domingo, 1 de maio de 2016

O PT e seus sindicalistas nunca foram de esquerda, apenas fingiam ser


Charge reproduzida do Arquivo Google

Roberto Nascimento

Pode-se afirmar que esses políticos do PT, como o ainda (perplexidade geral) senador Delcídio do Amaral são oriundos da esquerda, seja ela festiva ou fisiológica? Claro que não, no mínimo trata-se de um estelionato ideológico. E como isso ocorre? Para vencer as eleições, imputa-se ao adversário a pecha de direitistas e conservadores. Se dizem preocupados com a classe proletária, logo se apresentam como de esquerda. Na realidade, são falsários ideológicos na trama diabólica para alçar ao poder e depois assaltar os cofres públicos e construir, em consequência, grandes fortunas pessoais.

Falo de Delcídio, um novo rico e também dos outros membros do PT, uns no cárcere e outros ainda livres, mas com contas secretas em paraísos fiscais.

CONSULTORIAS E PALESTRAS

Apanhados com a mão boba em conluio com empreiteiras, querem nos fazer crer que as grandes somas em dinheiro, na casa dos 20 milhões para cima, foram amealhadas através de consultorias ou palestras pagas por empresas, como é o caso do ex-metalúrgico.

Na verdade, nunca foram de esquerda, em hipótese alguma. É mentira da grossa. No fundo está em jogo, simplesmente o projeto de uma casta, de um grupo em desfavor da nação.

Assim ocorreu com o PT, que está dando adeus aos seus planos de perpetuação no Palácio do Planalto, assim também ocorreu com o PSDB, que foi execrado pelo povo desde 2002 e também com o PMDB, após o governo catastrófico de José Sarney, ao ponto de seu maior líder, este realmente verdadeiro líder na acepção da palavra, o ínclito Ulysses Guimarães, ter sofrido uma derrota humilhante na eleição vencida por Fernando Collor.

Ulysses Guimarães, o grande timoneiro das Diretas Já, nunca mais se recuperou dessa derrota junto com Waldir Pires, candidato a vice-presidente. Foram traídos pela cúpula de seu partido, o PMDB. Pode-se confiar em políticos?

FALSA ESQUERDA LATINA

Triste fim dessa onda de falsa esquerda na América Latina. Chavez, Maduro, Morales e o casal Kirchner, Nestor e Cristina, todos envolvidos em casos escabrosos de desvio de dinheiro público. A palavra esquerda para eles é um mero artifício para enganar o povo.

Em quem acreditar então, se direita escraviza com suas políticas conservadoras e neoliberais e a falsa esquerda age da mesma forma? Vejam o caso do Brasil, onde o governo do PT, dito de esquerda, implantou as mesmas receitas neoliberais do PSDB, qual seja, um amplo processo de privatizações tocado por empreiteiras, com dinheiro público doado pelo BNDES para entrega de portos, rodovias e aeroportos, igualzinho ao praticado por FHC, sem tirar nem por.

A MESMA POLÍTICA

Tal política continuará do mesmo jeito no provável governo Temer, conforme escreveu no jornal O Globo o colunista Jorge Bastos Moreno. Disse ele que, segundo conversas de bastidores no bunker do Palácio Jaburu, a grande sacada para sair da crise será um amplo processo de privatizações e o incentivo as exportações.

A primeira ação depende de recursos do Tesouro, pois segundo os analistas econômicos, o país está quebrado e com desequilíbrio fiscal gigantesco. Mas os empresários só assumem empresas estatais se o governo lhes der somas bilionárias para investir com juros de pai para filho.

FINANCIAR AS EXPORTAÇÕES

Quanto às exportações, o governo também terá que botar dinheiro na mão dos exportadores, principalmente no agronegócio (lembram do Plano Safra?). É outra aposta duvidosa e de difícil implementação, mesmo tocada pelo tucano Serra, pois o mundo ainda está em recessão, logo todo mundo quer exportar, inclusive o maior importador do mundo globalizado, falo da China.

Bem, por enquanto é isso. Vamos aguardar os próximos acontecimentos, pois a função principal de quem escreve, notadamente dos jornalistas, é ser oposição a quem quer que seja, para que haja permanente evolução da qualidade de vida dos cidadãos, além do amor à verdade e da fidelidade ao leitor contribuinte.

Alea jacta est.

