domingo, 7 de agosto de 2016

Mulheres na Rio 2016: futuro no esporte é “feminino”, diz vice-presidente do COI

07/08/2016 10h47
Rio de Janiero
Isabela Vieira - Repórter Agência Brasil

Este ano, a vice-presidente disse que a participação de mulheres em pelo menos 30 delegações – como a do Brasil-- mostra que o futuro no esporte e das olimpíadas “será feminino”  Isabela Viera - Repòrter Agência Brasil

O recorde na participação feminina nos Jogos Olímpicos Rio 2016 ainda não colocou mulheres e homens lado a lado no pódio da igualdade. Elas são 45% do total de atletas que participam da competição. Somam 4,7 mil – um salto desde a primeira vez que competiram, em Paris, em 1900, quando eram apenas 22 em um total de 977 atletas de todo o mundo. Este ano, elas estreiam no rugby e no golf – uma modalidade que foi reinserida nesta edição.

Durante a passagem da tocha olímpica ontem (5), antes da abertura dos jogos, a diretora executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka disse que a participação de mulheres na competição está quase equilibrada, mas defendeu a ampliação do número de contratadas em atividades administrativas das instituições de esporte nacionais e internacionais.

Referência na promoção da equidade no esporte, a ex-nadadora olímpica norte-americana Dona De Varona acredita que mulheres na organização dos jogos fizeram avanços para que as mais jovens pudessem competir, ao longo dos anos. No entanto, defendeu que é preciso assegurar e ampliar esse espaço, especialmente nos cargos administrativos, destacou durante evento da ONU Mulheres para incentivar meninas na prática, no Rio de Janeiro.
Rio de Janeiro - A vice-presidenta do Comitê Olímpico Internacional, a marroquina Nawal El Moutawakel - Fernando Frazão/Agência Brasil

Além da atuação nas entidades esportivas, De Verona citou a importância de organização de mulheres na defesa de políticas públicas com equidade, para o esporte. Lembrou que, nos Estados Unidos, elas tiveram de pressionar universidades para que aceitassem treiná-las na década de 1970, oportunidade que já era dada aos homens. “Foi preciso aprovar uma lei”, lembrou. “A medida abriu as portas para que pudéssemos ser advogadas, médicas, executivas e atletas. Sou muito orgulhosa de que Nawal [El Moutawake] pode ir assim treinar”, lembrou, sobre a vice-presidenta do Comitê Olímpico Internacional (COI). Ex-corredora olímpica, a atleta do Marrocos frequentou a Universidade Estadual de Iowa e foi a primeira africana a ganhar um ouro olímpico.

No evento, Nawal disse que o COI leva a sério a igualdade e que muito tem sido feito, com apoio de ex-atletas como De Varona, para acelerar a equiparação. Lembrou que, há quatro anos, na olimpíada de Londres, o boxe foi a última modalidade a incluir as atletas na competição e que três países foram obrigados a levar ao menos uma mulher: Catar, Arábia Saudita e Brunei.

Este ano, a vice-presidente disse que não tem todos os números consolidados, mas o indicativo, com maior participação de mulheres em pelo menos 30 delegações – como a do Brasil-- mostra que o futuro no esporte e das olimpíadas “será feminino”. 

Brasileiras em pé de igualdade

O Brasil está em seu caminho para promover a igualdade entre os gêneros, acrescentou a ex-jogadora de vôlei de praia e a medalhista olímpica, Adriana Behar. Presidenta da Comissão das Mulheres no Esporte do Comitê Olímpico do Brasil COB), ela contou que por meio de cursos, a entidade brasileira capacita atletas que se aposentaram para atuar em outras áreas.

“O COB atendeu muitas atletas, a Shelda, Fabiana Molina, Daiane dos Santos, Maurren Maggi, que se destacaram e hoje estão fazendo outras coisas, são comentaristas, líderes de programas e projetos de suas entidades ou estão na gestão. Quando são abertas oportunidades, temos mais chance de ter mulheres envolvidas no ambiente esportivo”, ressaltou.

Bastante aplaudida pela plateia de jovens no evento da ONU Mulheres, Adriana aposta no avanço de modalidades coletivas, como futebol, vólei e o handebol onde brasileiras são favoritas, mesmo que as condições de treinamento e salários não sejam os mesmos que os dos homens.

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil

Eliseu Padilha diz que militares ficarão fora da reforma da Previdência

07/08/2016 21h16
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

Principal articulador do governo sobre mudanças na Previdência Social, Eliseu Padilha afirmou que os militares não deverão ser incluídos na reforma previdenciária - Arquivo/Wilson Dias/Agência Brasil

O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse hoje (7), por meio de sua conta no Twitter, que os militares das Forças Armadas não deverão ser incluídos na reforma da Previdência que está sendo discutida pelo governo federal. “Os militares das Forças Armadas não integram nenhum sistema previdenciário. Na reforma da Previdência, não deverão ser incluídos”, informou o ministro.

No mês passado, Padilha havia dito que o governo federal pretendia apresentar ao Congresso Nacional uma proposta de regime único para a Previdência Social agregando, sob um mesmo grupo, contribuintes civis e militares.

Ainda de acordo com a publicação de Padilha no Twitter, os militares federais não têm sistema previdenciário. “Na reserva, a Constituição lhes dá um benefício por sua disponibilidade”, afirmou Padilha, que é o principal articulador do governo na discussão sobre as mudanças na Previdência Social.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Doping tira Rússia dos Jogos Paralímpicos do Rio

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07/08/2016 14h36
Rio de Janeiro
Nielmar de Oliveira - Repórter da Agência Brasil

O Comitê Paralímpico Internacional (IPC) anunciou hoje (7), em entrevista coletiva no Comitê Rio 2016, que, por envolvimento com doping, todos os atletas russos serão banidos dos Jogos Paralímpicos do Rio 2016, que serão iniciados dia 7 de setembro.

A decisão unânime do IPC (sigla em inglês do Comitê Paralímpico) foi tomada neste domingo (7), depois da divulgação do relatório Mclaren, que revelou todos o esquema de dopingenvolvendo os atletas olímpicos da Rússia.

Posteriormente, as investigações comprovaram que o esquema de dopagem patrocinado pelo próprio governo russo envolvia também os atletas paralímpicos. As autoridades olímpicas russas terão prazo de 21 dias para recorrer da decisão.

A decisão foi tomada a partir da análise das evidências e durante a oitiva da defesa russa, quando o IPC considerou o Comitê Paralímpico da Rússia incapaz de garantir o cumprimento da legislação antidoping para seus atletas, o que tornaria a disputa paralímpica desigual frente a atletas de outros países.

Ao anunciar a decisão, o presidente do IPC, Philip Craven, ressaltou a unanimidade da decisão do conselho. “Os membros do IPC decidiram, por unanimidade, considerar a federação russa inelegível e incapaz de cumprir as resoluções do órgão. Como resultado, resolvemos suspender o Conselho Paralímpico Russo, que assim perde todos os seus direitos, inclusive de inscrever atleta paralímpicos”.

A partir da divulgação do relatório McLaren, as autoridades do IPCA resolveram aprofundar as investigações e passaram a levantar informações também sobre os atletas paralímpicos. A partir deste aprofundamento, e diante dos fatos levantados, chegaram à conclusão que o esquema de dopagem patrocinado pelo Estado havia se estendido também às modalidades paralímpicas.

Segundo Craven, foram dadas todas as condições para que o Comitê Russo pudesse se defender. “Mas não posso esconder minha decepção e tristeza com o fato de que o Estado [russo] promoveu um esquema de dopagem que se estendeu tanto aos esportes olímpicos quanto aos paralímpicos”.

“São fatos doloridos e um ataque a todos os atletas que jogam limpo. O sistema antidoping da Rússia está quebrado, corrupto e totalmente comprometido. Tudo que observamos vai contra o espirito do esporte e contra tudo que as Paralímpiadas representam. Não tínhamos outra alternativa”, lamentou o dirigente.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Menor jornal do mundo eleito pelo Guinness Book é relançado em MG, diz o G1

SEX 05 AGOSTO 2016 14:08 ATUALIZADO EM SEX 05 AGOSTO 2016 14:31

Um jornal que já foi reconhecido pelo Guinness World Records, o livro dos recordes, como o menor do mundo e que teve sua publicação interrompida por várias vezes desde o lançamento, há 81 anos, volta a circular neste mês de agosto em Divinópolis, Minas Gerais, destaca a reportagem do portal G1.

Com 3,5 centímetros e altura e 2,5 centímetros de largura, o Vossa Senhoria será relançado no dia 20 de agosto deste ano, dentro da programação da Festa Literária de Divinópolis (Flid). A publicação será mensal e a tiragem inicial será de mil exemplares, distribuídos em várias cidades mineiras e de São Paulo.

Clique aqui para ler a reportagem na íntegra.





Agência Minas

3ª Festa Literária de Rio Novo homenageia Guimarães Rosa e os 60 anos de “Grande Sertão: Veredas”


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«Agosto 2016»

A genialidade de um dos maiores escritores brasileiros e amante dos sertões das Gerais é pano de fundo para a 3ª edição da Festa Literária de Rio Novo (MG). O evento este ano homenageia o escritor mineiro Guimarães Rosa e os 60 anos de “Grande Sertão: Veredas”. Entre os dias 11 e 14 de agosto (quinta a domingo), a pacata cidade mineira será palco para quase 100 atrações do eixo RJ – MG – SP. O evento tem o apoio do Fundo Estadual de Cultura, do Governo de MG.

Com programação múltipla e 100% gratuita, a Festa Literária de Rio Novo já homenageou Adélia Prado (2014) e Ziraldo (2015), este último, inclusive, presenteou o público participando do evento. A Associação Cavaleiros da Cultura, responsável pela execução da Festa promete superar os dez mil espectadores da edição passada e para isso, aposta, mais uma vez, em nomes de peso.

Serviço:

3ª Festa Literária de Rio Novo
Data: de 11 a 14 de agosto de 2016
Local: Pça. Prefeito Ronaldo Dutra Borges. Rio Novo - MG
Entrada: Gratuita

Agência Brasil

Acabou a moleza de se eleger com poucos votos, por conta do “puxador”

Enéas elegeu um candidato que teve apenas 265 votos

Carolina Linhares e Paula Reverbel
Folha

Os aspirantes a vereador que pegam carona com os candidatos “puxadores de voto” terão, pela primeira vez, uma meta a cumprir: para chegar à Câmara municipal, seu resultado nas urnas precisa ser, no mínimo, 10% do quociente eleitoral. O quociente é formado pelo total de votos válidos dividido pela quantidade de cadeiras na Câmara. Em 2012, o quociente em São Paulo foi 103.843 –a nota de corte, portanto, teria sido 10.384 votos.

A nova regra visa evitar a eleição de candidatos pouco votados. Caso o candidato não alcance o mínimo, a vaga será redistribuída a outros partidos ou coligações. “Isso é inconstitucional, é cláusula de barreira disfarçada”, diz Aildo Ferreira, presidente do PRB em São Paulo. A Rede, outro partido que pode ser afetado, vê a medida como uma manobra para manter o poder com as siglas tradicionais.

NOVAS REGRAS – As eleições terão campanha mais curta e sem doações de empresas, favorecendo candidatos ricos ou famosos. Se a lei valesse em 2012, o único dos 55 vereadores paulistanos a perder sua vaga seria Toninho Vespoli (PSOL), que teve 8.722 votos.

O vereador, que se elegeu com os 117.475 votos do PSOL (41.248 à legenda e 76.227 a candidatos), diz concordar com a regra, mas considera o percentual elevado. “É uma distorção eleger candidatos com poucos votos, mas também é uma distorção as pessoas votarem em um partido porque acreditam naquela linha e o partido não eleger ninguém”, diz.

Para o vereador Claudinho de Souza (PSDB), a regra garante “um mínimo de representatividade”, opinião partilhada pelo vereador George Hato (PMDB).

OUTRAS RESTRIÇÕES – Algumas siglas se opõem a outras restrições da nova legislação eleitoral, como o veto a doações de empresas e a redução da campanha, que passou de 90 para 45 dias. “Todos os partidos devem estar sofrendo. Vai ser uma campanha muito humilde”, resume Aildo Ferreira.

“Essa eleição será única, dificilmente essas regras se repetirão para as próximas”, diz o vereador Paulo Fiorilo (PT). Já o vereador Hato aposta no contrário: “Estamos sendo cobaias para 2018”.

Rede e PSOL, que já defendiam o fim de doações de empresas, comemoraram. “Talvez tenha sido o único fato positivo”, diz Vespoli.

As novas regras são apontadas como motivo da queda do número de candidatos a vereador, que deve ficar próximo de 700 em São Paulo, contra mais de 1.200 em 2012.

“Os partidos financiavam candidatos menores, faziam material. Com menos recursos, as pessoas evitam aventuras”, diz Antônio Donato (PT), presidente da Câmara.

PELA TELEVISÃO – Com menos tempo para percorrer a cidade, a campanha dos vereadores terá que aproveitar o espaço na TV, que também encurtou e os candidatos a vereador terão reservados 40% dos 70 minutos de inserções de propagandas.

No PRB, DEM e PMDB, os candidatos mais conhecidos devem ter preferência. Já a Rede vai dividir o tempo igualmente. O nanico PHS terá somente dirigentes pedindo voto na legenda, segundo o vereador Laércio Benko.

PSOL, PSDB e PT ainda não definiram estratégia. Entre os candidatos petistas, o destaque é o ex-senador Eduardo Suplicy. “Nós sabemos da importância do Suplicy, como sabemos da importância de outros parlamentares que já estão no PT há muito tempo”, afirmou Fiorilo ao ser questionado sobre a distribuição do tempo de TV entre os candidatos a vereador.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A nova regra foi criada por causa do chamado “Efeito Enéas”. Na eleição de 2002, o candidato Enéas Carneiro, do Prona, teve 1,57 milhão de votos e garantiu outras seis vagas ao partido, que tinha somente mais cinco candidatos. Com isso, o médico Vanderlei Assis de Souza acabou se tornando deputado federal com apenas 275 votos. (C.N.)

Gilmar Mendes manda o TSE abrir processo para cassar o registro do PT

Gilmar Mendes diz que o PT era financiado pela Petrobras

Carolina Brígido
O Globo

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes, determinou abertura de processo pedindo a cassação do registro do PT. Segundo Gilmar, há indícios de que o PT foi indiretamente financiado pela Petrobras, que é uma sociedade de economia mista, o que é proibido pela legislação eleitoral. O caso ficará sob a responsabilidade da corregedora da Justiça Eleitoral, ministra Maria Thereza de Assis Moura.

Gilmar é relator das contas de campanha da presidente Dilma Rousseff. As contas foram julgadas e aprovadas pelo TSE logo depois das eleições, em dezembro de 2014. No entanto, o ministro continuou pedindo apurações acerca da contabilidade apresentada pela petista, diante de indícios de irregularidades encontrados por técnicos do tribunal. A defesa de Dilma já recorreu ao TSE para pedir o encerramento das investigações, mas o pedido foi negado. O novo procedimento contra o PT será aberto com base nesse material.

CORRUPÇÃO – O ministro anotou que, na Lava-Jato, foi apurado que empreiteiras corrompiam agentes públicos para firmar contratos com a Petrobras, mediante fraude à licitação e formação de cartel. Parte da propina voltaria ao PT em forma de doações à legenda e às campanhas eleitorais. Outra parte seria entregue em dinheiro ao tesoureiro do partido. Uma terceira parte financiaria o PT por meio de doações indiretas ocultas, especialmente por meio de publicidade.

“Somado a isso, a conta de campanha da candidata (Dilma) também contabilizou expressiva entrada de valores depositados pelas empresas investigadas”, escreveu

Segundo o ministro, “há indicativos sérios de inconsistências nas despesas contabilizadas” pelo partido e pela campanha. “Aparentemente, o ciclo se completaria não somente com o efetivo financiamento das campanhas com dinheiro sujo, mas também com a conversão do capital em ativos aparentemente desvinculados de sua origem criminosa, podendo ser empregados, corno se lícitos fossem, em finalidades outras, até o momento não reveladas”, explicou Gilmar.

RELEVÂNCIA CRIMINAL – Segundo Gilmar, há “suspeita de relevância criminal das condutas”. Para ele, “doar recursos – supostamente vantagens ilícitas para a prática de crimes contra a administração pública – ao partido ou à campanha, ou entregá-los sem contabilidade a representantes do partido são indicativos do crime de lavagem de dinheiro”. Ele também explicou que “a omissão de recursos na contabilidade da campanha indica crime de falsidade ideológica eleitoral”.

Em agosto de 2015, Gilmar reportou os indícios de irregularidade supostamente cometidos pelo PT ao então corregedor da Justiça Eleitoral, ministro João Otávio de Noronha – que, por sua vez, enviou ofício ao então presidente do TSE, ministro Dias Toffoli, pedindo providências. Entre as medidas previstas em lei, está a “abertura de investigação para apuração de qualquer ato que viole as prescrições legais ou estatutárias a que, em matéria financeira, os partidos e seus filiados estejam sujeitos”.

PROCESSO – No último dia 2, o secretário-geral do TSE, Luciano Fuck, enviou ofício a Gilmar lembrando que a gestão anterior do TSE não tomou essa providência. Ao saber disso, Gilmar determinou de imediato a instauração do processo.

No ofício enviado à Corregedoria no ano passado, Gilmar afirmou que os indícios de que o PT foi financiado pela Petrobras foram obtidos a partir do cruzamento das informações contidas no processo de prestação de contas da presidente Dilma, em notícias veiculadas na imprensa e também em documentos da Lava-Jato.

Ainda no ofício do ano passado, Gilmar cita doações recebidas pelo PT em 2014 por sete empresas investigadas na Lava-Jato: UTC, Andrade Gutierrez, Queiroz Galvão, OAS, Construtora Odebrecht, Odebrecht Óleo e Gás e Engevix. Juntas, as empresas teriam doado R$ 263,8 milhões naquele ano. Parte dos recursos teriam sido repassados à campanha de Dilma. Além desse valor, as mesmas empresas teriam repassado R$ 47,5 milhões diretamente à campanha da presidente.

R$ 171,9 MILHÕES – Entre 2010 e 2014, o PT teria recebido R$ 171,9 milhões das mesmas empresas, segundo informações de técnicos do TSE. Gilmar também cita doações não contabilizadas e outros repasses realizados com o pretexto de custear serviços de publicidade, de acordo com as investigações da Lava-Jato. O ministro afirma ainda que Dilma “despendeu grandes valores em contratos com fornecedores com incerta capacidade de cumprir ou entregar os respectivos objetivos”.

O ministro ressalta a empresa Focal Confecção e Comunicação Visual. A candidata informou ter pago R$ 24 milhões por prestação de serviços, o segundo maior contrato da campanha. Reportagem do jornal “Folha de São Paulo” revelou que um dos sócios era um motorista contratado pela própria empresa.

A direção nacional do PT informou, em nota por intermédio de sua assessoria de imprensa, que não há razão para se tentar cassar o registro da legenda. “O PT não tem conhecimento de nenhum pedido de cassação de seu registro e não vê motivos para a adoção desta medida, pois todas as suas operações financeiras são feitas dentro da legalidade”, diz o partido.

Brasil derrota Suécia por 5 a 1 e futebol feminino garante classificação

07/08/2016 00h26
Brasília
Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil
A equipe feminina de futebol do Brasil derrotou o time sueco neste sábado (6) por 5 a 1, no Estádio do Engenhão, no segundo jogo da seleção brasileira na Rio 2016. Com a goleada, as meninas garantiram a classificação para a próxima rodada da competição.

A capitã Marta marcou dois gols e Beatriz (Bia) também balançou as redes da equipe sueca por duas vezes. Cristiane marcou um gol e reforçou o título de maior artilheira dos jogos olímpicos, com 14 gols no total. Ela se contundiu durante a partida e deixou o campo com a ajuda do fisioterapeuta, reclamando de dores musculares.

O jogo de estreia das brasileiras foi contra a China, na quarta-feira (3) e terminou em 3 a 0 para o Brasil.


Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

sábado, 6 de agosto de 2016

Cirurgião plástico Ivo Pitanguy morre de parada cardíaca, aos 90 anos

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06/08/2016 21h33
Rio de Janeiro
Alana Gandra – Repórter da Agência Brasil*

O cirurgião plástico Ivo Pitanguy faleceu hoje (6) aos 90 anos, no Rio de Janeiro. Pitanguy estava em casa, quando sofreu uma parada cardíaca, e não houve tempo para socorro.

A cremação será amanhã (7), às 18h, no Memorial do Carmo, no Caju. O corpo será velado a partir das 13h, em uma cerimônia reservada à família e amigos próximos.

O médico Ivo Hélcio Jardim de Campos Pitanguy nasceu em Belo Horizonte (MG), no dia 5 de julho de 1926 e, com o passar dos anos, se tornou um dos mais renomados cirurgiões plásticos do mundo. Professor e escritor, foi membro da Academia Nacional de Medicina e imortal da Academia Brasileira de Letras.

Filho de Maria Stael Jardim de Campos Pitanguy e do médico-cirurgião Antônio de Campos Pitanguy, Ivo Pitanguy cursou medicina na Universidade Federal de Minas Gerais até o 4º ano. Sem interromper os estudos, transferiu-se para a Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil, atual Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), para servir no Centro de Preparação de Oficiais da Reserva, onde atuou na Cavalaria dos Dragões da Independência.

Sua formação cirúrgica começou no Hospital do Pronto-Socorro do Rio de Janeiro, atual Hospital Souza Aguiar. Como sua vocação era a cirurgia plástica, o jovem Pitanguy se inscreveu em concurso organizado pelo 'Institute of International Education', e ganhou uma bolsa de estudos como cirurgião residente do Serviço do Professor John Longacre, no Bethesda Hospital, nos Estados Unidos.

Após estágio em outros serviços de cirurgia plástica norte-americanos, retornou ao Brasil, onde foi convidado pelo professor Marc Iselin, que visitava o Hospital do Pronto-Socorro do Rio de Janeiro, para ser seu assistente estrangeiro em Paris. Permaneceu durante dois anos na capital francesa, antes de dar seguimento à sua formação profissional no Reino Unido.

Ali, percebeu a importância de transmitir os conhecimentos adquiridos, lembrando sempre da importância social da especialidade, que começava a surgir no Brasil. Pitanguy criou o Serviço de Queimados do Hospital do Pronto-Socorro e o primeiro serviço de cirurgia de mão e de cirurgia plástica reparadora da Santa Casa.

Foi professor de cirurgia plástica da Universidade Católica do Rio de Janeiro e do Instituto de Pós-Graduação Médica Carlos Chagas. Em 1961, com a colaboração de médicos residentes, atuou no atendimento às vítimas do incêndio do Gran Circo Norte-Americano, em Niterói, o que deu visibilidade à importância social da especialidade. A tragédia matou mais de 500 pessoas e deixou mais de 800 feridos com sequelas por queimaduras.

Inaugurou a Clínica Ivo Pitanguy em 1963, que se transformou em referência nacional e internacional para a cirurgia plástica. Em 2014, lançou sua biografia Viver Vale a Pena, na qual relembra fatos e pessoas que tiveram destaque em sua vida.

Em sua página na internet, a jornalista Hildegard Angel ressaltou dois traços do caráter do cirurgião plástico brasileiro Ivo Pitanguy: a compaixão pelo próximo e a solidariedade. “O que particularmente faz de Ivo Pitanguy objeto de minha admiração é sua longa vida de dedicação ao próximo. Um homem de sua projeção e importância poderia ser indiferente ao mundo à sua volta, arrogante com os demais. Não é o seu caso. Sua sensibilidade o levou a se dedicar durante toda sua trajetória profissional a uma enfermaria na Santa Casa da Misericórdia, promovendo ali operações gratuitas. Corrigindo defeitos de nascença ou anomalias adquiridas em acidentes ou por doenças, em pessoas que não poderiam arcar com intervenções de alto custo”, mencionou.

A elogiada e reconhecida carreira de Ivo Pitanguy sofreu um baque em agosto de 2015, quando seu filho, o empresário Ivo Nascimento de Campos Pitanguy, foi preso por atropelar e matar o operário José Fernando Ferreira da Silva, de 44 anos, na Rua Marquês de São Vicente, na Gávea, zona sul da cidade. O operário trabalhava nas obras de expansão do metrô da zona sul à Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro. O empresário acabou beneficiado com liberdade provisória após pagar fiança de R$ 100 mil e foi indiciado por homicídio doloso.

*Com informações de Isabela Vieira
Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

Em Juiz de Fora ocorreu a "Hora do Mamaço"

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Em Juiz de Fora, neste sábado (6), entre 10 e 12 h, nas proximidades do Jardim Sensorial do campus da UFJF, ocorreu o evento denominado a "Hora do Mamaço", organizado pela Aliança de Mulheres pela Maternidade Ativa ( Amma), com o objetivo de despertar na sociedade a real importância do aleitamento materno.

A França foi a precursora do evento em 2006, onde mulheres se reuniram e exerceram a amamentação coletiva. A amamentação é um ato de doação sublime e um momento mágico para a mãe e para o recém-nascido, significando muito mais que apenas a satisfação de uma necessidade física imediata.

Em 2012, na 20ª Semana do Aleitamento Materno, o evento aportou no Brasil e na atualidade mais de oitenta cidades participaram do ato. Salienta-se que o recém-nascido restabelece no aconchego do seio materno a paz e a tranquilidade a que estava acostumado na vida intra-uterina. 

A Amma não é unica e exclusivamente feminina, aceita a participação de homens e  sempre convida os pais de bebês para integrarem as palestras, trocando informações e atualizando as informações alusivas ao aleitamento materno.

Não existe um prazo previamente fixado para o desmame, embora muitas mães amamentem até o terceiro mês. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que até os seis meses a amamentação exclusiva é considerada a primeira vacina, pois todos os anticorpos são passados da amamentanda para o amamentado, contribuindo para uma boa saúde, principalmente na vida adulta. 

A mulher que desejar amamentar seu filho e estiver tendo seus direitos restringidos ou negados, deve denunciar. No caso, dessa violação ser no local de trabalho, procure seu sindicato ou Ministério do Trabalho. Se for em algum estabelecimento, faça um boletim de ocorrência, arrole testemunhas e procure um advogado.