domingo, 18 de dezembro de 2016

Dezembro tem cor laranja para conscientizar sobre câncer de pele

18/12/2016 09h22
Brasília
Paula Laboissière – Repórter da Agência Brasil
O Dia Nacional de Combate ao Câncer de Pele é lembrado em 26 de novembro - Arquivo/Agência Brasil/Fernando Frazão

Pelo terceiro ano consecutivo, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove a campanha Dezembro Laranja. Diante da chegada do verão, a proposta é conscientizar a população sobre a necessidade do combate e prevenção do câncer de pele.

Para participar, basta acessar o site da campanha e compartilhar o conteúdo nas redes sociais, utilizando as hashtags #dezembrolaranja e #controleosol. Também é possível alterar a foto de perfil no Facebook e no Twitter usando o aplicativo da campanha.

De acordo com a Sociedade de Dermatologia, o diagnóstico precoce do câncer de pele é fundamental para o sucesso do tratamento. A campanha reforça, portanto, a necessidade das chamadas atitudes fotoprotetoras de fácil execução no dia a dia do brasileiro.

Monumentos iluminados
Diversos pontos turísticos e monumentos em todo o país ganharam iluminação especial com a cor da campanha em pontos centrais das cidades no intuito de reforçar que o câncer da pele pode ser prevenido.

No Rio de Janeiro, o Bondinho Pão de Açúcar foi o primeiro monumento a abraçar a causa. No último dia 1º, além de se “vestir” de laranja, o local recebeu artistas, médicos e outros convidados para o lançamento da campanha, que contou com a presença da bateria da Escola de Samba Portela.

O Museu de Arte Contemporânea, em Niterói, a Pinacoteca Benedicto Calixto, em São Paulo, a Ponte Newton Navarro, no Rio Grande do Norte e o estádio Beira Rio, no Rio Grande do Sul também se uniram no combate ao câncer da pele durante o Dezembro Laranja.

Super Protetor
O mascote Super Protetor é a estrela de um desenho animado lançado pela SBD para disseminar o Dezembro Laranja de forma descontraída e consciente a adultos e crianças. Ele tem como armas de proteção capa, óculos escuros e protetor solar, além de um relógio para avisá-lo qual o melhor horário para tomar banho de sol.

O desenho aborda situações do cotidiano e reforça a necessidade de fotoproteção no dia a dia, principalmente entre crianças e adolescentes. A entidade alerta que os efeitos nocivos do sol estão diretamente relacionados a intensidade da exposição solar desde a infância, sendo cumulativos e irreversíveis.

Cenário
Em 2016, a SBD, junto com o DataFolha, divulgou pesquisa inédita que imprime a radiografia do hábito de exposição solar do brasileiro. O estudo traz dados considerados alarmantes pelos dermatologistas:

- 106 milhões de brasileiros se expõem ao sol de forma intencional nas atividades de lazer – 70% da população acima de 16 anos

- 63% dos brasileiros não usam protetor solar no seu dia a dia

- 6 milhões de brasileiros adultos (mais de 4% da população) não se protegem de forma alguma quando estão na praia, piscina, cachoeira, banho de rio ou lago

Dados do Instituto Nacional de Câncer estimam que, em 2016, foram contabilizados cerca de 176 mil novos casos de câncer da pele não melanoma no Brasil. Os principais tipos de câncer registrados no país são os de pele não melanoma (para ambos os sexos), o de próstata e o de mama.

Já a Organização Mundial da Saúde prevê que, no ano 2030, haverá no mundo 27 milhões de casos novos de câncer, com 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com câncer. O maior efeito desse aumento incidirá em países em desenvolvimento. No Brasil, o câncer já é a segunda causa de morte por doenças, atrás apenas das do aparelho circulatório.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

sábado, 17 de dezembro de 2016

Jovem é morto a tiros em Santa Efigênia em Juiz de Fora

17/12/2016 14h48 - Atualizado em 17/12/2016 15h23

Do G1 Zona da Mata

Um jovem, de 23 anos, foi assassinado neste sábado (17), no Bairro Santa Efigênia, em Juiz de Fora. De acordo com as informações preliminares da Polícia Militar (PM), ele foi alvejado por três disparos de arma de fogo na Avenida Pedro Afonso Pinheiro.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência foi até o local e contatou o óbito da vítima. A Perícia da Polícia Civil foi acionada e nenhum autor foi identificado durante rastreamento.

Cadastro Positivo tem adesão de 5,5 milhões de consumidores

17/12/2016 19h40
Brasília
Kelly Oliveira - Repórter da Agência Brasil
Cadastro Positivo fará com que sistema de bons pagadores passe a funcionar podendo reunir até 120 milhões de consumidores
Marcelo Camargo/Agência Brasil/EBC

A inclusão automática dos consumidores no Cadastro Positivo vai fazer com que o sistema de bons pagadores passe a funcionar efetivamente, na avaliação do presidente do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), Roque Pellizzaro. O cálculo é que 5,5 milhões de consumidores aderiram ao cadastro até agora, em um universo que poderia chegar a 120 milhões.

Nesta semana, entre as medidas de estímulo à economia, o governo anunciou que a inclusão do consumidor passará a ser automática e a exclusão dependerá de manifestação. Atualmente, o consumidor precisa aderir ao Cadastro Positivo para ter os dados incluídos no sistema. A mudança será implementada por meio de medida provisória. Pellizzaro explica que, apesar de ser criado por lei em 2011, na prática o Cadastro Positivo não funciona até hoje devido à baixa adesão de consumidores.

Burocracia atrapalha consumidores
Para o presidente do SPC Brasil, a legislação atual torna a adesão ao cadastro um processo burocrático e os consumidores ainda não conhecem as vantagens da adesão. Na avaliação de Pellizzaro, assim como o valor do seguro de carro é definido pelo perfil de risco dos clientes das seguradoras, o cadastro positivo também vai facilitar uma avaliação melhor para a liberação de crédito. “O prazo e os juros serão de acordo com o perfil de cada um”, disse.

Segundo Pellizzaro, com a efetivação da mudança proposta pelo governo, a expectativa é que em um ano o Cadastro Positivo tenha volume de dados suficientes para funcionar de verdade.

Atualmente, as empresas do setor têm adotado estratégias para tentar aumentar a adesão. A Serasa, por exemplo, tem oferecido o sorteio de R$ 5 mil para quem aderir ao Cadastro Positivo.

A união dos cinco maiores bancos no país – Bradesco, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Itaú e Santander – para criar um bureau de crédito em 2017 também é uma promessa para tentar alavancar o Cadastro Positivo.

Em novembro, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou a criação da Gestora de Inteligência de Crédito (GIC), que concorrerá diretamente com as empresas Serasa Experian, Boa Vista SCPC e SPC Brasil.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Servidores do Rio terão salário parcelado em até nove vezes

17/12/2016 13h00
Rio de Janeiro
Flávia Villela - Repórter da Agência Brasil

A maioria dos servidores do estado do Rio de Janeiro terá o salário de novembro pago em até nove parcelas, sendo que neste ano serão pagas apenas duas que, juntas, somam R$ 640. A primeira será paga na próxima sexta-feira (23), no valor de R$ 370, e a segunda no dia 29 de dezembro, no valor de R$270. A última das nove deve ser paga no dia 17 de janeiro, no valor de R$ 499.352.

As únicas categorias que tiveram os salários do mês passado quitados são as da Segurança (policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários) e da Educação. Ontem (16), foram depositados os salários de novembro dos servidores ativos e inativos da área de Segurança e na quarta-feira (14), foram depositados os vencimentos dos servidores ativos da Educação. Os valores totais pagos representam cerca de 60% da folha de novembro, que é de R$ 2 bilhões.

Os demais servidores ativos, inativos e pensionistas receberão de forma escalonada, sendo que aqueles que ganham os menores salários terão os vencimentos quitados integralmente já nas parcelas iniciais.

