sábado, 6 de agosto de 2016

Tudo dentro da lei, é melhor convocar logo novas eleições


Charge do Duke (dukechargista.com.br)

Carlos Chagas

Acontecerá o quê na hipótese de o Tribunal Superior Eleitoral considerar nula a eleição de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014? Primeiro, que a decisão será submetida ao Supremo Tribunal Federal, que poderá confirmar a sentença ou revogá-la. Levará algum tempo para essa manifestação, mas supondo a concordância da mais alta corte nacional de justiça com o TSE, Michel Temer também estará fora, devendo deixar o palácio do Planalto. Nesse caso, para completar o mandato que foi de Dilma e depois de Temer, assumirá o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ou será considerado eleito o segundo colocado na última eleição presidencial, Aécio Neves?

Loucura, concluirão os observadores, mas juridicamente perfeita, cabendo à Justiça decidir. Pelo inusitado da situação, a única saída será a realização de imediatas eleições presidenciais, coisa que ficará na órbita do Congresso. Votada a emenda constitucional respectiva, já estarão os candidatos na rua. Dezenas deles, do Lula ao Tiririca.

Tem limite o tropel do cavalo branco da imaginação. O país não aguentaria. Entraria em parafuso até mesmo a fundamental herança a nós deixada pelos colonizadores portugueses, o milagre da unidade nacional.

Sendo assim… Sendo assim, melhor que deputados e senadores realizem logo a etapa derradeira: convoquem logo eleições gerais para presidente da República. Tudo dentro da lei.

VEXAME – O selecionado brasileiro de futebol amador não conseguiu passar do zero a zero com a África do Sul. Amanhã, enfrentará o Iraque. Mantido o vexame anterior, ou piorado com uma derrota, melhor fechar para balanço.

Posted in C. Chagas

Handebol feminino do Brasil estreia com vitória sobre a campeã olímpica Noruega

06/08/2016 11h23
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
Brasil vence no handebol a atual campeão olímpica, Noruega, por 31 a 28 Marijan Murat/Agência Lusa/Direitos Reservados

O Brasil estreiou hoje (6) no handebol com vitória sobre a atual campeã olímpica, Noruega, com o placar de 31 a 28. A partida começou às 9h30, na Arena do Futuro, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. O destaque foi a central Ana Paula. 

A Noruega foi a responsável pela eliminação do Brasil nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londres. No grupo A, além da Noruega, o Brasil encontrará, na primeira fase, Romênia, Espanha, Angola e Montenegro.

O Brasil terminou o primeiro tempo em vantagem (17 a 16). No segundo tempo, Ana Paula abriu o placar com arremesso pela lateral. Aos 6 minutos do segundo tempo, a Noruega alcançou o Brasil pela primeira vez no jogo (18 a 18). Um minuto depois, o Brasil retomou a liderança.

A seleção brasileira feminina de handebol busca uma medalha inédita nas Olimpíadas. As meninas do Brasil, que conquistaram o título mundial de 2013, estão entre as favoritas.

Um dos destaques é a ponta direita Alexandra Nascimento, eleita a melhor do Mundo em 2012. O timpe reúne nomes como o de Ana Paula, que joga como cental e integrou a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 2008 e 2012, além de ter sido campeã com a seleção em 2013.

Handebol

O handebol estreou para os homens nos Jogos Olímpicos em Berlim 1936, na modalidade de campo, disputado com 11 jogadores por equipe. O esporte logo mudou para os ginásios, tendo uma diminuição para sete jogadores por equipe.

Nos Jogos do Rio, 12 seleções masculinas e 12 femininas disputam o pódio. As equipes serão divididas em dois grupos, jogando entre si. As quatro melhores de cada grupo se classificam para as quartas de final.

Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil

Abertura da Rio 2016 exalta diversidade, mistura ritmos e tem voo do 14 Bis

05/08/2016 20h47
Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

A cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016 iniciou exaltando uma das principais características do Rio de Janeiro: a combinação entre áreas verdes e urbanas. A cidade possui duas grandes reservas ambientais, a Floresta da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca, e imagens aéreas mostraram a proximidade desses espaços em um videoclipe com a música Aquele Abraço, cantada por Luiz Melodia, que o público acompanhou nos versos mais famosos.