Mostra de arte contemporânea de países do Mercosul é inaugurada no Rio

01/05/2016 10h01
Rio de Janeiro
Paulo Virgílio - Repórter da Agência Brasil

A pluralidade da arte contemporânea de grande parte do Continente Sul-Americano pode ser apreciada a partir deste domingo (1º) na Caixa Cultural Rio de Janeiro. Aberta na tarde deste sábado (30), para convidados, a exposição Um só corpo. Arte contemporânea nos países do Mercosul reúne 55 trabalhos de 19 artistas do Brasil, da Argentina, do Uruguai e da Venezuela, com o objetivo de apresentar os diversos estilos e tendências da produção artística nesses quatro países.
Obra do artista brasileiro G. Fogaça, que faz parte da mostra em cartaz na Caixa Cultural do Rio - Divulgação/Assessoria de imprensa da mostra

Com uma proposta artística baseada na investigação do corpo, a exposição faz parte de um projeto que busca encontrar traços semelhantes dos aspectos culturais que compõem a latinidade, além de mostrar como diferentes artistas trabalham esses temas-chave para a formação cultural e política da América Latina. “Todos os artistas participam de um fio condutor, onde se produz uma leitura unificada de ausências, dores, terras e espoliações, mestiçagens e estranhezas, propriedades de um continente em constante construção de sua independência”, define a curadora Morella Jurado, diretora do Instituto de las Artes de la Imagem y el Espacio, da Venezuela.

As obras expostas são dos artistas Lucas Bambozzi, Ângela Barbour, G. Fogaça, Luiz Martins e Raquel Pellicano (Brasil); Gustavo Alamón, Salomón Reyes, Boris Romero e Mario Sarabí (Uruguai); Ana Laura Cantera, Vicente Aranaga, Argelia Bravo, Manuel Finol, Oscar Sotillo e Natalia Rondón (Venezuela); Lújan Funes, Julieta Hanono, Silvia Gai e Alexandre Curto (Argentina).

A exposição, que é itinerante e percorrerá todos os países do Mercosul, fica no Rio até 26 de junho. A entrada é franca e a visitação pode ser feita de terça-feira a domingo, das 10h às 21h. A Caixa Cultural fica na Avenida Almirante Barroso, 25, no centro do Rio.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Estudantes têm até as 20h para fazer o simulado do Enem

01/05/2016 10h56
Brasília
Heloisa Cristaldo - Repórter da Agência Brasil
O teste está acessível na plataforma de estudos Hora do Enem - Arquivo/Agência Brasil

Candidatos ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) têm até as 20h deste domingo (1º) para fazer o simulado online da prova. O teste está disponível no portal Hora do Enem exclusivamente para os 2,2 milhões de estudantes do último ano do ensino médio. Até o momento, 200 mil estudantes acessaram o simulado.

O prazo de acesso terminaria às 20h de ontem (30), mas o Ministério da Educação (MEC) decidiu prorrogá-lo. O teste está acessível na plataforma de estudos Hora do Enem. Para participar, é preciso ter feito a inscrição no portal.

O exame tem 80 itens, com a mesma metodologia de elaboração de questões do Enem. O conteúdo é composto principalmente por assuntos vistos nas escolas até abril. A partir do momento de início do exame online, o estudante terá até quatro horas, ininterruptas, para finalizá-lo. O resultado e o gabarito serão divulgados ao final do exame.

Na hora de se cadastrar, o estudante informa o seu objetivo ao fazer o Enem e a plataforma já disponibiliza um plano de estudos para que ele alcance aquela meta. O resultado do simulado mostrará como está o desempenho do aluno em relação ao curso que pretende fazer.

Este é o primeiro simulado online do Enem. Pelo menos mais três serão feitos até a data do exame, nos dias 25 de junho, 13 de agosto e 8 e 9 de outubro. Os últimos exames serão no mesmo formato do Enem e terão dois dias de duração, mas não haverá simulado da redação. De acordo com Ministério da Educação, a abrangência dos assuntos cobrados nos simulados avançará conforme o desenvolvimento dos aprendizados do ano letivo. Na prática, o último simulado corresponde a um exemplo de teste completo de como serão, de fato, as provas do Enem de 2016.

O Enem de 2016 acontecerá nos dias 5 e 6 de novembro e as inscrições estarão abertas de 9 a 20 de maio.

Edição: Juliana Andrade
Agência Brasil

Celulares do Centro-Oeste e do Norte terão mais um dígito a partir de 29 de maio

30/04/2016 14h21
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil

A partir do dia 29 de maio, os números de celulares da Região Centro-Oeste e de três estados da Região Norte terão mais um dígito. Para fazer ligações ou mandar mensagens de qualquer lugar do país, seja de telefone fixo ou móvel, para celulares desses estados será preciso discar o 9 antes do número do telefone.

O nono dígito deverá ser acrescentado antes do número telefônico para ligar para celulares dos seguintes DDDs: 61 (Distrito Federal), 62, 64 e 65 (Goiás), 63 (Tocantins), 66 (Mato Grosso), 67 (Mato Grosso do Sul), 68 (Acre) e 69 (Rondônia). O dígito 9 deverá ser acrescentado à esquerda dos atuais números, que passarão a ter o seguinte formato: 9xxxx-xxxx.

As operadoras de telefonia móvel disponibilizam aplicativos gratuitos que fazem a mudança da agenda dos aparelhos celulares automaticamente. Também será preciso fazer ajustes em equipamentos e sistemas privados, como equipamentos PABX.

Até o dia 7 de junho, as chamadas feitas com 8 dígitos e com 9 dígitos serão completadas normalmente. De 8 de junho a 5 de setembro as chamadas com 8 dígitos receberão mensagem com orientação sobre a mudança. Após esse período de transição, as chamadas marcadas com oito dígitos não serão mais completadas.

Segundo a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), o objetivo da mudança é aumentar a disponibilidade de números na telefonia celular, dar continuidade ao processo de padronização da marcação das chamadas e garantir a disponibilidade de números para novas aplicações e serviços.

O nono dígito já foi implementado em São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Amapá, Roraima, Amazonas, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. E ainda será implantado no Paraná, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul no dia 6 de novembro.

Edição: Fernando Fraga
Agência Brasil

Quina e Mega-Sena - Resultado de 30/04/2016

Quina - Concurso Nº 4072 
02
34
43
75
78
Premiação
Quina-5 números acertados-Marialva/ PR - 1 aposta ganhadora, R$ 1.921.148,76
Quadra - 4 números acertados - 49 apostas ganhadoras, R$ 10.596,95
Terno - 3 números acertados - 3807 apostas ganhadoras, R$ 194,84
Estimativa de prêmio do próximo concurso 02/05/2016 - R$ 500.000,00

Mega - Sena - Concurso Nº 1813 
09
11
13
15
19
51

Sena -   6 números acertados - Não houve acertador
Quina -  5 números acertados - 209 apostas ganhadoras, R$ 10.804,08
Quadra- 4 números acertados - 9346 apostas ganhadoras, R$ 345,15

Estimativa de prêmio do próximo concurso 03/05/2016 
R$ 14.000.000,00

http://loterias.caixa.gov.br

Mergulhando no brejo

Charge do Sponholz (sponholz.arq.br)

Carlos Chagas

Aécio Neves, Geraldo Alckmin, José Serra, Marina Silva, Ronaldo Caiado, Jair Bolsonaro, Ciro Gomes. E o Lula? O Lula hesita em dizer que é, mas é. Vai disputar a presidência da República em 2018, até por falta de outro candidato que o PT possa apresentar. Outros poderão ser incluídos na relação acima, como alguns excluídos, mas salta aos olhos a prevalência do primeiro companheiro. Com boa ou má performance, Michel Temer está fora.

A pergunta que se faz é se o país aguentará os próximos dois anos. Pelo que se conhece dos novos ministros, não há notáveis entre eles. Dos já previstos e anunciados, Henrique Meirelles e José Serra destacam-se, mas nem tanto. Os outros, salvo surpresas, provêm do embate entre os partidos sequiosos de abocanhar parcelas do poder.

Temer entregou os pontos antes mesmo de assumir. Sequer vai reduzir tanto assim o número de ministérios. Muito menos buscar cidadãos que se destaquem nas múltiplas atividades à margem dos partidos. Já caiu na arapuca.

INDO PARA O BREJO

Sendo assim, e acrescidas as dificuldades que herdará de Dilma, o novo presidente mergulhará no brejo. E pelo jeito, o próximo também, tendo em vista os possíveis candidatos acima relacionados para 2018.

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Haddad se engana: PT nunca liderou a esquerda no Brasil




Pedro do Coutto 

Numa entrevista a Mônica Bergamo, Folha de São Paulo, edição de segunda-feira, o prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, afirmou que o PT vai sobreviver à tempestade que atinge o governo Dilma Rousseff, mas pode deixar de ser o partido hegemônico da esquerda brasileira. Haddad cometeu, a meu ver, um duplo equívoco: o Partido dos Trabalhadores era uma legenda de oposição, mas nunca, a rigor, foi de esquerda. Principalmente porque a esquerda deixou de existir no campo ideológico fundamental.

A esquerda, na Europa, era um marco divisor entre capital e trabalho. No Brasil, não. Os partidos podiam se considerar esquerdistas. Mas no fundo não se empenhavam para mudar a dualidade. Queriam, isso sim, os fatos comprovam, substituir os capitalistas, chegando a seu universo de prazeres e posicionamentos. Não se propunham, aliás jamais se propuseram, a melhorar efetivamente a distribuição de renda. Lutavam para obter a renda para si, o que é muito diferente.

Quadros partidários do PT, a Operação Lava Jato comprova, formaram uma aliança com as grandes empreiteiras, como a Odebrecht e a Andrade Gutierrez. Sob a sombra de tal coligação, concretamente assaltaram a Petrobrás e abalaram, não só o governo conquistado nas ruas e nas urnas, mas a própria economia nacional.

ONDE ESTÁ A ESQUERDA?

Com a lista de propinas atribuída à Odebrecht, por exemplo, a empresa transformou-se numa legenda suprapartidária. Onde está a esquerda? Em lugar algum.

Ao invés de se esforçar para suavizar, pelo menos isso, a diminuição do Produto Interno Bruto, o PT compactuou, esta sua maior contradição, com uma ainda maior concentração de renda. Tanto assim que o trabalho perdeu sua capacidade de consumo – portanto, sua presença na distribuição dos pedaços do bolo.

O PT passou a se basear no antigo princípio sinuoso: o capitalismo para si, o socialismo para os outros. No Brasil, o que na realidade traduz a ideia socialista? O desejo de reforma, não a manutenção do panorama. Trata-se no fundo, de fazer simplesmente com que os salários não percam para a inflação, pois neste caso estarão sendo reduzidos.

Nada mais do que isso é necessário para sustentar os níveis de consumo e assegurar o crescimento da produção e, por conseguinte, a comercialização.

CONSERVADORISMO

Sem salário digno, não pode haver saneamento, moradia, saúde e educação, uma vez separadas as obrigações inerentes ao poder público, em todas as suas escalas, e os legítimos interesses particulares. Ao contrário de tudo isso, o que ocorreu ao longo dos governos Lula e Dilma Rousseff foi a expansão de um conservadorismo ultrapassado, que não admite transferir um centésimo de seus ganhos à valorização do trabalho, em nosso país representado por 100 milhões de homens e mulheres que formam a mão de obra ativa.

O salário médio brasileiro, de acordo como IBGE, flutua em torno de 2 mil e 400 reais, mês. 1/3 dos trabalhadores ganham apenas o salário mínimo. Cinquenta por cento percebem de 1 a 3 mínimos. Onde está a tão falada redistribuição de renda? Uma fantasia eleitoral destinada somente a renovar esperanças perdidas nas nuvens do tempo.

APENAS SONHAR

Ser de esquerda no Brasil é tão somente sonhar com uma política reformista que, sem sensibilizar o lucro do capital, evite o empobrecimento progressivo de 204 milhões de brasileiros. O PT, alguma vez, lutou concretamente por isso? Jamais. De sua ideia original, acabou unindo-se às forças, nem sempre honestas, do capitalismo.

O PT nunca foi de esquerda. Iludiu com a posição ao governo FHC com o impulso reformista de fato. Seu fracasso de agora expõe sua farsa de ontem.

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Assassinato a tiros no Bairro Niterói e no Bairro Eldorado em JF

30/04/2016 17h29 - Atualizado em 30/04/2016 18h49

Polícia registra segundo homicídio em Juiz de Fora neste sábado
Vítima ainda não foi identificada levou um tiro; testemunha acionou a PM.
Assassinato ocorreu no Bairro Niterói e ocorrência segue em andamento.

Do G1 Zona da Mata

Uma pessoa foi encontrada morta na tarde deste sábado (30), no Bairro Niterói, em Juiz de Fora. De acordo com as informações preliminares da Polícia Militar (PM), a vítima foi atingida por 17 disparos de arma de fogo. Ainda não há informações sobre a identificação da vítima e motivação do crime.

Uma testemunha presenciou toda a ação e entrou com contato com os policiais. As viaturas estão no local, na Estrada União e Indústria, juntamente com a Perícia da Polícia Civil e ocorrência segue em andamento.

Homicídio no Bairro Eldorado
Na manhã deste sábado, o corpo de um homem, que não teve a idade divulgada, foi encontrado dentro de uma vala em uma esquina do Bairro Eldorado. Segundo a PM, o corpo tinha marcas de, pelo menos, três disparos de arma de fogo.

Testemunhas disseram que a vítima tentou se salvar, entrando no beco da casa em que morava, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A suspeita é de que o crime tenha relação como tráfico de drogas.
XXXXX
Eldorado - Rua Maria Lopes
* Informações deram conta que dois indivíduos foram reconhecidos, sendo, um deles morador do Bairro Grama e o outro morador das adjacências do Bairro Eldorado.
Após os disparos da arma de fogo a dupla fugiu em uma motocicleta.
A funerária removeu o corpo ao IML para a expedição do Laudo de Necropsia.
A Polícia Civil se encarrega das investigações.

sábado, 30 de abril de 2016

Zavascki manda incluir Pasadena na investigação sobre a Petrobras

Dilma presidia o Conselho e sabia de tudo, denuncia Delcídio

Márcio Falcão
Folha

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Teori Zavascki determinou nesta sexta-feira (29) que trechos da delação do senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS) sobre a compra da refinaria de Pasadena sejam inseridos no inquérito que apura a existência de uma organização criminosa na Petrobras.

Em sua colaboração, o parlamentar admitiu que recebeu propina de US$ 1 milhão decorrente da compra irregular da Refinaria de Pasadena, adquirida pela Petrobras em 2006.

Ex-líder do governo, Delcídio também levanta a suspeita de que a presidente Dilma Rousseff, na época presidente do Conselho de Administração da Petrobras, deveria saber dos problemas nessa operação. Mas não foram anexadas provas além do depoimento dele para comprovar a afirmação.

PROPINAS NA ESTATAL

O senador disse que soube que a aquisição de Pasadena rendeu propinas no valor de US$ 15 milhões a funcionários da Petrobras e que pediu a propina aos ex-diretores Nestor Cerveró e Paulo Duque para pagar dívidas da campanha a governador do Mato Grosso do Sul em 2006, na qual foi derrotado.

Este inquérito é o principal da Lava Jato que tramita no Supremo porque investiga a relação de 39 políticos na formação de uma organização criminosa que teria atuado no esquema de corrupção da Petrobras.

A decisão de Teori atende a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e não significa que os citados se tornam formalmente investigados no inquérito, o que dependerá do andamento da apuração.

Mas é uma etapa inicial que pode acarretar na investigação da relação deles com a formação de um esquema criminoso na Petrobras. Para a Procuradoria, as citações feitas por Delcídio complementam a narrativa da atuação do núcleo político que teria ligações com os desvios na estatal.

DILMA, LULA E TEMER

Na semana passada, o ministro também pediu que fossem inseridos no chamado inquérito do quadrilhão referências feitas a Dilma, ao ex-presidente Lula e ao vice-presidente Michel Temer pelo senador em sua delação premiada.

Os trechos da delação de Delcídio sobre Pasadena também foram incluídos no inquérito aberto em dezembro pelo STF que apura ligação de Delcídio com o esquema de corrupção da Petrobras.

Em 2006, a Petrobras comprou do grupo belga Astra metade da refinaria de Pasadena por US$ 360 milhões, aí incluídos estoques de petróleo. Os sócios brigaram por causa do custo da reforma que a Petrobras queria fazer na refinaria, que chegavam a US$ 2,5 bilhões, considerado alto pela Astra.

A Petrobras então enviou proposta de US$ 550 milhões pelo restante de Pasadena, mas a Astra queria US$ 1 bilhão. Os sócios acabaram fazendo um acordo de US$ 788 milhões. Mas sem aprovação do conselho da estatal brasileira, ele não foi fechado, o que levou a uma disputa judicial nos EUA.

MAIS PAGAMENTO

No final, após uma batalha judicial encerrada em 2012, a Petrobras acabou pagando US$ 885 milhões pelos 50% da refinaria. No total, a estatal brasileira desembolsou US$ 1,25 bilhão por um negócio comprado pela Astra por apenas US$ 42,5 milhões em 2005. O ex-presidente da Estatal, José Sérgio Gabrielli, diz que a Astra fez investimentos de US$ 360 milhões na refinaria após a aquisição de 2005.

Em 2014, quando o TCU (Tribunal de Contas da União) apurava os prejuízos nessa aquisição, Dilma afirmou que o Conselho de Administração, que ela presidia, não teve conhecimento de todos os atos tomados pelos diretores e que algumas cláusulas do contrato não foram informadas aos conselheiros, responsabilizando os diretores pelo prejuízo.