O calendário só será cumprido se não houver bloqueios das contas do estado. Os valores são aproximados porque dependem da receita efetiva de tributos que entrará nos próximos dias nas contas estaduais. Entre os dias 12 e 16 de dezembro foram bloqueados R$ 84 milhões pela União. Nos próximos dias 19 e 20 serão bloqueados mais R$ 66 milhões. Os bloqueios são contratuais pelo não pagamento da dívida. O calendário divulgado considera os bloqueios mencionados.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Justiça do Rio suspende direitos políticos de Lindbergh Farias por 4 anos

Marcio Dolzan , 
O Estado de S. Paulo

17 Dezembro 2016 | 19h49

RIO - O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) teve seus direitos políticos cassados por quatro anos por decisão da 5.ª Vara Cível de Nova Iguaçu e Mesquita, na Baixada Fluminense. Ele foi condenado por ter permitido o uso promocional de sua imagem, em dezembro de 2007 e no primeiro semestre de 2008, quando ocupava o cargo de prefeito de Nova Iguaçu. Na época, Lindbergh distribuiu caixas de leite e cadernetas de controle de distribuição com o logotipo criado para o seu governo impresso no material.
Lindbergh Faria - Foto: Dida Sampaio/Estadão

Além de suspender os direitos políticos, a sentença da juíza Nathalia Calil Miguel Magluta estabelece que o senador pague multa no valor de R$ 480 mil. No despacho, a magistrada escreveu que "o réu usou seu cargo e o poder a ele inerente para beneficiar-se em sua campanha à reeleição" e que Lindbergh Farias "causou dano ao gastar verba pública na criação do símbolo, sua inserção em campanhas e sua propagação, associada a seu nome, em situações em que não era necessário. Faltou à conduta do réu impessoalidade, economicidade e moralidade."

Cabe recurso à decisão.

http://politica.estadao.com.br/noticias/geral,justica-do-rio-suspende-direitos-politicos-de-lindbergh-farias-por-4-anos

Congresso já sente o cheiro das quentinhas de Curitiba…


Charge do Kleber, reprodução do Arquivo Google

Fernando Canzian
Folha

Um dos maiores problemas do Brasil é que nunca corruptos poderosos tiveram medo de cadeia. A reação cangaceira no Senado de Renan Calheiros (codinome “Justiça” na planilha de corrupção da Odebrecht) e na Câmara de Rodrigo Maia (o “Botafogo”) contra a Lava Jato são tentativas desesperadas de voltar a esse passado.

A Lava Jato é hoje o único elemento integrador do país depois das mentiras e da recessão de Dilma Rousseff, da posse de um Temer suspeito e de seu gabinete podre e das demonstrações de corporativismo retrógrado do Congresso, com um batalhão de clientes do departamento de “operações estruturadas” da Odebrecht.

LIMINAR DE FUX – A ordem do ministro do Supremo Luiz Fux para que a Câmara volte à estaca zero na análise do pacote de dez medidas contra a corrupção desfigurado pelos parlamentares pode parecer intromissão na “independência” de um Legislativo dependente de uma empreiteira.

Mas ela vai ao encontro do anseio das 2 milhões de assinaturas que apoiam as medidas. Assim como de outros milhões que protestaram nas ruas pela punição de corruptos e corruptores nos últimos meses.

Hoje temos, entre outros, Sérgio Cabral, José Dirceu, Antonio Palocci, Eduardo Cunha e Marcelo Odebrecht presos. As provas contra eles até aqui se mostraram irrefutáveis.

RENAN E SEU PROJETO – Renan “Justiça” ainda não foi condenado a nada. Mas age como se estivesse sentindo o cheiro das quentinhas ao querer intimidar os procuradores com tentativas de puni-los por abuso de poder. O projeto seria legítimo não fosse patrocinado pelo próprio Renan. E agora? Quem não deve não deveria temer, certo?

Denunciado na Lava Jato e alvo de outros 11 inquéritos diversos, o presidente do Senado tenta suas últimas cartadas para se proteger e angariar o apoio da turma de citados na operação.

NO DESESPERO – Nas próximas semanas assistiremos ao “espetáculo do desespero”. Quando mais e mais delações mostrarem como uma empreiteira mandava no país financiando campanhas e a vida desses citados.

