domingo, 8 de janeiro de 2017

Cerimônias fúnebres de Mário Soares começam nesta segunda em Lisboa

08/01/2017 19h30
Lisboa
Marieta Cazarré - Correspondente da Agência Brasil

Mário Soares será lembrado em cerimônias fúnebres em Lisboa Mario Cruz/ Lusa/ Todos os Direitos Reservados

Nestas segunda (9) e terça-feira (10), a cidade de Lisboa, capital de Portugal, terá um esquema especial de trânsito devido ao cortejo fúnebre de Mário Soares, ex-presidente do país e um dos maiores nomes da democracia portuguesa.

Mário Soares morreu ontem (7), aos 92 anos. Ele estava internado no Hospital da Cruz Vermelha desde o dia 13 de dezembro.

O cortejo sairá amanhã da residência de Mário Soares, no Campo Grande, em Lisboa, por volta das 11h. De lá, segue para o Mosteiro dos Jerônimos, passando pela Câmara Municipal da cidade. O corpo de Soares será recebido com honras militares e velado no Mosteiro dos Jerônimos, onde ficará em câmara ardente durante todo o dia. O velório será aberto ao público para visitação.

No dia seguinte, terça-feira (10), o cortejo sairá do Mosteiro dos Jerônimos no início da tarde em direção ao Cemitério dos Prazeres, com previsão de paradas breves em frente ao Palácio de Belém, Assembleia da República, Fundação Mário Soares e sede do Partido Socialista. O enterro será restrito aos familiares.

Mário Soares nasceu em 7 de dezembro de 1924, em Lisboa. Foi advogado, fundou o Partido Socialista, lutou contra aditadura, foi preso e exilou-se em Paris. De volta a Portugal, foi ministro dos Negócios Estrangeiros e primeiro-ministro. Encabeçou a adesão de Portugal à Comunidade Econômica Europeia em 1977, tendo assinado o tratado em 1985. Em 1986, ganhou as eleições presidenciais e governou por dois mandatos, até 1996.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

Ministro da Justiça convoca reunião com secretários de segurança de todo país


08/01/2017 18h58
Brasília
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil

O ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, convocou hoje (8) uma reunião com todos os secretários estaduais de segurança pública do país. O encontro está marcado para o dia 17 de janeiro, em Brasília, e terá a participação dos presidentes dos Colégios de Secretários de Justiça e Assuntos Penitenciários, Lourival Gomes (SP), e de Segurança Pública, Jeferson Portela (MA).

A medida ocorre após uma semana marcada por rebeliões em presídios brasileiros que causaram ao menos 100 mortes em unidades do Amazonas e Roraima.

Por meio de nota, o Ministério da Justiça informa que serão discutidas medidas imediatas para a crise do sistema penitenciário, "a partir dos relatórios que estão sendo produzidos, e a implantação das medidas previstas no Plano Nacional de Segurança”. Entre as principais iniciativas está a criação de 27 núcleos de inteligência e o cronograma de execução dos recursos federais liberados no final do ano passado.

Hoje o governo autorizou ajuda federal aos estados do Amazonas, Rondônia e Mato Grosso. As autorizações atendem a pedidos feitos pelos governos relacionados ao sistema prisional. Ao Amazonas foi autorizada a ajuda da Força Integrada de Atuação no Sistema Penitenciário, que atua no ordenamento de unidades. Já o governo de Rondônia pediu mais investimentos para equipar e manter presídios. Ao Mato Grosso, o ministro da Justiça autorizou o envio de equipamentos de segurança para instalação nas prisões. Em relação a Roraima, onde 33 presos morreram na sexta-feira (6), o ministério disse que ainda não houve contato do governo do estado e que o ministro aguarda a solicitação.

Roraima e Amazonas
Nesta semana, diferentes episódios em unidades prisionais no Amazonas e em Roraima deixaram cerca de 100 mortos. Uma rebelião envolvendo presos de facções rivais, iniciada no último dia 1º, resultou na morte de pelo menos 56 detentos no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública, a chacina no Compaj ocorreu após um confronto entre facções rivais que disputam o controle de atividades ilícitas na região amazônica: a Família do Norte (FDN) e o Primeiro Comando da Capital (PCC). Aliada ao Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, a FDN domina o tráfico de drogas e o interior das unidades prisionais do Amazonas. Hoje (8), mais quatro presos foram mortos pelos próprios internos em tumultuo na Cadeia Pública Desembargador Raimundo Vidal Pessoa, também em Manaus.

Já em Roraima, 33 detentos morreram na Penintenciária Agrícola de Monte Cristo (Pamc), zona rural de Boa Vista, também em um confronto entre internos. Segundo o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, no caso de Boa Vista as mortes foram resultado de um acerto de contas entre integrantes da mesma facção, o PCC.

Plano Nacional de Segurança
Esta semana o governo lançou as diretrizes do Plano Nacional de Segurança Pública, que tem como um dos focos modernizar o sistema penitenciário. Está prevista a construção de cinco novos presídios federais para abrigar detentos de alta periculosidade. No lançamento, Moraes também defendeu o fortalecimento de medidas alternativas ao encarceramento, como o uso de tornozeleiras eletrônicas e restrição de direitos, para reduzir a população carcerária.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Motoristas e cobradores manifestam contra insegurança em Juiz de Fora

04/01/2017 15h09 - Atualizado em 04/01/2017 15h10

Do G1 Zona da Mata

Motoristas e cobradores manifestam contra insegurança em Juiz de Fora (Foto: Roberta Oliveira/G1)

Motoristas e cobradores do transporte coletivo de Juiz de Fora realizam uma manifestação na tarde desta quarta-feira (4). De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Coletivo (Sinttro), Vagner Evangelista Corrêa, o objetivo é cobrar ações contra o aumento de roubos aos profissionais.

"Convocamos quem estiver parando o serviço ou de folga. Quem está trabalhando continua trabalhando. Não vamos parar o transporte. Não será paralisação, mas uma manifestação", explicou. Ainda não há estimativa de público pela Polícia Militar, que acompanha o ato, nem pelo sindicato.

Os manifestantes saíram em passeata pela pista central da Praça Alfredo Ferreira Lage, no Bairro Manoel Honório, com destino à Câmara Municipal, no Parque Halfeld, no Centro. "Comunicamos à Secretaria de Transporte e Trânsito e à Polícia Militar (PM) para que cuidem do trânsito e da segurança", disse.

Alguns ônibus desviam para as pistas laterais, onde o trânsito está mais lento.

Esta não é a primeira ação da categoria pedindo providências. No dia 23 de dezembro, motoristas e cobradores paralisaram os trabalhos na Avenida Rio Branco, perto do Largo do Riachuelo, após o registro de dez roubos, segundo o Sinttro.
Motorista ficou ferido durante tentativa de invasão
(Foto: Lucas Rodrigues/Arquivo Pessoal)

Insegurança

Nessa segunda-feira (26), o motorista de 68 anos da linha 137, que atende o Bairro Sagrado Coração, foi atingido com uma pedrada durante uma tentativa de invasão por um grupo que identificou um jovem considerado "rival" entre os passageiros na Rua Marciano Pinto.

Ele passou por duas cirurgias e está internado desde 29 de dezembro na Santa Casa. Um jovem de 20 anos foi detido. Outros suspeitos foram identificados, mas não foram localizados.

Operação 'Ponto Final'
Nesta terça (3), um jovem de 21 anos foi reconhecido por vítimas que estavam no ônibus roubado em dezembro no Bairro Marilândia. De acordo com a Delegacia Especializada de Repressão a Roubos, será pedida a prisão dele.


Segundo a Polícia Civil, foram 103 roubos a coletivo entre janeiro e 30 dezembro de 2016.

Escala de pagamento do IPVA começa na segunda-feira (9/1) com desconto para cota única

QUA 04 JANEIRO 2017 14:50 ATUALIZADO EM QUA 04 JANEIRO 2017 14:52

Os contribuintes mineiros que optaram pelo pagamento antecipado do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) 2017 proporcionaram ao Estado de Minas Gerais uma arrecadação de R$ 265,7 milhões até essa terça-feira (3/1). O valor, que inclui quitação em cota única – com 3% de desconto – ou de uma ou duas parcelas, representa 5,7% do total esperado de arrecadação do tributo, que é R$ 4,6 bilhões.

A escala de pagamento do IPVA 2017 começa na próxima segunda-feira, dia 9 - em cota única ou primeira parcela -, para os veículos de final de placa 1 e 2. Os demais finais de placas vencem nos dias 10 (3 e 4), 11 (5 e 6), 12 (7 e 8) e 13 (9 e 0) de janeiro. Quem preferir parcelar o imposto deverá pagar a segunda parcela em fevereiro e a terceira em março.

No dia 31 de março também vence a Taxa de Renovação do Licenciamento Anual de Veículo (TRLAV), cujo valor é R$ 92,66.

O superintendente de Arrecadação e Informações Fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (SEF), Leônidas Marcos Torres Marques, observa que, historicamente, muitos contribuintes optam por antecipar o pagamento do IPVA para aproveitar o desconto de 3% e também evitar preocupação com essa obrigação no período de férias e viagens.

Vantagem
O presidente do Conselho Regional de Economia de Minas Gerais (Corecon/MG), Paulo Bretas, orienta o contribuinte mineiro: “Pagar à vista aproveitando o desconto é sempre a melhor opção. Se você tem o dinheiro, mesmo que na poupança ou em alguma outra aplicação, vale quitar integralmente o IPVA porque nenhum banco dá mais que 3% de rendimento por mês, valor oferecido pelo Governo do Estado para a quitação total do imposto”, diz Bretas.

Segundo o especialista, aqueles que optarem pelo parcelamento em três parcelas devem estar atentos ao impacto desse valor no orçamento familiar até março. “Contrair empréstimo para pagar à vista ou parcelado é a pior solução, por causa dos juros altos”, alerta Bretas.

Expectativa
A expectativa da SEF/MG é que cerca de 30% do IPVA seja pago em cota única, gerando receita de aproximadamente R$ 1,4 bilhão. Outros R$ 500 milhões devem ser arrecadados com a primeira parcela, totalizando R$ 1,9 bilhão, no mês de janeiro.

O valor total do IPVA emitido para 2017 é de R$ 4.645.855.847,89, um incremento de R$ 240 milhões (5,46%), em relação a 2016. A frota também aumentou, no mesmo período, em 337 mil veículos (3,72%), totalizando 9,4 milhões.

Pagamento
O pagamento do IPVA 2017 pode ser feito diretamente nos terminais de autoatendimento ou guichês dos agentes arrecadadores autorizados, bastando informar o número do Renavam do veículo. Os agentes arrecadadores autorizados a receber os tributos são: Banco do Brasil, Mais BB, Banco Postal, Bradesco, Itaú-Unibanco, Mercantil do Brasil, Caixa Econômica Federal, Casas Lotéricas, Santander e Sicoob.

O contribuinte que preferir emitir a guia de arrecadação poderá retirá-la pelo site da SEF/MG ou pessoalmente nas Repartições Fazendárias ou Unidades de Atendimento Integrado (UAI).

Quem deixar de pagar o imposto nos prazos estabelecidos está sujeito a multa de 0,3% ao dia (até o 30º dia), e de 20% após o 30º dia. Os juros são calculados sobre o valor do imposto ou das parcelas, acrescido da multa, pela taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e Custodia (Selic).


Destinação
Do total apurado com o IPVA, 20% são repassados ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais de Educação (Fundeb); 40% ao caixa único do Estado e 40% para o município de licenciamento do veículo.

Alerta
O superintendente de Arrecadação e Informações Fiscais, Leônidas Marcos Torres Marques, alerta aos cidadãos que a Secretaria de Fazenda não envia para os contribuintes nenhum tipo de boleto do IPVA por Correios, e-mail, SMS ou redes sociais, como whatsapp. “Se alguém receber esse tipo de cobrança deve ignorar, pois, caso pague, não estará pagando à Secretaria de Fazenda”, afirma.
Agência Minas

Amazonas sabia de plano de fuga em massa antes de massacre, diz ministro

04/01/2017 13h56
Brasília
Felipe Pontes Teixeira - Repórter da Agência Brasil
Brasília - A presidente do STF, Cármen Lúcia, discute com o ministro da Justiça, Alexandre de Moraes a situação nos presídios do país, principalmente nas unidades dos sistemas penitenciários das regiões Norte e do Nordeste - José Cruz/Agência Brasil

A Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM) possuía informações sobre a possível fuga em massa de presos em penitenciárias do estado entre o Natal e o Ano-Novo, antes do massacre que deixou 56 pessoas mortas em uma penitenciária amazonense. A informação foi confirmada hoje (4) pelo ministro da Justiça, Alexandre de Moraes.

“Nós tivemos informação, governo federal, desses informes de inteligência. Não é obrigação de passar informe de inteligência para o governo federal. O governo estadual disse que tomou todas as providências para evitar a fuga”, disse Moraes após se reunir com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Carmén Lúcia.

Moraes negou, que o governo federal tivesse conhecimento do planejamento de fuga antes da rebelião que durou cerca de 17 horas no Complexo Penitenciários Anísio Teixeira (Compaj), em Manaus, entre os dias 1º e 2 de janeiro.

O motim resultou na morte de 56 pessoas, no segundo maior massacre em presídios brasileiros, atrás somente de Carandiru, em 1992. Outros quatro presos morreram na Unidade Prisional de Puraquequara, também em Manaus. A rebelião teve como consequência a fuga de 184 presos. Desses, 56 foram recapturados até a noite de terça-feira (3), segundo a SSP-AM.

Boa parte dos mortos era integrante da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), rival da Família do Norte (FDN), grupo ligado à facção Comando Vermelho e do qual a maioria dos presos no Compaj fazia parte.

Ao ser perguntado sobre novas rebeliões, numa possível retaliação do PCC contra a FDN, Moraes respondeu que “nesse momento não, mas rebeliões surgem de repente”. Ele afirmou que o sistema de inteligência e a Polícia Federal de todos os estados fazem uma ação conjunta com o Ministério da Justiça para monitorar e evitar novas ocorrências.

Responsáveis
Moraes disse que não é possível afirmar, neste momento, se o governo amazonense deixou de atuar adequadamente para impedir a rebelião e as mortes nos presídios do estado. 

“O governo estadual disse que tomou todas as providências para evitar a fuga. Não está caracterizada nenhuma omissão até o momento. As razões vão ser investigadas pela Polícia Civil”, disse Moraes. “O que é possível afirmar é que uma série de erros ocorreu. Se não, não teria ocorrido o que aconteceu.”

O ministro disse que ficou constatado a presença de armas de grosso calibre e o uso de celulares à vontade pelos presos dentro do Compaj. Ele culpou os responsáveis pelo controle de entrada do presídio pelas falhas de segurança.

“Se as armas entraram, foi falha da fiscalização daqueles que devem tomar conta da entrada do presidio, se celulares entraram, também falha da administração, se bebidas entraram, da mesma forma”, afirmou Moraes.

“Eu não tenho dúvidas em afirmar que houve falha de quem toma conta da penitenciária. Porque senão não teria entrado facão, armamento pesado, bebida e celular. Agora, estender isso a outras autoridades, só se houver prova”, acrescentou o ministro da Justiça.

Festa de Réveillon
Segundo Moraes, as investigações irão agora apurar se as mortes e a rebelião foram provocadas com o objetivo específico de permitir que as lideranças das facções criminosas escapassem da prisão. Um dado destacado pelo ministro foi o fato de que, mesmo com informes de inteligência sobre uma possível fuga, foram permitidas visitas na noite de Ano-Novo.

Vídeos publicados na Internet pelos próprios presos após o massacre mostram a realização de uma festa de Réveillon, com o consumo de drogas, algumas horas antes da rebelião.

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Amazonas pede ajuda ao governo federal para reforçar segurança em prisões

02/01/2017 17h50
Brasília
Alex Rodrigues – Repórter da Agência Brasil

Órgãos de Segurança apuram confronto de facções criminosas que deixou 60 presos mortos no Compaj
Valdo Leão/Secom governo do Amazonas

O governo do Amazonas pediu a ajuda do governo federal para deflagrar ações de combate ao narcotráfico e reforçar a segurança das unidades prisionais estaduais. O pedido de apoio foi motivado pelo assassinato de pelo menos 60 presos do Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), durante rebelião que começou na tarde de domingo (1º) e durou mais de 17 horas.

Frente ao pedido e à repercussão do caso, que já é considerado o terceiro episódio mais sangrento da história do sistema prisional brasileiro, o ministro da Justiça e Cidadania, Alexandre de Moraes, decidiu viajar hoje (2) para Manaus (AM), onde vai se reunir com o governador José Melo de Oliveira para avaliar a situação. Acompanham o ministro, o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), Marco Antonio Severo, e o secretário nacional de Segurança Pública, Celso Perioli.

Segundo as autoridades estaduais, o motim é mais um episódio da guerra entre facções criminosas que disputam o controle das atividades ilícitas na região. O secretário estadual de Segurança Pública, Sérgio Fontes, disse, em entrevista, que o objetivo dos integrantes da organização Família do Norte (FDN) ao trocar tiros com policiais militares, render os agentes penitenciários e ocupar os pavilhões da unidade prisional era matar os internos ligados à facção rival, o Primeiro Comando da Capital (PCC). Doze agentes que trabalham para uma empresa terceirizada foram feitos reféns durante a rebelião e libertados com vida pelos próprios detentos.

“O que aconteceu no Compaj é mais um capítulo da guerra que o narcotráfico impõe nesse país e demonstra que esse problema não tem como ser enfrentado apenas pelos estados”, disse Fontes, sem detalhar o tipo de ajuda solicitada ao governo federal.

“Não se trata de um problema apenas do sistema penitenciário e nem é um caso isolado no país. É algo muito maior, já que a disputa dentro dos presídios é uma extensão da guerra que acontece também fora [das unidades prisionais]”, disse o secretário estadual.

O total de mortes (60) informado pelo secretário de Segurança Pública contraria as informações preliminares da Polícia Militar (PM), que chegou a divulgar à imprensa local que pelo menos 80 presos foram mortos. A rebelião no Compaj só é superada em número de mortos pelo chamado Massacre do Carandiru, no qual 111 detentos foram mortos, em 1992. O terceiro caso com maior número de mortes aconteceu em 2002, no Presídio Urso Branco, em Porto Velho (RO), onde 27 presos foram mortos durante uma rebelião.

Além de procurar identificar os responsáveis pela rebelião e pelas mortes, as autoridades estaduais pretendem investigar a entrada no presídio das armas usadas pelos presos e se há vínculo entre a rebelião no Compaj e a fuga de 87 presos do Instituto Penal Antônio Trindade (IPAT), ocorrida poucas horas antes do início do motim. A preocupação agora, além de penalizar os assassinos, é manter a ordem nas demais unidades prisionais do estado, recapturar os presos foragidos e garantir a segurança em Manaus e região.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

CNH ganha novo visual e mais itens de segurança a partir de hoje

02/01/2017 09h56
Brasília
Andreia Verdélio - Repórter da Agência Brasil

A partir de hoje (2), uma nova Carteira Nacional de Habilitação (CNH) será entregue aos condutores com visual diferente e mais requisitos de segurança. As mudanças serão válidas para os novos documentos, por isso os condutores não precisam fazer a troca. As carteiras atuais serão reconhecidas até a validade ou até que o condutor solicite alguma alteração de dado.

Uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito, de maio de 2016, deu prazo até 31 de dezembro para que os departamentos nacionais de Trânsito dos estados e do Distrito Federal se adequassem aos novos procedimentos. Mas a mudança causa impacto apenas no visual da CNH, os procedimentos para obter a habilitação permanecem os mesmos.

Produzida por empresas credenciadas, em modelo único, a CNH terá papel com marca d´água, tintas de variação ótica e fluorescente e imagens secretas. Os itens de controle de segurança incluem ainda mais elementos em relevo e em microimpressão. O fundo do documento ficará mais amarelado.

A tarja azulada, que fica no topo do documento, passará a ser preta e trará o mapa do estado responsável pela emissão do lado direito. No lado esquerdo, sob o Brasão da República, aparecerá a imagem do mapa do Brasil.

A nova CNH terá ainda duas sequências de números de identificação nacional – do Registro Nacional e do Espelho da CNH - e uma de identificação estadual – do Registro Nacional de Condutores Habilitados (Renach).

Veja as mudanças:

Saiba quais são os ítens de segurança da nova Carteira Nacional de Habilitação -  Divulgação/ Denatran

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

PM registra morte por atropelamento de trem em Juiz de Fora

02/01/2017 10h02 - Atualizado em 02/01/2017 10h02

Do G1 Zona da Mata

Um idoso, de 76 anos, morreu neste domingo (1º) depois de ter sido atropelado por um trem no Bairro Dias Tavares, em Juiz de Fora. O caso foi registrado como atropelamento pela Polícia Militar (PM).

De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), o condutor da composição férrea contou aos policiais que estava manobrando o trem no pátio quando a vítima atravessou a linha sem perceber o sinal sonoro. Por isso, não foi possível evitar o acidente.

O idoso morreu no local e a Perícia da Polícia Civil foi chamada. O corpo da vítima foi retirado por uma funerária e encaminhado ao Instituto Médico Legal de Juiz de Fora. 

Em nota, a MRS Logística, empresa que administra a ferrovia, lamentou o ocorrido e informou que todos os dispositivos de segurança estavam presentes, em funcionamento, não havendo nada anormal na operação ferroviária. O freio de emergência chegou a ser aplicado, sem sucesso.

Deputado acusa Pimentel de usar helicóptero do Estado para buscar filho após réveillon

Um vídeo que circula desde esse domingo (1) pelo WhatsApp, bastante divulgado também em outras redes sociais, mostra o governador Fernando Pimentel (PT) supostamente no condomínio de luxo Escarpas do Lago, no município de Capitólio, utilizando um helicóptero do governo para buscar o filho após uma festa de réveillon.

Um dos maiores opositores do governador na Assembleia Legislativa, o deputado estadual Sargento Rodrigues (PDT) disse nesse domingo (1) que já acionou os advogados e irá entrar, ainda nesta semana, com uma representação na Procuradoria Geral de Justiça de Minas. Ele também pretende enviar os documentos ao relator da operação Acrônimo, que investiga Pimentel no Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman Benjamin: “Vou mandar as informações para o ministro. Enquanto o governador é mantido no cargo, uma série de crimes de improbidade administrativa é cometida”.

No vídeo, sem identificação do autor, uma pessoa narra a chegada do governador ao local, cercado por outros homens e alguns jovens. Entre os rapazes que aparecem nas imagens estaria o filho do governador, que entra na aeronave e, logo em seguida, é acompanhado por Pimentel.

De acordo com Sargento Rodrigues, o governador teria cometido crime de improbidade administrativa por usar recursos logísticos e humanos para favorecimento pessoal ou de terceiros. “O governador, além de usar o helicóptero e combustível, tinha um piloto e um capitão da PM servindo de babá para buscar o filho depois da balada do réveillon. O vídeo é muito claro”, disse o parlamentar.

A assessoria de comunicação do governador informou ao Aparte que, pelo horário da solicitação, às 22h50, não seria possível o envio de uma resposta. Na manhã desta segunda-feira (2), o governo de Minas enviou o seguinte posicionamento: 
"O decreto 44.028/2005, assinado pelo então governador Aécio Neves, prevê a utilização de aeronave oficial por parte do Chefe do Executivo em deslocamentos de qualquer natureza. Desde 2005, portanto, e com respaldo legal daquela norma, são registrados voos em aeronaves oficiais nos deslocamentos de governadores mineiros acompanhados de familiares".(Luiza Muzzi e Fransciny Alves)

Veja o vídeo:

http://www.otempo.com.br/hotsites/aparte/dia-2-de-janeiro-de-2017-

Maior problema de Lula é que Marisa Letícia não entende o que está acontecendo

Lula conseguiu destruir a vida dele e de sua família

Carlos Newton

Já revelamos aqui na “Tribuna da Internet” os graves problemas do ex-presidente Lula da Silva com a mulher Marisa Letícia, que começaram em novembro de 2012, quando a Polícia Federal lançou a Operação Porto Seguro e trouxe a público o romance de Lula com Rosemary Noronha, que ele nomeara chefe do Gabinete da Presidência da República em São Paulo. Como se sabe, Marisa Letícia, a Galega, jamais o perdoou. A situação ficara clara demais, a segunda-dama Rosemary substituía a primeira-dama na grande maioria das viagens internacionais, era um caso amoroso mais do que conhecido no Planalto/Alvorada, até os funcionários subalternos sabiam, a humilhação de Marisa Letícia foi devastadora.

O romance com Rosemary era antigo, vinha da década de 90, mas Lula não podia abandonar a esposa. Sem alternativa, tentou melhorar as coisas fazendo todas as vontades de Marisa Letícia, e foi daí que derivaram os graves problemas da ocultação de patrimônio (lavagem de dinheiro) no tríplex, no sítio em Atibaia e na duplicação da cobertura em São Bernardo do Campo.

CASO ROSEMARY – Em 2012, com a ajuda de José Dirceu, que naquela época ainda era grande amigo de Lula e só viria a ser preso um ano depois, foi montado o esquema da defesa de Rosemary. De pronto, Lula se encarregou de cobrir todas as despesas e comparecia pessoalmente a reuniões com os advogados dos quatro escritórios contratados, sempre em companhia de Dirceu, que também era amigo pessoal e conselheiro de Rosemary.

Quando a Lava Jato passou a ameaçar, Dirceu ligou para o Instituto Lula e disse ao diretor Paulo Okamotto que precisava falar com Lula, para armar um esquema sólido de defesa. No dia seguinte, Okamotto deu retorno, dizendo que Lula não estava interessado nisso, e a amizade acabou aí. Alguns meses depois, Dirceu foi novamente preso e Lula jamais lhe mandou um cartão postal ou um panetone.

Mesmo sem o apoio de Dirceu, o processo de Rosemary permaneceu sob controle, Ela está desempregada, mas mantém o alto padrão de vida e continua morando na cobertura em São Paulo, que foi reformada pela OAS. Aliás, há informações de que, para agradar Lula, quem vinha sustentando Rosemary e família (marido e filha) era a empreiteira de Léo Pinheiros, e isso logo saberemos, no próximo depoimento dele. Depois de homologado o acordo da Odebrecht, a bola da vez na Lava Jato é a OAS.

CASO MARISA – Se a situação de Rosemary está sob controle, eternamente aguardando julgamento na Justiça Federal de primeira instância em São Paulo, os problemas de Lula com Marisa Letícia desandaram de vez.

O patriarca já é réu em cinco processos criminais e há outros inquéritos em andamento no Supremo e na Justiça Federal. A mulher Marisa Letícia virou ré em dois deles – lavagem de dinheiro envolvendo o tríplex do Guarujá e armazenamento de bens de Lula pela OAS; e a lavagem de dinheiro na duplicação da cobertura de São Bernardo e na compra de imóvel para nova sede do Instituto Lula pela Odebrecht.

Além disso, está no forno, já prestes a ser aceita, a denúncia sobre o sítio de Atibaia, com obras feitas e bancadas pela Odebrecht, conforme consta dos novos depoimentos. E a mulher de Lula estará diretamente incriminada.

MARISA NÃO ENTENDE – Há outros inquéritos que também envolvem ilícitos com participação direta de Marisa Letícia na ocultação de patrimônio. Mas ela não consegue entender o que vem acontecendo. Está desesperada porque o filho caçula Luís Cláudio é réu na Operação Zelotes e seu sobrinho Taiguara Rodrigues dos Santos se tornou réu junto com Lula na Operação Janus. O pior é que a Polícia Federal agora aperta o cerco ao filho Fábio Luís e seus sócios Fernando Bittar e Jonas Suassuna, que estão envolvidos no caso do sítio de Atibaia e em muitas outras falcatruas.

Marisa Letícia desatinou. Perplexa, constata a ruína da família. E os amigos também estão desmoronando, pois José Carlos Bumlai continua preso em Curitiba e até o advogado-compadre Roberto Teixeira também virou réu por atuar diretamente na ocultação de patrimônio de Lula. Com os outros inquéritos em curso, a marolinha virou um tsunami.

OUTRA REALIDADE – Marisa Letícia não é mais dona do sítio em Atibaia, onde fez uma reforma cinematográfica, colocou pedalinhos para os netos, fez uma horta ecológica e até comprou um barco para Lula pescar no lago. Ninguém nunca mais voltou lá. O tríplex com elevador privativo também foi devolvido.

Na verdade, Lula e Marisa Letícia nem podem mais nem sair de casa para fazer compras no supermercado da esquina. Estão praticamente isolados na cobertura dupla de São Bernardo, mas o segundo apartamento já foi sequestrado pelo juiz Moro, terão de devolvê-lo a qualquer momento.

E o pior ainda está por vir, como diz o ministro Teori Zavascki, que conhece bem a Lava Jato. É por isso que na família Lula da Silva ninguém tem condições de imaginar um feliz Ano Novo. Seria melhor fazer como ensina o brilhante escritor Marcelo Rubens Paiva e desejar um feliz Ano Velho.
Posted in C. Newton