Após a projeção das primeiras imagens, foi anunciado o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. Pelo protocolo, estava previsto também o anúncio do presidente interino Michel Temer, o que não ocorreu. 

O cantor Paulinho da Viola emocionou o público com uma interpretação do Hino Nacional em um palco inspirado nas formas do arquiteto Oscar Niemeyer. Ao violão, o cantor foi acompanhado por uma orquestra de cordas. A bandeira do Brasil foi hasteada pelo Comando de Policiamento Ambiental do Rio de Janeiro e 60 bandeiras foram carregadas por 50 atletas iniciantes e estrelas do esporte como Virna, Robson Caetano, Maureen Maggi e Flávio Canto.

A festa seguiu com uma homenagem ao "espírito da gambiarra", definido pelos organizadores como "o talento para fazer algo grande a partir de quase nada". Nessa parte da abertura, a arte geométrica brasileira foi homenageada, como referências a Athos Bulcão, geometria indígena, estampas africanas e azulejos portugueses. As duas mensagens mais importantes da cerimônia, a paz e a sustentabilidade, vieram logo em seguida, com a transformação do símbolo da paz em uma árvore.

Logo depois, a cerimônia voltou no tempo, ao nascimento das imensas florestas que cobriam o Brasil na chegada dos portugueses. Do começo da vida, a homenagem avança até a formação dos povos indígenas, cuja entrada foi representada por 72 dançarinos das duas grandes agremiações do Festival de Parintins, os Bois Caprichoso e Garantido.

A chegada dos europeus em caravelas, o desembarque forçado dos africanos escravizados e a migração de árabes e orientais ao país foi representada após, com pessoas que descendem de cada um desses grupos.

Grupos de parcour atravessaram o palco e pularam sobre telhados de prédios na parte da cerimônia que destacou a urbanização do Brasil contemporâneo, concentrada em grandes cidades. Ao som do clássico Construção, de Chico Buarque, acrobatas desafiaram as fachadas dos prédios e montaram uma parede, de trás da qual o avião 14 Bis saiu ao som de Samba do Avião, com um ator interpretando o inventor Santos Dumont.

O avião voou pelo Maracanã e a bossa nova continuou a dar o tom da festa com a exaltação das curvas do Rio de Janeiro, que inspiraram Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Oscar Niemeyer e o paisagista Roberto Burle Marx.

Giselle Bündchen interpretou a Garota de Ipanema e desfilou no Maracanã, enquanto Daniel Jobim, neto do maestro, tocava o clássico. Por onde passava, Giselle desenhava curvas que formavam obras de Niemeyer, como a Igreja da Pampulha e a Catedral de Brasília.

Depois de Ipanema, as favelas foram representadas com um show de ritmos como o samba e o funk, que reuniu as cantoras Elza Soares, que interpretou o Canto de Ossanha, e Ludmilla, com oRAP da felicidade ao lado de dançarinos de passinho. O rapper Marcelo D2 e o cantor Zeca Pagodinho simularam um duelo de ritmos, representando a diversidade da música do Rio de Janeiro.

A partir daí, a importância dos negros na cultura brasileira ganhou destaque com as rappers Karol Conka e McSofia, de apenas 12 anos. Manifestações culturais como o maracatu, os bate-bolas e o bumba-meu-boi também dividiram o espaço no palco do Maracanã e o treme-treme, do Pará, foi representado pela Gang do Eletro.

A diversidade era representada no palco em tom de disputa até que a conciliação veio com Jorge Ben Jor e a frase: "Vamos procurar as semelhaças e celebrar as diferenças". O cantor foi a atração seguinte, com o sucesso País Tropical, dançado por mais de mil bailarinos do baile charme de Madureira, festa tradicional na zona norte do Rio de Janeiro. O público cantou de pé trechos da canção. 


Rio de Janeiro - Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (Reuters/Mike Blake/Direitos Reservados)

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Show de luzes e mistura de ritmos dão o tom da abertura da Rio 2016

06/08/2016 01h01
Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Rio será lembrado por uma cerimônia descolada, segundo produtor executivo da cerimônia, Marco Balich Reuters/Antonio Bronic/Direitos Reservados

Como haviam adiantado os diretores criativos da cerimônia de abertura, projeções e luzes foram os principais recursos tecnológicos utilizados na abertura dos Jogos Olímpicos. As projeções no chão do Maracanã criaram efeitos muito aplaudidos pelo público, como o voo do 14 Bis sobre o Rio de Janeiro, a transformação da floresta em um país tomado por plantações e grandes cidades e os traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer no caminho da "Garota de Ipanema" Gisele Bündchen.

