quarta-feira, 27 de julho de 2016

O sentimento do tempo, na visão do poeta Paulo Mendes Campos



Mário Assis Causanilhas 

Seguindo o exemplo de Carmen Lins, que lembrou na Tribuna da Internet uma maravilhosa crônica de Rubem Braga, segue aqui um poema de outro gênio da literatura brasileira, que também escrevia semanalmente na revista Manchete.

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SENTIMENTO DO TEMPO
Paulo Mendes Campos

Os sapatos envelheceram depois de usados
Mas fui por mim mesmo aos mesmos descampados
E as borboletas pousavam nos dedos de meus pés.
As coisas estavam mortas, muito mortas,
Mas a vida tem outras portas, muitas portas.
Na terra, três ossos repousavam
Mas há imagens que não podia explicar: me ultrapassavam.
As lágrimas correndo podiam incomodar
Mas ninguém sabe dizer por que deve passar
Como um afogado entre as correntes do mar.
Ninguém sabe dizer por que o eco embrulha a voz
Quando somos crianças e ele corre atrás de nós.
Fizeram muitas vezes minha fotografia
Mas meus pais não souberam impedir
Que o sorriso se mudasse em zombaria
Sempre foi assim: vejo um quarto escuro
Onde só existe a cal de um muro.
Costumo ver nos guindastes do porto
O esqueleto funesto de outro mundo morto
Mas não sei ver coisas mais simples como a água.
Fugi e encontrei a cruz do assassinado
Mas quando voltei, como se não houvesse voltado,
Comecei a ler um livro e nunca mais tive descanso.
Meus pássaros caíam sem sentidos.
No olhar do gato passavam muitas horas
Mas não entendia o tempo àquele tempo como agora.
Não sabia que o tempo cava na face
Um caminho escuro, onde a formiga passe
Lutando com a folha.
O tempo é meu disfarce.

Exposição gratuita sobre rodas chega a Juiz de Fora no dia 29 de julho

Helena Lage Talmann 27/07/2016 02:39

Foto: Divulgação

Uma verdadeira volta olímpica pelo Brasil. Com o objetivo de levar o espírito olímpico às cinco regiões do país e preparar a população para o maior evento esportivo mundial, o Grupo Bradesco Seguros, patrocinador e segurador oficial dos Jogos Rio 2016, promove o Museu Itinerante Se Prepara Brasil — O Caminho do Esporte até o Rio de Janeiro. A exposição sobre rodas, reunindo peças dos acervos do Comitê Olímpico Internacional (COI), do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê dos Jogos Rio 2016, além de coleções particulares, chega a Juiz de Fora na sexta-feira, 29 de julho, e estará aberta para visitação das 10h às 19h, na Praça Antônio Carlos, até o dia 31. A entrada é gratuita.

Em duas carretas com roteiros distintos, a exposição, que começou em 30 de abril e vai até 31 de julho, completará um percurso por 45 cidades em todo o território nacional. Juntos, os veículos, que partiram de Vitória (ES) e Goiânia (GO), percorrerão cerca de 30 mil quilômetros. Os trajetos se encontram em agosto, no Rio de Janeiro, onde o Museu Itinerante Se Prepara Brasil ficará exposto durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos nos Bulevares Olímpicos Parque Madureira e Porto Maravilha.

Dividido em cinco seções — “História”, “Esportes”, “História Brasileira”, “Curiosidades” e “Rio 2016” — o Museu Itinerante Se Prepara Brasil apresenta peças que retratam todas as edições dos Jogos Olímpicos da Era Moderna. Dentre os objetos, destacam-se as réplicas das medalhas de prata e bronze dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 1896, e da carta do Barão de Coubertin, criador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, na qual, em 1913, aparece pela primeira vez a imagem dos aros olímpicos; Tochas Olímpicas, pictogramas e medalhas de diversas edições; além de imagens de atletas brasileiros e internacionais, entre elas a equipe de tiro do Brasil nos Jogos da Antuérpia, em 1920, primeira vez que o país disputou o evento esportivo. Há também vídeos temáticos e totens interativos.

Fonte: Assessoria
http://www.diarioregionaljf.com.br/cultura

Homem de 58 anos morre atropelado por trem no Poço Rico

Leiliane Germano 27/07/2016 15:21

Atualização às 12h47

Um homem de 58 anos foi atropelado por um trem na travessa entre as ruas João Luiz de Barros e Professora Corina Erse, no bairro Poço Rico, região Sudeste, e morreu no local. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, a vítima não portava documentos e aparentava ter dificuldades de locomoção, já que uma muleta foi encontrada próxima ao corpo. A Polícia Militar (PM) afirmou que o homem era morador do bairro. Médicos do Samu compareceram ao local, mas o homem já estava morto. A MRS afirmou que realizou todos os procedimentos de segurança. 
Jornal Diário Regional JF

Jovem é assassinado com tiros na cabeça em Juiz de Fora

26/07/2016 18h16 - Atualizado em 27/07/2016 10h04

Do G1 Zona da Mata

Um jovem, de 20 anos, foi assassinado na tarde desta terça-feira (26), no Bairro Jardim Natal, em Juiz de Fora. De acordo com as informações da Polícia Militar (PM), o crime aconteceu por volta das 15h, na Rua Tenente Lucas Drumond, próximo ao número 585.

Ainda segundo a PM, a vítima foi executada com seis tiros na cabeça e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) compareceu ao local constatando o óbito. A Perícia comparedeu ao local e realizou os trabalhos de praxe.

A PM informou que testemunhas relataram que a vítima estava em um terreno baldio, próximo ao escadão que liga as ruas Tenente Lucas Drummond com Augusto Eckmam, quando foi chamado por um indivíduo e atingido por um disparo na face. O jovem caiu ao chão e foi atingido por mais cinco disparos.

Ainda segundo os policiais, as testemunhas disseram que o autor dos disparos era um adolescente, que não teve a idade divulgada. Ele foi apreendido e levado para o Centro Sócioeducativo em Juiz de Fora. A PM relatou que o motivo do crime seria uma desavença entre gangues.

terça-feira, 26 de julho de 2016

Paraná lança primeira campanha do país de vacinação contra dengue

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26/07/2016 20h35
Brasília
Aline Leal - Repórter da Agência Brasil

O estado do Paraná lançou hoje (26) campanha de vacinação contra a dengue, a primeira na rede pública do país. A imunização alcançará os 30 municípios do estado com maior circulação da doença.

A campanha começa em um sábado, 13 de agosto, também considerado Dia D da campanha, quando os postos de saúde das cidades contempladas ficarão abertos durante o dia. A vacinação segue por três semanas, até 31 de agosto, nas unidades básicas de Saúde dos municípios escolhidos. A meta do governo é imunizar pelo meno 80% do público-alvo.

A vacina tem três doses, que devem ser tomadas a cada seis meses. O público-alvo de 28 municípios incluirá pessoas entre 15 e 27 anos, faixa etária de 30% dos casos de dengue no Paraná. Em Paranaguá, no litoral, e em Assaí, na região norte, a faixa etária do público-alvo será dos 9 aos 44 anos, porque ambas as cidades têm incidência considerada muito elevada.

Anvisa
A fabricante da vacina, a francesa Sanofi Pasteur, garante que o produto tem eficácia de 60,8% contra os quatro sorotipos da doença, taxa de redução de hospitalização de 80,3% e diminuição de 95,5% de casos graves da dengue.

Desde ontem (25), quando foi divulgado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que a fabricante Sanofi Pasteur vai cobrar até R$138,53 pelo produto, a vacina pode ser comercializada no Brasil. O governo do Paraná promete investir R$ 50 milhões na compra de 500 mil doses para a primeira fase da campanha. 

Os casos de dengue no estado subiram de 41 mil, nos seis primeiros meses de 2015, para 71 mil no mesmo período de 2016.

Para o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunologia, Renato Kfouri, a população ganha ao ser imunizada contra o vírus. Porém, o infectologista questionou se, como ação de saúde pública, a campanha será mesmo eficaz.

Estratégia
“Quando a campanha é nacional dá uma cerca credibilidade e segurança de que terá continuidade. No entanto, uma estratégia isolada fica muito à mercê das gestões locais, dos interesses econômicos e políticos. Não tem muita segurança”, acrescentou.

Kfouri informou que escolher municípios que tiveram alto índice da doença é a melhor opção, já que nesses locais muita gente já está imune ao vírus porque já teve a doença.

O especialista afirmou que a escolha da estratégia de vacinação é muito complexa, pois é preciso determinar quais faixas etárias devem ser imunizadas para que haja impacto positivo e relevante na incidência da doença. Por isso, Kfouri considerou adequada a opção do Ministério da Saúde de não adotar imediatamente na rede pública nacional a vacina contra a dengue.

As cidades que terão campanha são:
São Sebastião da Amoreira
Leópolis
Paranaguá
Cambará
Foz do Iguaçu
Santa Terezinha de Itaipu
Maripá
São Miguel do Iguaçu
Boa vista da Aparecida
Tapira
Santa Isabel do Ivaí
Itambaracá
Cruzeiro do Sul
Santa Fé
Munhoz de Melo
Marialva
Paiçandu
São Jorge do Ivaí
Maringá
Mandaguari
Sarandi
Iguaraçu
Assaí
Ibiporã
Jataizinho
Porecatu
Bela Vista do Paraís
Cambé
Londrina
Sertanópolis

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Brasil terá time competitivo na Olimpíada mais disputada do handebol feminino

26/07/2016 15h05
Rio de Janeiro
Vinicius Lisboa - Repórter da Agência Brasil
A Seleção Brasileira Feminina de Handebol faz treino aberto na Escola de Educação Física do Exército, na Urca, zona sul da cidade.
Tomaz Silva/Agência Brasil

Com o som do mar ao fundo e a privacidade da Escola de Educação Física do Exército (Esefex), a Seleção Brasileira de Handebol Feminino se prepara para enfrentar a Olimpíada mais disputada dos últimos tempos. A avaliação é do técnico da seleção, o dinamarquês Morten Soubak.

Em entrevista logo após o treino de hoje (26), Soubak afirmou que a equipe vai entrar na Olimpíada e fazer o máximo possível. "Sabemos que temos uma equipe competitiva e que essa é a edição feminina de handebol mais forte da história da Olimpíada. Não tem mais aquele grupo de três ou quatro que vão levar as medalhas. Dessa vez, é um grupo grande", disse o técnico.

Morten Soubak fala após treino aberto na Escola de Educação Física do Exército Tomaz Silva/Agência Brasil

"Acho difícil termos uma equipe que vai ganhar todos os jogos e ir embora. Pode acontecer, mas é muito difícil, porque está muito equilibrado. Todos os amistosos e mundiais estão mostrando isso."

As primeiras adversárias do Brasil serão as bicampeãs olímpicas da Noruega, em 6 de agosto. O segundo jogo é contra a Romênia, seleção que desclassificou o Brasil no último mundial. O terceiro confronto é com a Espanha.

Às vésperas da Olimpíada, o Brasil treina pensando nos primeiros adversários e repetindo jogadas importantes. "Nosso ponto forte é a defesa", ressaltou o técnico.

Mais nova do time, a pivô Tamires, de 22 anos, destacou que o importante é se atentar aos detalhes. Sem se intimidar com as concorrentes, ela espera receber força da torcida e não hesita.

"Espero o ouro. Quando eu entro, não penso que estou jogando contra a melhor. Penso que sou uma das melhores e, por isso, estou aqui. Por isso, tento me concentrar bastante para ajudar a seleção brasileira".

A armadora Duda disse que uma parte do time brasileiro já tem contato com as norueguesas nos clubes em que atuam e concorda com Tamires.

"Será uma questão de detalhe, de quem está ali concentrado, quem vai aproveitar a última bola, quem vai roubar um passe a mais." Duda acha positivo que a Noruega seja o primeiro adversário.

Mais nova da equipe, a pivô Tamires Morena quer contar com o apoio da torcida
Tomaz Silva/Agência Brasil

"O primeiro jogo sempre é difícil, independente do adversário. As atletas tendem a ficar mais tensas e isso também acontece com o adversário."

Para Alexandra, que atua como ponta, a seleção tem recebido suporte psicológico para que jogar em casa não seja um peso, e sim uma vantagem.

Ela disse acreditar que o Brasil chega mais experiente nos jogos do Rio. Acrescentou que, no confronto contra a Noruega, na Olimpíada de Londres, o time não conseguiu administrar o jogo até o fim.

"A seleção brasileira já tem todos os requisitos. Agora é conseguir colocar em prática", concluiu a jogadora.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

ANTT autoriza reajuste de pedágios em rodovias do Sudeste e Centro-Oeste

26/07/2016 15h21
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

A ANTT autorizou reajuste nos pedágios das BRs-040 e 116.
 Em alguns trechos da BR-060 houve redução - Priscila Rangel/Agência Brasil

A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou hoje (26) o aumento das tarifas de pedágio da BR-040 e da BR-116. Na BR-040, que liga o Distrito Federal a Goiás e Minas Gerais, o valor do pedágio para a categoria 1, que inclui automóvel, caminhonete e furgão, vai passar de R$ 4,60 para R$ 4,80 nas praças de pedágio de Cristalina (GO), Paracatu (MG), Lagoa Grande (MG), João Pinheiro (MG), Canoeiras (MG), Felixlândia (MG), Curvelo (MG), Sete Lagoas (MG), Itabirito (MG), Conselheiro Lafaiete (MG) e Juiz de Fora (MG). Os novos valores começam a valer no próximo sábado (30).

Na BR-116, entre Rio de Janeiro e São Paulo, também conhecida como Rodovia Presidente Dutra, o pedágio foi reajustado de R$ 12,70 para R$ 13,80 nas praças de pedágio de Moreira César (SP), Itatiaia (RJ) e Viúva Graça (RJ).

Nas praças de pedágio de Arujá (SP), Guararema Norte (SP) e Guararema Sul (SP) o valor vai passar de R$ 3,10 para R$ 3,40, enquanto na praça de pedágio de Jacareí (SP) os valores aumentam de R$ 5,60 para R$ 6,10 Os valores entram em vigor na próxima segunda-feira (1º).

Redução no pedágio

A ANTT também determinou a redução da tarifa de pedágio em uma das praças da BR-060/153/262, entre o Distrito Federal, Goiás e Minas Gerais. Na praça de Goianópolis (GO), o pedágio será reduzido em R$ 0,10 a partir de amanhã (27), o que fará com que a tarifa para veículos leves passe de R$ 3,20 para R$ 3,10.

As demais praças do trecho concedido à concessionária Concebra terão o valor do pedágio inalterado. Nessa rodovia, o aumento do pedágio só poderá ser aplicado se a concessionária cumprir condicionantes como a aprovação de projetos e estudos técnicos e a realização de obras como o viaduto de interligação ao aeroporto de Goiânia e os contornos rodoviários de Goiânia e de Campo Florido.

Equilíbrio

Segundo a ANTT, as alterações nos valores dos pedágios têm por objetivo de manter o equilíbrio econômico-financeiro dos contratos firmados entre a agência e as concessionárias que administram as rodovias.

A BR-116/RJ/SP foi concedida à iniciativa privada em 1995 para exploração da infraestrutura pelo período de 25 anos. A concessão das rodovias BR-040/DF/GO/MG e BR-060/153/262/DF/GO/MG ocorreu em 2014 para exploração por 30 anos.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Vacina contra dengue já pode ser comercializada no Brasil

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26/07/2016 15h09
Brasília
Aline Leal – Repórter da Agência Brasil

Após sete meses registrada na Agência Nacional de Vigilância Sanitária, a vacina contra a dengue já pode ser comercializada no Brasil. O Comitê Técnico Executivo da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (Cmed) determinou que o preço da Dengvaxia, como é chamada a vacina da Sanofi Pasteur, vai variar entre R$ 132,76 e R$ 138,53, dependendo do ICMS adotado em cada estado.

O valor determinado pela Cmed será cobrado de clínicas, hospitais e distribuidores e deve ser bem diferente do que será cobrado pelo consumidor final. "Os valores para um mercado privado não refletem o que vai ser praticado. As clínicas tem taxa de aplicação, tem tributação da clínica, tem que pagar sua estrutura. Esse preço é muito longe do que o mercado vai trabalhar para o consumidor final. Esse é o preço de fábrica que a Sanofi vai colocar no comércio", explicou Renato Kfuri, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações.

De acordo com o infectologista, o produto é um avanço, considerando que o Brasil vivencia há muitos anos um grande problema de saúde pública devido ao vírus da dengue. Em 2016, até 11 de junho, mais de 1,3 milhão de pessoas tiveram dengue em todo o país e 318 pessoas morreram em decorrência da infecção pelo vírus.

Fabricada pela empresa francesa Sanofi Pasteur e registada no Brasil desde dezembro de 2015, a Dengvaxia é a primeira vacina desenvolvida contra a dengue no mundo e só precisava da determinação do valor de fábrica para poder ser vendida. Segundo a Anvisa, a demora ocorreu devido ao ineditismo do produto, já que normalmente a estipulação de preços leva em conta outros produtos semelhantes no mercado.

O imunizante é indicado para pessoas entre 9 e 45 anos, deve ser aplicado em três doses com intervalo de seis meses entre elas. O fabricante garante proteção contra os quatro tipos do vírus da dengue. Segundo os estudos, a proteção é de 93% contra casos graves da doença, redução de 80% das internações e eficácia global de pouco mais de 60% contra todos os tipos do vírus. A capacidade de produção do laboratório é de 100 milhões de doses por ano.

Para Kfouri, a eficácia da vacina é satisfatória e segue o padrão de vacina como a contra varicela e contra o rotavírus, que evitam completamente cerca de 60% dos casos das doenças, mas tem um impacto maior na redução de casos graves, que poderiam levar a hospitalizações e à morte.

SUS
Apesar de poder ser comercializada em todo o Brasil, ainda não há determinação sobre se a Dengvaxia será utilizada na rede pública. Para isso, o Ministério da Saúde deve fazer estudos sobre o custo/benefício da compra e distribuição do produto e de qual seria a estratégia de aplicação para ter impacto em termos de saúde pública.

Para Renato Kfouri, a decisão do Ministério da Saúde de não adotar imediatamente a vacina é adequada, já que um programa nacional de imunização requer uma visão ampla de como a doença se comporta e de quais seriam as estratégias de aplicação.

"A vacina tem eficácia de cerca de 60% contra os quatro tipos de dengue, mas em termos de saúde pública, para conseguir atingir esses números, quantas pessoas teríamos que vacinar? Todas de nove a quarenta e cinco? Crianças entre nove e dez anos? Adultos? Quem devo vacinar? Que quantidade de vacinas tenho a oferecer? Quantas seriam necessárias para um bom impacto? Com quantos indivíduos vacinados terei impacto?", questionou o especialista.

Ele ressalta ainda que as estratégias de vacinação em adultos costumam ser bem menos eficazes do que as que têm como público alvo as crianças, já que a adesão é frequentemetne menor.

Desta forma, como uma ação individual, de quem pode pagar, a vacina é uma boa estratégia de prevenção, porém, para a introdução em um programa de imunizações são necessários estudos mais aprofundados. "Em nível de saúde individual, em clínica privada, é um ganho enorme, revoluciona, mas a posição do Ministério da Saúde foi cautelosa e adequada", pontuou Kfouri.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

JF tem 8 mil eleitores a mais para eleições municipais

Helena Lage Talmann 26/07/2016 09:00
Fonte: TSE

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou nessa segunda-feira, 25, as estatísticas eleitorais 2016 em relação ao Brasil, estados e municípios. 

Juiz de Fora possui, de acordo com dados de cadastramento fechados no dia 4 de maio deste ano, 395.425 eleitores.

A maioria dos eleitores é composta por mulheres (54%). Dentre elas, a faixa etária predominante é de 30 a 34 anos. Já os homens respondem por 46% do eleitorado juiz-forano, com a maior faixa etária de 25 a 29 anos.

Em um contexto geral, a idade da maioria dos eleitores juiz-foranos varia entre 25 e 29 anos (10.05%), seguida pela de 30 a 34 anos (9.95%). A maior parte dos eleitores (30.35%) tem o ensino fundamental incompleto.
Escolaridade Quantidade
Superior completo 7.25% (28.671)
Superior incompleto 4.24% (16.785)
Ensino médio completo 20.20% (79.885)
Ensino médio incompleto 22.23% (87.901)
Ensino fundamental completo 8.27% (32.705)
Ensino fundamental incompleto 30.35% (120.027)
Lê e escreve 5.46% (21.600)
Analfabeto 1.92% (7.594)
Não informado 0.06% (257)

Comparativos
O número de eleitores em Juiz de Fora cresceu em torno de 2,2% em relação às últimas eleições municipais, em 2012. Em número absolutos, isso representa um aumento de 8,763 mil eleitores de 2012 para 2016.
Nas últimas eleições para prefeito e vereador, a faixa etária predominante também era dos eleitores entre 30 e 34 anos (41.918%), seguida por 25 a 29 anos (39.946%).

Ainda comparando o mesmo período, o sexo feminino representa a maior parcela dos juiz-foranos cadastrados: em 2012, as mulheres eram 53,8538% do total dos eleitores, os homens, 46,0847%.
O ensino fundamental incompleto também era o de maior percentual (33%) em 2012. Logo atrás vinha o ensino médio incompleto (21,34%), configuração repetida no pleito de 2016.

Em 2014, nas eleições presidenciais, Juiz de Fora tinha um total de 392.619 eleitores, aumentando 2,8 mil eleitores em dois anos.

Em Minas Gerais, o número de eleitores saiu de 15.248.681 em 2014 para 15.692.491, ganhando 443.810 novos cadastrados. Em 2012, esse número era de 15.019.136.

No Brasil
O número de eleitores aptos a votar no pleito municipal deste ano aumentou em relação ao de 2012: mais de 144 milhões os eleitores poderão votar para prefeito e vereador no dia 2 de outubro – na eleição de 2012, estavam aptas mais de 138 milhões de pessoas.

Os números não incluem o eleitorado do Distrito Federal e de Fernando de Noronha, onde não há eleição neste ano, nem os brasileiros residentes no exterior. São Paulo é o município com maior número de eleitores, mais de 8 milhões e 800 mil. Araguainha, em Mato Grosso, tem o menor número, 954 eleitores.

A maioria do eleitorado nacional é formada por mulheres, que, em 2016, representam 52,21% do total, com crescimento de 0,32 ponto percentual sobre 2012 (51,89%).

Os dados do TSE mostram também o número de municípios onde pode haver segundo turno. Dos mais de 5 mil municípios onde serão realizadas eleições, 92 podem ter segundo turno, já que têm mais de 200 mil eleitores - Juiz de Fora está entre eles.

Ao divulgar os dados, o presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, lembrou que o prazo para registro de candidatos termina no dia 15 de agosto. De acordo com Mendes, até o momento, foram feitos apenas 122 registros. A expectativa é haja cerca de 580 mil candidatos na eleição de outubro.

Gilmar Mendes falou ainda sobre a redução do prazo para registro de candidaturas e a realização de eleições suplementares. Segundo o ministro, a redução de prazo tem consequências no que diz respeito à judicialização e à insegurança jurídica quanto ao verdadeiramente eleito.

"Vamos ter também, inevitavelmente, anulação de eleições e realização de eleições suplementares. A legislação agora exige, no caso de cargos majoritários, que se façam novas eleições se houver anulação, e não aquela eleição do segundo colocado. Temos que contar também com a realização de eleições suplementares em maior número do que tínhamos até aqui”, disse Mendes.

Questionado sobre os limites de gastos previstos para os candidatos a prefeito e a vereador, Gilmar Mendes respondeu: “O que o legislador fez foi apanhar o maior gasto declarado e aplicar o redutor". Os valores-limite foram divulgados na semana passada e, em algumas localidades, o máximo previsto supera os de outros municípios com maior número de habitantes.

"O que se está a verificar é que, certamente, nesses municípios, por alguma razão, e acho que o caso de Manaus é o mais evidente, fez-se declaração que não correspondia minimamente aos fatos”, acrescentou Mendes. Ele explicou que o que o legislador quis fazer foi "uma fotografia" dos gastos aplicando-lhes um redutor e o resultado é esta fotografia um tanto quanto distorcida.

"É uma questão, sem dúvida, delicada e terá que ser submetida ao TSE, ao colegiado para uma deliberação. Mas a boa intenção, a boa-fé do legislador, é evidente. Agora, não contava ele com as distorções perpetradas por declarações que não correspondem minimamente à realidade”, afirmou o ministro.

Caixa 2
Na entrevista, o ministro defendeu a reforma política e falou também sobre a questão do caixa 2, do financiamento ilícito em campanhas eleitorais. Ele disse que a questão preocupa, tendo em vista os tetos estabelecidos e a possibilidade de falta de recursos regulares. "Alguns jornais têm publicado, até mesmo têm trazido a possibilidade de que organizações criminosas participem das eleições de maneira mais enfática – não que elas já não participassem em outro momento – em função dessas restrições estabelecidas. [Para] aquele que está no ilícito, será mais um ilícito apenas. Por outro lado, acredito que as empresas regulares, diante de todas essas operações que ocorrem – Lava Jato e outras – não vão se animar, em princípio, a participar de uma operação de caixa 2, tendo em vista todas as consequências que estamos aí a assistir, a acompanhar. Portanto, temos uma realidade muito complexa que vamos ter que acompanhar”, afirmou Gilmar Mendes.

Fonte: Agência Brasil/Helena Tallmann
http://www.diarioregionaljf.com.br/politica/5703-jf-tem-8-mil-eleitores-a-mais-para-eleicoes-municipais

Rua esburacada preocupa moradores dos bairros Eldorado e Nossa Senhora das Graças

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Ludmila Azevedo 
26/07/2016 09:00

A rua Queluz, que começa no bairro Nossa Senhora das Graças e segue até o Eldorado, na zona Nordeste de Juiz de Fora, é alvo de reclamações de moradores por conta de buracos que dificultam o trânsito no local.

De acordo com a dona de casa Arina Paiva, essa situação se mantém há quase três meses. “No morro entre os dois bairros tem vários buracos, que se estendem até as proximidades de uma escola. Ao desviarem para evitar as falhas, os carros por pouco não batem uns nos outros”, relata Arina. “Acredito que, além de cobrir os buracos, deveria haver um quebra-molas na região, porque crianças pequenas transitam por ali para ir à escola”.

Margarida Almeida, fonoaudióloga, ressalta a existência de um buraco grande perto do posto de saúde do Nossa Senhora das Graças. “O buraco fica no topo da rua Queluz, bem no meio da via, em um cruzamento. Se a gente passar por cima do buraco o carro quebra, pois é bem fundo e grande, difícil de evitar. Por causa dele, sempre evito subir esse morro, dou voltas, faço caminhos alternativos para não ter que passar por ali”, denuncia.

“É sempre um transtorno quando um carro e um ônibus passam na rua ao mesmo tempo. O buraco também dificulta o acesso a uma escola municipal ali perto, e também ao posto de saúde”, completa Margarida.

De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Obras, a Empresa Municipal de Pavimentação e Urbanização (Empav) fará uma vistoria no local ainda essa semana para programar uma operação tapa buraco. Toda a extensão da rua Queluz será verificada.

http://www.diarioregionaljf.com.br/cidade/5682-rua-esburacada-preocupa-moradores-dos-bairros-eldorado-e-nossa-senhora-das-gracas