segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Projetos desenvolvidos pela Polícia Militar beneficiam crianças no interior

SEX 09 SETEMBRO 2016 08:55 ATUALIZADO EM SEX 09 SETEMBRO 2016 09:16

Divulgação

Os alimentos orgânicos derivados da horta em Berizal são doados e distribuídos para cinco escolas da cidade e uma creche

Muito além de trabalhar pela manutenção da segurança das cidades e das pessoas, a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) trabalha em prol do desenvolvimento e inserção das crianças na sociedade em diversas regiões do estado. Por meio de projetos e ações sociais, os militares dedicam tempo e energia para permitir que os pequenos cidadãos cresçam saudáveis e conscientes de seus direitos e deveres.

Um exemplo pode ser visto na cidade de Berizal, no Território Norte. Ao visitar uma escola durante o policiamento comunitário, os sargentos da 2ª Companhia Independente da Polícia Militar de Taiobeiras, Genival Dias de Oliveira e Vandir José Madureira, notaram que as merendas distribuídas para os alunos poderiam dispor de uma variedade maior de hortaliças e, com isso, tomaram a iniciativa de criar uma horta comunitária para que a alimentação escolar fosse reforçada.

“Havia um terreno sem utilização nos fundos do quartel e, conversando com outros militares, decidimos doar algumas de nossas horas de folga para a preparação da terra e o plantio das hortaliças orgânicas”, diz o sargento Genival, comemorando a ampliação recente da horta, que permitirá a distribuição dos alimentos para mais três escolas da cidade.

Segundo o sargento, a iniciativa teve grande repercussão na cidade e atrai, diariamente, dezenas de alunos ao batalhão para conhecer a plantação.

Os alimentos orgânicos derivados da horta são doados e distribuídos para cinco escolas da cidade e uma creche – onde são alimentadas 60 crianças. Com o apoio de moradores voluntários da comunidade, os militares fazem a manutenção e a entrega dos alimentos nas escolas. A horta já está em sua segunda colheita desde fevereiro.

De acordo com o coordenador responsável pelo canal PMMG Mirim no Youtube e no Facebook, tenente Cristiano Araújo, ações como essa aproximam a polícia da comunidade e contribuem para a formação de cidadãos do bem.

“A aproximação da polícia com as crianças é a medida mais inteligente que fazemos, em médio e longo prazos. Isto porque elas estão formando sua noção de caráter”, aponta. “Estas iniciativas contribuem muito para que cresçam preparados para a construção de um mundo melhor. Não queremos deixar esta missão só para as famílias ou responsáveis”, afirma Araújo.

Patrulheiro Mirim
Já em Ituiutaba, no Território Triângulo Norte, uma ação desenvolvida semestralmente pela Polícia Militar abre portas para a educação e o desenvolvimento físico de crianças de 8 a 12 anos. O projeto “Patrulheiro Mirim”, criado em março, é realizado em parceria com o Judiciário e atende crianças de baixa renda indicadas por escolas da cidade. A procura tem sido tão alta que, apesar da indicação, estão sendo realizados sorteios para a escolha dos participantes.

As atividades do projeto acontecem durante três dias na semana no Centro de Artes e Esportes Unificados (CEU), espaço cedido pela prefeitura municipal, onde os alunos assistem aulas teóricas sobre educação no trânsito, noções de primeiros socorros, prevenção de acidentes e educação financeira, entre outras.

Na sexta-feira, os alunos dirigem-se à unidade local do Sesi, onde praticam natação, futsal e outras atividades esportivas sob a supervisão de professores e militares envolvidos no projeto, sempre em horários alternados aos da escola.

“Os patrulheiros mirins gostam muito. Tanto que os que iniciaram no primeiro semestre nos procuraram querendo retornar ao projeto, mas tivemos de explicar que havia finalizado”, diz a tenente do 54º Batalhão da Polícia Militar, Hévila Pradela, uma das responsáveis pelo projeto.

Aproximadamente 60 patrulheiros mirins já foram formados. Segundo Hévila, para dar continuidade ao trabalho que vem sendo desenvolvido, a Polícia Militar de Ituiutaba estuda uma extensão do projeto, que incluiria reuniões mensais, permitindo que os patrulheiros mirins formados continuem participando.

Para o ex-patrulheiro mirim Caíque Aparecido da Silva, de 11 anos, o projeto trouxe conhecimentos e aprendizados que vão servir para toda a vida. “Eu levantava de manhã, ia comer e não queria fazer nada. Agora levanto, arrumo minha cama e ajudo minha mãe com as tarefas de casa. Sou mais responsável”, diz.

Ele afirma que o relacionamento com sua família também melhorou. “É muito legal. Eu ia às aulas do projeto na terça e na quarta. Na sexta-feira, as atividades eram no Sesi. Lá, a gente nadava, jogava basquete, futebol. Fiz muitos amigos”, completa.

Para Maria Helena da Silva, mãe do Caíque, o projeto é uma excelente iniciativa para as crianças. “Ele aprendeu muitas coisas. Ele gostou muito e fala comigo que quer aprender muitas coisas, que quer ser alguém na vida e, por isso, agora coloquei ele no projeto dos escoteiros”, comenta, orgulhosa.

Prevenção ao crime
De acordo com o coordenador responsável pelo canal PMMG Mirim no Youtube e no Facebook, tenente Cristiano Araújo, para o crime acontecer basta um infrator motivado, uma vítima disponível e a ausência da vigilância.

“Quando os três elementos estão juntos, o crime acontece. É importante trabalharmos com iniciativas precoces. Ao envolver crianças e jovens em nossos projetos, estamos trabalhando de forma preventiva, pois assim buscamos evitar que eles se desviem. A instituição apoia e legitima todas as estas iniciativas, pois é a maneira mais efetiva de investir no futuro”, defende.

Agência Minas

Nova lei leva recém-nascidos e mães viciadas em crack à Justiça

Sofrimento. Nayara continua usando crack, mas sempre volta para a casa da mãe e para os filhos.

PUBLICADO EM 12/09/16 - 03h00

LUCIENE CÂMARA

Quando Nayara Cristina de Melo, 26, engravidou pela primeira vez, ela ainda não conhecia o crack. Foi no relacionamento com o pai de sua filha que ela começou a usar a droga e, por causa disso, foi parar na rua, com uma menina nos braços. Desde então já se passaram 13 anos e mais três gestações sob efeito da “pedra”. Dois filhos foram para a adoção, outros dois são criados pela avó. O maior medo dela e da família é que, do vício e da vulnerabilidade, nasçam mais crianças. A única saída que Nayara encontrou para evitar uma nova gravidez foi atear fogo a seu corpo, há cerca de um ano. Dois filhos dela, no entanto, cobriram-na com um cobertor e conseguiram salvá-la. Mas não apagaram o sofrimento da família nem o problema que acomete centenas de mulheres e crianças vítimas do crack.

O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) busca, contudo, outra solução para os recém-nascidos. No dia 25 de julho, foi publicada a Portaria 3/2016, que determina que profissionais de saúde comuniquem a Vara Cível da Infância e da Juventude o nascimento de bebês em situação de “alto risco”, o que inclui a dependência química das mães, principalmente do crack – droga que geralmente coloca a pessoa em situação de rua e que tem facilitado para que muitas usuárias engravidarem múltiplas vezes. Pela regulamentação, a mãe deve ser conduzida ao tribunal para ser ouvida, e caberá ao juiz decidir se o bebê ficará com familiares ou irá para um abrigo.

A medida, no entanto, tem tudo para gerar polêmica por resultar, muitas vezes, nas separação de mãe e filho. Em 2014, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) soltou duas recomendações (5 e 6) para que os profissionais de saúde também fizessem o comunicado à Justiça, sob risco de responder criminalmente por omissão caso a criança tivesse alguma complicação por permanecer ao lado da mãe. A publicação, na época, foi contestada pela Defensoria Pública e por outros órgãos e fez saltar o número de crianças encaminhadas a abrigos.

Atualmente, em média, um ou dois casos são comunicados à Justiça por semana em Belo Horizonte, o que levou, de janeiro a agosto deste ano, 32 crianças a abrigos por conta da dependência química da mãe, conforme o TJMG – dados de 2015 não foram fornecidos pelo órgão.

Destino. O juiz Marcos Flávio Lucas Padula, titular da Vara Cível da Infância e da Juventude, disse que a portaria, de sua autoria, vem para regulamentar um fluxo que já existia e que o acolhimento em abrigo será a última medida a ser tomada. “A comunicação da situação de risco não implica, de imediato, o abrigamento. Primeiro é feita uma pesquisa para verificar se pelo menos um dos pais tem condições de assumir a guarda. Depois é feita pesquisa com os parentes. A colocação em abrigo é a última opção”, explicou.

Quem é contra qualquer regra no atendimento a dependentes químicos defende que cada mãe tem uma condição e não se pode generalizar ou criar uma conduta-padrão para se decidir o destino da criança. Nesse sentido, a regulamentação determina que os profissionais de saúde e assistência social deverão analisar o caso de forma “objetiva, clara e imparcial”. “A portaria dá ao profissional autonomia para identificar cada situação e garante à mãe e ao pai o direito à defesa”, completou Padula. Os pais, segundo ele, serão “convidados” para entrevista e terão transporte gratuito.

A portaria é direcionada ainda para as situações chamadas de “alto risco”, o que é subjetivo e poderá gerar dúvidas, ou se basear em estereótipos de situações de rua. “Nem sempre é fácil distinguir quando uma pessoa deixa de ser usuária eventual e se torna dependente. Contudo, uma vez evidenciada a dependência química e a incapacidade para o exercício responsável dos deveres de criação, que comprometa o direito da criança, a situação deve ser comunicada”.

“Não tenho nada para oferecer para meus filhos, mas quero que eles tenham o melhor do mundo.” Nayara de Melo, 26, Dependente química


Cumprimento
Conduta. As Secretarias Municipal e Estadual de Saúde informaram que estão elaborando uma resolução própria para orientar os profissionais sobre como agir nesses casos, o que não tem data prevista. O órgão municipal declarou ainda que o encaminhamento à Justiça deve ser a exceção, “quando forem esgotadas todas as possibilidades de atenção à usuária e à família”.

Denúncia. O MPMG informou que quem não cumprir a portaria e as recomendações poderá ser denunciado por omissão. O órgão informou, inclusive, que há duas ou três ações movidas contra profissionais de saúde por conta de crianças que tiveram complicações. Uma delas teria morrido. O MPMG não deu detalhes dos casos.

http://www.otempo.com.br/cidades

Vizinha suspeita de envolvimento em abuso de criança de 2 anos é presa no Rio

12/09/2016 11h43
Rio de Janeiro
Da Agência Brasil

A Polícia Civil prendeu hoje (12) uma mulher de 23 anos suspeita de envolvimento no caso da criança de 2 anos que foi encontrada nua no carro de um coronel reformado da Polícia Militar no Rio Janeiro. A mulher, contra quem foi expedido um mandado de prisão temporária, é vizinha da criança.

Ela é suspeita de ter levado a criança até o carro do coronel Pedro Chavarry Duarte, de 62 anos, que foi preso em flagrante depois que a criança foi encontrada em seu carro, no estacionamento de uma lanchonete.

A prisão da mulher foi decretada pela juíza Maria Izabel Pena Pieranti, a pedido da delegada Cristiana Onorato, da Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima da Polícia Civil fluminense.

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Militar, o coronel reformado também é acusado de oferecer “vantagens” aos policiais militares que o prenderam. A equipe recusou a oferta e levou o coronel à delegacia.

Ainda de acordo com a Polícia Militar, além de responder perante a justiça comum, ele também será submetido a um Processo Administrativo Disciplinar dentro da corporação que poderá expulsá-lo. Em nota, a Polícia afirma que repudia e combate este e qualquer outro tipo de crime.

A Secretaria Estadual de Assistência Social e Direitos Humanos divulgou ontem uma nota informando que o coronel já havia sido preso sob a acusação de tráfico de crianças na década de 90, quando ele ainda era capitão.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Polícia Militar registra duplo homicídio em Juiz de Fora

12/09/2016 06h57 - Atualizado em 12/09/2016 06h57

Do G1 Zona da Mata

Dois rapazes de 21 e 20 anos foram mortos a tiros no fim de semana em Juiz de Fora. De acordo com a ocorrência, os corpos foram encontrados na manhã de domingo (11), unidos pelas mãos amarradas, com diversas perfurações na Rua Joaquim Tibúrcio Alves, no Bairro Olavo Costa.

Testemunhas relataram aos policiais que ouviram diversos disparos de arma de fogo vindo do fim da rua, além de movimentação de carros, na noite de sábado (10). Não há informação sobre suspeitos do crime.

Familiares contaram que os dois jovens tinham bebido e discutiram com um morador de um beco da Rua Filonila Carlota de Jesus.

A perícia informou que o rapaz de 21 anos tinha 17 perfurações no tronco e cabeça e o jovem de 20 tinha duas perfurações na cabeça e duas no tronco. Foram recolhidas 15 cápsulas de munição calibre 380 e três cápsulas de munição calibre 9 milímetros.

Os corpos foram levados pela funerária para o Instituto Médico Legal (IML).

O caso será encaminhado para investigação da Polícia Civil.

domingo, 11 de setembro de 2016

Brasileiro quebra recorde mundial e ganha ouro na final dos 100 metros rasos

11/09/2016 11h03
Brasília
André Richter - Repórter da Agência Brasil
Petrucio Ferreira dos Santos quebra recorde mundial e garante a medalha de ouro na final dos 100 metros rasos  
Reuters/Jason Cairnduff/Direitos Reservados 

O atleta brasileiro Petrúcio Ferreira dos Santos, 19 anos, ganhou hoje (11) medalha de ouro nos 100 metros rasos, categoria T47 do atletismo, nas Paralimpíadas Rio 2016. Petrúcio também quebrou recorde mundial da prova, com tempo de 10s57. Na mesma prova, o brasileiro Yohansson Nascimento chegou na terceira posição e ganhou o bronze.

Após a prova, em entrevista à TV Brasil, Petrúcio agradeceu o incentivo da torcida brasileira para conquistar o ouro. "Eu diria que estar participando em casa, com toda essa torcida aqui nos apoiando, eu diria que essa foi a forcinha a mais que a gente estava precisando. Esse apoio, esse incentivo, esse empurrão do pessoal de casa", comemorou o paraibano.

Yohansson disse que lutou para chegar em segundo lugar e garantir a dobradinha brasileira no pódio, mas sai da competição de cabeça erguida com o bronze. "Eu dei o meu melhor e o mais importante é estar entre os três melhores da competição ao longo desses 11 anos de carreira", disse.

O atleta ainda não decidiu se vai participar da tradicional prova de revezamento por equipes do atletismo. "Fico feliz em saber que a nossa equipe brasileira é uma das mais fortes de todos os tempos do revezamento. Os 400 metros ainda tenho que ver se eu vou correr, porque eu me preparei exclusivamente para correr nesses 100 metros", destacou.

O Brasil soma agora 21 medalhas nos Jogos Paraolímpicos de 2016 (seis ouros, nove pratas e seis bronzes) e segue na quinta posição do quadro de medalhas. 

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Impeachment não incomodou o mundo, mas pode custar caro dentro do Brasil

Michel Temer foi prestigiado pelos líderes dos países do G20 na China

Clóvis Rossi
Folha

Circula pelas redes sociais a foto da cúpula do G20 em que o presidente Michel Temer aparece no cantinho, acompanhada da insinuação, implícita ou explícita, de que ele foi marginalizado pelos seus pares, como castigo pelo “golpe” que derrubou Dilma Rousseff. Pura tolice. Temer ficou na ponta da foto porque o protocolo do G20 determina que, no centro do quadro, ao lado naturalmente do anfitrião, apareçam os governantes há mais tempo no cargo. Como Temer assumiu definitivamente apenas dias antes da reunião na China, inexoravelmente ficaria no cantinho.

Ao contrário do que insinua essa versão tolinha, a cúpula do G20 foi uma demonstração de que o “golpe” saiu barato, do ponto de vista das relações internacionais do Brasil.

Não houve, no G20, nenhuma restrição ao novo governo, o que significa que os países que representam 85% da economia mundial continuam o relacionamento (e os negócios) com a nova gerência tropical.

TUDO NORMAL – Aliás, só mesmo algum tarado poderia esperar o contrário. Se o G20 aceita a Arábia Saudita, que não chega a ser um paraíso democrático, não poderia recusar o Brasil. Se o teor de democracia fosse critério para fazer parte do grupo, a cúpula não poderia ser na China.

Mesmo na América Latina, a reação concreta ao “golpe” limitou-se aos países bolivarianos — e assim mesmo um deles, a Bolívia, já sinaliza recuo, pragmaticamente interessada em uma boa renegociação do acordo para venda do gás ao Brasil.

Nem Cuba, paradigma revolucionário no subcontinente, chamou de volta seu embaixador, apesar das duras críticas verbais ao impeachment.

As três grandes economias da América Latina, depois da brasileira (Argentina, México e Colômbia), abraçaram sem restrições o novo governo. Até aí, o lado digamos luminoso, para o novo governo, das repercussões do “golpe”.

CUSTO INTERNO – Mas há, sim, um custo alto em termos de imagem, representado pelas críticas de um punhado de jornais de prestígio, como “El País” e o “Guardian”.

O custo mais alto, no entanto, é interno. Não pelo impeachment em si, que havia sido solicitado nas ruas por massas muito mais numerosas do que as que a ele se opunham.

O problema, aí, é o baixo prestígio de Michel Temer, tão baixo quanto o de Dilma. É natural, portanto, que seja vaiado onde quer que apareça ou que se façam manifestações cobrando “diretas já”.

O Eurasia Group até calcula que “demonstrações de rua permanecerão uma característica do panorama nos próximos meses”.

DEPENDE DA ECONOMIA – Por enquanto, os manifestantes são militantes dos partidos que perderam o poder ou de suas organizações satélites — minoritários na comparação com os que rejeitavam Dilma ou com os que estão fartos das classes dirigentes, as anteriores, agora na oposição, ou as atuais, parte das quais era governo antes e continua governo agora.

O custo para Temer vai se tornar insuportavelmente elevado se ele não conseguir dar um jeito na economia e, acima de tudo, pelo menos iniciar a recuperação do emprego.

Aí, sim, as ruas voltarão a ferver como em 2013.

Coronel reformado da PM é flagrado com criança de dois anos nua dentro do próprio carro

POR O GLOBO
11/09/2016 10:02 / atualizado 11/09/2016 11:28
Coronel reformado da PM, Pedro Chavarry Duarte, de 62 anos, foi flagrado com criança de dois anos nua dentro do próprio carro na Zona Norte - Reprodução

RIO - O coronel reformado da Polícia Militar Pedro Chavarry Duarte, de 62 anos, foi abordado, na noite de sábado, por dois PMs, enquanto estava parado, no próprio carro, na Rua Barreiros, em Ramos, na Zona Norte do Rio. De acordo com as primeiras informações, segundo os agentes, ele foi flagrado dentro do veículo com uma menina de apenas dois anos, nua. Para não ser detido, o coronel ofereceu vantagens aos policiais, que gravaram a tentativa de corrupção. Na página oficial da Caixa Beneficente da PM, Pedro Chavarry Duarte aparece como presidente da instituição.

De acordo com informações do 22º BPM (Maré), na noite de sábado, a unidade foi acionada para checar denúncia de estupro de vulnerável em Ramos e chegando ao local encontrou o veículo que tinha sido informado por uma denúncia. O carro foi abordado pelos policiais militares, que flagraram o coronel com a criança.

A delegada Carolina Marins da Central de Garantias, autuou em flagrante o coronel pelos crimes de estupro de vulnerável e corrupção ativa. A criança foi entregue aos responsáveis legais e será encaminhada à Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV) para entrevista de revelação. Segundo as primeiras informações, a mãe da menina está presa. O coronel foi encaminhado para o Batalhão Especial Prisional (BEP), em Niterói.

Cópias do procedimento serão encaminhadas ao Conselho Tutelar, para garantir a assistência à criança, e à 21ª DP (Bonsucesso) para prosseguir na investigação.

PASSAGENS POR BATALHÕES E GABINETES
Aos 19 anos, Pedro Chavarry entrou para a Academia de Polícia Militar. Ele passou por diversos batalhões, como o 4° BPM (São Cristóvão), 8º BPM (Campos de Goytacazes), 14º BPM (Bangu) e 16° BPM(Olaria).

Formado em Direito e com 42 anos de atividades na Polícia Militar, Chavarry está há quase seis anos no comando da Caixa Beneficente. Chavarry passou pelo gabinete de quatro comandantes-gerais, relações-públicas da PM e membro da mesa diretora da irmandade de Nossa Senhora das Dores da PM.

Pedro Chavarry foi candidato a deputado federal pelo Rio de Janeiro, em 2014, pelo Partido Social Liberal e não foi eleito.

http://oglobo.globo.com/rio/coronel-reformado-da-pm-flagrado-com-crianca-de-dois-anos-nua-dentro-do-proprio-carro

sábado, 10 de setembro de 2016

Reina a esculhambação no país do futuro, onde a lei só vale para os pobres


Charge do Benett, reprodução da Folha

Francisco Vieira

Para que essa esculhambação toda não acontecesse, bastaria obedecer à Lei… Com esses tipos de parasitas que infestam o comando do país, não precisamos de inimigos externos para impedir que sejamos uma nação. Como cupins, nossos governantes têm destruído o país de dentro para fora; do miolo para a casca. Quando a árvore apodrecer e cair, fazem como fez o Shigeaki Ueki, o “China” da Petrobras, e voam para algum paraíso, onde regurgitam e ruminam com a família a riqueza que daqui roubaram.

E nem adianta trabalhar mais para gerar mais impostos e fazer o país crescer. Nem, muito menos, aumentar a carga tributária para que tenhamos alguma retribuição. Não há quantidade de dinheiro que seja suficiente para satisfazer o apetite desses tipos de parasitas e das suas aristocráticas larvas que os substituirão nos gabinetes… Se dependesse de impostos já estaríamos desenvolvidos, ora!

JECAS ACOCORADOS – No frigir dos ovos, todos não passamos de jecas tatus acocorados no eterno atraso e se nutrindo apenas da esperança de que, daqui a outros vinte, trinta anos, a economia melhorará, teremos uma vida digna e moraremos em um país decente. Assim como o Jeca, morreremos antes?

Até hoje a trajetória do brasileiro continua igual à vida desse personagem do Monteiro Lobato, publicado lá em 1918 (a Alemanha foi destruída e construída duas vezes nesse período) no livro “Urupês”: desnutrido, amarelo, sem qualquer educação e alheio a tudo o que acontece pelo mundo da política. Só mudou a geração dos parasitas que nos governam e o título de eleitor…

DIREITA E ESQUERDA? – Nesta terra onde as leis foram feitas para os cidadãos pobres e os honestos, ninguém sabe se o PSDB é de direita e o PT é de esquerda. Então, é bom conferir o que disse o Farol de Alexandria sobre a ideologia dessas duas quadrilhas, ainda em 2004, ao petista e entrevistador Cristovam Buarque:

“Ainda é possível uma aliança PT-PSDB?”, indagou Cristovam.

E Fernando Henrique Cardoso respondeu: “Acho que sim. Porque a luta é política, não é ideológica.(…) Não discutimos nem disputamos ideologia. É poder, é quem comanda. Minha idéia para o Brasil é a seguinte: você tem uma massa atrasada no país, e partidos que representam esse atraso, clientelismo. Os dois partidos que têm capacidade de liderança para mudar isso são o PT e o PSDB. Em aliança com outros partidos. No fundo, disputamos quem é que comanda o atraso. O risco é quando o atraso se comanda. É um pouco o negócio do pacto com o diabo, do Fausto, não é? Você pode perder a sua alma nesse processo, porque o atraso pode te comandar.”

O mais surpreendente é o primarismo do enriquecimento ilícito de Lula

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Willy Sandoval

Leonel Brizola jamais sofreria um processo de impeachment, simplesmente porque saberia negociar com políticos, já que ele próprio era um deles. Da mesma forma, Lula também nem chegou perto de sofrer um processo de impeachment, porque ele também sabia conversar com políticos. Mas com certeza há de chorar eternamente lágrimas de sangue. Primeiro, porque colocou um “poste” (ou “posta”) na Presidência da República e depois, por covardia, não conseguiu impedir que a mesma “posta” concorresse ao segundo mandato. Deu no que deu!

Mas realmente essa gentalha petralha não chega nem aos pés de Vargas, Brizola ou Jango. Não passam mesmo de uns boçais pseudo esquerdopatas, sem uma ideologia clara e definida. Querem apenas o poder pelo poder. Querem apenas ser “phoderosos”…

PRIMARISMO – O que mais me surpreende mesmo é o primarismo do esquema lulista. Qualquer contador de bairro ou de subúrbio teria aconselhado Lula a assumir a compra do sítio e mais ainda da cobertura no Guarujá! Mesmo considerando apenas a parte lícita dos seus rendimentos durante todo esse período, com certeza teriam sido suficientes para justificar a compra desses dois imóveis.

O prefeito Paes do Rio de Janeiro até ironizou o Lula numa conversa informal grampeada, ao dizer que ele estava se enroscando todo por causa um sitiozinho “furreca”.

A conselho de seu advogado-compadre Roberto Teixeira, Lula fez uma ginástica inútil para botar testas de ferro como proprietários. Tudo simplesmente ridículo.

PRIVATARIA – Já no caso dos tucanos, com a grana da privataria a coisa foi bem diferente. A viúva do “Gordo” (Sergio Motta) ficou com muitas propriedades do tucanato, mas nenhum deles gritou nem passou recibo. Ficou tudo para a japonesa. Ela fez que nem o Vicente Matheus, quando ficou com as propriedades roubadas dos alemães por Adhemar de Barros durante a Segunda Guerra.

Prova que é teu?, desafiou a viúva de Motta aos tucanos. O mesmo vão dizer no futuro os Jacozinhos (filhos do Jacó Bittar) para os Lulinhas (filhos do Lula). Já a cobertura do Guarujá, essa já era, vai fazer parte da massa falida da empreiteira OAS.

Assim será o futuro dessa triste e nefasta figura chamada Lula. Veio da miséria e para ela retornará. Mas muito pior do que a miséria material será a miséria moral e principalmente espiritual.

Estado brasileiro é caso para interdição judicial

Charge do Jota A, reprodução do Portal O Dia

Percival Puggina

O Estado brasileiro é tão irresponsável em suas finanças que os pagadores de impostos deveríamos requerer sua interdição judicial. Proibi-lo de usar nosso dinheiro. Encaminhar suas instituições para tratamento psicológico. Não o fazemos porque o próprio Poder Judiciário é causa atuante dessa situação pois, cotidianamente, impõe aos governos despesas e ordens de pagamento sem indicar fontes nem recursos. Governadores e prefeitos são as principais vítimas dessas incursões judiciais nos respectivos erários, seja em nome de algum direito difuso, seja de algum princípio constitucional afivelado no senso de justiça, mas ao desamparo da realidade orçamentária – aquela que se nutre dos impostos que pagamos.

Os casos mais graves, continuados e vultosos, a clamar pela interdição, são os que combinam corrupção com desatenção, tolerância e vistas grossas. Nestes dias, aliás, vivemos um surto investigatório. Escândalos se sucedem em sequência tão rápida que não há no nosso HD mental memória suficiente para armazenar o acumulado das informações.

As coisas se passam como no rodízio das penitenciárias, tem que sair um para entrar outro.

PRÁTICAS CRIMINOSAS – Enquanto isso acontece envolvendo figurões e ganhando manchetes, uma outra porção do submundo vai revelando sua dimensão na irresponsabilidade financeira, embora recebendo tratamento mais discreto. Refiro-me às práticas criminosas, como as de concessão de Bolsa Família a quem ingressa no programa de modo fraudulento. Um cruzamento de dados do antigo Ministério do Desenvolvimento Social com Receita Federal e Tribunais de Contas detectou um milhão de casos de fraude que, nos anos de 2013 e 2014, desviaram R$ 2,6 bilhões.

Na previdência social são comuns as artimanhas e mutretas. O Estadão do último dia 6, informa que um projeto piloto do INSS levado a efeito em Jundiaí reverteu 50% dos casos de auxílio por doença e invalidez. A partir dessa experiência, o INSS não calcula o quanto de dinheiro já foi perdido, mas estima economizar até R$ 6 bilhões por ano a partir de um recadastramento ainda por ser feito.

REFORMA AGRÁRIA? – Não são diferentes as coisas nos programas de Reforma Agrária (o maior, mais caro e inútil do mundo). Matéria do Estadão no dia 5 de abril deste ano informa que o TCU determinou a paralisação do programa após constatar fraudes envolvendo 578 mil beneficiários, entre os quais os mais notórios são 1017 políticos, 4293 proprietários de veículos com valor superior a R$ 70 mil, 61 mil empresários, milhares de falecidos e de servidores públicos.

É inimaginável a extensão desses prejuízos se pudessem ser contabilizados ao longo dos anos. Ao mesmo tempo, excita a imaginação o quanto se poderia fazer num contexto de responsabilidade fiscal. Tomemos por exemplo a fraude recentemente descoberta nos auxílios por doença e invalidez junto ao INSS. Os R$ 6 bilhões ali economizáveis permitiriam construir, por ano, 330 presídios com 400 vagas e resolver totalmente, em três ou quatro anos, esse déficit tão relacionado com nossa insegurança.

Nada causa mais prejuízos ao país do que o cruzamento da ingenuidade dos cidadãos com a desonestidade que opera nas instituições. Como escrevi no meu livro “Pombas e Gaviões”: os ingênuos estão na cadeia alimentar dos mal intencionados.

Posted in P. Puggina