Ao fim da apuração, o TCU considerou que as operações para adquirira Pasadena deram um prejuízo US$ 792 milhões à estatal e está exigindo a devolução desses recursos a 14 ex-diretores. No julgamento, os ministros entenderam que os conselheiros não poderiam ser apontados como responsáveis pelo dano, mas que isso poderia vir a ocorrer na fase atual do processo, onde cada diretor está se defendendo.

DEPOIMENTO

Na síntese do depoimento do senador Delcídio, os investigadores informam que ele afirmou que a presidente Dilma Rousseff “como presidente do Conselho de Administração da Petrobras, tinha pleno conhecimento de todo o processo de aquisição da Refinaria de Pasadena e de tudo que essa encerrava”. Diz ainda que os ilícitos seriam do “conhecimento de todos. Sem exceção”.

OS investigadores também informam que “a alegação de Dilma de que ignorava o expediente habitualmente em contratos desse tipo, alegando desconhecimento de cláusula como Put Option, absolutamente convencional, é, no mínimo, questionável”.

No entanto, no texto anexado do depoimento prestado por Delcídio em 13 de fevereiro sobre esse assunto, o senador diz que “considera, então, que foi ‘vendido um peixe’ de que a compra da Refinaria de Pasadena teria ocorrido sem o conhecimento do Conselho”. Ao longo do depoimento anexado ele não discorre sobre quem sabia das irregularidades da compra da refinaria. Diz ainda que a decisão de comprar “deve ter sido trabalhada no âmbito do Conselho”.

Desde os anos 80, Lula sempre ganhou “mensalinho” da OAS, diz empreiteiro

Zuleido Veras diz que OAS garantia “sobrevivência” de Lula

Hugo Marques
Veja

O empreiteiro Zuleido Veras, preso em 2007 por pagar propina para obter contratos com o governo do PT, conta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebia dinheiro da construtora OAS desde a década de 80 e que cartel de empreiteiras ajudou a eleger Dilma Rousseff.

O engenheiro Zuleido Veras conhece bem o ambiente de promiscuidade que existe entre o mundo político e as empreiteiras de obras públicas. Em 2007, Veras foi preso em uma operação da Polícia Federal, acusado de pagar propina em troca de contratos milionários no governo – um roteiro de corrupção muito similar ao do hoje famoso petrolão.

Dono da construtora Gautama, o empreiteiro ficou doze dias na cadeia, respondeu ao processo em liberdade e, neste ano, o Supremo Tribunal Federal considerou nulas as provas contra ele.

DEZ ANOS NA OAS

Na década de 80, antes de abrir o próprio negócio, Veras ocupou durante dez anos um cargo importante na OAS, uma das empreiteiras envolvidas no escândalo de pagamentos de suborno da Petrobras. Trabalhou ao lado de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS e hoje um dos condenados no esquema de fraudes na estatal.

Nesse período, Veras testemunhou o início de um relacionamento que pode explicar muito sobre alguns eventos ainda em apuração na Operação Lava-Jato.

Além dos golpes contra a Petrobras, Léo Pinheiro está sendo investigado por ter pago propina a políticos importantes, entre eles o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, suspeito de ter recebido de presente da empreiteira um tríplex numa praia do Guarujá e a reforma de um sítio em Atibaia, ambos no Estado de São Paulo.

MESADA GORDA

Em entrevista a Veja, Zuleido Veras conta que as relações financeiras entre Lula e a OAS reveladas pela Lava-Jato não o surpreenderam: elas existiam desde que o ex-presidente ainda era apenas um político promissor.

O empresário afirma que Léo Pinheiro sempre deu dinheiro a Lula para “sua sobrevivência”, valores que hoje ficariam entre “30.000, 20.000, 10.000 reais”, e também ajudava “por fora” nas campanhas políticas do ex-­presidente.

Em troca, os petistas estendiam a mão aos interesses da OAS. Veras também diz que o petrolão foi criado no governo Lula com a missão de garantir recursos para eleger Dilma.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – Em 1986, Lula venceu sua primeira e única eleição, antes de chegar à Presidência da República, ao conquistar uma vaga de deputado federal constituinte. Sua atuação na Câmara foi pífia, os grandes destaques que ficaram são o boicote do PT à nova Constituição, que nem foi assinada pelos parlamentares do partido, e a declaração de Lula sobre a existência de 300 picaretas na Câmara, e agora se sabe que certamente ele era um deles. (C.N.)