Os diretores criativos do espetáculo Daniela Thomas, Andrucha Waddington e Fernando Meirelles haviam anunciado que o recurso seria a grande aposta da cerimônia, devido a limitações impostas pelo estádio do Maracanã.

Ao contrário das aberturas anteriores, o Maracanã não é um estádio olímpico (não tem pista de atletismo), o que reduz o espaço disponível. O estádio também tem muitos lugares no nível do campo, o que impede que palcos elevados sejam montados para que equipamentos e acessórios possam ser retirados dos subsolos e escondidos depois. Para completar, o Maracanã tem portas de menos dois metros de altura, o que inviabiliza a entrada de grandes alegorias ou estruturas.

Todas essas dificuldades se somam ao orçamento reduzido da cerimônia do Rio. O valor não foi divulgado, mas, segundo os seus organizadores, é bem menor que das edições anteriores. O produtor executivo da cerimônia, Marco Balich, disse que Atenas foi marcante por ter sido clássica, Pequim teve uma abertura grandiosa, Londres fez uma festa inteligente e o Rio seria lembrado por uma cerimônia descolada. "É a festa mais legal em que eu trabalhei", disse ele, que também produziu a abertura dos Jogos de Inverno de Socchi, na Rússia.

Publico cantando
Uma dos momentos em que o público cantou junto foi quando foi tocada a música O Samba do Avião Reuters/Kai Pfaffenbach/Direitos Reservados

O público cantou junto com energia e se levantou no momento mais animado da festa, quando o cantor Jorge Ben Jor interpretou seu clássico País Tropical. O Rap da Felicidade, com seu conhecido verso "Eu só quero é ser feliz" foi outro momento em que a plateia do Maracanã participou. O voo do 14 Bis ao som de Samba do Avião também foi muito aplaudido.

O momento da entrada das delegações também arrancou muitos aplausos. Grandes delegações, como a americana, a francesa e a britânica levantaram mais a plateia, mas países como Cuba, Palestina e Haiti também foram bem aplaudidos. Com a primeira olimpíada em seu continente, países da América Latina como México, Paraguai, Peru e Uruguai foram calorosamente recebidos. A pequena delegação de Tonga chamou atenção com seu porta-bandeira sem camisa e com o tronco coberto de óleo. O lutador de taekwondo Pita Nikolas Taufatofua fez a plateia gritar quando sua imagem apareceu no telão do estádio.

Ex-metrópole do Brasil Colônia e terra de ancestrais de muitos brasileiros, Portugal fez um dos desfiles de maior destaque, com muitos aplausos, mas superados pelos recebidos pelo Time Olímpico de refugiados. O Brasil encerrou o desfile ao som de Aquarela Brasileira e fez tremer o estádio do Maracanã com gritos e palmas.

Voluntários

Cinco transexuais estavam entre os voluntários que levavam o nome de cada país em bicicletas. Os atletas passaram entre um corredor de pessoas vestidas como vendedores ambulantes das praias cariocas e cada um recebeu uma semente, que será plantada na área do Parque Radical, uma das instalações do Complexo Esportivo de Deodoro, onde será criada a Floresta dos Atletas.

Com a passagem de todas as delegações, os atletas depositaram suas sementes em torres espelhadas que depois revelaram os aros olímpicos, que eram formados por árvores. Uma queima de fogos encerrou o desfile.

Pira olímpica
A passagem das delegações também foi momento de emoçãoReuters/Stoyan Nenov/Direitos Reservados

O maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro consagrado com a medalha Pierre de Coubertin, acendeu a pira olímpica do estádio, depois de receber a tocha da jogadora de basquete Hortência e do tenista Gustavo Kuerten. Vanderlei foi atrapalhado por um espectador na maratona de Atenas, em 2004, quando estava em primeiro lugar. Mesmo assim, ele continuou e ficou com a medalha de bronze, o que foi considerado um ato de grandeza olímpica.

A pira das Olimpíadas do Rio tem uma pequena chama, que fica em frente da escultura do artista plástico Anthony Howe, formando um conjunto que representa o sol. A quantidade pequena de fogo, segundo a Rio 2016, faz da pira de 2016 uma chama de baixa emissão de carbono. O momento anterior à pira foi marcado por um grande desfile que trouxe as 12 escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e os cantores Anitta, Caetano Veoloso e Gilberto Gil, que embalaram a plateia ao som de Isso aqui, o que é?, de Ary Barroso.

A Bandeira Olímpica foi carregada por brasileiros que se destacaram no esporte, e o público aplaudiu com grande intensidade. Marta Vieira (futebol), Sandra Pires (vôlei de praia), Oscar Schmidt (basquete), Torben Grael (vela), Emanuel (vôlei de praia) e Joaquim Cruz (atletismo) carregaram o símbolo olímpico. Também conduziram a bandeira a juíza Ellen Gracie e a fundadora do Instituto Pró-Criança Cardíaca, Rosa Celia Pimentel Barbosa. O medalhista olímpico Robert Scheidt fez o juramento dos jogos, a parte em que os atletas se comprometem a competir sem recorrer à dopagem foi muito aplaudida.

Homenageado
A pira olímpica foi acessa pelo ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima Reuters/Ruben Sprich/Direitos Reservados

O medalhista olímpico do Quênia Kip Keino foi o homenageado com a primeira Láurea Olímpica, prêmio concedido a contribuições prominentes ao olimpismo. A partir dos jogos do Rio de Janeiro, o prêmio se tornará uma tradição nas cerimônias de abertura, segundo o Comitê Olímpico Internacional.

O esportista do atletismo desenvolve um projeto social no Quênia em que dá assistência educacional e esportiva a jovens de comunidades pobres. "Meu humilde pedido a todos vocês, esportistas, é que se juntem a mim na ajuda a todos os jovens", disse o atleta. "Que todos tenham alimento, abrigo e educação".

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Imprensa internacional elogia abertura da Rio 2016

06/08/2016 01h11
Brasília
Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil

A imprensa internacional acompanhou com atenção a cerimônia de abertura da Rio 2016, que foi comentada em tempo real nos principais sites de notícias do mundo. Na maior parte deles, a festa rendeu elogios.

Maioria da imprensa internacional elogiou a abertura da Rio 2016
Fernando Frazão/Agência Brasil

O argentino El Clarín disse que o Rio vibrou com uma festa cheia de música, cores e esporte. “A cerimônia de abertura foi uma exibição à altura da Cidade Maravilhosa. Havia ritmo e beleza em cada passo no estádio do lendário Maracanã”, avalia a publicação.

O norte-americano The New York Time disse que a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro chegou “como um salve” após todas as crises, políticas e econômicas, que o país enfrentou durante a organização dos jogos. Segundo a publicação, a festa disfarçou “as feridas por algumas horas e deixou os brasileiros celebrarem tudo”.

O jornal francês Le Monde chamou a cerimônia de inovadora e destacou que a abertura foi marcada por uma celebração da música brasileira. O jornal citou que o presidente interino do Brasil Michel Temer, ao falar no evento, foi recebido por vaias de uma parte “importante” do estádio do Maracanã.

Na página de cobertura ao vivo da BBC inglesa, o veículo se referiu à cerimônia como um “show espetacular”.

O inglês The Guardian destacou que há um contraste interessante entre a abertura da Rio 2016 e dos jogos de Beijing em 2008 e em Londres, em 2012. As duas cerimônias anteriores abordaram a história dos países-sede, enquanto no Rio a mensagem passada é de que “é preciso fazer algo sobre o meio ambiente ou podemos não ter muitos Jogos Olímpicos para celebrar no futuro”. 

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"Floriano Parte Baixa" conta histórias de amores marginais

Helena Lage Tallmann 03 Agosto 2016 06:03


Foto: Divulgação

Julia engravida para dar um filho a Reinaldo, seu amor de infância. Mas Reinaldo vai se casar com Jean, seu companheiro. Jean é presenteado com um tênis novo e caro depois de ir para a cama com Bernardo, um deputado às vésperas das eleições. Mas o filho de Bernardo é acusado de estupro pela filha do Pastor Daniel ao sair de uma boate. O pastor visita o lugar e conhece Leila, uma garota de programa. Leila sonha em ir para Miami fazer um filme com Carlos. Mas Carlos prefere Brenda, uma travesti que namora Junior, um viciado ciumento e apaixonado. Junior viu seu pai cometer suicídio e a mãe se envolver com três caras ao mesmo tempo. Um deles, um jovem bombeiro casado precocemente com a adolescente Gisele. Ao se separar do bombeiro, Gisele vai morar com a irmã e conhece a namorada dela: Flaví, uma francesa que interpreta canções de amor na boate da Floriano às madrugadas.

Floriano Parte Baixa é, antes de tudo, uma peça sobre contradições, uma escada para o subterrâneo. Num pequeno galpão da Rua Floriano Peixoto, cinco histórias são intercaladas numa trama que envolve amores, perdas, sonhos, crimes e sexo.

Carregado de drama e poesia, o espetáculo estreia dia 5 de agosto no OANDARDEBAIXO, novo espaço cultural de Juiz de Fora, e segue em temporada até 14 de agosto,com duas sessões nas sextas e sábados (19h e 21h) e uma única sessão aos domingos (20h).

Neste trabalho, fruto de um curso que Portella desenvolve na Casa de Cultura, o diretor investe ainda mais na proximidade entre público e atores. "Floriano Parte Baixa é uma peça para se ver de perto", afirma o diretor. "A plateia não é convidada a participar, mas o espectador pode se aproximar o quanto quiser da cena e do ator, sentir sua respiração, limpar suas lágrimas ou sentar-se com ele à mesa". Por isso, o espetáculo contará com apenas 45 espectadores por sessão.

Nada novo quando se pensa em trabalhos anteriores como "Quase Nada é Verdade" e "As Bruxas de Salém", ambos dirigidos por Portella com atores de Juiz de Fora. Porém, nesse espetáculo, o diretor de "O Cego e o Louco" e "Uma História Oficial" tem um audacioso desafio: conduzir 23 atores nas cinco histórias que compõem a trama: relações para lá de delicadas, contraditórias, obsessivas e até impossíveis.

"Queríamos, desde o início, mergulhar no universo quase mítico da Rua Floriano Peixoto - parte baixa, em sua má fama em relação à prostituição e marginalidade", explica Portella, que também assina a dramaturgia, com colaboração de Rafael Coutinho. "Quando disse para o elenco que íamos fazer a peça num prédio da Floriano, alguns atores reagiram logo: 'Será que o público vai lá à noite?'. Isso me chamou a atenção e me estimulou a aproveitar o tal estigma para impulsionar a criação do espetáculo", conclui.

Os ingressos estão sendo vendidos na sede do OANDARDEBAIXO (Floriano Peixoto, 37), pela internet (www.sympla.com.br) ou pelo telefone: (32)98861-4167. A classificação indicativa é de 18 anos.
Rodrigo Portella

Natural de Três Rios, município do Rio de Janeiro, o autor e diretor Rodrigo Portella dirigiu 23 espetáculos, recebeu mais de 150 prêmios em festivais de teatro nacionais e internacionais, teve duas indicações ao Prêmio Shell (RJ) 2013, Melhor Direção por “Uma história Oficial” e Melhor Texto por “Antes da Chuva”, além de ser indicado ao Prêmio APTR 2010 pelo espetáculo “Na solidão dos campos de algodão”.

Entre 1996 e 2008, morou na Cidade do Rio de Janeiro, período em que cursou Direção Teatral na UNIRIO, publicou o livro “Trilogia do Cárcere” e dirigiu boa parte de seus espetáculos. Em 2010, decide retornar para a sua cidade natal, onde fundou a Cia Cortejo. Paradoxalmente, é esse retorno que impulsiona com mais força sua carreira. Com a Cia Cortejo, percorreu 84 cidades brasileiras pelo projeto Palco Giratório em 2015, além quatro países.

Atualmente trabalha na produção do seu mais novo espetáculo "Alice Mandou Um Beijo" que tem re-estréia marcada para o dia 22 de Setembro no Teatro Gláucio Gil em Copacabana.

Fonte: Assessoria
Diário Regional JF

Adolescente é apreendido por tráfico de drogas no bairro Vila Esperança

Douglas Ribeiro 05 Agosto 2016 19:16

Um adolescente de 15 anos foi apreendido por traficar drogas na madrugada dessa sexta-feira, 5, na Rua Custódio Lopes de Mattos, no bairro Vila Esperança, zona Norte. 
Durante operação pelo bairro, a equipe da Polícia Militar recebeu a informação que o adolescente estaria guardando entorpecentes em sua casa. 
Após a autorização do pai do adolescente, os policiais realizaram buscas pela casa e encontraram 26 buchas de maconha e uma balança. 
O jovem relatou que teria adquirido o material de um morador do bairro Monte Castelo pelo valor de R$ 100. 
Foi dada a voz de apreensão em flagrante e o adolescente foi, acompanhado do pai, encaminhado para a delegacia.
Diário Regional JF

Polícia Militar apreende pés de maconha e arma com a numeração raspada no bairro Cidade Sol

Um estabelecimento comercial localizado na Rua Silva Mello, no bairro Cidade do Sol, zona Norte, foi assaltado na noite dessa quinta-feira, 4. 
Segundo o relato da vítima de 40 anos, ela estava no caixa do seu estabelecimento quando dois indivíduos de jaqueta camuflada entraram no local e anunciaram o assalto, levando R$ 200 e o celular da vítima. Um dos autores deu um tiro para o alto enquanto fugia. 
Após a vítima reconhecer um adolescente de 17 anos e um jovem de 18 anos como autores do crime, a viatura policial foi até a casa do jovem. Segundo o jovem, ele cometeu o assalto com um outro adolescente de 17 anos e arma utilizada para cometer o crime, foi emprestada por um jovem de 20 anos e que já havia devolvido, no local foi encontrado parte do dinheiro roubado e o celular da vítima. 
A equipe da PM foi até a casa desse outro jovem, que estava sentando na porta da sua residência, e ao avistar a viatura, jogou a arma em um matagal e entrou em luta corporal com os policiais. 
Foram encontrados no local, uma bucha de maconha, dois papelotes de cocaína, duas pedras de crack, dois pés de maconha, R$ 105,50 e um revólver calibre 32 com numeração raspada e três cartuchos.
Diário Regional JF

Trio é preso após agredir vítima e roubar residência na Av. Rio Branco

Mathews Moura 04 Agosto 2016 17:02

Foto: Jéssica Pereira

Três homens, um de 21 e dois de 18 anos, foram presos na manhã desta quinta-feira, na Avenida Barão do Rio Branco, no bairro Alto dos Passos, região Sul de Juiz de Fora. De acordo com informações da Polícia Militar (PM), um pedestre percebeu os indivíduos em atitude suspeita saindo de uma residência e acionou a PM via 190. Os policiais compareceram ao local e constataram que os indivíduos roubaram a referida residência. Os autores portavam um simulacro de arma de fogo.

A vítima relatou aos policiais que os assaltantes foram até a sua residência por volta da 09h, pediram um copo d'água e ficaram observando de forma suspeita os detalhes do imóvel. Depois disso, os indivíduos retornaram por volta das 11h30 e anunciaram o roubo. A vítima foi levada para um quarto e foi agredida com vários socos na cabeça. Os autores quebraram o telefone do imóvel e fugiram do local com uma luneta e utensílios domésticos de prata e banhados a ouro, avaliados em um total de R$8 mil.

Ainda segundo a PM, o grupo que se intitula como “Bonde dos Flechinha” já é conhecido no meio policial pela prática de furtos a residências e porte ilegal de arma de fogo.

MPF diz que Lula "participou ativamente de esquema criminoso" na Petrobras

05/08/2016 16h59
Brasília
Michèlle Canes - Repórter da Agência Brasil

O Ministério Público Federal (MPF) entregou à Justiça Federal do Paraná uma manifestação na qual defende que o juiz Sérgio Moro tem competência para julgar os processos que tratam do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A manifestação de 70 páginas é uma resposta à ação apresentada pela defesa do ex-presidente, que questiona a competência do juiz.
O juiz federal Sergio Moro é o responsável pela investigação da Operação Lava JatoFabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

No documento, o MPF diz que o ex-presidente tinha ciência do esquema criminoso, investigado pela Operação Lava Jato, e que participou ativamente.

“Nesse sentido, contextualizando os fortes indícios abaixo detalhados, diversos fatos vinculados ao esquema que fraudou as licitações da Petrobras apontam que o ex-Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tinha ciência do estratagema criminoso e dele se beneficiou”, diz o texto. “Nessa toada, considerando os dados colhidos no âmbito da Operação Lava Jato, há elementos de prova de que Lula participou ativamente do esquema criminoso engendrado em desfavor da Petrobras, e também de que recebeu, direta e indiretamente, vantagens indevidas decorrentes dessa estrutura delituosa”, afirmam os procuradores.

O MPF relata que o esquema durou até pelo menos 2014 e foi feito pagamento de vantagens indevidas “por meio de doações eleitorais via ‘caixa dois’”. Segundo os procuradores, uma das maneiras adotadas para repassar a propina era o pagamento de doações eleitorais.

“Nesse âmbito, considerando que uma das formas de repasse de propina dentro do arranjo montado no seio da Petrobras era a realização de doações eleitorais, impende destacar que, ainda em 2005, Lula admitiu ter conhecimento sobre a prática de ‘caixa dois’ no financiamento de campanhas políticas”, diz.

De acordo com o MPF, em depoimento à Polícia Federal, Lula também mencionou a indicação de nomes para cargos na Petrobras.

“Além disso, conforme recente depoimento prestado à Polícia Federal, reconheceu que, quanto à indicação de diretores para a Petrobras ‘recebia os nomes dos diretores a partir de acordos políticos firmados’. Ou seja, Lula sabia que empresas realizavam doações eleitorais ‘por fora’ e que havia um ávido loteamento de cargos públicos. Não é crível, assim, que Lula desconhecesse a motivação dos pagamentos de ‘caixa 2’ nas campanhas eleitorais, o porquê da voracidade em assumir elevados postos na Administração Pública federal, e a existência de vinculação entre um fato e outro”.

O MPF afirmou ainda que, mesmo após o fim do mandato, o ex-presidente “foi beneficiado direta e indiretamente por repasses financeiros de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato”. “Rememore-se que, no âmbito desta operação, diversos agentes públicos foram denunciados por receber vantagem indevida mesmo após saírem de seus cargos. Além disso, é inegável a influência política que Lula continuou a exercer no Governo Federal, mesmo após o término de seu mandato (encontrando-se até hoje, mais de cinco após o fim do seu mandato com a atual Presidente da República). E, por fim, não se esqueça que diversos funcionários públicos diretamente vinculados ao esquema criminoso, como os Diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Renato Duque, foram indicados por Lula e permaneceram nos cargos mesmo após a saída deste da Presidência da República.”

Defesa

Por meio de nota, a defesa do ex-presidente alega que a manifestação entregue pelo MPF “não é uma peça técnica, porque a discussão no incidente processual em que foi apresentada era exclusivamente em torno da impossibilidade de o juiz Sergio Moro, de Curitiba, querer ser o juiz universal do Brasil”.
Defesa de Lula diz que Moro quer ser "juiz universal do Brasil"
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

De acordo com a defesa, as afirmações feitas sobre o ex-presidente têm o objetivo de “encobrir a falta de argumentos do MPF sobre a incompetência da Vara de Curitiba para conduzir o caso”. A nota diz ainda que desde março os procuradores têm feito declarações “difamatórias" contra o ex-presidente.

“A verdade é que o Ministério Público Federal submeteu Lula e seus familiares a uma indevida devassa e verificou que o ex-presidente não cometeu qualquer crime. Mas, ao invés de seus membros reconhecerem inocência de Lula, querem condená-lo por meio de manchetes dos jornais e revistas”, diz o texto.

Para os advogados, a investigação da Operação Lava Jato com relação ao ex-presidente não está compatível com os direitos fundamentais e que a divulgação do documento entregue pelo MPF à imprensa “não pode ser vista senão como ato de retaliação ao comunicado dirigido à ONU e mais um passo na perseguição política contra Lula”, finaliza a nota, assinada pelos advogados Cristiano Zanin Martins e Roberto Teixeira.

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil