domingo, 10 de julho de 2016

Fichário dos Artistas tem 429 pessoas investigadas pelo Dops em Pernambuco

09/07/2016 17h00
Recife
Sumaia Villela - Correspondente da Agência Brasil

Projeto Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos  - Divulgação/Projeto

Dos registros policiais às páginas da história brasileira. Por meio do projeto Obscuro Fichário dos Artistas Mundanos, a investigação feita pelo Departamento de Ordem Política e Social (Dops), durante os anos de 1934 a 1958 em Pernambuco, se transformou em um inventário cultural e histórico de 429 artistas que moraram ou passaram pelo estado na época.

Lançado na semana passada no Recife, o Obscuro Fichário está disponível na internet e contém vasta documentação das pessoas do meio artístico que foram selecionadas pelo Dops, durante a presidência de Getúlio Vargas, para serem apenas registradas, seguidas e investigadas pelo departamento de vigilância.

Os arquivos, armazenados pelo Arquivo Público Estadual Jordão Emerenciano (Apeje), são considerados pela idealizadora e coordenadora do projeto, a jornalista Clarice Hoffmann, como indícios de uma época de grandes transformações artísticas, políticas e culturais ocorridas no Brasil e especialmente na cidade do Recife nas décadas de 1930, 40 e 50. “A gente usa como ponto de partida a documentação para contar uma história, ou para contar a história do país de uma maneira contundente e poética”, avalia.

A equipe do projeto catalogou 403 pessoas fichadas pelo Dops, entre pernambucanos, brasileiros, estrangeiros, homens e mulheres, atores, músicos, escritores, circenses e ainda uma variedade de trabalhadores considerados fora das atividades “normais” remuneradas. A partir desses registros policiais, os pesquisadores levantaram informações em jornais, instituições históricas e outros meios de informação para tentar reconstruir um pouco da história de cada uma das pessoas. 

A história de Clarice com o Obscuro Fichário começa em 2004, quando ela foi contratada para fazer uma pesquisa iconográfica para um livro. Sua missão era acessar os arquivos do Dops para tentar encontrar vestígios de uma personagem. Mas, à época, o arquivo ainda estava em organização, e os prontuários individuais só poderiam ser consultados pelos próprios prontuariados, por familiares ou pessoas autorizadas.

“Mas eu comentei com a pessoa que estava à frente desse fundo que minha avó havia sido fichada - cresci ouvindo falar nisso - na ditadura de Getúlio Vargas porque era atriz. Ela falou: 'ah, será que ela não passou por aqui?' Aí falei que não, que ela era mais do Rio-São Paulo. Aí ela disse: 'deixa eu trazer uma coisa para você'. E trouxe para mim um pequeno arquivo com duas gavetas e foi a primeira vez que eu fiz a ficha dos artistas”, lembra.

O projeto nasce, assim, como uma “homenagem” à avó da jornalista, nas suas palavras. Ela diz também que ficou impressionada com o material, principalmente as imagens dos artistas. Todas as fichas tinham fotos 3x4. “Mas a ideia ficou guardada até 2014, quando finalmente iniciou o trabalho. “Eu precisei esperar quase 10 anos para fazer o projeto, porque precisei que a legislação permitisse isso”.

Os nomes encontrados no fichário vão das letras M à Z. A outra parte, de A a L, foram perdidas em algum momento que Clarice não conseguiu identificar, mas a estimativa é que o fichário era composto originalmente por 1.100 verbetes. Para saber mais sobre os artistas “perdidos”, os pesquisadores também estudaram cerca de 12 mil prontuários individuais produzidos pelo departamento pernambucano entre no período do fichário. O que resultou, junto com os já conhecidos nas fichas, em 429 personagens de artes as mais diversas.

Ao fim da pesquisa, em muitos casos foi possível reunir exemplos da arte dessas pessoas, recortes de jornais, relatos da vida do artista, links para registros históricos de outras instituições. Em outros, restou apenas a ficha policial e a foto 3x4.

Um Recife extra-oficial
Outro resultado do projeto foi a catalogação de locais e eventos espionados pela delegacia. Um mapa com 150 endereços frequentados pelos artistas investigados foi disponibilizado no site. Os três artigos de acadêmicos publicados na página do projeto também contribuem para entender o que essas pessoas significavam em meio ao contexto político, cultural e social de Pernambuco à época. Possuidor de um importante porto, Recife recebia visitantes de várias partes do mundo, e ganhava rápidos ares de modernidade e ideias de diferentes nacionalidade, também no contexto da Segunda Guerra Mundial que gerou migrações extensas.

Um dos artigos é do historiador da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRG) Durval Muniz de Albuquerque Júnior. Autor de sete livros e estudioso da identidade e transformações do Nordeste, o acadêmico fala sobre as diversas possibilidades criadas com a descoberta e investigação feita pelo projeto.

Entre elas, a descoberta de um Recife e de uma história escondidos da narrativa oficial, de pessoas eternizadas nas fichas mas quase ou totalmente invizibilizadas no decorrer do tempo. “Esses breves relatos sobre o que chamamos de artistas ‘mundanos’, mantidos na obscuridade de um fichário, e os espaços da cidade que neles são descritos, constituem a possibilidade de se desenhar outras geografias, outros mapas, outras cartografias possíveis para essa cidade”, escreve o historiador.

Para descobrir essa nova cidade, foi lançada também uma cartografia de locais e eventos frequentados por esses artistas, e que foram alvo, também, da investigação da polícia política de Getúlio Vargas. O historiador chama a atenção para espaços destinados a espetáculo, cassinos, cabaré, circos e cinemas, além de cafés, restaurantes e hoteis onde se desenrolava a vida boêmia da cidade.

Instituições que produziam ou fomentavam a arte e que tiveram importância no período registrado podem ser encontradas na cartografia. Desde companhias cinematográficas a jornais, estações de rádio e associações de artistas que tiveram algum significado no processo histórico efervecente do Recife da época.

Foi possível observar ainda, segundo Durval, quais eram as ideias consideradas ameaçadoras para o estado brasileiro e a elite política, econômica e intelecutal desses tempos. Mulheres que não eram devotadas ao trabalho doméstico ou ao papel de mães e esposas, por exemplo. O que era considerado “anormal”, fora dos padrões sociais, também tinha espaço nas fichas policiais.

“O mundo artístico estava povoado de corpos e seres estranhos: corpos de raças e grupos étnicos considerados inferiores, minoritários ou degenerativos, de personalidades bizarras e estranhas fazendo atividades ligadas aos mundos obscuros e suspeitos da magia, do curandeirismo, das artes divinatórias, da cartomancia, da quiromancia, das religiões e cultos populares e não obedientes a ortodoxia da Igreja Católica”, disse.

Para a jornalista Clarice Hoffmann, revelar essas histórias é construir outra memória , diferente da estebelecida por, segundo ela, “grupos políticos que se mantiveram e se mantém por anos”. A história de gente que deu alegria, prazer e questinou a realidade. “A história do povo, da resistência do povo, dos resistentes”, resume.

Edição: Valéria Aguiar
Agência Brasil

Primeira campeã gay do UFC, Amanda diz: “Incrível, sou feliz comigo mesma”

10/07/2016 07h00 - Atualizado em 10/07/2016 07h00

Por Evelyn Rodrigues, Marcelo Barone e Marcelo RussioLas Vegas, EUA

Amanda Nunes é a primeira campeã gay da história do Ultimate
 (Foto: Evelyn Rodrigues)

Amanda Nunes fez história duplamente no UFC 200, que aconteceu neste sábado, em Las Vegas (EUA). Ao finalizar Miesha Tate com um mata-leão no primeiro round, a baiana tornou-se a primeira campeã brasileira da história da organização, e, também, a primeira lutadora assumidamente gay a faturar um cinturão. 

Na coletiva pós-luta, a brasileira mostrou orgulho de sua sexualidade e agradeceu à sua namorada, Nina Ansaroff, companheira de American Top Team e lutadora da categoria peso-palha do Ultimate.

- É incrível (ser a primeira campeã gay), sou feliz comigo mesma. É isso o que importa. Nina é a melhor parceira de treinos da minha vida. Ela vai ser a próxima campeã dos palhas, podem ter certeza. Ela tem muito talento e significa tudo para mim. Me ajuda demais. Eu a amo. 

Amanda disse ainda que sua estratégia contra Miesha era esperar o momento certo de atacar. Conhecida pela queda de ritmo no decorrer dos rounds, ela afirmou também que seguiria bem caso o duelo passasse do primeiro assalto. 

- Meu plano era trabalhar minha paciência. Meu camp foi todo trabalhado nisso. Eu sabia que tinha tudo para vencê-la. Eu só precisava esperar pelo momento certo, e fiz isso essa noite. (...) Eu estava muito pronta para essa luta. Depois que passasse do primeiro round eu seguiria forte. Com certeza eu entraria forte no segundo assalto. voltar a vegas foi incrível, fui aclamada.

A baiana também foi perguntada sobre um possível duelo com Ronda Rousey no UFC de Nova York, que acontece no dia 12 de novembro, mas evitou mostrar preferência por uma adversária. Ela, que estava com uma bolsa de gelo em uma das mãos na coletiva, também afastou a probabilidade de uma lesão.

- Eu sou a campeã. Quem o Dana quiser botar na minha frente, vou aceitar. Vou aproveitar esse momento de campeã, voltar para a academia e me preparar para a próxima. (...) Machuquei a mão, mas acho que não é nada sério. Vou no médico para ver. Foi no primeiro direto que eu acertei nela. Eu não senti na hora, mas depois eu senti uma dorzinha. Coloquei no gelo, mas acho que está tudo bem.

UFC 200 - 9 de julho de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL
CARD PRELIMINAR

http://sportv.globo.com/site/combate/noticia/2016/07/primeira-campea-gay-do-ufc-amanda-diz-incrivel-sou-feliz-comigo-mesma.html

sábado, 9 de julho de 2016

Uniram-se os inimigos da Lava Jato. E nós?



No próximo dia 31, é preciso voltar às ruas com força total

Percival Puggina 

Cheguei a crer que fosse inviável parar a Lava Jato. Hoje, essa certeza arrefeceu. Ainda que não seja possível retirar do juiz Sérgio Moro e dos promotores da força-tarefa as garantias constitucionais que lhes asseguram a autonomia para agir, existem maneiras de lhes suprimir os meios de ação e, até mesmo, de os neutralizar. A despeito da respeitável determinação da turma de Curitiba e do irrestrito apoio do povo, essas artimanhas estão sendo exibidas diante dos nossos olhos.

A Lava Jato suscitou contra si o mais poderoso grupo de inimigos que já se formou no Brasil. Para combatê-la, uniram-se parceiros tradicionais e inimigos tradicionais, instalados em elevadíssimos andares no edifício do poder. Estão fisicamente dispersos, mas se articulam e operam, como bem se sabe, em todos os poderes e instituições da república.

A força tarefa tem contra si numerosa bancada no Congresso Nacional, muitos dos melhores advogados do país, bem como negociadores e articuladores políticos de competência comprovada.

FORTES INIMIGOS – Esse conjunto de antagonistas dispõe, ao alcance da mão, de todos os meios financeiros e materiais que possam ser requeridos pela tarefa de a estancar. E note-se: estou me referindo somente aos figurões que hoje medem diariamente a distância que os separa da porta da cadeia, seja porque lá já estão, seja porque é para lá que receiam ser levados.

A estes se acresce, ainda, um conjunto de forças figurantes. É formado por quantos dependem do grupo principal e têm grande interesse em que malefício algum aconteça a seus maiores. A onda de choque de cada sentença e de cada prisão também causa dano sobre esse numeroso grupo que hoje enfrenta a interrupção de seus fluxos de caixa. Aliás, se fosse possível uni-los numa legenda, por exemplo, formariam talvez a mais influente agremiação do país.

EXÉRCITO DA MÁFIA – Esta legião de brasileiros acorda, diariamente, com olhos e ouvidos postos nos movimentos da Polícia Federal, face mais imediatamente visível das operações já criadas ou ainda por ser instaladas, e pensa, em harmonia com o andar de cima: isso tem que parar.

Há mais, leitor. Os inimigos da Lava Jato dispõem, em seu favor, de uma legislação protecionista, garantista, que faz do foro privilegiado e do sigilo sucedâneos legais da Omertà, a lei do silêncio da máfia no sul da Itália.

Pois bem, se essas forças estão se articulando e, visivelmente, começam a agir nos processos, nos projetos e composições de poder, chegou a hora de os cidadãos retornarem às ruas, conforme está programado para acontecer no próximo dia 31.

TODOS ÀS RUAS – Os últimos meses tornaram evidente que o impeachment é irreversível. O governo Dilma acabou. Ótimo. Revelou-se com nitidez, porém, um inimigo que está além dos jogos de guerra entre governo e oposição. Refiro-me à criminalidade atuante nas instituições nacionais.

Por causa dela e contra ela, é necessário que no dia 31 de julho, aos milhões, voltemos novamente às ruas, em ordem e com entusiasmo cívico. É hora de exigirmos o fim do foro privilegiado, de cobrarmos a aprovação sem delongas das medidas do MPF contra a corrupção e de levarmos à Lava Jato mais do que nosso apoio. Faremos ver a seus inimigos que a nação os conhece e rejeita. Com determinação e esperança, unidos, daremos à Lava Jato nossa voz, nosso ânimo e a expressão de nosso amor ao Brasil.

Trio amarra mulher com fio de telefone durante assalto em Juiz de Fora

09/07/2016 11h45 - Atualizado em 09/07/2016 11h45

Do G1 Zona da Mata

Uma funcionária de um restaurante, de 42 anos, foi amarrada a uma prateleira com um fio de telefone durante um assaltado no Bairro São Mateus, em Juiz de Fora, na tarde desta sexta-feira (8). Segundo a Polícia Militar (PM), três homens invadiram o local e fugiram com R$ 3.200.

Os policiais não souberam dizer como a mulher conseguiu se soltar. Ela relatou aos militares que estava fazendo a limpeza do estabelecimento quando foi abordada pelos assaltantes. Ele anunciaram o assalto e pediram que ela os repassasse o dinheiro. O trio retirou a quantia de dentro da bolsa da mulher.

Populares informaram à PM que os suspeitos fugiram em direção ao Bairro Santa Cecília. Foi feito rastreamento, mas ninguém foi encontrado.

Veja como ocorrem os assaltos aterrorizantes a transportadoras

Para a história: UFC 200 chega com Spider no card e luta principal feminina

09/07/2016 12h00 - Atualizado em 09/07/2016 12h00

Por Combate.comLas Vegas, EUA

Se, há sete anos, alguém que estivesse assistindo ao UFC 100 fosse perguntado como seria o UFC 200, dificilmente chegaria perto de conseguir acertar que o evento deste sábado, que acontece pela primeira vez na novíssima T-Mobile Arena, em Las Vegas, teria Brock Lesnar eAnderson Silva, campeões respectivamente dos pesos-pesados e pesos-médios em 2009, lutando antes da luta principal, e que esta seria a disputa do cinturão feminino dos pesos-galos. Nas 12 lutas programadas, nada menos que nove campeões ou ex-campeões (Anderson Silva, Daniel Cormier, Brock Lesnar, Cain Velásquez, Miesha Tate, José Aldo, Frankie Edgar, Johny Hendricks e TJ Dillashaw, além de Kelvin Gastelum e Diego Sanchez (TUF), Gegard Mousasi (Dream) e Takanori Gomi (Pride)) estarão em ação.

Tão espetacular quanto surpreendente, o evento terá grandes lutas do início ao fim e começa às 19h30m (de Brasília), com transmissão ao vivo, na íntegra e com exclusividade do Combate. O Combate.com acompanhará todo o evento em Tempo Real, e transmitirá as duas primeiras lutas do card preliminar em vídeo.

Anderson Silva é a "cereja no bolo" do estrelado card do UFC 200 deste sábado (Foto: Evelyn Rodrigues)

A principal surpresa do card acabou sendo causada justamente por sua maior estrela. O flagrante por doping de Jon Jones a dois dias do evento acabou fazendo o UFC entrar em contato com a maior estrela da sua história. Anderson Silva aceitou o desafio de enfrentar Daniel Cormier, campeão dos pesos-meio-pesados da organização, e substituiu Jones, seu amigo e tido anteriormente como seu provável sucessor como o maior lutador de todos os tempos.

- Eu decidi encarar um novo desafio, porque sempre fui movido a desafios. E esse é muito grande. Sem desrespeito ao campeão, eu vim aqui para lutar e tentar vencê-lo. Estou muito feliz com a oportunidade que o UFC me deu, e espero corresponder com uma grande atuação - disse o Spider.

Daniel Cormier, que chegou a ser descartado do card pela impossibilidade inicial de se conseguir um adversário em tão pouco tempo, agradeceu a atitude do brasileiro de se colocar à disposição para enfrentá-lo.

- Não consigo colocar em palavras o quanto sou agradecido ao UFC, que se empenhou em me manter no card, e a Anderson Silva, por aceitar lutar comigo. Eu estava praticamente fora do card e sem pagamento, e de uma hora para outra vou enfrentar o maior lutador de todos os tempos. Não posso reclamar, só agradecer - disse o campeão.

Miesha Tate (esq.) e Amanda Nunes fazem a luta principal do evento: marco para o MMA feminino (Foto: Evelyn Rodrigues)

Luta feminina é a principal do evento
Estrelas da luta principal do UFC 200, Miesha Tate e Amanda Nunes mostraram que o MMA feminino é uma realidade, e farão a única disputa de título linear do torneio, o dos pesos-galos femininos. A americana, atual campeã e que teve problemas na pesagem, precisando subir sem roupa alguma na balança, não poupou as palavras, e repetiu uma fala que já se tornou rotina em suas lutas.

- Amanda pode falar o que quiser, vou arrancar o coração do seu peito e pisoteá-lo - disse.

A brasileira foi menos direta, mas garantiu que não sairá do octógono de mãos vazias.

- Tenho o que é necessário para derrotar Miesha Tate, e ela não tem armas para me parar. Serei campeã na luta principal do maior evento da história do UFC.

Brock Lesnar volta ao UFC contra Mark Hunt
Brock Lesnar mudou a trajetória do UFC, e volta para o torneio histórico 
(Foto: Evelyn Rodrigues)

Um duelo que pode promete abalar não só as estruturas do octógono, como também os fãs, é a luta entre o ex-campeão dos pesos-pesados do UFC, Brock Lesnar, e um dos maiores nocauteadores da história do MMA, Mark Hunt. Estrela do WWE, o evento de lutas coreografadas mais popular dos EUA, Lesnar aceitou fazer seu retorno ao evento após quatro anos e meio para enfrentar o neozelandês, que vem de duas vitórias seguidas por nocaute, contra Antônio Pezão e Frank Mir.

- Honestamente achei que ele estava aposentado, mas agora vou ter que modificar um pouco a cara dele. Espero que façamos uma boa luta - brincou Hunt após a pesagem.

Surpreendentemente menos agressivo nas palavras, Lesnar, que é um dos maiores vendedores de pay-per-view da organização e atrai uma legião de fãs, se limitou a comemorar sua volta ao UFC.

- Não sei o que vai acontecer amanhã. Vivo o hoje, e posso dizer que estou muito feliz de estar aqui de volta. Estou empolgado em estar novamente em um evento histórico - lutei no UFC 100, e agora lutarei no UFC 200. Não é pouca coisa, e estou feliz de verdade.

José Aldo e Frankie Edgar fazem revanche valiosa
José Aldo (esq.) e Frankie Edgar buscam o cinturão interino e uma chance contra McGregor (Foto: Evelyn Rodrigues)

Duas das principais e mais respeitadas esrelas do peso-pena no mundo, José Aldo e Frankie Edgar fazem uma revanche muito esperada pelos fãs. Respectivamente números um e dois do ranking do UFC - o campeão da categoria é Conor McGregor - o brasileiro e o americano já lutaram uma vez, e Aldo levou a melhor por decisão unânime. O vencedor da luta será o próximo desafiante ao cinturão, e nenhum dos dois esconde a empolgação por estar a um passo de encarar Conor McGregor.

- Não sei por que ainda não o enfrentei. Já provei que sou o melhor lutador desta divisão, e estou na melhor forma da minha vida. Mas o UFC quis que eu e José Aldo fizéssemos uma nova luta antes de anunciar o próximo desafiante, então não tenho opção a não ser vencer e provar mais uma vez que sou o número um - disse Edgar.

José Aldo não ficou atrás e garantiu que repetirá a vitória sobre o americano, para então iniciar uma caçada particular a McGregor.

- Sou mais forte e mais rápido que ele, e vou mostrar isso de novo, como mostrei antes. Depois da vitória, vou atrás do McGregor aonde ele estiver. Se ficar no peso-pena, vamos lutar. Se for para o peso-leve, eu vou atrás. Vamos lutar até na rua, mas eu vou apagar o gosto daquela vitória que ele achou contra mim. Disso eu não tenho dúvida.

Outros dois brasileiros também fazem parte do card do evento: o peso-galo Raphael Assunção, que interrompe uma ausência de dois anos contra o ex-campeão TJ Dillashaw, a quem já venceu, e que espera voltar a vencer para entrar na briga por uma chance de disputar o título contra o campeão, Dominick Cruz; e o peso-médio Thiago Marreta, que substituiu Derek Brunson, lesionado, e encara Gegard Mousasi, um dos grandes nomes da categoria.

UFC 200
9 de julho de 2016, em Las Vegas (EUA)
CARD PRINCIPAL (a partir de 23h de Brasília)
Peso-galo: Miesha Tate x Amanda Nunes
Peso-pesado: Brock Lesnar x Mark Hunt
Peso-meio-pesado: Anderson Silva x Daniel Cormier
Peso-pena: José Aldo x Frankie Edgar
Peso-pesado: Cain Velásquez x Travis Browne
CARD PRELIMINAR (a partir de 19h30 de Brasília)
Peso-galo: Cat Zingano x Julianna Peña
Peso-meio-médio: Johny Hendricks x Kelvin Gastelum
Peso-galo: TJ Dillashaw x Raphael Assunção
Peso-leve: Sage Northcutt x Enrique Marin
Peso-leve: Diego Sanchez x Joe Lauzon
Peso-médio: Gegard Mousasi x Thiago Marreta
Peso-leve: Jim Miller x Takanori Gomi

http://sportv.globo.com/site/combate/noticia/2016/07/para-historia-ufc-200-chega-com-spider-no-card-e-luta-principal-feminina.html

Polícia Militar registra dois casos de estupro em Juiz de Fora

09/07/2016 09h55 - Atualizado em 09/07/2016 09h55

Do G1 Zona da Mata

A Polícia Militar (PM) registrou, nessa sexta-feira (8), dois casos de estupros consumados em Juiz de Fora. As ocorrências aconteceram entre os dias 25 de junho e ontem, nos Bairros Grama e Vivendas da Serra, com vítimas e autores diferentes.

No caso mais recente, uma jovem, de 18 anos, foi estuprada por um homem, de 32, nessa sexta, em um estúdio de tatuagem, no Bairro Grama. A vítima disse aos policiais militares que foi até o local para fazer um orçamento.

O tatuador a ofereceu um lanche e um cigarro de maconha. Depois de usar a droga, a jovem começou a se sentir mal e foi levada para o quarto do autor, onde tiveram relação sexual. A vítima fez exames no Hospital de Pronto Socorro (HPS) e a conjunção carnal foi confirmada.

De acordo com o Boletim de Ocorrências (BO), o tatuador confirmou que os dois praticaram relação sexual, mas disse que o ato foi consentido. Ele se prontificou a comparecer à delegacia para prestar esclarecimentos.

Vídeo foi divulgado na internet
Na outra ocorrência, uma jovem, de 24 anos, procurou a Polícia Militar (PM), também na sexta, e relatou que a filha, de 12 anos, teria sido estuprada, no Bairro Vivendas da Serra, no dia 25 de junho.

Na ocasião, a adolescente estava em uma festa com diversos menores. A vítima contou que foi até o terraço do local e praticou sexo oral em outro adolescente. O ato foi filmado por uma pessoa que estava na festa e divulgado na internet, chagando ao conhecimento da mãe.

A adolescente relatou, ainda, que já havia praticado sexo com outros cinco jovens, em diferentes ocasiões, e que um deles era maior de idade. A responsável pela vítima contatou o Conselho Tutelar e providenciou exames médicos.

Como combater a tática de Toffoli de desencorajar “novos Moros”?


Fotomontagem sem assinatura (Arquivo Google)

Luciano Henrique Ayan
Site Ceticismo Político

É importante quando seus adversários deixam escapar os objetivos contidos em suas estratégias e táticas. Alguns ministros do STF deixaram escapar o interesse de Dias Toffoli investido na liberação absurda de Paulo Bernardo, conforme assinalou o Radar on-line:

Enquanto Moro sonha com o Supremo, integrantes da corte elogiam o colega José Dias Toffoli por ter soltado o ex-ministro Paulo Bernardo. Eles temem que mais juízes ganhem fama com ações contra políticos e se tornem “novos Moros”. Reservadamente, admitem dificuldade em reformar decisões do coordenador da Lava-Jato.

