QUI 24 NOVEMBRO 2016 10:00
Armazenar os medicamentos em casa da maneira correta é fundamental para a durabilidade e manutenção da qualidade dos produtos. Por isso, durante um tratamento de saúde, é preciso ficar atento e verificar se os remédios estão em local adequado, conforme informações do rótulo e da bula.
A maioria dos medicamentos, no entanto, deve ser armazenada em ambientes secos e ao abrigo da luz, em temperatura de até 30°C. Por isso, locais como cozinhas, carros e banheiros não são adequados para o armazenamento.
De acordo com a referência técnica da Diretoria de Vigilância de Medicamentos da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG), Fabrício Alencar de Miranda, guardar os remédios em locais impróprios pode causar riscos à saúde.
Divulgação/SES-MG
“O armazenamento inadequado pode propiciar a degradação mais rápida do medicamento, com a redução da eficácia, aumento do potencial toxicológico, aumento do risco de ingestão acidental e de intoxicações”, explica Miranda.
Outra dica importante é armazenar os medicamentos em suas embalagens originais, devidamente tampadas (no caso de frascos) e com a bula.
Já os medicamentos chamados de termolábeis, como as insulinas, são sensíveis a temperaturas extremas e geralmente são armazenados em faixas de temperatura entre 2° e 8°. Por isso, devem ser guardados na parte inferior da geladeira, mas não no congelador e nem na porta, além de serem bem identificados e segregados da melhor maneira possível.
Além desses cuidados básicos, é importante verificar se os medicamentos estão fora do alcance de crianças. “Todos os medicamentos devem estar longe do alcance das crianças, para evitar ingestão acidental e intoxicações”, explica Miranda.
Como descartar restos
Outra questão que pode levantar dúvidas é o que fazer com restos de medicamentos vencidos ou que não serão mais utilizados. É comum que estes restos sejam descartados no lixo comum, pia ou vaso sanitário.
A prática, no entanto, pode causar riscos ao meio ambiente, como contaminação da água, solo, plantas e fauna. Além disso, existe o risco direto à saúde de pessoas que podem reutilizar esses medicamentos por acidente ou até de forma intencional.
Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os medicamentos representaram a principal causa de intoxicação humana no ano de 2012, totalizando mais de 12.500 casos naquele ano.
Apesar de não haver uma legislação específica sobre o descarte adequado dos medicamentos, existem no mercado drogarias que possuem programas próprios de recolhimento público e descarte. Dessa forma, a população pode encaminhar os medicamentos até essas empresas para que o descarte seja feito da maneira adequada.
Agência Minas