Com sua dinâmica própria, apoio popular e dezenas de delatores já pegos no anzol, a Lava Jato mostra ser cada vez menos provável que protelações e esperneio geral livrem seus investigados. Assim como não livrou, no final, o chefe da gangue, Marcelo Odebrecht.

Dizem que gênio solto jamais retorna à lâmpada. A Lava Jato está no caminho de confirmar essa regra.

HOJE (Taiguara)- Assista ao vídeo/ Paz do meu amor

Taiguara Chalar da Silva foi um cantor e compositor brasileiro nascido no Uruguai durante uma temporada de espetáculos de seu pai, o bandoneonista e maestro Ubirajara Silva.Wikipédia

Nascimento: 9 de outubro de 1945, Montevidéu, Uruguai
Falecimento: 14 de fevereiro de 1996, São Paulo, São Paulo
Nacionalidade: Brasileiro



HOJE (Taiguara)

Hoje
trago em meu corpo as marcas do meu tempo
Meu desespero, a vida num momento
A fossa, a fome, a flor, o fim do mundo 

Hoje
Trago no olhar imagens distorcidas
Cores, viagens, mãos desconhecidas
Trazem a lua, a rua em minhas mãos 

Mas hoje
As minhas mãos enfraquecidas e vazias
Procuram nuas pelas ruas, pelas ruas
Na solidão das noites frias por você 

Hoje
Homens sem medo aportam no futuro
Eu tenho medo, acordo e te procuro
Meu quarto escuro é inerte como a morte 

Hoje
Homens de aço esperam da ciência
Eu desespero e abraço a tua ausência
Que é o que me resta vivo em minha sorte 

Ah! sorte
Eu não queria a juventude assim perdida
Eu não queria andar morrendo pela vida
Eu não queria amar assim como eu te amei...


Paz do meu amor 

Maiores vítimas de latrocínio em SP são profissionais de segurança, diz ONG

16/12/2016 22h40
São Paulo
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

No estado de São Paulo, as maiores vítimas dos crimes de latrocínio – roubo seguido de morte – são profissionais da segurança, como policiais civis, policiais militares, guardas-civis, seguranças ou vigilantes. Na capital paulista, a presença destes profissionais entre as vítimas do crime chegou a 29% das ocorrências no 3º trimestre de 2016. A análise é da organização não governamental (ONG) Instituto Sou da Paz sobre as estatísticas divulgadas pela Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP).

A presença da arma de fogo entre as vítimas é um dos fatores observados pela entidade nesses casos. “A primeira resposta que temos e que se evidencia quando olhamos para os casos concretos é a presença da arma de fogo”, disse o diretor executivo do Sou da Paz, Ivan Marques. “A presença da arma de fogo, que, em conjunto com uma reação ao assalto, faz com que a vítima do roubo acabe vítima de latrocínio”.

Marques explicou que policiais normalmente são treinados para usar a arma de fogo e reagir a uma situação como de roubo. “Quando eles estão em serviço, eles tem o reforço de, no mínimo, mais um policial – eles sempre trabalham em duplas – e tem todo um aparato policial que dá resguardo para que a reação, o combate a esse tipo de crime, não resulte na vitimização de policiais”, disse Marques. “Quando ele [o policial] está de folga, com a arma na cintura, e está com a família, andando na rua, ou quando ele está fazendo bico, está de segurança em algum comércio, ele está sozinho”, o que traz maior vulnerabilidade ao policial.

Bicos
Para evitar que os agentes de segurança sejam vítimas do latrocínio, Marques apontou duas questões. A primeira é que é preciso olhar para um problema antigo e pouco discutido nas organizações de Polícia Militar em todo o Brasil inteiro, que é a questão do bico, quando os policiais fazem trabalhos de vigilante durante a folga, normalmente para complementar um salário que, em geral é baixo.

