sábado, 6 de agosto de 2016

Juiz de Fora será base da Esquadrilha da Fumaça durante Olimpíada

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03/08/2016 20h08 - Atualizado em 03/08/2016 20h08

Do G1 Zona da Mata

Juiz de Fora vai ser a base da Esquadrilha da Fumaça até o fim da Olimpíada. Os aviões chegaram nesta quarta-feira (3) ao aeroporto da Serrinha.

São sete aviões modelo A29 super-tucano e outro de apoio da Força Aérea Brasileira (FAB). A cidade foi escolhida para ser sede da Esquadrilha da Fumaça no período da Olimpíada por causa da proximidade com o Rio de Janeiro.

[Juiz de Fora] tem um aeroporto mais tranquilo, tráfego aéreo também. A logística para gente ficaria melhor aqui", disse o tenente-coronel da Esquadrilha da Fumaça, Líbero Onoda Luiz Caldas.

A comitiva é formada por 50 militares, entre oficiais, equipe de apoio e soldados. Eles ficam até o dia 23 de agosto em Juiz de Fora e nesse tempo os deslocamentos serão só para apresentações nos jogos olímpicos.

Em Brasília, mães participam da Hora do Mamaço para incentivar aleitamento

06/08/2016 18h40
Brasília
Kelly Oliveira – Repórter da Agência Brasil
Brasília - Na 15ª Semana Mundial de Amamentação, grupo de mães se reúne em Brasília para amamentar seus bebês simultaneamente em público e, com isso, chamar a atenção para a importância de amamentar 
Valter Campanato/Agência Brasil

Em comemoração à Semana Mundial de Aleitamento Materno de 2016, cerca de 100 pessoas participaram hoje (6), em Brasília, da Hora do Mamaço, evento que reúne mães e seus bebês para mostrar que amamentar é um ato natural. O movimento surgiu na França em 2006 durante um encontro de mães que tiveram a ideia de amamentar simultaneamente seus bebês e chegou ao Brasil em 2012, durante as comemorações da Semana Mundial do Aleitamento Materno.

Brasília - A educadora perinatal e doula Bianca Puglia fala sobre o mamaço em Brasília, por ocasião da 15ª Semana Mundial de Amamentação 
(Valter Campanato/Agência Brasil)

No mesmo horário, em diversas cidades do país e do mundo, mães se reúnem em locais públicos para amamentarem seus bebês, após mobilização em redes sociais. A doula e educadora perinatal Bianca Puglia, organizadora do evento em Brasília, disse que o objetivo é estimular a amamentação e conscientizar a sociedade que amamentar é um ato natural. “A ideia é tirar esse ranço de que amamentar tem que ser com um paninho, em área isolada. Não é um ato vergonhoso. É natural do ser humano”, disse.

A psicóloga Ana Clara Mendes, 32 anos, participou do evento e disse que já sofreu discriminação ao amamentar em um restaurante. Ela conta que percebeu olhares e comentários de alguns homens. “Meu marido ouviu um deles falando: 'Se fosse minha mulher...'”, contou Ana Clara, mãe da Beatriz de 10 meses.

Para Ana Clara, é importante participar do evento para conversar com outros pais e também para valorizar o aleitamento materno. “Em alguns lugares a gente acaba sendo julgada e há pessoas que perguntam até quando vou amamentar meu filho. É até a idade que a gente quiser”, disse Ana Clara, que foi uma das mães que expuseram produtos relacionados à maternidade e aos bebês e participaram do encontro.

A funcionária pública Cléa Salles, 36 anos, levou a filha de quatro anos e o filho de um mês para o evento. Ela contou que a primogênita mamou até um ano e oito meses e destacou que amamentar é bom para a saúde do bebê. “A imunidade do bebê fica melhor. É simples, natural, não precisa levar comida ao sair”, disse.

No Distrito Federal, estão marcados outros cinco mamaços: no Jardim Botânico de Brasília (12/8), na Praça da Igreja Matriz de Planaltina (14/8), no Parque Jequitibás em Sobradinho (17/8), na Praça do Relógio, em Taguatinga (18/8) e no Pontão do Lago Sul (27/8).


Brasília - Um grupo de mães brasilienses se reúne para amamentar seus bebês simultaneamente, em público, e, com isso, chamar a atenção da sociedade para a importância do ato de amamentar (Valter Campanato/Agência Brasil)

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

Número de atletas militares brasileiros nos Jogos é o maior da história

06/08/2016 17h22
Rio de Janeiro
Cristina Indio do Brasil – Repórter da Agência Brasil
O atleta do Exército Felipe Almeida Wu, de 23 anos, alcançou a primeira medalha para o Brasil, de prata, na prova de pistola de ar 10 metros 
Valdrin Xhemaj/Agência Lusa/Direitos Reservados

Os Jogos Rio 2016 têm o maior número de atletas militares brasileiros da história das Olimpíadas. São 145 atletas, entre os 465 que integram a delegação, com a perspectiva de conquistar dez medalhas, em 27 modalidades esportivas. Na Olimpíada de Londres, em 2012, de uma delegação de 259 atletas, 51 eram militares, que competiram em 12 modalidades, entre elas atletismo, esgrima, tiro, natação, pentatlo, judô é taekwondo. Naquele ano, eles conseguiram 5 medalhas, incluindo a de ouro da judoca Sarah Menezes. Nos jogos atuais, no Brasil, só no judô 100% dos atletas são militares, sendo sete homens que integram o quadro temporário do Exército e sete mulheres que são da Marinha.

“Tenho esperança de medalhas em todas, mas se tivesse que apontar as modalidades em que nós temos expectativas mais favoráveis, eu diria, vela, judô, no tiro e vôlei de praia”, disse à Agência Brasil o diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, almirante Paulo Zuccaro. “Agora diversificamos e estamos presentes em outras modalidades”

O diretor afirmou que o número de militares nos Jogos de 2016 foi além da expectativa. “Tínhamos que ter colocado 100 atletas na delegação e ultrapassamos em 45% esta meta, que já era ambiciosa. Estamos muito felizes e é um indicador claro do sucesso do nosso programa. É a qualidade deste programa que permitiu o crescimento tão importante assim”, disse.

Os atletas fazem parte do Programa Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa e recebem a remuneração mensal em torno de R$3,2 mil, por causa da graduação, na maioria deles, de terceiro sargento. “Eles também podem ter outras fontes de recursos, por exemplo, muitos deles também recebem a bolsa atleta e não há nenhum inconveniente nisso. Outros têm patrocínios de empresas e estas coisas compõem o total da remuneração deles. Não há nenhuma proibição de que tenham outras fontes de renda”, informou.

Para o diretor o crescimento no número de atletas foi resultado também da parceria entre os ministérios da Defesa e do Esporte, que investe nas instalações esportivas. “Isso também é determinante para o sucesso do programa”.

O almirante acrescentou que, além deste salário, o atleta pode ter uma bolsa atleta e, ainda, patrocínio. Para o diretor, mais do que a questão salarial, para o atleta é importante a infraestrutura de que dispõe nas unidades das Forças Armadas. “Temos uma retaguarda em apoio, com serviço de assistência médica muito bom, das três Forças Armadas, e as instalações esportivas são excelentes. Temos apoio de fisioterapeutas, nutricionistas e psicólogo. Toda parte de ciência do esporte está disponível para esses atletas”, afirmou. “Não é apenas a questão salarial, mas tudo mais que a gente pode fazer por esses grandes brasileiros, por esses atletas que estão dando essa contribuição para o esforço olímpico nacional”.

Atletas de alto rendimento

A jogadora Wélissa de Souza Gonzaga, a Sassa, que já fez parte da seleção brasileira de vôlei de quadra, é uma das atletas de alto rendimento das Forças Armadas. Ela afirmou que esperou ser publicado o edital para concorrer a uma vaga no Exército e agora está ansiosa para poder participar dos Jogos Mundiais Militares. Para a jogadora, que entrou para o programa este ano e ainda tem prazo para permanecer por mais oito, é bom ser atleta militar, porque além de contar com a estrutura, pode conciliar a vida com o clube.

“Eu encerrei o meu ciclo com a seleção brasileira de vôlei, então é uma oportunidade que eu tenho de disputar campeonatos internacionais. A gente sabe da força que têm os jogos mundiais militares, é uma competição que para mim é uma mini-olimpíada, reúne várias modalidades e atletas do mundo inteiro. É uma motivação a mais para a minha carreira.”

Para quem disputou duas olimpíadas, agora é o momento de torcer pela seleção do lado de fora da competição. “Para mim agora só resta torcer. Tive oportunidade de disputar duas olimpíadas, foram fantásticas, em 2004 e 2008, e é uma experiência que é o momento maior de todo atleta. A gente sabe que vai existir a cobrança, aqui no Brasil. É a maior delegação já enviada para uma Olimpíada. Espero que o Brasil faça um bom papel, que corra tudo bem nessa olimpíada e que venham muitas medalhas.

O triatleta Juraci Moreira, que participou das Olimpíadas de 2000, 2004 e 2008 também é um atleta militar de alto rendimento. Ele informou que, desde 2009, conta com a estrutura do Centro de Treinamento do Exército, na Urca, zona sul do Rio. Além disso, destacou a decisão do Time Brasil de considerar o centro como o principal local para treinamento dos atletas da delegação brasileira. “Esse cuidado de ter um local reservado vai fazer diferença na fase de competição., A gente fala muito de legado e tudo que está aqui é um legado. Vai ficar para as próximas gerações”, disse. Juraci já está indo para o último ano do programa.

De acordo com o Ministério da Defesa, para garantir uma delegação competitiva na 5ª edição dos Jogos Mundiais Militares, em 2011, no Rio de Janeiro, a Marinha e o Exército incorporaram em seus quadros os atletas do Time Brasil. O resultado foi a conquista do primeiro lugar no quadro de medalhas, com 114 medalhas dentre os 111 países participantes. Conforme o ministério, atualmente, 670 militares fazem parte do programa, sendo que 76 são militares de carreira e outros 594 temporários. “Nós hoje já somos potência militar desportiva. O Brasil divide com a China e a Rússia o lugar mais alto dos países de elevado nível no desporto militar”, disse o diretor.

Paralímpicos

O almirante afirmou que não existem atletas para competir nos Jogos Paralímpicos. Segundo ele, as Forças Armadas estão começando um programa para militares com deficiência física adquirida e este pode ser o caminho para no futuro ter atletas paralímpicos entre os militares. “É um projeto que está muito no seu início. Hoje tem como componente principal a questão social, mas se o projeto prosperar, e a gente conseguir descobrir talentos neste projeto, certamente ofereceremos ao desporto paralímpico”, acrescentou.

Edição: Maria Claudia
Agência Brasil

Líderes do MSTS têm vida luxuosa graças ao tráfico, segundo a polícia

MSTS é um braço do PCdoB que age nas grandes cidades

Deu no Correio Braziliense

As investigações da polícia paulista indicam que os líderes do MSTS (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) presos na Operação Marrocos tinham uma vida de conforto e luxo, graças ao dinheiro do tráfico de drogas. “O MSTS foi criado para disfarçar a atuação de uma organização criminosa”, disse o delegado Ruy Ferraz Fontes, chefe do Departamento de Narcóticos (Denarc).

Secretário-geral do MSTS, Wladimir Ribeiro Brito foi preso ontem em Maceió, em Alagoas, onde passava férias com a namorada. Segundo as investigações, ele desviou cerca de R$ 70 mil do PCC para comprar uma casa para a companheira e estava sendo cobrado pela facção. Brito havia chegado na cidade no dia 28.

Nas redes sociais, ele aparece em carros de luxo – várias fotos em veículos diferentes foram publicadas em 2015 na sua página no Facebook. O suspeito, porém, já cancelou a conta. Alguns veículos dele foram apreendidos pela Polícia Civil.

CRACOLÂNDIA – Para os investigadores, Ribeiro organizava encontros dos chefes do PCC que atuavam na Cracolândia. As reuniões aconteciam no 12 º andar do Cine Marrocos. Em um grampo, ele aparece negociando com uma traficante – que o chama de “patrão”. “Eu nem comprei maconha nessa semana para não me comprometer”, diz no áudio.

Já o coordenador-geral, Robinson Nascimento dos Santos, foi preso em casa, no Jabaquara, zona sul da capital. Segundo a Polícia Civil, o imóvel é de classe média alta e Santos também seria dono de uma casa de shows, chamada “Caldeirão”. Ele é acusado de coordenar a distribuição de drogas na região da Cracolândia, bem como de cuidar da contabilidade dos criminosos

CABO ELEITORAL – O Estado apurou que Santos seria cabo eleitoral do candidato a vereador Manolo Wanderley, do PCdoB. Segundo as investigações, Santos recebeu dinheiro para captar votos dos moradores da ocupação no Cine Marrocos. A direção estadual do partido informou que não localizou o responsável pelo diretório municipal para comentar o caso.

A vice-presidente do movimento, Lindalva Silva, também foi presa em casa, no bairro da Saúde, zona sul. Para a polícia, ela participava da contabilidade do tráfico e da distribuição do crack. “A vice-presidente mora em uma casa de alto padrão”, afirma Fontes. Segundo ele, nenhum líder do movimento morava nas ocupações. Todos têm imóveis e outros bens. A reportagem não localizou representantes do MSTS para comentar o caso.

Para a Polícia Civil, os integrantes da diretoria são ligados ao Primeiro Comando da Capital (PCC) e nunca atuaram na área de habitação. “O único interesse era o tráfico de drogas e estruturar o PCC dentro dos movimentos de moradia”, afirmou Fontes.

Alvo da operação, o prédio do Cine Marrocos seria o quartel-general do PCC na Cracolândia. Lá, criminosos se reuniam para contabilizar o dinheiro e definir o que fariam com traficantes devedores.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O MSTS foi criado pelo PCdoB, que há décadas invade e ocupa prédios públicos e privados nas principais cidades do país. Este tipo de ação criminosa de cunho social não é combatido pelas autoridades. Há ocupações que se eternizam. O caso do prédio do Cine Marrocos só teve intervenção da polícia por causa da atuação dos traficantes no local. Apenas isso.(C.N.)

Tudo dentro da lei, é melhor convocar logo novas eleições


Charge do Duke (dukechargista.com.br)

Carlos Chagas

Acontecerá o quê na hipótese de o Tribunal Superior Eleitoral considerar nula a eleição de Dilma Rousseff e Michel Temer em 2014? Primeiro, que a decisão será submetida ao Supremo Tribunal Federal, que poderá confirmar a sentença ou revogá-la. Levará algum tempo para essa manifestação, mas supondo a concordância da mais alta corte nacional de justiça com o TSE, Michel Temer também estará fora, devendo deixar o palácio do Planalto. Nesse caso, para completar o mandato que foi de Dilma e depois de Temer, assumirá o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, ou será considerado eleito o segundo colocado na última eleição presidencial, Aécio Neves?

Loucura, concluirão os observadores, mas juridicamente perfeita, cabendo à Justiça decidir. Pelo inusitado da situação, a única saída será a realização de imediatas eleições presidenciais, coisa que ficará na órbita do Congresso. Votada a emenda constitucional respectiva, já estarão os candidatos na rua. Dezenas deles, do Lula ao Tiririca.

Tem limite o tropel do cavalo branco da imaginação. O país não aguentaria. Entraria em parafuso até mesmo a fundamental herança a nós deixada pelos colonizadores portugueses, o milagre da unidade nacional.

Sendo assim… Sendo assim, melhor que deputados e senadores realizem logo a etapa derradeira: convoquem logo eleições gerais para presidente da República. Tudo dentro da lei.

VEXAME – O selecionado brasileiro de futebol amador não conseguiu passar do zero a zero com a África do Sul. Amanhã, enfrentará o Iraque. Mantido o vexame anterior, ou piorado com uma derrota, melhor fechar para balanço.

Posted in C. Chagas

Handebol feminino do Brasil estreia com vitória sobre a campeã olímpica Noruega

06/08/2016 11h23
Brasília
Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil
Brasil vence no handebol a atual campeão olímpica, Noruega, por 31 a 28 Marijan Murat/Agência Lusa/Direitos Reservados

O Brasil estreiou hoje (6) no handebol com vitória sobre a atual campeã olímpica, Noruega, com o placar de 31 a 28. A partida começou às 9h30, na Arena do Futuro, no Parque Olímpico, no Rio de Janeiro. O destaque foi a central Ana Paula. 

A Noruega foi a responsável pela eliminação do Brasil nas quartas de final dos Jogos Olímpicos de Londres. No grupo A, além da Noruega, o Brasil encontrará, na primeira fase, Romênia, Espanha, Angola e Montenegro.

O Brasil terminou o primeiro tempo em vantagem (17 a 16). No segundo tempo, Ana Paula abriu o placar com arremesso pela lateral. Aos 6 minutos do segundo tempo, a Noruega alcançou o Brasil pela primeira vez no jogo (18 a 18). Um minuto depois, o Brasil retomou a liderança.

A seleção brasileira feminina de handebol busca uma medalha inédita nas Olimpíadas. As meninas do Brasil, que conquistaram o título mundial de 2013, estão entre as favoritas.

Um dos destaques é a ponta direita Alexandra Nascimento, eleita a melhor do Mundo em 2012. O timpe reúne nomes como o de Ana Paula, que joga como cental e integrou a seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de 2008 e 2012, além de ter sido campeã com a seleção em 2013.

Handebol

O handebol estreou para os homens nos Jogos Olímpicos em Berlim 1936, na modalidade de campo, disputado com 11 jogadores por equipe. O esporte logo mudou para os ginásios, tendo uma diminuição para sete jogadores por equipe.

Nos Jogos do Rio, 12 seleções masculinas e 12 femininas disputam o pódio. As equipes serão divididas em dois grupos, jogando entre si. As quatro melhores de cada grupo se classificam para as quartas de final.

Edição: Talita Cavalcante
Agência Brasil

Abertura da Rio 2016 exalta diversidade, mistura ritmos e tem voo do 14 Bis

05/08/2016 20h47
Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

A cerimônia de abertura dos Jogos Rio 2016 iniciou exaltando uma das principais características do Rio de Janeiro: a combinação entre áreas verdes e urbanas. A cidade possui duas grandes reservas ambientais, a Floresta da Tijuca e o Parque Estadual da Pedra Branca, e imagens aéreas mostraram a proximidade desses espaços em um videoclipe com a música Aquele Abraço, cantada por Luiz Melodia, que o público acompanhou nos versos mais famosos.

Após a projeção das primeiras imagens, foi anunciado o presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Thomas Bach. Pelo protocolo, estava previsto também o anúncio do presidente interino Michel Temer, o que não ocorreu. 

O cantor Paulinho da Viola emocionou o público com uma interpretação do Hino Nacional em um palco inspirado nas formas do arquiteto Oscar Niemeyer. Ao violão, o cantor foi acompanhado por uma orquestra de cordas. A bandeira do Brasil foi hasteada pelo Comando de Policiamento Ambiental do Rio de Janeiro e 60 bandeiras foram carregadas por 50 atletas iniciantes e estrelas do esporte como Virna, Robson Caetano, Maureen Maggi e Flávio Canto.

A festa seguiu com uma homenagem ao "espírito da gambiarra", definido pelos organizadores como "o talento para fazer algo grande a partir de quase nada". Nessa parte da abertura, a arte geométrica brasileira foi homenageada, como referências a Athos Bulcão, geometria indígena, estampas africanas e azulejos portugueses. As duas mensagens mais importantes da cerimônia, a paz e a sustentabilidade, vieram logo em seguida, com a transformação do símbolo da paz em uma árvore.

Logo depois, a cerimônia voltou no tempo, ao nascimento das imensas florestas que cobriam o Brasil na chegada dos portugueses. Do começo da vida, a homenagem avança até a formação dos povos indígenas, cuja entrada foi representada por 72 dançarinos das duas grandes agremiações do Festival de Parintins, os Bois Caprichoso e Garantido.

A chegada dos europeus em caravelas, o desembarque forçado dos africanos escravizados e a migração de árabes e orientais ao país foi representada após, com pessoas que descendem de cada um desses grupos.

Grupos de parcour atravessaram o palco e pularam sobre telhados de prédios na parte da cerimônia que destacou a urbanização do Brasil contemporâneo, concentrada em grandes cidades. Ao som do clássico Construção, de Chico Buarque, acrobatas desafiaram as fachadas dos prédios e montaram uma parede, de trás da qual o avião 14 Bis saiu ao som de Samba do Avião, com um ator interpretando o inventor Santos Dumont.

O avião voou pelo Maracanã e a bossa nova continuou a dar o tom da festa com a exaltação das curvas do Rio de Janeiro, que inspiraram Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Oscar Niemeyer e o paisagista Roberto Burle Marx.

Giselle Bündchen interpretou a Garota de Ipanema e desfilou no Maracanã, enquanto Daniel Jobim, neto do maestro, tocava o clássico. Por onde passava, Giselle desenhava curvas que formavam obras de Niemeyer, como a Igreja da Pampulha e a Catedral de Brasília.

Depois de Ipanema, as favelas foram representadas com um show de ritmos como o samba e o funk, que reuniu as cantoras Elza Soares, que interpretou o Canto de Ossanha, e Ludmilla, com oRAP da felicidade ao lado de dançarinos de passinho. O rapper Marcelo D2 e o cantor Zeca Pagodinho simularam um duelo de ritmos, representando a diversidade da música do Rio de Janeiro.

A partir daí, a importância dos negros na cultura brasileira ganhou destaque com as rappers Karol Conka e McSofia, de apenas 12 anos. Manifestações culturais como o maracatu, os bate-bolas e o bumba-meu-boi também dividiram o espaço no palco do Maracanã e o treme-treme, do Pará, foi representado pela Gang do Eletro.

A diversidade era representada no palco em tom de disputa até que a conciliação veio com Jorge Ben Jor e a frase: "Vamos procurar as semelhaças e celebrar as diferenças". O cantor foi a atração seguinte, com o sucesso País Tropical, dançado por mais de mil bailarinos do baile charme de Madureira, festa tradicional na zona norte do Rio de Janeiro. O público cantou de pé trechos da canção. 


Rio de Janeiro - Cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos Rio 2016, no Maracanã (Reuters/Mike Blake/Direitos Reservados)

Edição: Carolina Pimentel
Agência Brasil

Show de luzes e mistura de ritmos dão o tom da abertura da Rio 2016

06/08/2016 01h01
Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
Rio será lembrado por uma cerimônia descolada, segundo produtor executivo da cerimônia, Marco Balich Reuters/Antonio Bronic/Direitos Reservados

Como haviam adiantado os diretores criativos da cerimônia de abertura, projeções e luzes foram os principais recursos tecnológicos utilizados na abertura dos Jogos Olímpicos. As projeções no chão do Maracanã criaram efeitos muito aplaudidos pelo público, como o voo do 14 Bis sobre o Rio de Janeiro, a transformação da floresta em um país tomado por plantações e grandes cidades e os traços arquitetônicos de Oscar Niemeyer no caminho da "Garota de Ipanema" Gisele Bündchen.

Os diretores criativos do espetáculo Daniela Thomas, Andrucha Waddington e Fernando Meirelles haviam anunciado que o recurso seria a grande aposta da cerimônia, devido a limitações impostas pelo estádio do Maracanã.

Ao contrário das aberturas anteriores, o Maracanã não é um estádio olímpico (não tem pista de atletismo), o que reduz o espaço disponível. O estádio também tem muitos lugares no nível do campo, o que impede que palcos elevados sejam montados para que equipamentos e acessórios possam ser retirados dos subsolos e escondidos depois. Para completar, o Maracanã tem portas de menos dois metros de altura, o que inviabiliza a entrada de grandes alegorias ou estruturas.

Todas essas dificuldades se somam ao orçamento reduzido da cerimônia do Rio. O valor não foi divulgado, mas, segundo os seus organizadores, é bem menor que das edições anteriores. O produtor executivo da cerimônia, Marco Balich, disse que Atenas foi marcante por ter sido clássica, Pequim teve uma abertura grandiosa, Londres fez uma festa inteligente e o Rio seria lembrado por uma cerimônia descolada. "É a festa mais legal em que eu trabalhei", disse ele, que também produziu a abertura dos Jogos de Inverno de Socchi, na Rússia.

Publico cantando
Uma dos momentos em que o público cantou junto foi quando foi tocada a música O Samba do Avião Reuters/Kai Pfaffenbach/Direitos Reservados

O público cantou junto com energia e se levantou no momento mais animado da festa, quando o cantor Jorge Ben Jor interpretou seu clássico País Tropical. O Rap da Felicidade, com seu conhecido verso "Eu só quero é ser feliz" foi outro momento em que a plateia do Maracanã participou. O voo do 14 Bis ao som de Samba do Avião também foi muito aplaudido.

O momento da entrada das delegações também arrancou muitos aplausos. Grandes delegações, como a americana, a francesa e a britânica levantaram mais a plateia, mas países como Cuba, Palestina e Haiti também foram bem aplaudidos. Com a primeira olimpíada em seu continente, países da América Latina como México, Paraguai, Peru e Uruguai foram calorosamente recebidos. A pequena delegação de Tonga chamou atenção com seu porta-bandeira sem camisa e com o tronco coberto de óleo. O lutador de taekwondo Pita Nikolas Taufatofua fez a plateia gritar quando sua imagem apareceu no telão do estádio.

Ex-metrópole do Brasil Colônia e terra de ancestrais de muitos brasileiros, Portugal fez um dos desfiles de maior destaque, com muitos aplausos, mas superados pelos recebidos pelo Time Olímpico de refugiados. O Brasil encerrou o desfile ao som de Aquarela Brasileira e fez tremer o estádio do Maracanã com gritos e palmas.

Voluntários

Cinco transexuais estavam entre os voluntários que levavam o nome de cada país em bicicletas. Os atletas passaram entre um corredor de pessoas vestidas como vendedores ambulantes das praias cariocas e cada um recebeu uma semente, que será plantada na área do Parque Radical, uma das instalações do Complexo Esportivo de Deodoro, onde será criada a Floresta dos Atletas.

Com a passagem de todas as delegações, os atletas depositaram suas sementes em torres espelhadas que depois revelaram os aros olímpicos, que eram formados por árvores. Uma queima de fogos encerrou o desfile.

Pira olímpica
A passagem das delegações também foi momento de emoçãoReuters/Stoyan Nenov/Direitos Reservados

O maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, único brasileiro consagrado com a medalha Pierre de Coubertin, acendeu a pira olímpica do estádio, depois de receber a tocha da jogadora de basquete Hortência e do tenista Gustavo Kuerten. Vanderlei foi atrapalhado por um espectador na maratona de Atenas, em 2004, quando estava em primeiro lugar. Mesmo assim, ele continuou e ficou com a medalha de bronze, o que foi considerado um ato de grandeza olímpica.

A pira das Olimpíadas do Rio tem uma pequena chama, que fica em frente da escultura do artista plástico Anthony Howe, formando um conjunto que representa o sol. A quantidade pequena de fogo, segundo a Rio 2016, faz da pira de 2016 uma chama de baixa emissão de carbono. O momento anterior à pira foi marcado por um grande desfile que trouxe as 12 escolas de samba do grupo especial do Rio de Janeiro e os cantores Anitta, Caetano Veoloso e Gilberto Gil, que embalaram a plateia ao som de Isso aqui, o que é?, de Ary Barroso.

A Bandeira Olímpica foi carregada por brasileiros que se destacaram no esporte, e o público aplaudiu com grande intensidade. Marta Vieira (futebol), Sandra Pires (vôlei de praia), Oscar Schmidt (basquete), Torben Grael (vela), Emanuel (vôlei de praia) e Joaquim Cruz (atletismo) carregaram o símbolo olímpico. Também conduziram a bandeira a juíza Ellen Gracie e a fundadora do Instituto Pró-Criança Cardíaca, Rosa Celia Pimentel Barbosa. O medalhista olímpico Robert Scheidt fez o juramento dos jogos, a parte em que os atletas se comprometem a competir sem recorrer à dopagem foi muito aplaudida.

Homenageado
A pira olímpica foi acessa pelo ex-maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima Reuters/Ruben Sprich/Direitos Reservados

O medalhista olímpico do Quênia Kip Keino foi o homenageado com a primeira Láurea Olímpica, prêmio concedido a contribuições prominentes ao olimpismo. A partir dos jogos do Rio de Janeiro, o prêmio se tornará uma tradição nas cerimônias de abertura, segundo o Comitê Olímpico Internacional.

O esportista do atletismo desenvolve um projeto social no Quênia em que dá assistência educacional e esportiva a jovens de comunidades pobres. "Meu humilde pedido a todos vocês, esportistas, é que se juntem a mim na ajuda a todos os jovens", disse o atleta. "Que todos tenham alimento, abrigo e educação".

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

Imprensa internacional elogia abertura da Rio 2016

06/08/2016 01h11
Brasília
Maiana Diniz – Repórter da Agência Brasil

A imprensa internacional acompanhou com atenção a cerimônia de abertura da Rio 2016, que foi comentada em tempo real nos principais sites de notícias do mundo. Na maior parte deles, a festa rendeu elogios.

Maioria da imprensa internacional elogiou a abertura da Rio 2016
Fernando Frazão/Agência Brasil

O argentino El Clarín disse que o Rio vibrou com uma festa cheia de música, cores e esporte. “A cerimônia de abertura foi uma exibição à altura da Cidade Maravilhosa. Havia ritmo e beleza em cada passo no estádio do lendário Maracanã”, avalia a publicação.

O norte-americano The New York Time disse que a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro chegou “como um salve” após todas as crises, políticas e econômicas, que o país enfrentou durante a organização dos jogos. Segundo a publicação, a festa disfarçou “as feridas por algumas horas e deixou os brasileiros celebrarem tudo”.

O jornal francês Le Monde chamou a cerimônia de inovadora e destacou que a abertura foi marcada por uma celebração da música brasileira. O jornal citou que o presidente interino do Brasil Michel Temer, ao falar no evento, foi recebido por vaias de uma parte “importante” do estádio do Maracanã.

Na página de cobertura ao vivo da BBC inglesa, o veículo se referiu à cerimônia como um “show espetacular”.

O inglês The Guardian destacou que há um contraste interessante entre a abertura da Rio 2016 e dos jogos de Beijing em 2008 e em Londres, em 2012. As duas cerimônias anteriores abordaram a história dos países-sede, enquanto no Rio a mensagem passada é de que “é preciso fazer algo sobre o meio ambiente ou podemos não ter muitos Jogos Olímpicos para celebrar no futuro”. 

Edição: Fábio Massalli
Agência Brasil

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

"Floriano Parte Baixa" conta histórias de amores marginais

Helena Lage Tallmann 03 Agosto 2016 06:03


Foto: Divulgação

Julia engravida para dar um filho a Reinaldo, seu amor de infância. Mas Reinaldo vai se casar com Jean, seu companheiro. Jean é presenteado com um tênis novo e caro depois de ir para a cama com Bernardo, um deputado às vésperas das eleições. Mas o filho de Bernardo é acusado de estupro pela filha do Pastor Daniel ao sair de uma boate. O pastor visita o lugar e conhece Leila, uma garota de programa. Leila sonha em ir para Miami fazer um filme com Carlos. Mas Carlos prefere Brenda, uma travesti que namora Junior, um viciado ciumento e apaixonado. Junior viu seu pai cometer suicídio e a mãe se envolver com três caras ao mesmo tempo. Um deles, um jovem bombeiro casado precocemente com a adolescente Gisele. Ao se separar do bombeiro, Gisele vai morar com a irmã e conhece a namorada dela: Flaví, uma francesa que interpreta canções de amor na boate da Floriano às madrugadas.

Floriano Parte Baixa é, antes de tudo, uma peça sobre contradições, uma escada para o subterrâneo. Num pequeno galpão da Rua Floriano Peixoto, cinco histórias são intercaladas numa trama que envolve amores, perdas, sonhos, crimes e sexo.

Carregado de drama e poesia, o espetáculo estreia dia 5 de agosto no OANDARDEBAIXO, novo espaço cultural de Juiz de Fora, e segue em temporada até 14 de agosto,com duas sessões nas sextas e sábados (19h e 21h) e uma única sessão aos domingos (20h).

Neste trabalho, fruto de um curso que Portella desenvolve na Casa de Cultura, o diretor investe ainda mais na proximidade entre público e atores. "Floriano Parte Baixa é uma peça para se ver de perto", afirma o diretor. "A plateia não é convidada a participar, mas o espectador pode se aproximar o quanto quiser da cena e do ator, sentir sua respiração, limpar suas lágrimas ou sentar-se com ele à mesa". Por isso, o espetáculo contará com apenas 45 espectadores por sessão.

Nada novo quando se pensa em trabalhos anteriores como "Quase Nada é Verdade" e "As Bruxas de Salém", ambos dirigidos por Portella com atores de Juiz de Fora. Porém, nesse espetáculo, o diretor de "O Cego e o Louco" e "Uma História Oficial" tem um audacioso desafio: conduzir 23 atores nas cinco histórias que compõem a trama: relações para lá de delicadas, contraditórias, obsessivas e até impossíveis.

"Queríamos, desde o início, mergulhar no universo quase mítico da Rua Floriano Peixoto - parte baixa, em sua má fama em relação à prostituição e marginalidade", explica Portella, que também assina a dramaturgia, com colaboração de Rafael Coutinho. "Quando disse para o elenco que íamos fazer a peça num prédio da Floriano, alguns atores reagiram logo: 'Será que o público vai lá à noite?'. Isso me chamou a atenção e me estimulou a aproveitar o tal estigma para impulsionar a criação do espetáculo", conclui.

Os ingressos estão sendo vendidos na sede do OANDARDEBAIXO (Floriano Peixoto, 37), pela internet (www.sympla.com.br) ou pelo telefone: (32)98861-4167. A classificação indicativa é de 18 anos.
Rodrigo Portella

Natural de Três Rios, município do Rio de Janeiro, o autor e diretor Rodrigo Portella dirigiu 23 espetáculos, recebeu mais de 150 prêmios em festivais de teatro nacionais e internacionais, teve duas indicações ao Prêmio Shell (RJ) 2013, Melhor Direção por “Uma história Oficial” e Melhor Texto por “Antes da Chuva”, além de ser indicado ao Prêmio APTR 2010 pelo espetáculo “Na solidão dos campos de algodão”.

Entre 1996 e 2008, morou na Cidade do Rio de Janeiro, período em que cursou Direção Teatral na UNIRIO, publicou o livro “Trilogia do Cárcere” e dirigiu boa parte de seus espetáculos. Em 2010, decide retornar para a sua cidade natal, onde fundou a Cia Cortejo. Paradoxalmente, é esse retorno que impulsiona com mais força sua carreira. Com a Cia Cortejo, percorreu 84 cidades brasileiras pelo projeto Palco Giratório em 2015, além quatro países.

Atualmente trabalha na produção do seu mais novo espetáculo "Alice Mandou Um Beijo" que tem re-estréia marcada para o dia 22 de Setembro no Teatro Gláucio Gil em Copacabana.

Fonte: Assessoria
Diário Regional JF