Ou seja, reservadamente os ministros do STF admitem dificuldades de reformar a aplicação da justiça, esta primorosamente feita pelo juiz Sérgio Moro, de Curitiba. Com isso, buscaram desestimular outras pessoas agindo como ele.

VOLUME DE ATRITO – O que os juízes do Brasil – envolvidos em operações inspiradas na Lava Jato – devem entender é que a única forma de vencerem o STF é por volume de atrito. Isto é, aplicando a lei, e forçando o STF a tentar libertar os presos petistas. Com isso, o STF será cada vez mais desgastado.

Como se sabe, os ministros do STF até conseguem tomar uma ou outra decisão justa aqui e ali, mas somente após a entidade que representam ser radicalmente desgastada perante a opinião pública. Enquanto estão na zona de conforto, a maioria deles só serve para “quebrar o galho” do PT.

FOCO NA JUSTIÇA – Por parte dos juízes que querem a aplicação da lei (como fez o juiz da Operação Custo Brasil, ao prender Paulo Bernardo), a melhor forma de desgastá-los é tomar decisões com foco na justiça. Quando os ministros do STF surgem com aberrações como a liberação do ex-ministro de Lula e Dilma – que hoje está solto, podendo apagar rastros e constranger testemunhas – é aí que surge o momento de desconstruir a entidade perante a opinião pública.

Logo, os “novos Moros” precisam ser incentivados a seguirem na aplicação de critérios justos (ao contrário do que sempre faz o STF), exatamente para que o povo brasileiro cada vez mais tenha a justa repulsa pela corte suprema. Aí sim é possível esperar algum resultado.

NÃO DESANIMEM – Mas se os juízes “desanimarem” e deixarem de trabalhar com foco no que é justo, então os ministros do STF vencem. Não podemos deixar isso acontecer, não é mesmo?

Quanto mais “novos Moros” surgirem, mais a monstruosidade moral do STF será exposta ao povo. É dessa exposição que precisamos.
(artigo enviado pelo comentarista Mário Assis Causanilhas)

Fraudes na campanha de Dilma em 2014 são de um primarismo estarrecedor


Débora Bergamasco e Ary Filgueira
IstoÉ

No dia 20 de abril, a ministra Maria Thereza de Assis Moura, corregedora-geral da Justiça Eleitoral, autorizou a apuração das suspeitas de que a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, em 2014, havia utilizado gráficas para lavar dinheiro do Petrolão. Na última semana, o relatório entrou em fase final de redação e uma perícia deverá ser oficialmente divulgada no próximo mês. IstoÉ apurou que as evidências de lavagem de recursos desviados da Petrobras se confirmaram.

As empresas VTPB, Focal e Red Seg não conseguiram comprovar que prestaram os serviços declarados durante as últimas eleições, o que reforçam os indícios de que eram mesmo de fachada e serviram de ponte para o pagamento de propinas do Petrolão.

Juntas, elas receberam uma fábula da campanha de Dilma em 2014: R$ 52 milhões.

SEM NOTAS FISCAIS – A Focal foi a segunda que mais recebeu recursos do PT, só ficando atrás do marqueteiro João Santana. Um total de R$ 24 milhões. Mas a gráfica, assim como a VTPB e a Red Seg, simplesmente não apresentou notas fiscais, comprovantes de pagamento, ordens de serviço, contratos trabalhistas ou de subcontratação de terceiros, além de extratos de transferências bancárias que justificassem as atividades exercidas para a campanha de Dilma a um custo milionário.

Esses documentos eram fundamentais para provar que as gráficas não foram usadas como laranjas pelo PT para esquentar dinheiro ilegal. A ausência da papelada compromete a campanha de Dilma e incrementa o caldo político que pode levar ao seu afastamento definitivo em agosto, no derradeiro julgamento do impeachment.

“A ausência da devida comprovação de gastos eleitorais, principalmente quando envolver altos valores, pode indicar a ocorrência de graves fraudes e até lavagem de dinheiro, com sérias consequências”, afirmou o presidente do TSE, Gilmar Mendes.

INVESTIGAÇÃO IN LOCO – Os peritos do TSE visitaram as três gráficas entre maio e junho. Seus donos contaram histórias mirabolantes na tentativa de atestar que colocaram seu maquinário a serviço da petista em 2014. Por isso, teriam sido aquinhoadas com os R$ 52 milhões declarados pela campanha de Dilma. As versões, repetidas também à IstoÉ, não param em pé.

Para comprová-las, as empresas tinham até o dia 24 de junho para entregar a farta documentação exigida pela Justiça Eleitoral. O não fornecimento das provas exigidas pela Justiça Eleitoral torna muito difícil a absolvição das gráficas pela perícia do TSE.

Quem for hoje às dependências da Focal vai se deparar com uma estrutura ínfima. A empresa de Carlos Cortegoso, ex-garçom de Lula, fica localizada em São Paulo e exibe uma portinha que seria incompatível com o volume de produtos que ela declarou ter fornecido à campanha de Dilma em 2014.

MICROEMPRESA – Dividida em dois pisos de cerca de 40 metros quadrados cada um, a Focal conta com apenas duas impressoras e só três funcionários trabalham por lá. Os proprietários argumentam que, durante o período da campanha, a empresa chegou a ter 200 funcionários, quando ainda estava sediada em São Bernardo do Campo, cidade vizinha à capital paulista, em um espaço bem maior.

Entretanto, não foram apresentados ao TSE contratos de trabalho desses colaboradores. Como desculpa, argumentaram que eram prestados serviços semanais, sem vínculo trabalhista. Alegaram ainda que os equipamentos de offset utilizados para atender ao PT estariam acondicionados em outro imóvel de Cortegoso.

Todavia, o empresário não apresentou as notas fiscais das máquinas, nem comprovou ainda que a tralha estava registrada nos ativos da companhia em 2014.

“Existem algumas pequenas irregularidades no sentido fiscal, mas no sentido de criminal não tem nada”, jurou Cortegoso, abordado pela reportagem da revista. Carece de explicação ainda como uma gráfica, sediada em São Bernardo, poderia ter erguido palanques para a campanha à reeleição de Dilma Rousseff Brasil afora, conforme declarou ao TSE. Até a última semana, porém, mais essa atividade suspeita não havia sido justificada aos peritos do tribunal.

EMPRESA-FANTASMA- As dependências da empresa VTPB são ainda mais inacreditáveis, em termos de estrutura física. É uma gráfica muito engraçada, não tem impressora, não tem nada. Nem scanner, sequer máquina de xerox. O endereço fiscal fica registrado em uma kitnet no bairro da Casa Verde, zona norte de São Paulo. Os donos da empresa dizem sem corar a face que a estrutura micro não é conflitante com os R$ 22,9 milhões repassados pela campanha da presidente afastada nas últimas eleições.

A empresa, segundo suas explicações, trabalha fazendo a intermediação entre os políticos que precisam de santinhos, por exemplo, e as gráficas que os produzem. Contudo, não foram apresentadas notas fiscais ou contratos que comprovem essas subcontratações. Tampouco comprovantes de pagamentos ou ordens de serviço.

OUTRA “FANTASMA” – Mas quem lucrou mesmo foi a Rede Seg. Abastecida com R$ 6,15 milhões da campanha de Dilma, a gráfica sequer entregou cópias ou originais do livro contábil, porque ele simplesmente não existe. A gráfica – 8ª maior beneficiária de dinheiro da campanha que reelegeu a presidente da República em 2014 – não faz contabilidade escriturada da empresa. Isto, por si só, já configuraria, no mínimo, um “ilícito fiscal”, segundo advogados ouvidos pela IstoÉ.

A Red Seg também está lotada em um imóvel que abriga somente uma guilhotina de papel e uma impressora, que também é filha única. Os documentos do estabelecimento apontam como proprietário Vivaldo Dias da Silva. Um ano antes da campanha, de acordo com dados do Ministério do Trabalho, ele era motorista e ganhava salário de R$ 1.490.

ESQUEMA DO PETROLÃO – As suspeitas de que o montante repassado à Focal, VTPB e Red Seg era oriundo do esquema do Petrolão foram levantadas a partir da delação premiada de donos de empreiteiras presos em decorrência dos desdobramentos da operação Lava Jato. O mandatário da UTC, Ricardo Pessoa, que assinou a colaboração com o Ministério Público, afirmou que repassou R$ 7,5 milhões à campanha de Dilma Rousseff (PT). E que o dinheiro teve origem no Petrolão.

O mesmo empresário contou que realizou três repasses de R$ 2,5 milhões. Ao que tudo indica, uma dessas parcelas serviu para saldar notas fiscais da VTPB e Focal. O repasse ocorreu em 27 de agosto ao tesoureiro Edinho Silva, ex-ministro das Comunicações, que realizou quatro depósitos na conta da VTPB no total de R$ 1,7 milhão. Outros R$ 672,6 mil irrigaram os cofres da Focal. Aproximadamente R$ 1,8 milhão teve como destino a gráfica Red Seg.

OUTROS REPASSES – Esses não foram os únicos repasses feitos pela campanha de Dilma às fornecedoras suspeitas de lavagem de dinheiro. Os maiores montantes destinados à Focal e à VTPB também são de 2014 e da ordem de R$ 24 milhões e R$ 23 milhões, respectivamente.

Chamou a atenção do TSE o volume gasto pelo comitê eleitoral de Dilma com serviços de confecção de faixas e santinhos. No dia 29 de julho do ano passado, o ministro Gilmar Mendes, que ocupava a cadeira de vice-presidente da corte eleitoral, pediu à Polícia Federal que investigasse as três empresas. No documento, Mendes recomendou que os agentes concentrassem as atenções na empresa Focal.

A PF aproveitou e relacionou a VTPB no bojo da apuração. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) já apontava para a existência de crime de lavagem de dinheiro praticado pela VTPB uma vez que havia a comunicação de movimentação atípica nas contas da empresa.

LAVAGEM DE DINHEIRO – Outro indício de que as empresas fornecedoras possam fazer parte do esquema de lavagem de dinheiro, por meio de serviços gráficos, refere-se à prestação de contas da campanha da petista. Há centenas de recibos eleitorais de doações de materiais e serviços. Parte deles está em nome dos mesmos financiadores diretos da campanha. Ou seja, o “produto” doado é produzido pelas mesmas empresas suspeitas, mas leva o carimbo de outra campanha.

É o caso do deputado Vicentinho. Ele encomendou à Focal Comunicação a produção de centenas de faixas para a campanha da presidente. O que intriga a investigação é que o petista, que arrecadou pouco mais de R$ 1,4 milhão, tenha ainda contribuído materialmente para a reeleição de Dilma com R$ 350 mil.

Também intrigou os técnicos do TSE o fato de valores declarados nos recibos de doação de materiais serem muitas vezes bem abaixo do valor praticado no mercado.

###
NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – O primarismo do PT na lavagem de dinheiro é estarrecedor, como costuma dizer Dilma Rousseff. Usar nesse esquema o garçom de Lula e um motorista, sem dúvida, chega a ser hilariante. Como é que pessoas assim tão despreparadas se julgaram capazes de governar o país e desviar recursos públicos para enriquecimento pessoal? (C.N.)

Artistas naïf homenageiam Jogos Rio 2016 em exposição com 160 obras

09/07/2016 09h14
Rio de Janeiro
Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil

Pela primeira vez desde que foi inaugurado, em 1995, o Museu Internacional de Arte Naïf (Mian), localizado no bairro do Cosme Velho, na zona sul do Rio, teve seu espaço de exposição reformulado para uma mostra temporária. No lugar das obras exibidas em caráter permanente, pertencente ao vasto acervo do museu, o principal da América Latina dedicado a este gênero de pintura, entram outras que homenageiam o maior evento esportivo mundial, que o Rio de Janeiro sediará no próximo mês de agosto.
Ginasta e a fita - Jaime Acioli/Museu Internacional de Arte Naïf

Unindo arte e esporte, a exposição Jogando com as cores naïf reúne cerca de 160 obras de 30 artistas brasileiros, de vários estados. Algumas delas já estiveram expostas no Museu Olímpico de Lausanne (MOL), na Suíça, mas outras foram produzidas especialmente para a mostra, sempre com o mesmo mote – os Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016.

Selecionadas pela curadora Jacqueline Finkelstein, as telas abordam as diferentes modalidades esportivas e também países que já sediaram as Olimpíadas. Um painel, encomendado à artista Mabel, conta em forma de história em quadrinhos a trajetória dos Jogos em sua era moderna, desde Atenas, em 1896, até as últimas edições.

“São obras que promovem o encontro entre cultura, esporte e educação, reforçando o ideal olímpico de equilíbrio entre corpo, mente e vontade”, define a curadora. Os trabalhos foram agrupados em seis núcleos temáticos: esportes brasileiros, esportes ao ar livre, esportes aquáticos, esportes de salão, esportes de inverno e diversos. 

Entre os esportes nacionais retratados estão alguns bem cariocas, como o vôlei de praia, que virou olímpico em 1996, e outros que nunca foram incluídos nos Jogos, como peteca, futevôlei e capoeira. Os Jogos Paralímpicos estão representados por uma tela inédita da artista Helena Rodrigues, retratando o basquete.

Obra que levou as cores e as formas da arte naïf brasileira ao museu de Lausanne, Largada da Maratona, do carioca Fábio Sombra, é um dos destaques da exposição. A interatividade também está presente na mostra: os visitantes podem se retratar praticando seu esporte preferido em um gigantesco quadro negro, com o relevo da Cidade Maravilhosa, enquanto a atividade desenhando nos aros permite a alunos de escolas utilizar as cores dos aros olímpicos como ponto de partida de uma oficina de criação artística.
Largada da maratona - Jaime Acioli/Museu Internacional de Arte Naïf

Palavra do idioma francês que significa “ingênuo”, o termo naïf designa o gênero de pintura praticado pelas pessoas que não tiveram uma educação artística formal, mas que superam as dificuldades técnicas criando obras de grande beleza, em linguagem peculiar. Os historiadores da arte também definem o estilo, praticado por milhares de pessoas em todo o mundo, como primitivismo moderno.

A exposição Jogando com as Cores Naïf fica em cartaz até 30 de outubro e pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h às 18h, e sábados e domingos, das 10h às 17h. Os ingressos custam R$ 12 a inteira e R$ 6, a meia entrada para estudantes, idosos, menores de 18 anos, portadores de necessidades especiais e do Passaporte Cultural Rio.

Durante os Jogos Olímpicos (6 a 21 de agosto) e Paralímpicos (7 a 18 de setembro) a entrada será grátis para todos os visitantes. O Mian fica na Rua Cosme Velho, 561, no bairro do mesmo nome, na zona sul do Rio.

Edição: Aécio Amado
Agência Brasil