Julia Ramiro 25 Outubro 2016 17:45
Charlles Evangelista assume mandato em 2017
Candidato concorreu às eleições sub judice e teve 2.265 votos. Foto: Divulgação
Atualizada às 21h28 de 25/10/2016
O vereador eleito Charlles Evangelista anunciou, na tarde dessa terça-feira, 25, que o Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE/ MG) decidiu por aceitar o recurso solicitado por ele sobre um parecer que o impedia de assumir mandato em 2017, devido a uma irregularidade no uso de recursos para campanha. O Ministério Público Eleitoral denunciou que, em 2014, o candidato teria usado mais dinheiro de doação que o limite permitido por campanha. A denúncia também dava conta de que o candidato seria sócio da empresa RRC Construções e Incorporações Ltda, que havia doado R$10 mil para a campanha de Evangelista.
Segundo os textos do processo, "pela análise dos documentos acostados nos autos, não se confirma a tese de que o recorrente [Charlles Evangelista] exercia a gerência ou administração da empresa, sendo simples sócio quotista". Em análise a este parecer, quatro juízes, incluindo o responsável pelo processo, foram favoráveis ao recurso do candidato contra sua inelegibilidade; dois foram contra. Diante dos votos, o juiz Paulo Abrantes, responsável pelo julgamento, reconheceu que Evangelista poderá exercer o mandato. A decisão, no entanto, cabe recurso e pode ser julgada em terceira instância, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Com o recurso aceito, o candidato do Partido Progressista (PP) assume cadeira na Câmara Municipal com 2.265 votos pela eleição e derruba o vereador Jucelio Maria (PSB), pelo quociente eleitoral. O candidato havia sido reeleito com 3.618 votos mas, por conta do quociente, ele perde a vaga para Charlles Evangelista, já que o código eleitoral determina que a coligação PP e PTB tenha direito a mais uma vaga na Câmara Municipal.
Em sua página oficial no Facebook, o vereador, que concorreu à eleição sub judice, disse que, com a decisão “foi tirado um peso de mais de 200 toneladas” das costas dele. Em publicação anterior, o vereador Jucelio Maria havia esclarecido que estava ciente da possibilidade de perder a cadeira para o colega.
Ao receber a notícia da decisão, Jucelio lamentou não poder dar continuidade ao trabalho. "Juiz de Fora perde muito por não podermos continuar. Nosso mandato sempre foi ético, limpo, responsável e comprometido com a população e com as causas das minorias na cidade", destacou o vereador, que disse ter recebido a notícia com tristeza.
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