“Com isso, ele carrega com ele todo o treinamento e todo ímpeto do policial militar de combate à criminalidade, com a diferença de que, quando ele está no bico e está fazendo essa segurança privada, ele não conta com todo o aparato policial que o Estado provém a ele quando ele está em serviço”, disse. Para Marques, é preciso discutir melhores salários para a categoria, evitando que os policiais se submetam à jornada dupla, às vezes tripla, o que os coloca em maior risco.

Arma de fogo
A segunda questão que deve ser discutida, segundo Marques, é o transporte da arma de fogo. “Sabemos que o policial não deixa de ser policial porque acabou o turno dele e está fora do horário de trabalho. Eles têm essa questão do treinamento, e até do orgulho de ser policial, e têm essa reação de servir a sociedade nos momentos de folga, mas isso tem gerado uma vitimização preferencial de policiais”, disse.

De acordo com o especialista, o uso da arma de fogo em horário de folga e as orientações dadas aos agentes de segurança sobre reação a crimes como roubo é outra frente que deve ser trabalhada na Segurança Pública. “Temos indícios, temos coletado algumas ocorrências em que, ao descobrir a arma de fogo na posse da vítima de roubo, o crime se torna mais grave e se escalona para um latrocínio. Quando os criminosos descobrem que se trata de um policial, esse escalonamento é maior ainda e muitas vezes acaba ocorrendo a morte”.

Marques diz que enquanto a taxa de latrocínio da população paulista, como um todo, no 3º trimestre deste ano foi de 0,17 por 100 mil habitantes, a dos policiais civis e militares foi de 7,39 por 100 mil policiais. “Os dados indicam que [as chances de] um policial civil ou militar morrer durante um assalto é 43 vezes maior do que a de um cidadão comum”, disse o diretor.

Senso comum
Segundo o Instituto Sou da Paz, os crimes de latrocínios contra a população em geral são eventos raros se comparados ao número de roubos que ocorrem no estado de São Paulo, que é o contrário do senso comum. A sensação de que grande parte dos assaltos termina com a morte da vítima não tem respaldo nos números analisados, diz a ONG.

“Foram 96 pessoas vítimas de latrocínio no estado de São Paulo. No mesmo período foram registrados 100.813 roubos [soma de todos os roubos, incluindo os de veículos]. Isso equivale dizer que apenas 1 entre 1.085 roubos terminou com a morte da vítima”, disse Marques. Na capital, a probabilidade de que um roubo termine na morte da vítima é menor, 1 entre 1.525 roubos.

Ações da SSP
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) disse que o setor de inteligência das polícias analisa os locais e horários em que há maior incidência criminal para planejar as rondas preventivas e operações especiais que levem à prisão de criminosos. Segundo o órgão, na capital, a 1ª Delegacia de Investigações sobre Roubos e Latrocínios do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) esclareceu 19 casos registrados em 2016.

Sobre ações para reduzir o número de latrocínios, a secretaria disse que em todo o estado há o combate a esse tipo de crime, com divisões especializadas dentro das próprias delegacias, para um trabalho de investigação mais específico e cauteloso. “Os policiais são treinados para trabalhar em situação de risco e agem para proteger a população e a si mesmos, mesmo em horário de folga”, acrescentou a nota.

A SSP disse ainda que investe na contratação e valorização dos policiais paulistas e que eles receberam aumentos de 44,8% a 72,8% desde 2011. No que se refere aos bicos feitos nos horários de folga, a secretaria informou que “o estado oferece a possibilidade de um complemento da renda dos policiais com jornadas extras disponibilizadas para a PM (Dejem) e Polícia Civil (Dejec)”.

Segundo a secretaria, os anos seguintes à implantação da Dejem, que ocorreu em dezembro de 2013, registraram quedas de mortes de PMs de folga.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Guarda-civil é denunciado pelo MP por chacina de Mogi das Cruzes

16/12/2016 22h16
São Paulo
Camila Boehm – Repórter da Agência Brasil

Um guarda-civil de Santo André foi denunciado hoje (16) pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MP) no caso da chacina de Mogi das Cruzes, em que cinco jovens estavam indo de carro para uma festa em um sítio em Ribeirão Pires, no Grande ABC, no dia 21 de outubro e desapareceram. A última notícia que os familiares receberam foi uma mensagem de um dos jovens no celular dizendo ter sido parado em uma blitz policial. Os corpos dos jovens foram encontrados em 6 de novembro, em Mogi das Cruzes, já em estado avançado de decomposição.

O promotor de Justiça Leandro Lippi ofereceu denúncia contra o guarda-civil Rodrigo Gonçalves de Oliveira pela morte e ocultação de cadáver dos cinco jovens. De acordo com o promotor, ficou comprovado na investigação policial que Oliveira agiu para atrair as vítimas com o objetivo de executá-las.

De acordo com o Ministério Público, Jonathan Moreira Ferreira, Cesar Augusto Gomes Silva, Caíque Henrique Machado Silva, Robson Fernando Donato de Paula e Jones Ferreira Januário foram atraídos, a partir de um perfil falso criado pelo guarda-civil nas redes sociais, para uma festa em Ribeirão Pires que jamais aconteceria.

“Em setembro, uma ocorrência policial em Santo André havia resultado na morte de um amigo de corporação de Oliveira. Fazendo uma investigação à margem da lei, o guarda-civil acabou concluindo que duas pessoas do grupo de cinco que viriam a se tornar as vítimas da chacina de Mogi estavam envolvidas com o crime de Santo André. Foi a partir dessa convicção que Oliveira passou a atuar para atrair os jovens”, disse o MP, em nota.

Para o promotor, os homicídios imputados a Oliveira foram praticados de maneira torpe, motivados por vingança e a emboscada preparada para as vítimas dificultou as chances de defesa dos jovens. “Tanto a motivação torpe quanto a dificuldade de se defender imposta aos jovens servem como qualificadoras para os crimes, o que deve, portanto, aumentar a pena dos responsáveis pelo delito”, segundo o MP.

Em depoimento à polícia, o guarda-civil confessou que preparou a emboscada, mas, segundo ele, a intenção era prender os cinco, não assassiná-los. “Essa versão não convenceu o Ministério Público, já que desde início o objetivo de Oliveira era praticar os homicídios, fato que efetivamente ocorreu com o concurso de outras pessoas ainda não identificadas”, diz o órgão.

Segundo o promotor, que solicitou à Justiça que a prisão temporária de Oliveira seja convertida em preventiva, o Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa prossegue nas investigações para identificar os demais autores dos crimes.

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Justiça aceita denúncia contra Lula e filho na Zelotes

16/12/2016 22h48
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil

A Justiça Federal decidiu hoje (16) aceitar denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o filho dele, Luiz Cláudio Lula da Silva, pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa no âmbito da Operação Zelotes, da Polícia Federal. A decisão foi proferida pelo juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal do Distrito Federal.

Com a decisão, Lula passa a ser réu em três ações penais. O ex-presidente já responde a uma ação penal na Justiça Federal em Brasília pela suposta participação na compra do silêncio do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró e outra na Justiça Federal na Operação Lava Jato, na qual o ex-presidente é acusado de receber R$ 3,7 milhões da Odebrecht.

De acordo com a denúncia, as investigações apuraram que Lula, seu filho, e os consultores Mauro Marcondes e Cristina Mautoni participaram de negociações irregulares no contrato de compra dos caças suecos Gripen e em uma medida provisória para prorrogação de incentivos fiscais para montadoras de veículos. Segundo o MPF, Luís Cláudio recebeu R$ 2,5 milhões da empresa dos consultores.

A Operação Zelotes investiga a manipulação de processos no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) – órgão colegiado do Ministério da Fazenda, última instância administrativa dos processos fiscais. É a ele que os contribuintes recorrem para contestar multas. De acordo com as investigações, empresas de advocacia e consultorias influenciavam e corrompiam integrantes do Carf. Dessa forma, manipularam trâmite e resultado de processos e julgamentos envolvendo empresas interessadas em anular ou diminuir os valores dos autos de infrações emitidos pela Receita Federal.

A Agência Brasil entrou em contato com a defesa de Lula aguarda retorno.
Edição: Amanda Cieglinski