sábado, 1 de outubro de 2016

Sem previsão de acordo, greve dos bancários completa 25 dias

Sem previsão de acordo, greve dos bancários completa 25 dias

30/09/2016 18h25
Brasília
Da Agência Brasil
Em todo o país, 13.358 agências bancárias tiveram suas atividades paralisadas Elza Fiúza/Agência Brasil

A greve nacional dos bancários completa hoje (30) 25 dias, sem previsão de nova reunião de negociação com os representantes dos bancos. Em todo o país, 13.358 agências tiveram suas atividades paralisadas, o que corresponde 57% do total, além de 34 centros administrativos. A paralisação deste ano já é considerada uma das greves mais longas da história da categoria.

Na última quarta-feira (27), os bancários recusaram proposta feita pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).

Em nota, a entidade patronal disse que ofereceu reajuste de 7% nos salários e benefícios, abono de R$ 3,5 mil e propôs que a negociação de 2016 tenha duração de dois anos, com garantia de reajuste da inflação e ganho real de 0,5% em 2017.

A oferta foi considerada insuficiente pelos trabalhadores, que reivindicam reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real; piso salarial de R$ 3.940,24; melhores condições de trabalho e fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações, entre outras demandas.

Desde agosto de 2015, segundo os sindicatos da categoria, os bancários acumulam redução salarial de 9,62%.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro da CUT (Contraf), Roberto von der Osten, a greve seguirá forte. “Estamos lutando por dignidade e respeito”, disse o sindicalista.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

TSE aprova envio de militares a 315 cidades para reforçar segurança na eleição

30/09/2016 18h51
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) decidiu enviar reforço de tropas das Forças Armadas a 315 municípios do país para garantir a segurança das eleições municipais, no próximo domingo (2). O número consolidado foi divulgado hoje (30) pelo ministro Gilmar Mendes, presidente da Justiça Eleitoral.

Forças Armadas vão garantir segurança dos locais de votação
Vladimir Platonow/Agência Brasil

Os militares vão patrulhar locais de votação em 13 estados: Acre, Alagoas, Amazonas, Goias, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Sergipe e Tocantins.

Gilmar Mendes disse que o tribunal foi criterioso na análise dos pedidos antes de autorizar o envio das tropas. O gasto com o deslocamento dos militares é custeado pela Justiça Eleitoral.

O TSE vai ficar de plantão no fim de semana para analisar eventuais pedidos de presença de militares em outros municípios. “Fazemos um apelo para que as eleições corram como tem ocorrido, em ambiente de tranquilidade para que possamos ter eleições livres, limpas, e sejam realmente importantes para a recomposição dos governos municipais”, disse Mendes.

Edição: Luana Lourenço
Agência Brasil

JF - Eleições municipais provocam modificação no trânsito

Maxwel Muscardi 30 Setembro 2016 06:00

Com a realização do primeiro turno das Eleições Municipais em todo o país, a Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), atendendo a um pedido do Tribunal Eleitoral Regional (TRE), promoverá alterações no trânsito no próximo domingo, 2 de outubro. As mudanças acontecem em função da mudança da sede do órgão na cidade, visando facilitar o trajeto dos motoristas que circularão pela cidade. Em razão disso, algumas ruas da cidade serão interditadas para facilitar o deslocamento dos eleitores aos postos de votação.

“As pessoas já vão perceber a movimentação a partir do sábado, no início do dia. As proibições de estacionamento vão ocorrer das 6h às 22h nas Ruas Barão de Santa Helena, Batista de Oliveira, Antônio Dias, em um trecho da Itamar Franco, além da Rua Dr. Gil Horta e da parte baixa da Rua Espírito Santo. Nesses locais, haverá proibição de estacionamento para usuários comuns. Essa proibição é uma reserva das vagas para os veículos que atendem o TRE, como transporte das urnas e funcionários” explica o chefe do Departamento de Fiscalização da Secretaria de Transporte e Trânsito (Settra), Paulo Peron Junior. De acordo com ele, as linhas 611 e 612, que atendem o bairro Granbery sofrerão modificações.

No caso dos motoristas, é preciso que fiquem atentos com relação a algumas alterações no trânsito, principalmente no sábado à tarde, que é um momento em que o trânsito é um pouco movimentado. De acordo com Peron, “Apesar de não ter eleição no sábado, a população vai se deparar com o trânsito mais tumultuado nessa região por não poder estacionar. A partir das 15h de sábado, a Rua Batista de Oliveira e o pedaço final da Rua Antônio Dias já vão estar interditados”.

Ele diz ainda que “os moradores do Granbery vão sofrer um pouco mais com essas mudanças. A indicação é que as pessoas evitem usar o automóvel, e, para quem precisar se deslocar, a orientação é que vá de ônibus. Quem precisa do carro deve evitar circular pelo bairro Granbery e pelos trechos mencionados”, reforça. Ele ressalta que o direito de circulação dos moradores daquele bairro será garantido, mas os carros também não podem ficar estacionados nos locais onde há proibição. “Os moradores terão acesso às garagens, mas não vão poder deixar os carros na rua”, finaliza.

INTERVENÇÕES
Além das modificações citadas acima, no sábado, entre 16h e 19h, e no domingo, das 17h às 20h, haverá inversão de mão na Rua Tarboux. A circulação dos carros oficiais se dará pela pista central da Avenida Barão do Rio Branco, no domingo, a partir das 17h. Com isso, ficará proibido o estacionamento, entre 6h e 22h, de sábado e domingo, nas Ruas Gil Horta; Barão de Santa Helena, entre as ruas Antônio Dias Tostes e Tarboux; Antônio Dias Tostes, entre as ruas Barão de Santa Helena e Batista de Oliveira; Batista de Oliveira, entre a Avenida Presidente Itamar Franco e a Rua Doutor Antônio Carlos; Delfim Moreira, entre as ruas Batista de Oliveira e Barão de Santa Helena; e Espírito Santo, entre as avenidas Barão do Rio Branco e Presidente Itamar Franco. Já na Avenida Presidente Itamar Franco, no sentido Bairro São Mateus/Centro, será proibido estacionar entre a Avenida Barão do Rio Branco e a Rua Batista de Oliveira. No sentido contrário, a proibição acontecerá entre as ruas Caiçaras e Chanceler Oswaldo Aranha. No domingo, o estacionamento neste trecho será permitido a partir das 17h.

Fonte: Da redação/Colaboração Maxwel Muscardi
http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/8278-eleicoes-municipais-provocam-modificacao-no-transito

Bruno tem 42% e Margarida, 27%, em Juiz de Fora

30/09/2016 19h29 - Atualizado em 30/09/2016 19h53

Ibope, votos válidos: Bruno tem 42% e Margarida, 27%, em Juiz de Fora

Do G1 Zona da Mata

A terceira pesquisa Ibope encomendada pela TV Integração e divulgada nesta sexta-feira (30), aponta os seguintes percentuais de votos válidos, descontados os brancos e nulos, na disputa pela Prefeitura de Juiz de Fora:

Bruno Siqueira (PMDB) – 42%
Margarida Salomão (PT) – 27%
Noraldino (PSC) – 14%
Wilson Rezato (PSB) – 12%
Lafayette (PSD) – 4%
Maria Angela (PSOL) – 1%
Victoria Mello (PSTU) – 0%

A pesquisa também calculou as intenções de votos, incluindo brancos e nulos:

Bruno Siqueira (PMDB) – 36%
Margarida Salomão (PT) – 24%
Noraldino (PSC) – 12%
Wilson Rezato (PSB) – 10%
Lafayette (PSD) – 3%
Maria Angela (PSOL) – 1%
Victoria Mello (PSTU) – 0%
Branco/Nulo – 10%
Indecisos – 4%

O Ibope ouviu 602 eleitores entre os dias 27 e 29 de setembro. A margem de erro é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%, o que quer dizer que, se levarmos em conta a margem de erro de quatro pontos, a probabilidade de o resultado retratar a realidade é de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) sob o protocolo MG-05805/2016.

Pesquisas anteriores
Na primeira pesquisa divulgada pela TV Integração, no dia 25 de agosto, o candidato Bruno Siqueira tinha 18% de intenção de votos, empatado com Noraldino, também com 18%. Na ocasião, Margarida Salomão aparecia com 22%. O candidato Wilson Rezato apresentava 7% e Lafayette 3%, assim como Maria Ângela, que também tinha 3% das intenções. Victória Mello, que teve 2% em agosto, não atingiu 1% na pesquisa atual.

Os votos em brancos e nulos somavam, na ocasião, 19% e os eleitores que ainda não haviam decidido em quem votar, respresentavam 8%.

Na segunda pesquisa divulgada pela TV Integração, no dia 16 de setembro, Bruno Siqueira subiu para 30% de intenção de voto, seguido por Margarida Salomão, com 26%. Noraldino, em terceiro, apresentava 15%. Wilson Rezato tinha 9%; Lafayette, 5%, e Maria Angela, 1%. Victoria Mello não pontuou na segunda pesquisa.

Os votos em brancos e nulos somavam, na ocasião, 9%, e os eleitores que ainda não haviam decidido em quem votar, representavam 5%.

Segundo turno
O Ibope simulou a possibilidade de segundo turno entre os candidatos mais bem posicionados nesta terceira pesquisa. Veja a simulação entre os três primeiros na intenção de votos dos eleitores:

Bruno Siqueira x Margarida Salomão
Bruno Siqueira - 49%
Margarida Salomão - 33%
Branco/Nulo - 14%
Não sabem ou preferem não opinar - 4%

Bruno Siqueira x Noraldino
Bruno Siqueira - 49%
Noraldino - 29%
Branco/Nulo - 18%
Não sabem ou preferem não opinar - 4%

Margarida Salomão x Noraldino
Margarida Salomão - 40%
Noraldino - 34%
Branco/Nulo - 21%
Não sabem ou preferem não opinar - 5%

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Sargento da PM reage e mata ladrão de moto em Contagem

PUBLICADO EM 30/09/16 - 08h15

FERNANDA VIEGAS

Um ladrão de moto foi morto por um sargento da Polícia Militar (PM), na noite dessa quinta-feira (29), em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

O policial de folga, estava em sua motocicleta, na rua Rio Elba, no bairro Novo Riacho, quando dois homens se aproximaram, sendo que um deles estava armado, e mandaram que a vítima entregasse o relógio e a chave do veículo. O policial entregou o relógio para o adolescente de 17 anos, que fugiu. Em seguida, o outro suspeito subiu na moto, mas antes de fugir, apontou a arma para o PM que também sacou sua arma, dizendo ser da polícia e mandando que o ladrão deitasse no chão. Como ele não obedeceu, foi atingido por dois tiros.

O sargento acionou a PM e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas as balas que acertaram uma das axilas e um dos braços do suspeito o mataram. Até o momento, ele não foi identificado.

O comparsa foi encontrado pela PM e o relógio foi recuperado. Ele foi encaminhado para uma delegacia. O policial também foi levado para o batalhão e teve a arma apreendida.

O revólver do suspeito era uma réplica.
Atualizada às 12h29

Jornal O Tempo

“PP, PT e PMDB formaram uma mesma organização criminosa”, denuncia Janot

Charge do Renato Peters, reprodução do G1

Carolina Brígido
O Globo

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que integrantes do PT, do PMDB e do PP “se organizaram internamente, utilizando-se de seus partidos e em uma estrutura hierarquizada, para perpetração de práticas espúrias”. Segundo ele, os partidos formaram “uma mesma organização criminosa, com alinhamento, de forma horizontal, de núcleos políticos diversa” para cometer crimes contra a administração pública investigados na Operação Lava-Jato.

“Com efeito, os elementos de informação que compõem o presente inquérito modularam um desenho de um grupo criminoso organizado único, amplo e complexo, com uma miríade de atores que se interligam em uma estrutura com vínculos horizontais, em modelo cooperativista, em que os integrantes agem em comunhão de esforços e objetivos, e outra em uma estrutura mais verticalizada e hierarquizada, com centros estratégicos, de comando, controle e de tomadas de decisões mais relevantes”, escreveu Janot.

FATIAMENTO – As declarações estão em ofício enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) no qual Janot pediu o fatiamento do principal inquérito da Lava-Jato em quatro. PT e PP terão um inquérito cada. O PMDB da Câmara terá um inquérito e o PMDB do Senado terá outro. Ao todo, o procurador-geral pediu a investigação contra 66 pessoas. Caberá ao ministro Teori Zavascki, relator da Lava-Jato no STF, decidir se abre ou não os inquéritos. No pedido enviado ao STF, Janot pediu a investigação contra 30 pessoas ligadas ao PP; 12 pessoas ligadas ao PT; nove ligadas ao PMDB no Senado e 15, ao PMDB da Câmara.

Ainda segundo o procurador-geral, o PT usou os crimes apurados na Lava-Jato para continuar no poder. “No âmbito do PT, os novos elementos de informação passaram a indicar uma atuação criminosa voltada à arrecadação de valores espúrios, com um alcance mais amplo se comparado àquele que se visualizava no início, objetivando, em especial, a sedimentação de um projeto de manutenção no poder”, escreveu no ofício.

EM POSTOS-CHAVES – Janot também explicou que integrantes do PMDB da Câmara “atuavam diretamente na indicação política de pessoas para postos importantes da Petrobras e da Caixa Econômica Federal. Além disso, eram responsáveis pela ‘venda’ de requerimentos e emendas parlamentares para beneficiar, ao menos, empreiteiras e banqueiros”.

O procurador-geral também afirmou que integrantes dos três partidos, “utilizando indevidamente de sua sigla partidária”, dividiram entre si a indicação de diretorias de Abastecimento, Serviços e Internacional da Petrobras. “Como visto, a indicação de determinadas pessoas para importantes postos chaves do ente público, por membros dos partidos, era essencial para implementação e manutenção do projeto criminoso”.

FATOS CONEXOS – O procurador-geral esclareceu que o fatiamento do principal inquérito é necessário para a “otimização do esforço investigativo”. Ele esclareceu que os fatos investigados são conexos entre os partidos. “Embora, até o momento, tenha sido desvelada uma teia criminosa única, mister, para melhor otimização do esforço investigativo, a cisão do presente inquérito tendo como alicerce os agentes ligados aos núcleos políticos que compõem a estrutura do grupo criminoso organizado”.

Janot também afirmou que não seria proveitoso para as apurações que pessoas sem direito ao foro especial fossem investigadas em um inquérito separado, na primeira instância. “Caso exista desmembramento, poderá gerar prejuízo relevante à compreensão da extensão material e à futura prestação jurisdicional, ponderou”.

Receita Federal ajuda Lava Jato a devassar as 72 palestras que Lula teria dado

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Ricardo Brandt, Julia Affonso e Fausto Macedo 
Estadão

Com apoio da Receita Federal, os dados de documentos anexados à primeira denúncia formal da Lava Jato contra Lula na Justiça Federal em Curitiba estão sendo cruzados com informações registradas por o ex-presidente e seus familiares, amigos e sócios. As suspeitas são que as movimentações financeiras da LILS e do Instituto Lula serviram para ocultar propinas.

No material produzido pela PF, os peritos comparam as datas de recebimentos pela LILS por palestras com o período em que as empreiteiras pagaram propinas a dois ex-diretores da Petrobrás: Paulo Roberto Costa, ex-Abastecimento e primeiro delator da Lava Jato, e Renato Duque, ex-Serviços. Esse último, cota do PT no esquema de fatiamento político da estatal entre PT, PMDB e PP.

“Insta destacar, inclusive, que os períodos nos quais as empreiteiras Camargo Corrêa e Queiroz Galvão efetuaram pagamentos de propinas à Paulo Roberto Costa, via Costa Globa, coincidem com o período em que efetuaram pagamentos a LILS Palestras, Eventos e Publicações por serviços pretensamente prestados.”

PRIMEIRO DELATOR – Costa foi o primeiro delator da Lava Jata a confessar o esquema Petrobrás. Ele apontou em 2014 ao juiz federal Sergio Moro que a corrupção era sistêmica no governo federal, abrangendo além da área de petróleo e gás, energia, rodovias, ferrovias e aeroportos.

Pela Costa Globa ele recebeu “propinas atrasadas das empreiteiras: a Camargo Corrêa, no valor de R$ 3 milhões, Queiroz Galvão, R$ 600 mil, Iesa Óleo & Gás, R$ 1,2 milhão e Engevix, R$ 665 mil. Dessas, as duas primeiras efetuaram pagamentos a LILS.

O MPF destaca que Costa, que foi diretor de Abastecimento da Petrobrás entre maio de 2004 e abril de 2012, e Renato Duque, que ocupou a Diretoria de Serviços da estatal de janeiro de 2003 a abril de 2013, terem aberto empresas de consultoria – respectivamente, as empresas Costa Global e D3TM – para continuarem “a receber valores de propina sob a forma de contratos falsos de prestação de serviços”.

ENVOLVIMENTO – No processo criminal aberto pelo juiz federal Sérgio Moro na terça-feira, dia 20, Lula é acusado pelo envolvimento com R$ 87 milhões de propinas pagas pela OAS, por três contratos da Petrobrás. A acusação aceita aponta que R$ 3,7 milhões desse montante foram pagos ao ex-presidente de forma oculta no triplex 164-A do Edifício Solaris no Guarujá (SP) e no custeio do armazenamento de bens pessoais do petista ente 2011 e 2016.

Além do inquérito aberto sobre a LILS e Instituto Lula, o ex-presidente ainda é alvo de um inquérito por corrupção e lavagem de dinheiro na compra e reforma do Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), que a Lava Jato diz ser dele – o petista nega – e de investigações por associação à organização criminosa e obstrução às investigações do escândalo Petrobrás, em Brasília – no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Justiça Federal do Distrito Federal.

72 PALESTRAS – O Instituto Lula informa que “de 2011 a 2015, Lula deu 72 palestras empresariais pagas, para 45 empresas contratantes no Brasil e em todas as partes do mundo”.

“Lula discursou em reuniões de diretoria, seminários para dirigentes de empresas, encontros com clientes e confraternizações dos mais diversos setores – financeiro, alimentício, construção, bebidas, comércio, comunicações e outros.”

Segundo informa o documento, “todas as receitas e despesas da empresa LILS foram devidamente contabilizadas e seus rendimentos registrados nas declarações de Imposto de Renda dos dois sócios”.

“A LILS estabeleceu um contrato padrão para ser utilizado em cada palestra e tomou como referência o valor em reais equivalente a 200 mil dólares, de acordo com a taxa de câmbio da época da palestra, semelhante ao cobrado por outros ex-presidentes de projeção internacional.”

Pesquisador comemora vacina, mas alerta: "Dengue não vai acabar amanhã"

30/09/2016 12h22
Belo Horizonte
Léo Rodrigues – Correspondente da Agência Brasil

A primeira vacina contra a dengue já está acessível gratuitamente para a população de 30 municípios do Paraná. Embora ainda não exista previsão para que outras regiões do país sejam beneficiadas pela novidade, a espera não deve ser longa.

A notícia é comemorada por especialistas, mas o pesquisador João Bosco Siqueira Júnior, da Universidade Federal de Goiás (UFG), alerta que é preciso dosar a euforia, já que leva tempo entre a introdução de uma vacina e a percepção de seu impacto na saúde da população.
O mosquito Aedes aegypti é responsável pela transmissão da dengue, da febre chikungunya e do vírus Zika - Arquivo/Agência Brasil

Siqueira Júnior lembrou que, no passado, a introdução de outras vacinas demoraram a surtir efeito na população e que as gerações atuais vivem um cenário em que várias doenças já estão erradicadas. "Essa pessoas, não têm a vivência, por exemplo, de que entre o início da vacina da poliomelite e o controle da doença, se passou um bom tempo. Então é preciso educar a população nesse sentido, pois a dengue não vai acabar amanhã", disse ele na 18ª Jornada Nacional de Imunizações, que começou ontem (29) em Belo Horizonte e vai até sábado (1º).

O laboratório francês Sanofi Pasteur é o responsável pelo desenvolvimento da vacina contra a doença, que é transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti. Como não há muitos casos de dengue na França, a avaliação de campo ocorreu na Ásia e na América Latina, incluindo o Brasil. O imunizante é indicado para pessoas entre 9 e 45 anos e deve ser aplicado em três doses com intervalos de seis meses.

Registrada em dezembro de 2015 na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a primeira campanha da vacina atendeu a rede pública do Paraná, em julho. A primeira dose já foi distribuída a 30 municípios. Em 28 deles, a campanha tem como público-alvo pessoas entre 15 e 27 anos. Nas outras duas cidades, atende a faixa etária entre 9 a 45 anos.

Enquanto não chega à rede pública de outros estados, a vacina pode ser encontrada em hospitais e clínicas de imunização privados. O custo para os estabelecimentos varia entre R$ 132 e R$ 138, conforme determinou a Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos(Cmed). Para o consumidor, o valor sai mais caro.

A presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Isabella Ballalai, também avalia de forma positiva a novidade, mas ressalta o desafio de conscientizar a população.

"A vacina é ótima. Tem uma eficácia de mais de 90% para as formas mais graves da doença. O único ponto negativo é a necessidade de três doses. Por que digo isso? Porque é muito difícil vacinar o adulto. Quando o alvo é uma faixa etária de 9 a 45 anos, há um desafio enorme de trazer as pessoas para a sala de vacinação. Ainda mais quando precisamos fazer isso três vezes, em intervalos de seis meses"

Isabella diz ainda que a inclusão da vacina na rede pública demanda estratégia. "Antes do governo adquirir do laboratório, nós precisamos ter um plano elaborado que permita trazer as pessoas à sala de vacinação. Este é o maior desafio. Do contrário, a vacina fica parada na geladeira. E é preciso garantir também que não vai faltar orçamento para adquirir nenhuma das três doses", acrescentou.

Estudos
Siqueira Júnior explica que a experiência no Paraná vai permitir avançar em pesquisas sobre os impactos na saúde pública. "A vacina tem resultados que foram divulgados para um indivíduo. Os benefícios individuais estão bem registrados. A nossa próxima pergunta é qual o impacto que a vacina tem na perspectiva da saúde pública. Qual é o resultado de se ter muita gente imunizada?", indaga.

Segundo ele, um aspecto que precisa ser analisado é a situação dos idosos. Pessoas acima de 60 anos compõem um grupo de risco entre pacientes com o vírus da dengue. Segundo o Ministério da Saúde, idosos têm 12 vezes mais chances de morrer pela doença do que pessoas de outras faixas etárias. No entanto, a vacina foi elaborada para quem possui entre 9 e 45 anos. Ou seja, os idosos estão fora do público alvo.

"Mesmo assim, eles podem ser beneficiados. Pois se as pessoas entre 9 e 45 anos estiverem imunizadas, elas deixam de ser fonte do vírus para o mosquito que picá-las. Dessa forma, espera-se que a quantidade de mosquitos infectados caia. Assim, nós protegemos indiretamente os idosos. É um contexto possível, mas que só as pesquisas poderão confirmar", explica Siqueira Júnior.

O pesquisador não acredita em prejuízos à população pela vacina. "No passado, isso já ocorreu. Quando foi desenvolvida a vacina para rubéola, por exemplo, as crianças eram o foco. A doença se deslocou para adultos jovens. E, quando mulheres gestantes contraem rubéola, os bebês podem nascer com alguma malformação. Mas a rubéola é uma transmissão de pessoa para pessoa. No caso da dengue, se trata de uma transmissão vetorial. O mosquito não vai alterar seu hábito porque a pessoa tomou ou não a vacina. Para ele, isso não faz diferença", avalia.

Controle de vetor
Como o resultado da imunização leva tempo para beneficiar a população e, em um primeiro momento, não haverá vacina para todos, o combate ao mosquito precisa continuar.

"A vacina só protege contra a dengue e nós temos também a zika e a febre chikungunya. O mosquito ainda transmite a febre amarela, embora seja uma doença que já tenha vacina há bastante tempo. E mesmo que, no futuro, tenhamos vacina para zika e febre chikungunya, o combate ao Aedes não acaba. Estes mosquitos são muito capazes de transmitir vírus. Futuramente eles podem se adaptar para disseminar novas doenças. Além disso, outros vírus podem também se adequar ao mosquito", avalia Siqueira Júnior.

O pesquisador da UFG acredita que em breve poderemos contar com novas tecnologias para controle do Aedes aegypti. Ele aponta dois estudos promissores. Um deles pretende utilizar mosquitos geneticamente modificados para impedir a reprodução da espécie.

O outro faz uso da bactéria Wolbachia, facilmente encontrada no meio ambiente. Pesquisa preliminares têm apontado que o vírus da dengue, da febre chikungunya e da zika, quando são infectados por esta bactéria, não conseguem mais ser transmitidos pelo mosquito.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

quinta-feira, 29 de setembro de 2016

Mulher é detida com mais de 300 cigarros de maconha em Juiz de Fora

29/09/2016 19h22 - Atualizado em 29/09/2016 19h37

Do G1 Zona da Mata

Suspeita trocava interior de cigarros por maconha 
(Foto: Polícia Militar/Divulgação)

Uma mulher, que não teve a idade revelada, foi detida nesta quinta-feira (29) pela Polícia Militar (PM), suspeita de tráfico de drogas, no Bairro Bairu, em Juiz de Fora.

De acordo com as informações preliminares dos militares, foram localizados 318 cigarros de maconha com ela, na Rua Inconfidentes.

A suspeita também estava com uma barra da droga e uma balança de precisão. Todo o material foi apreendido. Ainda segundo a PM, ela tirava o tabaco de cigarros comuns e substituía por maconha.

A ocorrência está em andamento e a mulher foi encaminhada para a Delegacia de Plantão da cidade, onde será ouvida pelo delegado nas próximas horas.

Esquerda? Que esquerda? A do PDT?

Charge do Chico Caruso, reprodução de O Globo

Marcelo Câmara

Alguns internautas receberam o primeiro artigo desta série, dedicado ao PT, como uma intenção deliberada deste jornalista de livrar uma suposta Esquerda do partido da responsabilidade pelos males causados ao País. Não. Absolutamente. Nada disso. Três foram os objetivos daquele artigo: procurar demonstrar que as ações dos governos do PT não se coadunam, em tese, com os valores e a ética de uma doutrina socialista democrática; que os verdadeiros socialistas que estiveram no PT o deixaram a partir das condutas iniciais do primeiro governo Lula; e que, como se comprovará ao final da série, os verdadeiros socialistas, com as suas naturais virtudes, pecados e erros, não habitam os partidos ditos “de Esquerda” no País, estão distantes do processo político-partidário, ocupados em outros ofícios e missões, ideológicas ou não.

Aqui, numa segunda reflexão, perguntamos: Há Trabalhistas de Esquerda no atual PDT? Evidentemente que não. Talvez, uns poucos, franciscana e saudosamente, em desconforto, sem ter para onde ir, que, ao agirem, de acordo com as suas convicções, estão sendo marginalizados ou processados para a expulsão do partido.

Há exceções. Alguns intelectuais de Esquerda, incrivelmente, permanecem no PDT, ainda integram o partido, como o brilhante jornalista e historiador José Augusto Ribeiro, autor dos três volumes esgotadíssimos de A Era Vargas. Há alguns outros valorosos trabalhistas-socialistas, aqui e acolá, com a carteirinha do partido, frequentando-o.

SUMIÇO – Mas, onde está a maciça, a expressiva Esquerda Trabalhista, Brizolista, do PDT? A maioria está fora da vida político-partidária, votando, consciente e responsavelmente “nulo” ou “em branco” a cada eleição, desde a partida de Brizola. “Se, no Brasil, o Trabalhismo é uma ideologia na gaveta e se não existe partido trabalhista, não há em quem e porque votar” – argumentam.

Em 1980, o PDT foi a alternativa de Leonel de Moura Brizola, após perder a histórica sigla PTB para Ivete Vargas, numa complexa e maquiavélica manobra do General Golbery do Couto e Silva, o mesmo que ajudou a inventar Lula. No ano anterior, em Portugal, Brizola e mais 125 Trabalhistas, gente de várias latitudes sociais e diversos talentos, como Darcy Ribeiro, Francisco Julião, Doutel de Andrade e Herbert de Souza, o Betinho, elaboram e assinam a Carta de Lisboa, manifesto político, documento social, econômico e cultural, socialista e nacionalista, que marcaria o renascimento do velho PTB, mas acabou sendo o “registro de nascimento” do PDT, “um partido nacional, popular e democrático”.

Essa Carta transformou-se no ideário e no programa básico do PDT. Nela, Brizola prega uma “solução trabalhista para o País, despida de soluções importadas” e convoca para a participação e o debate todas as forças populares, democráticas e progressistas visando à “construção de uma sociedade socialista, fraterna e solidária, em Democracia e Liberdade”.

TOLERANTE E FRATERNO – Após prever um partido que deve praticar a tolerância, a fraternidade, o pluralismo e condenar a manipulação de sindicatos e organizações populares, Brizola diz que deseja “recuperar o papel renovador que desempenhava os trabalhistas antes de 64”.

Além de condenar todas as formas de censura, defender os direitos dos trabalhadores e, indiscriminadamente, os direitos humanos, a Carta enumera quatro missões então urgentes do novo partido, diante o drama social que a Nação vivia, sob a Ditadura Militar:

1) salvar as crianças do abandono e da fome, e, da delinqüência, os jovens “analfabetos e descrentes da sua Pátria”; 2) viabilizar o exercício dos direitos dos negros e índios, fazendo-lhes justiça; 3) dar a mais séria atenção às mulheres brasileiras, espoliadas em sua cidadania e no seu trabalho; 4) assumir a Nação a causa do Povo Trabalhador do Norte e Nordeste, vítimas de cruel e permanente “colonialismo interno”. Brizola coloca o Povo Brasileiro como “sujeito e criador do seu próprio futuro”, sublinhando “o caráter coletivo, comunitário e não individualista da visão Trabalhista”.

E encerra a Carta, asseverando que, com a organização do PTB – sonhava ele – “continuaremos firmemente, sob a inspiração da Carta Testamento do Presidente Getúlio Vargas, a caminhada junto ao povo que nos levará à emancipação da Pátria”.

O PDT ATUAL – Tomemos a ideologia Trabalhista que tem no Trabalho e nos Trabalhadores os valores primaciais de uma Nação, para a construção do Estado e suas instituições, a evolução política, o desenvolvimento socioeconômico e cultural de um país. Em seguida, viajemos pela História do Trabalhismo Brasileiro cuja semente está na Revolução Farroupilha, na luta pela República e sua afirmação, no Governo gaúcho positivista de Júlio de Castilhos. Depois, com Getúlio Vargas, Alberto Pasqualini pensou e sistematizou a doutrina. Marcondes Filho organizou o sindicalismo e ajudou a dar face trabalhista a um partido, liderado por Vargas. Vieram Jango e Brizola para consolidar a ideologia definitivamente.

Meditemos sobre os percursos político-ideológicos de Vargas, o Estadista do Século XX, que fundou e estruturou o Estado Brasileiro, praticou, efetivamente, o Trabalhismo em suas decisões e feitos, em toda a sua dimensão humana e social, estabeleceu os alicerces da economia nacional; de Jango com as Reformas de Base, seu governo nacionalista e popular, o golpe que, por isto, sofreu e por causa dele morreu.

CONCLUSÃO – Reflitamos sobre a Carta de Lisboa, seus fundamentos, sua crítica, seus objetivos, o que o PDT nela buscou e dela cumpriu. Analisemos, por último (e nada aconteceu depois) a brilhante, coerente e vitoriosa caminhada de Brizola como líder político, nacional e trabalhista, prefeito, deputado estadual e federal, o único brasileiro governador em dois Estados, sua conduta de estadista, seus extraordinários feitos como administrador, sua rica biografia, bem como as vitórias e derrotas do PDT.

Então, estamos prontos para questionar: Esse PDT que sobreviveu após a partida do “Doutor Leonel”, e que está aí, flagelado, raquítico, canhestro, manco, contraditório, vendido, desfigurado, aliado ao PT, com o liliputiano Carlos Lupi no leme e o patético Ciro Gomes na proa, fazendo composições esdrúxulas regionalmente, tem algo a ver com o Trabalhismo Brasileiro? Com o Trabalhismo Socialista? Com a Esquerda? Deixo as perguntas aos leitores.