segunda-feira, 8 de agosto de 2016

Minas Gerais mantém superávit na balança comercial em julho

SEG 08 AGOSTO 2016 17:05 ATUALIZADO EM SEG 08 AGOSTO 2016 17:13

Saldo positivo atingiu US$ 1,31 bilhão; China se manteve como principal destino das exportações mineiras

Divulgação/Emater-MG

O café segue, no resultado de julho, entre os principais produtos exportados pelo estado

Minas Gerais manteve o superávit na balança comercial no mês de julho, estreitando o comércio internacional com 145 mercados de destino. No mês passado, o saldo comercial do estado foi de US$ 1,31 bilhão, com as exportações totalizando US$ 1,77 bilhão. Já as importações alcançaram US$ 464,07 milhões. No total, Minas Gerais foi responsável por 10,9% das exportações e 3,9% das importações brasileiras. 

A China se manteve como o principal destino das exportações mineiras em julho, representando 26,5% do total comercializado pelo estado no exterior. Em seguida, aparecem Estados Unidos (8%), Japão (5,3%), Argentina (5,1%) e Holanda (4,7%). A China também foi a principal responsável pelas importações mineiras, com 18,6% do total, seguida por Estados Unidos (13,5%), Itália (8,7%), Argentina (8,1%) e Alemanha (7,0%). Os dados são da Exportaminas unidade de comércio exterior da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sede).

Os principais produtos exportados pelo estado em julho foram minério de ferro; ferro-ligas, ferro fundido e seus produtos; café; açúcar; e ouro e pedras preciosas. Já a pauta de importações do estado foi composta por máquinas e aparelhos elétricos; máquinas e instrumentos mecânicos; adubos e fertilizantes; setor automotivo, combustíveis e óleos minerais.

Estado investe em novas janelas de mercado

Após 17 anos de negociação, o Brasil assinou em julho, com os Estados Unidos, acordo bilateral para a venda da carne bovina in natura brasileira. Com a abertura de mercado, a expectativa é que o Brasil tenha um ganho de US$ 900 milhões/ano com exportações, sendo que a previsão é de que os primeiros embarques do produto comecem ainda neste ano, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. O acordo poderá impulsionar o mercado mineiro de carnes.

De acordo com dados do Panorama do Agronegócio, da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), em 2015 a receita das exportações de carne bovina foi a terceira melhor nos últimos 10 anos, chegando a US$ 400 milhões.

Em julho, o saldo comercial de Minas Gerais com os Estados Unidos foi de US$ 80,29 milhões, contra US$ 35,67 milhões no mês anterior, resultado da queda das importações mineiras com os Estados Unidos. De acordo com a Exportaminas, o principal produto mineiro exportado para os EUA foi o café verde e torrado (US$52,73 milhões). Em 2015, o valor exportado do produto somou US$ 733,94 milhões, equivalente a 33,0% da pauta mineira para os Estados Unidos. Em seguida estão tubos de ferro fundido, ferro ou aço (US$ 215,34 milhões), ferro-ligas (US$ 204,30 milhões), ferro fundido bruto e ferro (US$ 160,58 milhões), dentre outros. Já na passagem de junho para julho de 2016, ferro-ligas foi o produto que apresentou maior variação absoluta, com variação de US$ 5,11 milhões, seguido pelo café verde e torrado, com avanço de US$ 4,46 milhões.

Agência Minas

Judoca Rafaela Silva dá primeira medalha de ouro ao Brasil


08/08/2016 17h17
Brasília
Sabrina Craide – Repórter da Agência Brasil

A judoca brasileira Rafaela Silva derrotou a atleta Dorjsürengiin Sumiya, da Mongólia, na final na categoria até 57 quilos feminino. É a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos Olímpicos Rio 2016.

Com um wazari sobre a oponente, Rafaela conquistou 10 pontos e soube administrar a luta até o final, com o apoio da torcida brasileira.

Nas disputas de hoje (8), Rafaela já havia vencido a romena Corina Caprioriu, a alemã Myriam Roper, a sul-coreana Kim Jandi e a húngara Hedvig Karakas. A portuguesa Telma Monteiro venceu por um yuko a romena Corina Caprioriu e ficou com a medalha de bronze.

Rafaela Silva é carioca, tem 24 anos, e cresceu na comunidade Cidade de Deus. Começou a praticar judô com 5 anos, em uma academia na rua de sua casa. Aos 8 anos, entrou no Instituto Reação, no Rio de Janeiro.

Em 2011, ganhou a medalha de prata nos Jogos Pan-americanos de Guadalajara, no México e, em 2015, conquistou a de bronze no Pan de Toronto. Também foi foi vice-campeã mundial em Paris 2011. Na Olimpíada de 2012, em Londres, Rafaela foi desclassificada pelos juízes na segunda rodada por um golpe ilegal.

Rafaela conquistou a medalha de ouro no Mundial de Judô de 2013, prata no Mundial de 2011 e bronze no World Masters de 2012.

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil
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Padre pedófilo citado no filme Spotlight se suicida em presídio de Três Corações

08/08/2016 11h21
Belo Horizonte
Leo Rodrigues - Correspondente da Agência Brasil

O padre Bonifácio Buzzi, que estava preso por pedofilia em um presídio de Três Corações (MG), foi encontrado morto ontem (7). Ele tinha 57 anos e estava em uma cela individual. Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds) do Governo de Minas Gerais, ele cometeu suicídio se enforcando com uma teresa (corda) feita utilizando um lençol.

O caso do padre é citado no filme Spotlight, um dos vencedores do Oscar 2016, que se baseia na história real do trabalho de repórteres do jornal norte-americano The Boston Globe, que desvendou como a igreja católica escondia crimes de pedofilia. Em 2015, Bonifácio Buzzi figurou na lista internacional de sacerdotes que abusaram sexualmente de crianças e adolescentes.

Crimes em série

Ao fim do filme, junto aos créditos, é apresentada a lista de cidades onde esses crimes foram cometidos. Mariana (MG) é citada por ser o município onde Bonifácio Buzzi abusou de um garoto de 9 anos. O caso ocorreu em 2001 no distrito de Mainart. O padre foi condenado a 20 anos de prisão e ficou preso entre 2007 a 2015, quando passou a cumprir a pena em liberdade.

Entretanto, novas denúncias o levaram de volta à prisão. Após ser colocado em liberdade no ano passado, ele teria abusado sexualmente de dois meninos na zona rural de Três Corações (MG).

A suspeita levou um juiz da cidade a determinar sua prisão preventiva. Bonifácio Buzzi foi encontrado na última sexta-feira (5), em Barra Velha (SC), numa ação que contou com a cooperação de policiais catarinenses. No sábado, Bonifácio Buzzi deu entrada no presídio de Três Corações (MG), um dia antes de cometer o suicídio.

Edição: Kleber Sampaio
Agência Brasil

Entenda por que o poder público tem tanta dificuldade ao enfrentar a corrupção

Charge do junião (juniao.com.br)

Oigres Martinelli

No paraíso da corrupção chamado Brasil, existem vultosos valores em disputa dentro do campo de processos judiciais ou administrativos. Para defender os grandes empresários, são contratados escritórios que possuem 50 ou mais advogados de alto nível e muito bem instalados. Entre esses profissionais do Direito, pelo menos dez deles são excelentes, capazes de elaborar peças jurídicas que transformam culpados em inocentes, devedores em credores.

Para tais advogados, receber mensalmente R$ 100 mil ou mais faz parte da rotina. Causas milionárias, honorários milionários. Quase sempre ganham as causas, porque do outro lado do balcão existe apenas um advogado representando o respectivo órgão público, que quase sempre trabalha solitariamente em nome do Estado, sem a mesma estrutura desses poderosos escritórios privados. É por isso que o poder público acaba perdendo tantas causas milionárias ou bilionárias.

Se os adversários desses grandes escritórios não tiverem paz de espírito, representada por um mínimo de estrutura e estabilidade financeira, se estiverem a perigo, ainda que não sejam facilmente corrompíveis, não serão capazes de enfrentar em igualdade de condições seus ex-adversos.

ESTRUTURA – Os advogados que defendem órgãos públicos precisam de livros atualizados, de computadores que funcionem bem, com ligação permanente à internet e com boa velocidade, assim como necessitam de pessoas que se encarreguem de certos aspectos de sua vida pessoal, porque não há tempo para dedicação a afazeres domésticos.

Muitos deles são obrigados a varar madrugadas e fins de semana, buscando solução para processos milionários que envolvem o poder público. Em caso de vitória, não recebiam os chamados ônus de sucumbência, pagos pela parte perdedora e que os advogados particulares recebem normalmente.

Mas agora o Congresso aprovou uma mudança na legislação, que deve ser sancionada pelo presidente Temer, para que os advogados do poder público passem a receber os ônus de sucumbência, sem nenhum prejuízo aos cofres estatais. A notícia está tendo forte reação, porque os beneficiários da corrupção sonham em manter um corpo estatal mal pago, sem preparo e indigente, porque assim fica mais fácil garantir a impunidade de seus atos criminosos, aí incluídas as anulações de débitos e a constituição de créditos favoráveis ao Estado.

A mudança na lei representa um grande avanço no combate à corrupção e à sonegação tributária, mas na mídia não houve maior repercussão desses aspectos altamente positivos.

Dormir é um santo remédio, mas ninguém se interessa mais por isso

Ilustração reproduzida do Arquivo Google

Eduardo Aquino
O Tempo

De impressionar, a quantidade de estudos sobre sono, relógio biológico, ciclos circadianos (nossa ritmicidade a cada 24 horas) e o altíssimo preço que alterações sono/vigília causam na atual geração, urbana, tecnológica, baladeira, com péssimos hábitos e opção pelo artificialismo e alto consumo de bebidas, drogas, soníferos, calmantes, entre outras coisas. Alarmante a constatação de que sete em cada dez pessoas se queixam de sono insatisfatório, cansaço ao acordar, ou têm distúrbios severos do sono, como apneia, insônias, síndrome das pernas inquietas, terror noturno etc.

Estranhamente somos os mamíferos mais incompetentes no que tange as funções básicas de comer, fazer sexo e dormir. Gosto de provocar: quem já viu zebra obesa, elefante impotente, leão com insônia? Afinal o que nos rege são leis naturais, ciclos podem ser solares, lunares e nossos hormônios buscam obedecer a ordem natural das coisas. Aí, vem nossa tresloucada pretensão humana de criar um universo paralelo, artificial – industrializamos alimentos, criamos luz elétrica, bebidas, tornamos o tempo uma dimensão psicológica à parte, maquinizamos nossa realidade e nos escravizamos pela tecnologia, entre outras brincadeiras de ser Deus.

SOMOS DERROTADOS – Nessa guerra entre leis artificiais e as naturais, com certeza a natureza, sendo divina, sempre nos vencerá e o preço a ser pago é o aparecimento de transtornos mentais e doenças físicas geração pós-geração.

Alguém pode explicar porque vaqueiro não tem problemas para dormir? Simples: vaca dá leite sábado, domingo, feriados. Acorda sempre as cinco, dorme cedo, recebe a luz do início do dia, não tem vícios tecnológicos. Acorda com a claridade, dorme coma escuridão. Fantástico, pois seu relógio biológico é lunar, seus hormônios sono/ vigília ajustados – melatonina aumenta a noite, cortisona aumenta ao acordar.

Faz exercício físico naturalmente indo até o pasto, recolhendo o gado, trabalha o ano todo, tira férias todo dia, pois as quatro da tarde relaxa, joga sua pelada, ou conversa fiada, observa a natureza, adquirindo sabedoria.

ZUMBIS URBANOS – Enquanto isso em Gotham City… Legiões de zumbis, hipnotizados por suas telas de TV, computador ou celular, segue maquinalmente, sua rotina de estresse, mau humor, “pensação” disparada. Ansiosos com insônias iniciais (demoram a dormir pelos pensamentos disparados), deprimidos com insônia terminal (acordam precocemente, com ideias de ruína, já que o cérebro tenta evitar o excesso de sono de sonhar, chamado REM, que gastaria muita atividade eletro-química já deficitária na depressão).

Olha aí a relação direta entre sono e humor! E a memória do sono? Tudo a ver, daí um dos temas recorrentes é que de tanto dormir mal a atual geração terá um percentual de dementes (Alzheimer) imensamente maior e mais cedo. E sono e obesidade? Relação direta pois o insone desregula a química que gere a fome e a saciedade.

E a cada dia novos trabalhos científicos vão nos mostrando que dormir bem é um dos melhores remédios que a natureza nos deu para viver mais e melhor. Algo que meu avô Zé Cocão já sabia desde o começo do século passado. Afinal, simplicidade, humildade e naturalidade, são velhos ingredientes que a humanidade sempre usa quando a civilização entra em colapso. E como dizia a antiga TV Itacolomi: “Tá na hora de dormir, não espere a mamãe mandar, um bom sono pra você e um alegre despertar!”

domingo, 7 de agosto de 2016

Em Juiz de Fora: Homem foi assassinado a tiros

Rua Antônio Carlos Garcia - Jardim Natal 

Na manhã deste domingo (7), policiais militares registraram a ocorrência de homicídio.

Um varão, 40 anos de idade, foi encontrado sem os sinais vitais após ter sido alvejado por projeteis de arma de fogo.

A vítima estava no interior de um carro e apresentava perfurações no pescoço e crânio.

Uma equipe do Samu constatou o óbito, a Perícia exerceu suas atividades laborativas e a funerária removeu o corpo ao IML para a expedição do Laudo de Necropsia.

O veículo automotor que a vítima se encontrava foi removido ao pátio credenciado ao Detran/MG.

O autor da ação criminosa não foi localizado e nada sobre o calibre da arma de fogo foi comentado. Contudo, informações davam conta que a vítima fatal teria envolvimento com drogas ilícitas e teria uma vasta lista de passagens por delegacias. 

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

Primeiro avião do mundo específico para atletas é apresentado na Casa da Rússia

07/08/2016 14h33
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Foi apresentado hoje (7) na Casa da Rússia, no Clube Marimbás, no Rio de Janeiro, o protótipo do primeiro avião do mundo voltado especialmente para o transporte de atletas profissionais. Desenvolvido pela empresa Sukhoi Civil Aircraft, o SportJet é equipado com aparelhos médicos que realizam exames variados. É a primeira vez que o avião é exposto ao público.

Casa da Rússia, em Copacabana, apresenta o protótipo do primeiro avião desenvolvido especialmente para atletas profissionais, o SportJet, e mostra sua cultura - Tânia Rêgo/Agência Brasil

A aeronave tem operação prevista para o final de 2017, informou o vice-presidente sênior da companhia russa, Evgeniy Andrachnikov. A ideia, segundo ele, é que os atletas possam, durante uma viagem, se recuperar de algum problema, como uma contusão ou estresse devido ao longo voo, por exemplo, com auxílio dos equipamentos e equipes médicas a bordo.

O avião tem capacidade para equipes esportivas de cerca de 50 pessoas, incluindo médicos, fisioterapeutas, técnicos, mas pode ser adaptado para mais assentos. Há camas específicas para massagens, fisioterapia, tratamento de lesões e inflamações. Entre os equipamentos, está uma cápsula para diagnósticos precisos dos atletas, aparelhos para treinos, entre outras novidades.

A médica do SportJet, Irina Zelenkova, disse à Agência Brasil que representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI) e dos comitês dos Estados Unidos e Grécia já visitaram o protótipo, mostrando interesse no projeto. “Acreditamos que vai ser útil para atletas de todo o mundo”, externou. “A aeronave ajuda a atender de forma mais ágil as necessidades dos atletas que, assim, podem relaxar”.

O avião tem capacidade para equipes esportivas de cerca de 50 pessoas, incluindo médicos, fisioterapeutas, técnicos, mas pode ser adaptado para mais assentos - Tânia Rêgo/Agência Brasil

Evgeniy Andrachnikov informou que atualmente, times de atletas costumam usar aeronaves de até 180 lugares, cujo custo de manutenção durante uma viagem é em torno de US$ 3 mil mais caro que o do SportJet. O avião russo pode transportar até 100 passageiros. 

A companhia decidiu construir o avião para atletas quando percebeu que não havia nada igual no mercado desportivo mundial, que movimenta US$ 1 bilhão em viagens, informou. Segundo ele, a ideia não é restringir a venda dessa aeronave à Rússia, mas para todos os países. Os principais mercados identificados são Estados Unidos, Rússia, Ásia, Américas e Oriente Médio.

O avião tem autonomia para voar cinco horas direto, sem escalas. Os voos esportivos, explicou o vice-presidente sênior, são feitos obedecendo a escalas para não cansar os atletas. Times de basquete e hóquei, por exemplo, têm um máximo de 50 integrantes, em geral.

O público poderá visitar o protótipo do SportJet a partir do próximo dia 10 até o dia 18, na Casa da Rússia, a partir das 10h. Não é preciso inscrição prévia. A empresa fabricante é patrocinadora da casa de hospitalidade russa.

Edição: Aécio Amado
Agência Brasil

Mulheres na Rio 2016: futuro no esporte é “feminino”, diz vice-presidente do COI

07/08/2016 10h47
Rio de Janiero
Isabela Vieira - Repórter Agência Brasil

Este ano, a vice-presidente disse que a participação de mulheres em pelo menos 30 delegações – como a do Brasil-- mostra que o futuro no esporte e das olimpíadas “será feminino”  Isabela Viera - Repòrter Agência Brasil

O recorde na participação feminina nos Jogos Olímpicos Rio 2016 ainda não colocou mulheres e homens lado a lado no pódio da igualdade. Elas são 45% do total de atletas que participam da competição. Somam 4,7 mil – um salto desde a primeira vez que competiram, em Paris, em 1900, quando eram apenas 22 em um total de 977 atletas de todo o mundo. Este ano, elas estreiam no rugby e no golf – uma modalidade que foi reinserida nesta edição.

Durante a passagem da tocha olímpica ontem (5), antes da abertura dos jogos, a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka disse que a participação de mulheres na competição está quase equilibrada, mas defendeu a ampliação do número de contratadas em atividades administrativas das instituições de esporte nacionais e internacionais.

Referência na promoção da equidade no esporte, a ex-nadadora olímpica norte-americana Dona De Varona acredita que mulheres na organização dos jogos fizeram avanços para que as mais jovens pudessem competir, ao longo dos anos. No entanto, defendeu que é preciso assegurar e ampliar esse espaço, especialmente nos cargos administrativos, destacou durante evento da ONU Mulheres para incentivar meninas na prática, no Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro - A vice-presidenta do Comitê Olímpico Internacional, a marroquina Nawal El Moutawakel - Fernando Frazão/Agência Brasil

Além da atuação nas entidades esportivas, De Verona citou a importância de organização de mulheres na defesa de políticas públicas com equidade, para o esporte. Lembrou que, nos Estados Unidos, elas tiveram de pressionar universidades para que aceitassem treiná-las na década de 1970, oportunidade que já era dada aos homens. “Foi preciso aprovar uma lei”, lembrou. “A medida abriu as portas para que pudéssemos ser advogadas, médicas, executivas e atletas. Sou muito orgulhosa de que Nawal [El Moutawake] pode ir assim treinar”, lembrou, sobre a vice-presidenta do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ex-corredora olímpica, a atleta do Marrocos frequentou a Universidade Estadual de Iowa e foi a primeira africana a ganhar um ouro olímpico.

No evento, Nawal disse que o COI leva a sério a igualdade e que muito tem sido feito, com apoio de ex-atletas como De Varona, para acelerar a equiparação. Lembrou que, há quatro anos, na olimpíada de Londres, o boxe foi a última modalidade a incluir as atletas na competição e que três países foram obrigados a levar ao menos uma mulher: Catar, Arábia Saudita e Brunei.

Este ano, a vice-presidente disse que não tem todos os números consolidados, mas o indicativo, com maior participação de mulheres em pelo menos 30 delegações – como a do Brasil-- mostra que o futuro no esporte e das olimpíadas “será feminino”. 

Brasileiras em pé de igualdade

O Brasil está em seu caminho para promover a igualdade entre os gêneros, acrescentou a ex-jogadora de vôlei de praia e a medalhista olímpica, Adriana Behar. Presidenta da Comissão das Mulheres no Esporte do Comitê Olímpico do Brasil COB), ela contou que por meio de cursos, a entidade brasileira capacita atletas que se aposentaram para atuar em outras áreas.

“O COB atendeu muitas atletas, a Shelda, Fabiana Molina, Daiane dos Santos, Maurren Maggi, que se destacaram e hoje estão fazendo outras coisas, são comentaristas, líderes de programas e projetos de suas entidades ou estão na gestão. Quando são abertas oportunidades, temos mais chance de ter mulheres envolvidas no ambiente esportivo”, ressaltou.

Bastante aplaudida pela plateia de jovens no evento da ONU Mulheres, Adriana aposta no avanço de modalidades coletivas, como futebol, vólei e o handebol onde brasileiras são favoritas, mesmo que as condições de treinamento e salários não sejam os mesmos que os dos homens.

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil

Eliseu Padilha diz que militares ficarão fora da reforma da Previdência

07/08/2016 21h16
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

Principal articulador do governo sobre mudanças na Previdência Social, Eliseu Padilha afirmou que os militares não deverão ser incluídos na reforma previdenciária - Arquivo/Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (7), por meio de sua conta no Twitter, que os militares das Forças Armadas não deverão ser incluídos na reforma da Previdência que está sendo discutida pelo governo federal. “Os militares das Forças Armadas não integram nenhum sistema previdenciário. Na reforma da Previdência, não deverão ser incluídos”, informou o ministro.

No mês passado, Padilha havia dito que o governo federal pretendia apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de regime único para a Previdência Social agregando, sob um mesmo grupo, contribuintes civis e militares.

Ainda de acordo com a publicação de Padilha no Twitter, os militares federais não têm sistema previdenciário. “Na reserva, a Constituição lhes dá um benefício por sua disponibilidade”, afirmou Padilha, que é o principal articulador do governo na discussão sobre as mudanças na Previdência Social.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Doping tira Rússia dos Jogos Paralímpicos do Rio

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07/08/2016 14h36
Rio de Janeiro
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil

O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) anunciou hoje (7), em entrevista coletiva no Comitê Rio 2016, que, por envolvimento com doping, todos os atletas russos serão banidos dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, que serão iniciados dia 7 de setembro.

A decisão unânime do IPC (sigla em inglês do Comitê Paralímpico) foi tomada neste domingo (7), depois da divulgação do relatório Mclaren, que revelou todos o esquema de dopingenvolvendo os atletas olímpicos da Rússia.

Posteriormente, as investigações comprovaram que o esquema de dopagem patrocinado pelo próprio governo russo envolvia também os atletas paralímpicos. As autoridades olímpicas russas terão prazo de 21 dias para recorrer da decisão.

A decisão foi tomada a partir da análise das evidências e durante a oitiva da defesa russa, quando o IPC considerou o Comitê Paralímpico da Rússia incapaz de garantir o cumprimento da legislação antidoping para seus atletas, o que tornaria a disputa paralímpica desigual frente a atletas de outros países.

Ao anunciar a decisão, o presidente do IPC, Philip Craven, ressaltou a unanimidade da decisão do conselho. “Os membros do IPC decidiram, por unanimidade, considerar a federação russa inelegível e incapaz de cumprir as resoluções do órgão. Como resultado, resolvemos suspender o Conselho Paralímpico Russo, que assim perde todos os seus direitos, inclusive de inscrever atleta paralímpicos”.

A partir da divulgação do relatório McLaren, as autoridades do IPCA resolveram aprofundar as investigações e passaram a levantar informações também sobre os atletas paralímpicos. A partir deste aprofundamento, e diante dos fatos levantados, chegaram à conclusão que o esquema de dopagem patrocinado pelo Estado havia se estendido também às modalidades paralímpicas.

Segundo Craven, foram dadas todas as condições para que o Comitê Russo pudesse se defender. “Mas não posso esconder minha decepção e tristeza com o fato de que o Estado [russo] promoveu um esquema de dopagem que se estendeu tanto aos esportes olímpicos quanto aos paralímpicos”.

“São fatos doloridos e um ataque a todos os atletas que jogam limpo. O sistema antidoping da Rússia está quebrado, corrupto e totalmente comprometido. Tudo que observamos vai contra o espirito do esporte e contra tudo que as Paralímpiadas representam. Não tínhamos outra alternativa”, lamentou o dirigente.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil