sexta-feira, 21 de outubro de 2016

CBF mantém base da seleção para próximos jogos das eliminatórias da Copa 2018


21/10/2016 12h28
Rio de Janeiro
Vitor Abdala – Repórter da Agência Brasil

O técnico Tite divulgou hoje (21) os nomes dos 22 jogadores convocados para os próximos dois jogos da seleção brasileira principal de futebol masculino. A divulgação foi feita na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em relação à última convocação, há apenas uma novidade, no lugar do meia Oscar, entrou o zagueiro Rodrigo Caio, do São Paulo.

Marcelo (Real Madrid), Douglas Costa (Bayern de Munique) e Casemiro (Real Madrid), que foram cortados dos jogos contra a Bolívia e a Venezuela, estão de volta à seleção, para os jogos contra a Argentina, no dia 10 de novembro, em Belo Horizonte, e contra o Peru, na madrugada do dia 16, em Lima.

A seleção convocada terá Alisson (Roma), Alex Muralha (Flamengo) e Weverton (Atlético Paranaense) à disposição para o gol. Os zagueiros são Gil (Shandong, da China), Marquinhos (PSG), Miranda (Inter de Milão), Rodrigo Caio e Thiago Silva (PSG).

Os laterais convocados são Daniel Alves (Juventus, da Itália), Fagner (Corinthians), Filipe Luis (Atlético de Madrid) e Marcelo (Real Madrid). No meio-campo, Tite contará com Casemiro (Real Madrid), Fernandinho (Manchester City), Giuliano (Zenit, da Rússia), Lucas Lima (Santos), Paulinho (Guanghzou, da China), Philippe Coutinho (Liverpool), Renato Augusto (Beijing, da China) e Willian (Chelsea).

No ataque, estarão disponíveis Douglas Costa (Bayern de Munique), Roberto Firmino (Liverpool), Gabriel Jesus (Palmeiras) e Neymar (Barcelona).

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Estado divulga resultado final do concurso para agente socioeducativo

SEX 21 OUTUBRO 2016 10:27 ATUALIZADO EM SEX 21 OUTUBRO 2016 10:16

A homologação do concurso público Seds/Seplag nº. 09/2013, para o cargo de Agente de Segurança Socioeducativo da Secretaria de Estado de Segurança (Sesp), foi divulgada nesta sexta-feira (21/10) no Diário Oficial de Minas Gerais, no site da secretaria (www.seds.mg.gov.br) e do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC).

O resultado apresenta a classificação final dos 439 aprovados do primeiro grupamento do certame. Ou seja, aqueles que já finalizaram o Curso de Formação, ocorrido entre os meses de junho e agosto deste ano.

Outros cerca de 450 candidatos, do segundo grupamento, finalizaram o curso de formação na quinta-feira (20/10) e aguardam o resultado preliminar dos aprovados. 

As nomeações devem acontecer a partir da primeira semana de novembro, segundo informações da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag).

A homologação do concurso nesta sexta-feira é uma grande conquista para o sistema socioeducativo, como destaca o superintendente de Gestão das Medidas de Privação de Liberdade da Subsecretaria de Atendimento às Medidas Socioeducativas da Sesp, Bernardino Soares.

“A entrada de servidores efetivos é um caminho necessário para a profissionalização das atividades socioeducativas do Estado. É um avanço para Minas Gerais a ampliação do número de profissionais concursados no sistema”, ressalta Soares.

Agência Minas

Jovem é agarrada na rua, reage e evita estupro em Juiz de Fora

21/10/2016 09h29 - Atualizado em 21/10/2016 09h30

Do G1 Zona da Mata

A Polícia Militar (PM) registrou uma tentativa de estupro em Juiz de Fora na noite de quinta-feira (20) em Juiz de Fora. De acordo com o Boletim de Ocorrência (BO), a vítima de 18 anos passava pela Rua Roberto Stiegert, no São Pedro, por volta de 19h41, quando foi agarrada por um homem branco que estava com o rosto coberto por um capacete escuro e usava bermudas de cor azul.

O homem a segurou pelos braços e a levou a um terreno baldio em frente. Quando ele tentou levantar o vestido dela, a jovem o golpeou com uma caixa que estava segurando, começou a gritar, chutou as pernas dele e fugiu do agressor.

O BO não cita informações sobre paradeiro do agressor.

De acordo com a assessoria da Polícia Civil, é necessário que a jovem faça uma representação à Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para a sequência da apuração do caso.

Na 1ª semana do horário de verão, Zona da Mata registra dia mais quente

21/10/2016 12h00 - Atualizado em 21/10/2016 12h00

Do G1 Zona da Mata
Quinta-feira (20) registrou dia mais quente da primavera em Juiz de Fora (Foto: Roberta Oliveira/G1)

O horário de verão mal começou e as temperaturas já chegaram com a cara da estação, que só chega oficialmente daqui a dois meses na Zona da Mata. De acordo com a 5º Distrito do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), ao longo desta semana em Juiz de Fora, os termômetros registraram em pelo menos três dias temperaturas acima de 30ºC e marca histórica na quinta-feira (20), com 34ºC, representando o dia mais quente da primavera até agora.

Nesta sexta-feira (21), em Viçosa e Muriaé os termômetros chegam aos 36ºC, no entanto, de acordo com o instituto, para o fim de semana a tendência é de céu parcialmente nublado, com possibilidades de chuva isoladas durante o período da tarde. As temperaturas variam entre mínima de 17ºC e 34ºC, com umidade do ar entre 95% a 40%.

Confira a previsão das temperaturas nesta sexta-feira (21):
Juiz de Fora: mínimo de 18ºC e máximo de 36ºC
Barbacena: mínimo de 18ºC e máximo de 33ºC. 
São João del Rei: mínimo de 18ºC e máximo de 33ºC.
Cataguases: mínimo de 18ºC e máximo de 36º.
Ubá: mínimo de 18ºC e máximo de 36ºC.

Idosa atravessa linha férrea e morre atropelada por trem em Juiz de Fora

21/10/2016 11h08 - Atualizado em 21/10/2016 11h52

Do G1 Zona da Mata
Idosa morre após ser atropelada na linha férrea em Juiz de Fora 
(Foto: Daniel Torres/G1)

Uma idosa de 87 anos morreu após ser atropelada na linha férrea, na manhã desta sexta-feira (21), no Bairro Barbosa Lage, em Juiz de Fora. De acordo com as primeiras informações de testemunhas, ela estava atravessando sozinha mesmo após a cancela ter sido abaixada. Ela não conseguiu concluir a travessia e foi atingida pela composição.

Equipes do Corpo de Bombeiros e do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram chamadas, mas a idosa não resistiu aos ferimentos e morreu na hora. O Centro de Operações da Polícia Militar (Copom) já foi notificado do caso. A PM é aguardada no local para registro da ocorrência.

De acordo com a MRS Logística, empresa responsável pelo trecho, o maquinista avistou a idosa tentando atravessar a ferrovia, mesmo com a cancela abaixada. Ele acionou a buzina e o freio de emergência, mas o impacto não pode ser evitado.

A empresa informou que foi o sexto acidente na linha férrea, em Juiz de Fora, neste ano. No mesmo período em 2015, foram registradas 14 ocorrências.

Juiz de SP demoniza PM e emite sentença absurda, certamente aplaudida por black blocs

Por: Reinaldo Azevedo 21/10/2016 às 6:25

A pior coisa que pode acontecer ao Poder Judiciário de qualquer país é ceder à ideologia. Um dos maiores riscos que corre a democracia — e vou falar daqui a pouco de Sergio Moro — é o juiz achar que pode fazer Justiça com a própria toga, ao arrepio do que está escrito. Isso nunca termina bem.

Já disse, inclusive, qual é, para a mim, a distinção básica que existe entre um “conservador”, que chamarei aqui de “liberal”, e um esquerdista. O segundo acredita que se pode transgredir as leis, recepcionadas pela democracia, para fazer Justiça. O outro tem a certeza de que ignorar a lei para ser justo só abre caminho para injustiças novas.

Por que essa introdução? Como vocês já viram abaixo, o juiz Valentino Aparecido Andrade condenou a PM de São Paulo por supostos atos violentos nas manifestações de 2013. Ele quer que o Estado pague uma indenização de R$ 8 milhões.

A sentença determina ainda a elaboração de um plano para a atuação da PM em protestos — como se não houvesse um — e a proibição do uso de armas de fogo, balas de borracha e bombas de gás lacrimogêneo. Ah, sim: ele abre exceção para os casos em que o protesto deixa de ser pacífico. Parece brincadeira. Quando foi que a PM reprimiu protestos civilizados?

Trecho
Há trechos na sentença do juiz que, a meu ver, ultrapassam o limite do aceitável por aquilo que afirmam e por aquilo que sugerem. Vamos a um deles:
“Cabe aqui chamar a atenção para um especial fato, de que durante os protestos em favor do impeachment, a mesma Polícia Militar de São Paulo, se antes atuara com desmedida violência, ali atuou de forma adequada, buscando proteger o exercício do direito de reunião, o que permitiu que aqueles protestos transcorressem tranquilamente. Isso nos conduz a uma pergunta: teria a Polícia Militar aplicado o mesmo plano de atuação de que se utilizara em 2013, ou conforme a finalidade do protesto aplicou um diferente plano de atuação?”

O juiz certamente é sério, mas esse trecho da sentença não é. Há a clara sugestão de que a corporação atuou com viés ideológico e aplicou violência seletiva.

Pergunto: o doutor teve ao menos a curiosidade de ir a algum protesto em favor do impeachment? Tivesse ido, veria que lá não havia black blocs, baderneiros, mascarados de todo tipo. Desocupados profissionais não atiravam pedras ou rojões contra os policiais. A única vítima fatal de protestos, diga-se, é o cinegrafista Santiago Andrade — morto, no caso, no Rio, por black blocs. Foi atingido por um morteiro que, soube-se depois, era destinado a atingir os policiais.

O doutor é insaciável na sua, digamos, teoria. Ele já havia tomado essa decisão em caráter liminar em outubro de 2014. Foi cassada pelo Tribunal de Justiça em novembro daquele ano. Agora, ele julga o mérito.

É certo que o governo de São Paulo vai recorrer novamente. Até que sua sentença não seja revista, e espero que seja, a Polícia de São Paulo terá de enfrentar pedras, coquetéis Molotov, incendiários irresponsáveis e toda sorte de bandoleiros sem armas de fogo, sem balas de borracha, sem bombas de gás lacrimogêneo.

É uma pena que o doutor não tenha como proibir os black blocs de usar coquetéis Molotov. É uma pena que os manifestantes de extrema esquerda, em vez de tirar selfies com os policiais, como faziam aqueles favoráveis ao impeachment, preferissem tentar matá-los.

Mas quem é que liga, com o diria o neoesquerdista Caetano Veloso, para pobres de tão pretos e pretos de tão pobres, todos fardados, obrigados a manter a ordem no Estado e na cidade em que o juiz Valentino Aparecido Andrade emite sentenças?

Penso, ademais, na dimensão prática de sua decisão. A tropa vai para a rua sem aqueles apetrechos. Mas, diz o doutor, se a coisa fugir do controle, então eles poderão ser usados. É mesmo? E de quem será essa avaliação? Do doutor Valentino? E de onde cairão os instrumentos necessários para conter a turba? Do céu?

De resto, o doutor precisa saber o que é uma bomba de gás lacrimogêneo: trata-se de um instrumento de dissuasão, não de ataque. Se ninguém decidir tocar nela, não fere ninguém. É uma alternativa ao confronto físico, que pode ferir tanto policiais como manifestantes.

De resto, com todas as vênias, quem o juiz pensa ser para determinar que pais de família, maridos de família, filhos de família — quase todos eles pretos de tão pobres ou pobres de tão pretos — saiam às ruas sem qualquer instrumento de defesa ou de dissuasão para enfrentar criminosos organizados, mascaradas, dispostos a tudo?

É evidente que o doutor foi além de suas sandálias e que só o comandante de uma tropa tem condições de saber, no campo de ação, o que é e o que não é necessário para preservar a ordem pública e a integridade dos que são e dos que não são manifestantes.

O doutor pode ser isento. Mas a sua sentença é pautada pela ideologia.

Ou, então, o governador Geraldo Alckmin que seja ainda ousado: Valentino para secretário de Segurança Pública! Ele certamente saberá o que fazer!

Encerro
Valentino Aparecido Andrade, na prática, exige que os policiais corram ainda mais risco de vida do que já correm normalmente. A decisão só não é inédita porque, antes, houve outra, tomada por Valentino Aparecido Andrade.

Texto publicado originalmente às 20h43 desta quinta

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/juiz-de-sp-demoniza-pm-e-emite-sentenca-absurda-certamente-aplaudida-por-black-blocs/

PF prende agentes da Polícia Legislativa acusados de atrapalhar Lava Jato

21/10/2016 10h22
Brasília
Felipe Pontes – Repórter da Agência Brasil

A Polícia Federal cumpre, na manhã de hoje (18), mandados judiciais no Senado Federal ligados a uma nova operação, denominada Métis, que apura a atuação de agentes da Polícia Legislativa para atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e também de outros casos envolvendo políticos.

Quatro mandados são de prisão temporária de membros da Polícia Legislativa. A PF aponta o diretor da Polícia do Senado, Pedro Ricardo Araújo de Carvalho, como líder do grupo que utilizava a estrutura de inteligência da Polícia Legislativa para atrapalhar investigações contra senadores e ex-senadores.

Agentes da PF estão neste momento nos gabinetes da Polícia Legislativa do Senado, no subsolo da Casa, para coletar provas. Segundo a PF não estão sendo cumpridos mandados em gabinetes ou endereços de políticos.

De acordo com a PF, Carvalho “ordenou a prática de atos de intimidação à Polícia Federal, no cumprimento de mandado expedido pelo Supremo Tribunal Federal em apartamento funcional de Senador”.

Carvalho é homem de confiança do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) que, segundo sua assessoria, encontra-se em Maceió nesta sexta-feira.

Ao todo, estão sendo cumpridos nove mandados judiciais. O grupo vai responder pelo crimes de associação criminosa armada, corrupção privilegiada e embaraço à investigação de infração penal. Somadas, as penas podem chegar a 14 anos de prisão, além de multa.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

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"Métis" - Deusa grega da saúde, astúcia, prudência, virtudes e proteção, "com a capacidade de antever acontecimentos".

22/10 - Dia do Enólogo

22 /10/2016
Por Antonio Gasparetto Junior

O Enólogo é o profissional responsável pela produção e com os aspectos gerais em relação ao vinho.

A Enologia é uma ciência que se dedica a tudo que envolve a produção do vinho, começando com a escolha do solo e passando pelo plantio, produção, engarrafamento, envelhecimento e venda. Como há poucas faculdades dedicas à formação do Enólogo, o mais comum é que ele seja formado em Agronomia e tenha especialização em Enologia. As principais faculdades de tal ciência estão na França e na Itália. Na América do Sul, a melhor delas está localizada em Mendoza, na Argentina, lugar, por sinal, originário dos vinhos de qualidade do país vizinho. 

No Brasil, atualmente, há quatro instituições que oferecem o curso de Enologia, sendo que apenas uma delas oferece o curso em modalidade bacharelado, que é a Universidade Federal do Pampa. Já os cursos oferecidos pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia nas cidades de Bento Gonçalves e Petrolina permitem a graduação em nível tecnológico. E, por fim, o curso da Universidade Federal de Pelotas permite a formação como técnico.

A Enologia envolve tudo que é relacionado ao vinho. Para a formação do profissional nesta área, passa-se pelos seguintes estudos: entomologia, fisiologia, matemática, estatística, geologia, botânica, microbiologia, física, marketing, economia, climatologia, química, vinificação, vinicultura, marketing de vinhos, elaboração de vinhos, controle de qualidade e análise sensorial.

Enólogo é uma profissão regulamentada no Brasil desde 2007. Esse profissional trabalha na vinícola e é responsável por todas as decisões de produção do vinho. Ele quem gerencia e administra a análise do solo e seus métodos de irrigação, escolhe as mudas e determina o plantio, a poda e a colheita. Feita a colheita, é ele quem define a mistura das uvas, o tempo de amadurecimento e a hora de colocar o vinho no mercado. Ou seja, o Enólogo é o grande responsável pelo vinho, desde a escolha do terreno até sua comercialização. Muitas vezes, é ele quem assume também o papel de vendedor.

Claro que a degustação também é importante atividade do Enólogo, ele experimenta o vinho durante seu processo de elaboração e como produto final para avaliar as características físico-químicas que a bebida possui e, a partir daí, proceder as medidas necessárias para que o vinho alcance o resultado esperado.

quinta-feira, 20 de outubro de 2016

'Os iguais também se atraem'; pinturas geram polêmica em escola militar

20/10/2016 13h16 - Atualizado em 20/10/2016 14h07

Roberta Oliveira
Do G1 Zona da Mata

Aluna diz que atividade retirada por causa de trabalhos anti-homofobia no Colégio Tiradentes de Juiz de Fora (Foto: Facebook/Divulgação)

Uma atividade na aula de Artes abriu espaço para polêmica e discussão no Colégio Tiradentes, da Polícia Militar em Juiz de Fora. Isso depois que os alunos decidiram abordar o tema homossexualidade e pintaram árvores, frases e desenhos sobre o tema. Pouco depois o trabalho foi apagado por determinação da direção. Como os estudantes são adolescentes, os nomes deles foram preservados nesta reportagem. O G1 entrou com contato com a instituição para saber o motivo da decisão e aguarda retorno.

Uma aluna do colégio disse num desabafo no Facebook que os estudantes receberam a missão de criar uma obra de arte no meio natural, com uma crítica a algum assunto e deixá-la exposta para se deteriorar com o tempo. Nesta quarta-feira (19), dia da execução do trabalho, dois grupos criaram intervenções na área do estacionamento do colégio.

Em um deles, uma árvore foi pintada com as cores do arco-íris e um cartaz feito em papelão trazia a seguinte mensagem: "Ser gay é tão natural quanto essa árvore". Em outro, dois bonecos foram desenhados em um banco, de mãos dadas, com uma flor por cima e um coração rosa por perto com a mensagem: "Os iguais também se atraem".
Cartaz foi colocado ao lado da árvore (Foto: G1)

Mas após a atividade, a turma foi surpreendida, pois antes do fim do dia letivo todos os trabalhos foram retirados. Segundo ela, por ordem da direção.

O G1 entrou em contato com o Colégio Tiradentes e foi informado de que os representantes da direção estavam com os alunos e não poderiam atender a ligação. A reportagem também consultou a Secretaria de Estado da Educação, que explicou que a responsabilidade da gestão da escola é da Polícia Militar.

Oportunidade de discussão
Depois da atitude por parte da escola, uma estudante desabafou nas redes sociais. O G1 conversou com dois alunos da turma, que confirmaram os relatos transcritos abaixo. Nos comentários, colegas, ex-colegas e até antigos professores lamentaram a situação.
Uma das obras feitas por alunos no Colégio Tiradentes (Foto: G1)

De acordo com eles, participaram da aula estudantes de uma das turmas do 1º ano do ensino médio, na faixa etária de 15 a 17 anos. Há algumas semanas, os grupos receberam a missão de criar as obras na área disponível no estacionamento do colégio, no Bairro Santa Terezinha. A execução foi realizada na manhã de quarta (19), mas dois dos trabalhos elaborados eram ligados à cultura LGBT - Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros.

Uma das alunas contou que um grupo decidiu pegar uma árvore do espaço que foi cedido para trabalhar e pintá-la com as cores da bandeira LGBT, fazendo uma crítica à homofobia e apoiando o movimento. Pouco depois, os alunos foram comunicados sobre a decisão da direção da escola e ela desabafou no Facebook.

"Dois horários depois a professora de artes foi até a minha turma e nos disse que o trabalho do meu grupo iria ser retirado, pois a administração fez uma 'suposição' de que se um pai olhasse para a nossa arte, ele poderia achar que estamos tentando doutrinar a opção sexual do filho dele. Assim, o pai poderia tirar uma foto da árvore e mandar pra BH, manchando o nome do colégio (vale lembrar que, adolescentes sabem o que é a comunidade LGBT e sua importância - mesmo que alguns discordem - e as crianças iriam ver apenas as cores do arco-íris ali). No final, todas as obras foram retiradas antes mesmo dos alunos se manifestarem", publicou.

A estudantre ainda escreveu que publicou a manifestação a pedido de alunos da turma. E destacou que alguns estudantes foram a favor da retirada da obras, mas que a maioria da sala e até de outras salas queria deixar clara a insatisfação com a decisão.

"Agora, quero prestar minha indignação e mostrar o quanto isso foi errado de várias formas. Todo o trabalho, tempo, dinheiro e esforço que tanto os alunos, quanto a professora, colocaram naquele trabalho foi simplesmente desprezado e nossa obra não ficou em exposição nem por uma aula; apagaram a liberdade de expressão dos alunos, assim como fizeram com suas artes e nem nos deram a chance de falar nossas opiniões. A pessoa da administração que ordenou a retirada dos projetos nem apareceu para nos ouvir, ou pelo menos explicar a situação para nós", explicou a aluna.

Para encerrar, ela destacou que asssuntos do cotidiano, como orientação sexual, ajudam na construção de uma visão social e constam entre os temas transversais propostos pelo Ministério da Educação (MEC) e caem no vestibular. A aluna lamentou o impacto da decisão da escola.

"A professora não estava fazendo nada de errado e nem nós fizemos, o que não justifica o que aconteceu. Hoje os alunos do Tiradentes foram seriamente desrespeitados, mas acima deles, os alunos da comunidade LGBT que viram o colégio em que eles estudam tirando um apoio que foi dado a eles, com medo de 'queimar o filme'", concluiu.

Moro diz que Lei do Abuso de Autoridade é "atentado à magistratura"

20/10/2016 18h21
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil

O juiz federal Sérgio Moro criticou hoje (20) o projeto de lei que altera o texto da Lei de Abuso de Autoridade (Lei 4.898/1965). Durante uma palestra no Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR), Moro considerou que a proposta é um "atentado à independência da magistratura".

Segundo Moro, é preciso criar salvaguardas para deixar claro que a norma não pode punir juízes pela forma como interpretam as leis em suas decisões. "Do contrário, vai ser um atentado à independência da magistratura", disse o juiz.

O PLS 280/2016, que define os crimes de abuso de autoridade, é de autoria do presidente do Senado, Renan Calheiros. O texto prevê que servidores públicos e membros do Judiciário e do Ministério Público possam ser punidos, por exemplo, caso sejam determinadas prisões “fora das hipóteses legais", como ao submeter presos ao uso de algemas quando não há resistência à prisão e fazer escutas sem autorização judicial, atingindo “terceiros não incluídos no processo judicial ou inquérito”.

Durante a palestra, Sérgio Moro também disse que os processos não podem ser "de faz de conta" e que a lei deve ser aplicada de forma vigorosa para conter o "quadro de corrupção sistêmica" no Brasil.

Edição: Amanda Cieglinski
Agência Brasil