privatizações engoliram bilhões do poder público, piorando o sistema penitenciário. “Quando o presídio é privatizado, a empresa que toma conta não o faz por caridade nem pelo compromisso com a ressocialização, mas visa transformar o preso em moeda de lucro”, critica.

Levando em conta que o país tem 607 mil presos, dados do Ministério da Justiça mostraram que o país gastaria em torno de R$ 29,1 bilhões ao ano para manter todos os detidos do país em locais privados.

Para a pesquisadora sobre penitenciárias Elaine Mara da Silva, no país em que “bandido bom é bandido morto”, a privatização também assusta do ponto de vista da garantia dos direitos humanos dos presos. “Esse modelo vem com uma proposta, mas acabou percorrendo outro caminho, virando uma máquina de fazer dinheiro, em que o sistema prisional se tornou mais uma oportunidade de os governos se eximirem de suas obrigações”, concluiu.

SITUAÇÃO CRÍTICA – Os piores presídios, segundo a ONG Justiça Global e a Pastoral Carcerária:

Maranhão: Complexo de Pedrinhas; Rio Grande do Sul: Presídio Central de Porto Alegre; Pernambuco: Complexo do Curado; Rondônia: Presídio Urso Branco; São Paulo: Centros de Detenção Provisória – Osasco 1; Amazonas: Cadeia Pública Vidal Pessoa.

Esse é o Brasil do ideal progressista. Ladrões de sindicato transformaram nosso país em um sindicato de ladrões.

DOMINGO, 8 DE JANEIRO DE 2017


O texto abaixo, supostamente assinado por agentes federais, saiu no Facebook e reproduzo aqui. Seja ou não de agentes (e me parece que não é - não vejo relação desse horror com a Escola de Frankfurt), vai na jugular:

Repassando conforme: "A família de RAFAEL MOREIRA SILVA será indenizada pelo estado do Amazonas. A família do senhor que ele matou, em um assalto, quando voltava da igreja, não foi.

A família de RAIJEAN ENCARNAÇÃO MEDEIROS será indenizada pelo estado do Amazonas. As famílias dos menores que ele aliciou, e das mulheres que ele estuprou, não foram.

A família de ERRAILSON RAMOS MIRANDA será indenizada pelo estado do Amazonas. A família da garotinha de 4 ANOS, que ele ESTUPROU e DEGOLOU, não foi.

A família de FRANCISCO PEREIRA PESSOA FILHO será indenizada pelo estado do Amazonas. A família da menina de 14 ANOS, que ele estuprou e matou com 15 FACADAS, não foi. 

A família de ARTUR GOMES PERES JUNIOR será indenizada pelo estado do Amazonas. As suas 15 VITIMAS, a quem ele ESTUPROU E CONTAMINOU COM HIV, não foram.

Esse é o retrato do nosso Brasil do século XXI. O retrato perfeito do ideal de Marcuse. Um país cartilhado pela Escola de Frankfurt.

Aqui, nessa república de bananas, de povo sem voz e sem vez, ser bandido virou profissão.

Tem associação, tem direitos. Os vagabundos viraram vítimas, as vítimas viraram estatística. Jornalecos anunciam, em tom sensacionalista: MORRE UM PRESO, POR DIA, NO BRASIL. Só que esquecem de dizer que, nesse mesmo dia, morrem 166 CIDADÃOS, vítimas da criminalidade.

Dizem que o Brasil tem algumas das piores cadeias do mundo, mas esquecem de dizer que, hoje, o lugar mais seguro do país é atrás das grades. Esse é o Brasil do ideal progressista. Ladrões de sindicato transformaram nosso país em um sindicato de ladrões.

Vergonha !

Agentes Federais do Brasil"

http://otambosi.blogspot.com.br/

domingo, 8 de janeiro de 2017

Há 25 facções criminosas envolvidas na guerra travada entre o PCC e o CV


Deu no Estadão

As facções criminosas PCC (Primeiro Comando da Capital) e Comando Vermelho disputam o domínio do tráfico de drogas nas fronteiras do País. Por isso, estão em guerra e buscam aliados do crime em todos os Estados.

Na última semana, mais de 90 presos foram brutalmente assassinados em massacres ocorridos em penitenciárias do Amazonas e de Roraima. No total, segundo autoridades que investigam o crime organizado, pelo menos mais 25 facções criminosas participam dessa disputa, apoiando o PCC ou o CV.

Enquanto a facção paulista, após matar o narcotraficante Jorge Rafaat – que era o grande intermediário entre traficantes paraguaios e brasileiros -, em junho de 2016, passou a dominar o tráfico de drogas e de armas na fronteira com o Paraguai, o CV, via Família do Norte (FDN), controla o tráfico na fronteira com o Peru, no caminho conhecido como Rota Solimões.

Segundo delegados e promotores, os grupos criminosos querem o controle das duas fronteiras.

De acordo com o procurador de Justiça Marcio Sérgio Christino, especialista em investigações sobre o crime organizado, PCC e CV firmaram aliança no final dos anos 1990. Naquela época, a facção paulista começou a vender drogas no Rio por “atacado” e, ao mesmo tempo, passou a investir o dinheiro do crime na expansão de atividades em outros Estados, formando parcerias com grupos locais.

“Percebemos que o PCC dava aos bandidos locais a estrutura e noção de organização que eles não tinham. Por isso, acabou ganhando inúmeros simpatizantes em vários Estados. Isso fez a facção crescer e se expandir. Enquanto o CV consolidou o domínio na maioria dos morros do Rio, principais mercados de consumo de drogas no País”, diz Christino.

Com um exército de 10 mil homens – 7 mil nos presídios e 3 mil nas ruas -, o PCC se tornou a principal facção criminosa do Brasil e movimenta, segundo o Ministério Público Estadual (MPE), 40 toneladas de cocaína e R$ 200 milhões por ano.

Esse comportamento, porém, trouxe inimigos dentro do crime, que são facções menores concentradas principalmente no Norte e Nordeste. “Os bandidos rivais de São Paulo estão em facções menores que não fazem diferença no cenário da criminalidade do Estado”, afirma Christino.

Para o procurador, com a morte de Rafaat, que foi assassinado com tiros de metralhadora calibre .50 (capaz de derrubar um helicóptero), o Comando Vermelho acabou virando dependente do PCC no tráfico na fronteira com o Paraguai. “A partir desse momento, a aliança foi rompida. E as consequências estão aparecendo, que são os massacres nos presídios”, afirma o procurador.

Para o promotor Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), o CV percebeu a necessidade de fazer alianças com outros grupos criminosos para enfrentar o PCC. O grupo do Rio então se aliou à FDN, facção que comanda o crime no Amazonas e domina a cobiçada Rota Solimões, e determinou a morte de membros do PCC em cadeias do Norte. O CV também fez aliados em outros Estados do Norte e Nordeste.

Em contrapartida, a facção paulista ganhou mais força nas regiões Sul e Sudeste do País, principalmente no Paraná e Mato Grosso, o que consolidou o domínio na fronteira com o Paraguai.

Acredite se quiser: 50 novos partidos aguardam registro na Justiça Eleitoral


Charge do Jorge Braga, reproduzida da Charge Online

Mariana Diegas e Valmar Hupsel Filho
Estadão

No último dia útil de 2016, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) registrou o 50.º pedido para criar uma agremiação política no Brasil, o Partido Democrático dos Servidores Públicos (PDSP). Além desta, outras 49 aguardam análise da corte para saber se poderão participar de disputas e ter acesso a um quinhão do Fundo Partidário, mesmo após o Senado aprovar medida que restringe os direitos de siglas que não atingirem patamar mínimo de votos.

O Estado procurou representantes de todas essas siglas e, dos 25 que responderam, indicaram que a chamada cláusula de barreira não vai inibir que iniciativas como a dos entusiastas do PDSP continuem a prosperar no País. A maior parte dos postulantes afirma não temer as implicações da nova regra e nenhum deles pretende desistir do pedido no TSE.

“Essa barreira não nos atinge”, afirma José Eloy da Silva, presidente do Partido da Mobilização Popular (PMP). “Os partidos podem até diminuir, mas não vão acabar”, diz.

EXIGÊNCIAS – A cláusula de barreira, aprovada na Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma política, determina que cada sigla obtenha, no mínimo, 2% dos votos válidos no País para ter direito à verba do Fundo Partidário e ao tempo de propaganda em rádio e TV. A meta deve ser alcançada em pelo menos 14 Estados e, a partir de 2022, o porcentual aumenta para 3%. Para valer em 2018, porém, a proposta ainda precisa passar pela Câmara, que nem sequer começou a discuti-la.

Para Andréa Freitas, cientista política da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), o número considerado excessivo de partidos se deve a erros do próprio TSE, que em 2012 permitiu que o recém-criado PSD tivesse acesso a uma fatia maior do Fundo Partidário.

“Depois da explosão de partidos em 2012 ou 2013, é muito necessário que a gente limite o acesso de dinheiro a quem não tem representação. Partido virou uma máquina. Você cria partidos para fazer negócio, quando deveria ser criado se o sujeito olha para a política e vê falta de representação”, afirma.

‘BRECHA’ – Um dos pontos da PEC usado como argumento para que siglas continuem a se proliferar no País é a criação das federações de partidos, que substituiriam as atuais coligações. Com isso, legendas que não atingirem o mínimo de votos podem se unir e ter funcionamento parlamentar como um bloco. Assim, também têm acesso a recursos do Fundo Partidário.

“A dificuldade não vai nos parar. Estamos prontos para aproveitar todas as brechas do sistema para conseguir criar e implementar o partido”, afirma César Augusto Alves de Lima, presidente do Partido Universal do Meio Ambiente (Puma), outra das agremiações na fila do TSE.

A ideia, porém, não agrada a todos os partidos em formação. “Não vamos nos unir a ninguém”, diz Capitão Augusto, idealizador do Partido Militar Brasileiro (PMBR). Esta e outras legendas, como Renovar (RNV), Partido de Organização Democrática dos Estudantes (Pode) e Partido do Esporte (PE) se consideram “ideológicas”.

VAI DIFICULTAR – Na avaliação de José Paulo Martins Júnior, coordenador do curso de Ciência Política da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio), se vier a ser aprovada na Câmara, a PEC não vai impedir a criação de novos partidos, mas dificultar a consolidação deles.

“Com fraco desempenho eleitoral, não terão acesso aos recursos do Fundo Partidário e ao horário gratuito de propaganda eleitoral”, diz Martins Júnior. “Essa medida tende a ser benéfica para os governos, pois vai diminuir os custos para compor uma coalizão governamental, e para os eleitores, uma vez que as distinções entre os partidos tendem a se tornar mais nítidas.”

DIVISÃO DO DINHEIRO – A maior parte do dinheiro do fundo (95%), que é alimentado com recursos da União, é dividido de acordo com a representatividade da legenda na Câmara. No ano passado, por exemplo, o PT recebeu a maior fatia (R$ 98 milhões), pois foi o partido que mais elegeu deputados na disputa de 2014.

Os outros 5% são divididos igualmente entre todas as legendas com registro. Assim, mesmo sem eleger parlamentares, o Partido da Mulher Brasileira (PMB) e o Partido Novo receberam R$ 1 milhão cada em 2016.

Outro fator relacionado ao grande número de pedidos para criar partidos é o aumento do valor do fundo. No mesmo ano em que o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu doações empresariais a campanhas, os repasses para financiar as legendas cresceram 138%. Em 2015, o valor chegou a R$ 867 milhões. No ano anterior, haviam sido repassados R$ 308 milhões.

Criminosos fazem barreira na BR-040 em MG e motorista morre com tiro

08/01/2017 12h05 - Atualizado em 08/01/2017 12h05

Vanessa Pires
Do G1 Zona da Mata

Um homem morreu depois de ser baleado por criminosos na BR-040, em Juiz de Fora, na noite de sábado (7). Conforme as primeiras informações da Polícia Rodoviária Federal (PRF), um grupo tentou bloquear o trânsito próximo ao km 779, sentido Rio de Janeiro, para roubar veículos que passavam pelo local.

A PRF contou que os autores colocaram galhos na pista para que os motoristas diminuíssem a velocidade. Um homem que dirigia uma Saveiro foi abordado e levou um tiro no pescoço. A polícia não informou se ele reagiu ou por qual motivo foi baleado.

Durante o fato, a Polícia Militar foi chamada para dar apoio e informou que a vítima chegou a ser socorrida pelo Samu, mas não resistiu aos ferimentos. Os criminosos fugiram do local. A PRF informou que mais detalhes sobre o crime serão repassados nesta segunda-feira (9).

Contas de telefone ficam mais caras a partir deste mês após mudança no ICMS

08/01/2017 08h49
Brasília
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil

Decisão do Supremo Tribunal Federal determinou que as empresas de telefonia fixa e móvel recolham o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre o valor da assinatura básica mensal - Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O ano começou com aumento no custo da telefonia em todo o país. Decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) determinou que as empresas de telefonia fixa e móvel recolham o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o valor da assinatura básica mensal. Os valores variam de acordo com o estado e o tipo de plano oferecido pelas operadoras. As empresas de telefonia que ainda não recolhiam o imposto estão comunicando aos clientes o reajuste dos planos.

De acordo com a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), não se trata de aumento de tarifa ou preço de serviços. Em nota, a agência reguladora esclarece que o reajuste dos planos básicos das concessionárias de telefonia ocorre anualmente e é homologado sem o acréscimo de impostos. O último reajuste aprovado pela Anatel foi em setembro de 2016.

O valor recolhido pelas operadoras com o imposto é repassado aos estados. A cobrança do ICMS é feita conforme regras definidas pelas secretarias de Fazenda estaduais, que definem a alíquota de ICMS que incidirá sobre os serviços de telecomunicações. Segundo o SindiTelebrasil, as prestadoras de telecomunicações apenas recolhem os tributos cobrados sobre os serviços e repassam integralmente aos cofres públicos.

“Nesse sentido, as prestadoras cumprem decisão da Justiça e dos governos estaduais, que definem as alíquotas a serem aplicadas. Cada prestadora está seguindo uma agenda adequada para informar aos clientes sobre a incidência do ICMS. Só no ano passado, foram recolhidos aos cofres estaduais R$ 34 bilhões de ICMS sobre serviços de telecomunicações", diz a entidade em nota. De acordo com o SindiTelebrasil, a carga tributária do país é uma das maiores do mundo e representa cerca de 50% da conta dos serviços.

Segundo a Anatel, a cobrança do ICMS é obrigatória pelas empresas prestadoras de serviço de telecomunicações e o acréscimo é repassado aos consumidores, independentemente do plano adquirido.

STF
A questão chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de um recurso do governo do Rio Grande do Sul, que recorreu de decisão da Justiça gaúcha. No julgamento, o Tribunal de Justiça entendeu que o serviço de assinatura básica oferecido pelas operadoras aos consumidores não pode sofrer incidência do ICMS por tratar-se de um serviço complementar.

Por 7 votos a 2, seguindo voto do relator, ministro Teori Zavascki, o STF entendeu que a assinatura básica faz parte da prestação do serviço de telefonia e, dessa forma, o imposto deve ser cobrado.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Cerimônias fúnebres de Mário Soares começam nesta segunda em Lisboa

08/01/2017 19h30
Lisboa
Marieta Cazarré - Correspondente da Agência Brasil

Mário Soares será lembrado em cerimônias fúnebres em Lisboa Mario Cruz/ Lusa/ Todos os Direitos Reservados

Nestas segunda (9) e terça-feira (10), a cidade de Lisboa, capital de Portugal, terá um esquema especial de trânsito devido ao cortejo fúnebre de Mário Soares, ex-presidente do país e um dos maiores nomes da democracia portuguesa.

Mário Soares morreu ontem (7), aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital da Cruz Vermelha desde o dia 13 de dezembro.

O cortejo sairá amanhã da residência de Mário Soares, no Campo Grande, em Lisboa, por volta das 11h. De lá, segue para o Mosteiro dos Jerônimos, passando pela Câmara Municipal da cidade. O corpo de Soares será recebido com honras militares e velado no Mosteiro dos Jerônimos, onde ficará em câmara ardente durante todo o dia. O velório será aberto ao público para visitação.

No dia seguinte, terça-feira (10), o cortejo sairá do Mosteiro dos Jerônimos no início da tarde em direção ao Cemitério dos Prazeres, com previsão de paradas breves em frente ao Palácio de Belém, Assembleia da República, Fundação Mário Soares e sede do Partido Socialista. O enterro será restrito aos familiares.

Mário Soares nasceu em 7 de dezembro de 1924, em Lisboa. Foi advogado, fundou o Partido Socialista, lutou contra aditadura, foi preso e exilou-se em Paris. De volta a Portugal, foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro. Encabeçou a adesão de Portugal à Comunidade Econômica Europeia em 1977, tendo assinado o tratado em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e governou por dois mandatos, até 1996.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Ministro da Justiça convoca reunião com secretários de segurança de todo país


08/01/2017 18h58
Brasília
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, convocou hoje (8) uma reunião com todos os secretários estaduais de segurança pública do país. O encontro está marcado para o dia 17 de janeiro, em Brasília, e terá a participação dos presidentes dos Colégios de Secretários de Justiça e Assuntos Penitenciários, Lourival Gomes (SP), e de Segurança Pública, Jeferson Portela (MA).

A medida ocorre após uma semana marcada por rebeliões em presídios brasileiros que causaram ao menos 100 mortes em unidades do Amazonas e Roraima.

Por meio de nota, o Ministério da Justiça informa que serão discutidas medidas imediatas para a crise do sistema penitenciário, "a partir dos relatórios que estão sendo produzidos, e a implantação das medidas previstas no Plano Nacional de Segurança”. Entre as principais iniciativas está a criação de 27 núcleos de inteligência e o cronograma de execução dos recursos federais liberados no final do ano passado.

Hoje o governo autorizou ajuda federal aos estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. As autorizações atendem a pedidos feitos pelos governos relacionados ao sistema prisional. Ao Amazonas foi autorizada a ajuda da Força Integrada de Atuação no Sistema Penitenciário, que atua no ordenamento de unidades. Já o governo de Rondônia pediu mais investimentos para equipar e manter presídios. Ao Mato Grosso, o ministro da Justiça autorizou o envio de equipamentos de segurança para instalação nas prisões. Em relação a Roraima, onde 33 presos morreram na sexta-feira (6), o ministério disse que ainda não houve contato do governo do estado e que o ministro aguarda a solicitação.

Roraima e Amazonas
Nesta semana, diferentes episódios em unidades prisionais no Amazonas e em Roraima deixaram cerca de 100 mortos. Uma rebelião envolvendo presos de facções rivais, iniciada no último dia 1º, resultou na morte de pelo menos 56 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a chacina no Compaj ocorreu após um confronto entre facções rivais que disputam o controle de atividades ilícitas na região amazônica: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Aliada ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, a FDN domina o tráfico de drogas e o interior das unidades prisionais do Amazonas. Hoje (8), mais quatro presos foram mortos pelos próprios internos em tumultuo na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, também em Manaus.

Já em Roraima, 33 detentos morreram na Penintenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), zona rural de Boa Vista, também em um confronto entre internos. Segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no caso de Boa Vista as mortes foram resultado de um acerto de contas entre integrantes da mesma facção, o PCC.

Plano Nacional de Segurança
Esta semana o governo lançou as diretrizes do Plano Nacional de Segurança Pública, que tem como um dos focos modernizar o sistema penitenciário. Está prevista a construção de cinco novos presídios federais para abrigar detentos de alta periculosidade. No lançamento, Moraes também defendeu o fortalecimento de medidas alternativas ao encarceramento, como o uso de tornozeleiras eletrônicas e restrição de direitos, para reduzir a população carcerária.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil