segunda-feira, 7 de março de 2016

Tribunal Federal cassa liminar e mantém novo ministro da Justiça no cargo

07/03/2016 17h50
Brasília
Michèlle Canes – repórter da Agência Brasil

Uma decisão do presidente do Tribunal Regional Federal da1ª Região (TRF1), desembargador Cândido Ribeiro, permitiu hoje (7) que o novo ministro da Justiça, Wellington César Lima e Silva, assuma o cargo em substituição ao ex-ministro José Eduardo Cardoso, atual chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), até que o Supremo Tribunal Federal (STF) decida sobre a questão.
Com a decisão do desembargador, Wellington César pode reassumir o Minitério da Justiça - Valter Campanato/Agência Brasil

O desembargador atendeu pedido da AGU para suspender a liminar concedida ao DEM, na última sexta-feira (4), pela juíza Solange Salgado de Vasconcelos, da 1ª Vara Federal em Brasília. Ela entendeu que o ministro, por ser membro do Ministério Público da Bahia, não pode exercer o cargo.

Hoje, a AGU recorreu, argumentando que um artigo da Constituição abre a possibilidade de membros do MP desempenharem outros cargos públicos.

Na decisão, o desembargador ressalta que o Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir, na quarta-feira (9), a pedido do PPS, sobre a legalidade de membro do Ministério Público, como é o caso de Wellington César na Bahia, exercer o cargo de Ministro de Estado da Justiça. A ação no STF é relatada pelo ministro Gilmar Mendes.

“Enquanto isso não ocorrer, entendo que a execução da liminar, tem o condão de acarretar grave lesão à ordem pública, a autorizar a concessão da suspensão requerida”, diz o desembargador no texto. A decisão tomada hoje pelo desembargador é válida até que o STF decida sobre o tema.

Na decisão de hoje o desembargador disse que a decisão da juíza “envolve interferência em ato do governo, com subjacente impacto nas condições de governabilidade da chefe do Poder Executivo”.

E completou: “Além do mais, a liminar questionada, como afirma a requerente ‘deixa sem comando, do dia para a noite, um ministério que tem como responsabilidade direta a segurança pública, as garantias constitucionais, a administração penitenciária, entre outros assuntos de extrema relevância’”, diz.

Edição: Jorge Wamburg
Agência Brasil

STF publica acórdão com decisão sobre rito do impeachment

07/03/2016 15h49
Brasília
Michèlle Canes – Repórter da Agência Brasil

O Supremo Tribunal Federal (STF) publicou hoje (7), no Diário da Justiça Eletrônico, o acordão com a decisão do julgamento que definiu o rito do impeachment. O texto será publicado amanhã (8) e, com isso, poderão ser apresentados recursos.

Em dezembro do ano passado, depois de dois dias de julgamento, o plenário do STF, definiu as principais regras do rito de impeachment. A ação foi levada à Corte pelo PCdoB.

No início de fevereiro deste ano, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), recorreu ao STF para modificar o julgamento. No recurso apresentado, Cunha voltou a defender votação aberta para a eleição da comissão do impeachment e a obrigatoriedade de o Senado dar prosseguimento ao processo.

Diante do pedido recurso do presidente da Câmara, o ministro Luís Roberto Barroso, relator do acórdão, solicitou manifestação do Senado Federal e da Presidência da República sobre o tema. O Senado entendeu que não é obrigado a seguir a decisão que for tomada pela Câmara dos Deputados no processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff.

A Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o desprovimento do recurso enviado por Cunha. O documento, assinado pelo advogado-geral da União substituto, Fernando Luiz Albuquerque Faria, pediu a rejeição do recurso por ter sido apresentado antes da publicação do acórdão.

Na semana passada, pelo mesmo motivo, a Procuradoria-Geral da República já havia pedido a rejeição do recurso.

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

Cunha é notificado e tem dez dias para se defender no Conselho de Ética

07/03/2016 16h27
Brasília
Iolando Lourenço - Repórter da Agência Brasil

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara notificou hoje (7) à tarde o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara, sobre o processo de investigação que tramita contra ele, com a aprovação do relatório preliminar do deputado Marcos Rogério (PDT-RO) na semana passada. Com o recebimento da notificação, Cunha terá, a partir de amanhã (8), dez dias úteis para apresentar defesa por escrito ao conselho. O prazo termina dia 21 de março.

O próprio Eduardo Cunha recebeu e assinou a notificação do conselho Arquivo/Antonio Cruz/Agência Brasil

Na quinta-feira (3), um funcionário do conselho tentou notificar Cunha, mas não o encontrou. Hoje, o próprio deputado recebeu a notificação de um funcionário do conselho, assinou o documento às 15h28m e o devolveu ao servidor do colegiado.

Decorrido o prazo de apresentação de defesa por escrito e apresentação de testemunhas pela defesa, o Conselho de Ética terá até 40 dias úteis para ouvir testemunhas, fazer as oitivas e as investigações. Esse prazo termina em 18 de maio.

Concluída essa fase do processo, o relator Marcos Rogério terá até dez dias úteis para apresentar o texto definitivo. O prazo final para apresentação do parecer termina dia 2 de junho. A partir daí, o documento será discutido e votado.

O deputado Eduardo Cunha tem afirmado que seus advogados deverão recorrer da decisão do conselho, que aprovou o relatório preliminar para abertura das investigações contra ele.

Cunha responde a processo por quebra de decoro parlamentar e cassação do mandato em função de representação apresentada contra ele pelo PSOL e pela Rede Sustentabilidade.

Eduardo Cunha é alvo de processo de cassação sob acusação de ter mentido à CPI da Petrobras. Em março do ano passado, ele afirmou que não tinha contas no exterior. Posteriormente, documentos do Ministério Público da Suíça apontaram a existência de contas ligadas a ele naquele país.

O deputado Eduardo Cunha nega ser dono das contas e diz que elas são administradas por trustes. Ele admite ser o “usufrutuário” dos ativos mantidos no exterior.

Edição: Armando Cardoso
Agência Brasil

Empresário iraniano é condenado à morte por corrupção

07/03/2016 11h10
Teerã
Da Agência Lusa

O empresário iraniano Babak Zanjani foi condenado à morte por corrupção, informou o porta-voz da autoridade judiciária do Irã, Gholamhossein Mohseni-Ejeie. Detido em dezembro de 2013, o milionário foi acusado de desviar US$ 2,8 bilhões em transações ilegais de petróleo, contornando as sanções internacionais que foram impostas ao Irã.

"O veredito do julgamento de Babak Zanjani e de outros dois acusados foi pronunciado. Eles foram considerados culpados por corrupção e condenados à morte", afirmou Mohseni-Ejeie. Eles foram ainda condenados a ressarcir a Companhia Nacional Iraniana de Petróleo e pagar uma multa equivalente a um quarto do montante sonegado, adiantou o porta-voz.

Babak Zanjani pode recorrer do veredicto. Com 41 anos, ele é um influente empresário, dono de muitas empresas que estão confiscadas, incluindo uma companhia aérea.

A prisão de Zanjani ocorreu depois da ordem dada pelo presidente do Irã, Hassan Rohani, ao seu governo para lutar contra a corrupção “em particular daqueles que tiram proveito das sanções econômicas".

No julgamento, que durou vários meses e foi realizado em público, o empresário explicou que, sob o governo do ex-presidente Mahmoud Ahmadinejad, o Ministério do Petróleo pediu a sua ajuda para repatriar o dinheiro do petróleo vendido no exterior.
Agência Brasil

Doces mantêm identidade e tradição da culinária mineira

SEG 07 MARÇO 2016 09:30 ATUALIZADO EM SEX 04 MARÇO 2016 16:26

Imagem do estado é representada pela comida e receitas familiares conquistam o mercado nacional, gerando emprego e renda
Cyro Almeida

Frutas como goiaba, laranja da terra, figo, jabuticaba e manga dão origem a diversos doces de compota

Alto Paranaíba, Triângulo, Noroeste, Sul, Central, Leste, Norte... Cada região, com sua especificidade e vocação, conta em seus sabores, a história do estado. E os doces são parte importante dessa identidade gastronômica. A tradicional produção artesanal das receitas mantém, ainda hoje, o fazer familiar como legado cultural de gerações. Com a profissionalização, a atividade passou ainda a gerar mais emprego, conquistando o mercado nacional e fazendo a alegria dos turistas.

A ambrosia, por exemplo, é um dos doces mais antigos de Minas Gerais. Chegou ao Brasil no século XVII, com a vinda das famílias portuguesas, principalmente das mulheres que eram habituadas a essa receita. O nome do doce é também cheio de simbolismo. Por causa do sabor, tido como divinal, a ambrosia é chamada, em grego, de manjar dos deuses do olimpo.
A tradicional produção artesanal das receitas preserva o fazer familiar 
- Foto: Cyro Almeida

Receita de família
A ambrosia de Araxá, no Alto Paranaíba, é famosa. A referência é a receita da dona Joana D’Arc, de 83 anos, mais conhecida como dona Joaninha. O jeito de fazer ela aprendeu no passado, com uma amiga, e passou para o filho Luiz Augusto de Almeida e a nora. Os dois comandam uma doceria, em Araxá, negócio iniciado por dona Joaninha.

Luiz Augusto conta que o segredo está na paciência. O leite não é talhado e sim cozido durante 8 ou 9 horas. “O tempo é fundamental para refinar o gosto e suavizar a presença dos ovos. A maioria das pessoas come e não sabe se eles são ingredientes”, afirma o herdeiro de dona Joaninha, acrescentando que a receita artesanal já recebeu vários prêmios.

Também está na lista das receitas de dona joaninha, a “ameixinha de queijo”, uma massa feita com ovos e queijo. Famosos na região ainda são os doces de leite, de goiaba, de figo, abóbora com coco e de jabuticaba.

“O processo de produção continua o mesmo, há mais de 40 anos, quando dona joaninha começou a fazer os doces”, afirma Luiz Augusto. Ele acrescenta que as adaptações sanitárias e das instalações físicas buscaram preservar o jeito artesanal de fazer os doces.

Ambrosia, doce que segue a receita tradicional de dona Joaninha
 - Foto: Cyro Almeida

Do pomar para as compotas
Em Itaguara, no Centro-Oeste de Minas, dona Ana Maria Martins, 61 anos, utiliza as receitas que aprendeu com a mãe para fabricar doces artesanais de frutas. Goiaba, laranja da terra, figo, limão tahite, jabuticaba em caldas, manga, abacaxi... São mais de vinte variedades de compotas. A produção mensal chega a 1,4 mil potes e já têm uma clientela certa: mercados em Belo Horizonte, aeroportos, restaurantes e chefes de cozinha.

A agroindústria familiar fica na zona rural e é comandada por Ana Maria e pelo marido. Lá eles também cultivam as frutas utilizadas na produção dos doces. “São doces diferenciados pelo jeito artesanal de fazer, sem conservantes e com o doce da própria fruta tirada do pomar. Só compramos o abacaxi”, conta Luiz Augusto.

O cultivo das frutas e a fabricação dos doces têm reforçado a renda familiar de dona Ana e do marido, que são aposentados. Além disso, a atividade gerou quatro empregos para pessoas do povoado onde está localizada a agroindústria. “É uma renda a mais que a gente tem”, afirma dona Ana que possui uma clientela consolidada e pretende expandir ainda mais mercado.

Culinária é identidade mineira

Segundo a superintendente de Gastronomia da Secretaria de Estado de Turismo (Setur), Nathália Farah, a gastronomia representa o resgate da história do estado e tem impactado o turismo em Minas. Ela cita pesquisas realizadas pela Setur: em 2013, a gastronomia era a imagem de Minas Gerais para 24% dos turistas, em 2014, o índice subiu para 33%.

A valorização dos saberes e sabores regionais inclui a agroindústria artesanal de alimentos. O segmento é estimado em 1.153 estabelecimentos em Minas Gerais, a maioria formada de agricultores familiares. Destes, 37,2% processam leite, 24,6% cana de açúcar e outros 24% frutas e vegetais.

Qualidade e tradição

O estÍmulo à produção de doces está vinculado ao trabalho da Emater-MG e do IMA com as agroindústrias familiares. As ações são voltadas para orientações técnicas sobre o plantio da fruticultura, processo de produção dos alimentos, boas práticas, etapas para a certificação, informações que devem conter o rótulo e participação em feiras.

Para a coordenadora técnica regional de Bem Estar Social da Emater-MG, Eugênia Mara Gonçalves, o mercado exige novas posturas do produtor: “hoje o público quer ter segurança alimentar, quer saber a origem do produto, se é certificado. As informações precisam estar claras no rótulo. Então a gente trabalha com o produtor no sentido de mostrar as exigências do mercado e da legislação sanitária”.

Ainda segundo Eugênia Mara, o papel do técnico é ajudar o produtor fazer as adequações do processo de fabricação, preservando uma receita que é tradição. “Defendemos uma cozinha mineira mais profissional, valorizando as tradições e a qualidade do produto”, conclui a técnica da Emater-MG.

Os fabricantes de quitandas e doces também recebem informações sobre as formas de colocar os produtos no mercado seja por iniciativa individual ou por meio de cooperativa.

Para se profissionalizar

A assistência aos agricultores familiares interessados em orientação técnica para fabricação e comercialização dos doces é oferecida gratuitamente pela Emater-MG.

Basta o interessado procurar o escritório local mais próximo da sua casa. Endereços e telefones estão no site :www.emater.mg.gov.br.

Agência Minas

Educadores podem se inscrever para a Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro

SEX 04 MARÇO 2016 10:35  ATUALIZADO EM SEG 07 MARÇO 2016 00:01

Professores dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio de escolas públicas brasileiras podem se inscrever para participar da Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro. A competição, que tem por objetivo colaborar para a melhoria do ensino da leitura e da escrita, recebe inscrições até o dia 30 de abril pelo site www.escrevendoofuturo.org.br.

O tema desta edição é “O lugar onde vivo”, que propicia aos alunos estreitar vínculos com a comunidade e aprofundar o conhecimento sobre a realidade, contribuindo para o desenvolvimento de sua cidadania.

O professor inscrito deverá orientar seus alunos a escrever um texto, em língua portuguesa, original e de autoria exclusiva de cada aluno nas categorias: Poema (dedicado aos alunos do 5º e 6º ano do Ensino Fundamental), Memórias Literárias (alunos do 7º e 8º ano do Ensino Fundamental), Crônica (estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental e do 1º ano do Ensino Médio) e Artigo de Opinião (2º e 3º ano do Ensino Médio).

A Olimpíada de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro é um concurso de produção de textos para alunos de escolas públicas de todo o país, do 5º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio. Iniciativa do Ministério da Educação e da Fundação Itaú Social, com coordenação técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), este ano promove sua 5ª edição.


Agência Minas

Inmetro faz operação especial para fiscalizar ovos de chocolate com brinquedos

07/03/2016 05h52
Brasília
Da Agência Brasil

Operação Especial Páscoa será feita em pontos de venda de ovos de chocolate que contenham brinquedos - (José Cruz/Agência Brasil)

O Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, inicia hoje (7) a Operação Especial Páscoa, que fiscalizará pontos de venda de ovos de chocolate que contenham brinquedos. O Inmetro verificará se os brinquedos oferecidos como brinde têm o selo de identificação de conformidade, que atesta que o produto foi certificado. A ação ocorrerá em todos os estados.

A operação vai até sexta-feira (11). Segundo o instituto, o objetivo é coibir a venda de itens irregulares. O consumidor também pode fazer a verificação ao comprar. Segundo o Inmetro, os chocolates com brinquedo certificados devem trazer a seguinte frase na embalagem: “Atenção: contém brinquedo certificado no âmbito do Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade”.

Os estabelecimentos em que forem encontradas irregularidades terão até dez dias para se defender. Depois, estarão sujeitos às penalidades previstas em lei, com possibilidade de multas que variam de R$ 100 a R$ 1,5 milhão. Os consumidores que quiserem apresentar denúncias podem ligar para 0800 285 1818, ou enviar mensagem para o e-mail ouvidoria@inmetro.gov.br.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

Em oito anos, mais de 1 milhão de brasileiros devem gerar sua própria energia

06/03/2016 13h46
Brasília
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
Comunidade do Rio investe em energia solar - Divulgação

Você já pensou em gerar a sua própria energia elétrica em casa? Pois essa possibilidade já existe e deve ser cada vez mais comum no país. Segundo estimativa da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), até 2024 cerca de 1,2 milhão de residências no Brasil vão contar com energia produzida pelo sistema de geração distribuída, que permite que o consumidor instale pequenos geradores de fontes renováveis, como painéis solares e microturbinas eólicas, e troque energia com a distribuidora local, com objetivo de reduzir o valor da conta de luz.

O diretor da Aneel Tiago Correia já instalou oito placas de geração de energia solar em sua casa, o que vai atender ao consumo total da residência a partir do mês que vem. Para ele, além da vantagem de usar apenas fontes renováveis, um dos benefícios da geração distribuída é a redução de investimentos em redes de distribuição de energia. “Ela traz a geração para próximo do consumo”, afirma.

Na última terça-feira (1º), começaram a valer as novas regras aprovadas pela Aneel para a geração distribuída no país, que devem aumentar a procura pelo sistema. Uma das novidades é a possibilidade de geração compartilhada, ou seja, um grupo de pessoas pode se unir em um consórcio ou em cooperativa, instalar uma micro ou minigeração distribuída e utilizar a energia gerada para reduzir as faturas dos consorciados ou cooperados.

Segundo Tiago Correia, essa mudança vai possibilitar que mais pessoas adotem a geração compartilhada. “Quanto maior o sistema, mais barata é a instalação total, porque alguns custos são diluídos. Isso faz com que o retorno do investimento seja muito mais rápido, além de facilitar o acesso ao crédito cooperativado”, acrescenta.

Também foi autorizado pela Aneel que o consumidor gere energia em um local diferente do consumo. Por exemplo, a energia pode ser gerada em uma casa de campo e consumida em um apartamento na cidade, desde que as propriedades estejam na área de atendimento de uma mesma distribuidora. A norma também permite a instalação de geração distribuída em condomínios. Nesse caso, a energia gerada pode ser repartida entre os condôminos em porcentagens definidas pelos próprios consumidores.

Quando a quantidade de energia gerada em determinado mês for superior à energia consumida, o cliente fica com créditos que podem ser utilizados para diminuir a fatura dos meses seguintes. De acordo com as novas regras, o prazo de validade dos créditos passou de 36 para 60 meses.

Crescimento

Entre 2014 e 2016, as adesões ao modelo de geração distribuída quadruplicaram no país, passando de 424 conexões para 1.930 conexões. Para este ano, o crescimento pode ser de até 800%, segundo a Aneel. “O potencial de crescimento é muito grande, e a taxa de crescimento tem sido exponencial, até porque a base ainda é baixa”, afirma Correia. Atualmente, cerca de 90% das instalações de geração distribuída no país correspondem a painéis solares fotovoltaicos.

Para o presidente executivo da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), Rodrigo Sauaia, as novas regras aprovadas pela Aneel vão ajudar a fomentar o uso da geração distribuída no país. “A revisão das normas vai possibilitar ampliação expressiva da participação da população brasileira na geração distribuída. O Brasil acabou de se posicionar como uma referência internacional, na vanguarda na área de incentivo ao uso da energia de geração distribuída, em especial a geração solar”, lembra.

Custos

O investimento em um sistema de geração de energia distribuída ainda é alto no Brasil, por causa do custo dos equipamentos, mas o retorno poderá ser sentido pelos consumidores entre cinco e sete anos, segundo o diretor da Aneel. “Se você pensar como um investidor, que tem um dinheiro disponível e gostaria de aplicar, traria um rendimento muito melhor do que qualquer aplicação financeira disponível hoje”, diz Tiago Correia.

Já o responsável pela área de geração distribuída da empresa Prátil, Rafael Coelho, estima que uma residência consiga obter o retorno do investimento a partir de quatro anos, dependendo da radiação do local e do custo da tarifa. Para ele, o investimento vale a pena, especialmente porque o consumidor evita oscilações na tarifa de energia.

“Quando você faz o investimento em um sistema desses, é o equivalente a você comprar um bloco de energia antecipado, um estoque de energia, que poderá usar por 25 anos sem se preocupar se o valor da energia vai subir ou vai descer”, diz Coelho. Segundo ele, o aumento da procura por equipamentos vai fazer com que o custo da instalação tenha uma redução nos próximos anos. “Como qualquer indústria, ela precisa de escala para poder reduzir o custo unitário. Então, com o crescimento do setor, essa escala deve vir e consequentemente o custo para o cliente deve abaixar também”.

Para a Absolar, o principal gargalo para o avanço do setor de geração distribuída no país é a questão tributária, especialmente nos 12 estados que ainda não eliminaram o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS sobre a energia da microgeração. Em nível federal, o governo já fez a desoneração do PIS-Pasep e da Cofins sobre o sistema. Em relação ao financiamento, a entidade espera que o governo mobilize os bancos públicos para a oferta de crédito com condições especiais para pessoas e empresas interessadas em investir em mini e microgeração distribuída.

Edição: Graça Adjuto
Agência Brasil

DISCURSO MAMBEMBE DE LULA FOI UM PRIMOR DE MARQUETAGEM

Lula é um marqueteiro nato e agora se faz de vítima

Sergio Garschagen

Assisti agora, calmamente, o discurso-desabafo do Lula na sede do PT e tirei duas conclusões: 1) ele é marqueteiro nato, bem melhor que o João Santana, que estudou para isso. Fala bem, com todos os seus erros do português ruim, e convence as pessoas mais simples; e 2) fala e ressalta todos os seus feitos no governo mas sem cruzar um milímetro sequer para mostrar um único dos seus defeitos éticos. É um ser perfeito, iluminado em sua visão. Senão, vejamos: Lula bate no MP e na PF que o “perseguem” e mistura essa perseguição com o preconceito das elites que “odeiam pobre melhorando de vida”. Aí ele chega ao paroxismo do cinismo.

Banqueiros e empreiteiros são os cumes dessa elite que deveria odiá-lo, mas que, em compensação, garantem a sua boa vida. Qual o empresário que odeia ver pobre consumindo seus produtos? Só se for burro. Todos lamentam é a queda do consumo, mas isso ele não fala. Ele evita também falar na destruição da maior estatal do país, dos milhões de desempregados atuais, da inflação e repica o samba de uma nota só dos “pobres que andam de avião”, FIES e bolsa família, uma realidade do passado e que estão sendo cortadas a cada dia pela crise de um país que decresce a cada ano 4%.

Ele fala que o mundo inteiro paga para ouvi-lo falar de suas conquistas e que ele é dos palestrantes mais bem pagos do mundo, quando todo mundo sabe que ele foi pago pelas empreiteiras brasileiras, para abrir negócios (em países corruptos, claro) e não consegue apresentar uma única e escassa transcrição de uma dessas palestras que fatalmente existiria no YouTube se fossem pagas por universidades ou institutos internacionais.

Nem um mísero contrato de palestra também. Nem explica por que o Instituto Lula pagou ao seu filho um milhão de reais. Fala que não é dono do sítio e não é mesmo. Está em nome de outrem. Mas nem uma reles palavra sobre os seus bens lá guardados e nem sobre as reformas de R$ 700 mil no sítio e do triplex, que também não é dele, “porque não paguei”. Mas nem uma palavra sobre o recebimento das chaves, mostrado pela Globo.

Vale mais a palavra dele que fatos que PF e MP querem apurar, que só desvios de recursos públicos. Ao lado, a claque tem frêmitos de felicidades e orgasmos cívicos.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG – A Procuradoria da República já desmentiu Lula de forma definitiva, porque a própria OAS revelou que todos os apartamentos do edifício Solaris estavam vendidos desde agosto de 2011. Este assunto foi manchete de O Globo no domingo, desmentindo Lula e dona Marisa, que insistem em afirmar que não são donos do triplex. A palavra do casal não vale mais nada, porém os petistas continuam acreditando. (C.N.)

http://www.tribunadainternet.com.br/discurso-mambembe-de-lula-foi-um-primor-de-marquetagem/

domingo, 6 de março de 2016

DERROCADA DE DILMA E LULA AGORA É APENAS UMA QUESTÃO DE TEMPO


Charge do Sinfrônio (sinfronio.com.br)

Carlos Newton

A colunista Vera Magalhães, da Veja, revela que as agruras do ex-presidente Lula e de sua sucessora Dilma Rousseff estão apenas no início. “Com a delação do senador Delcídio Amaral, ex-líder do governo, e a investida da Lava-Jato sobre Lula, ficou em segundo plano a delação do empreiteiro Otavio Azevedo, da Andrade Gutierrez. Mas quem teve acesso aos depoimentos diz que ainda virão petardos na direção do atual ministro da Comunicação Social, Edinho Silva, relacionados à sua atividade como tesoureiro da campanha de Dilma e Michel Temer em 2014, e o executivo Valter Cardeal, homem-forte de Dilma no setor elétrico”, diz a colunista, acrescentando que Otávio Azevedo corroborou o depoimento do empresário Ricardo Pessoa, da UTC, sobre a participação de Cardeal na cobrança de propina para o PT na negociação da construção de Angra 3.

Bem, isto é apenas o começo. Como avisou o ministro Teori Zavascki, relator da Lava Jato no Supremo, o pior ainda está para vir. Além do dirigente da Andrade Gutierrez, que vai colocar Dilma e Temer em situação desesperadora na Justiça Eleitoral, vem por aí também a importantíssima delação do presidente da OAS, Léo Pinheiro, diretamente envolvido nos casos do triplex no Guarujá e do sítio em Atibaia. Se o empreiteiro não contar tudo direitinho, não haverá delação premiada e ele vai direto para Curitiba, pois já está condenado a 16 anos de cadeia.

MAIS UMA DELAÇÃO

Simultaneamente às revelações de Otávio Azevedo e Léo Pinheiro, está caminhando também a delação premiada do ex-deputado e ex-presidente do PP, Pedro Corrêa, que nos depoimentos preparatórios já começou a contar como Lula e Dilma comandavam o circo da corrupção nas estatais. Além disso, o senador Delcídio, cuja colaboração com a força-tarefa da Lava Jato já rendeu cerca de 400 páginas, agora vai entrar em minúcias proustianas, pois está em busca do tempo perdido e pretende acrescentar detalhes picantes às narrações originais.

Por fim, ainda faltar investigar o governo como um todo. Os casos do Carf (Conselho Administrativo de Recursos Fiscais), da Eletronuclear e da Eletrobras são apenas aperitivo para os pratos principais. No dia que a Polícia Federal e o Ministério Público abrirem a tampa do DNIT (antigo DNER), o fedor na Praça dos Três Poderes será sentido a quilômetros .

LEMBRAM DO DNER???

O DNER (Departamento Nacional de Estradas de Rodagem) mudou de nome, mas não alterou as práticas criminais. Curiosamente, o Ministério dos Transportes hoje está fora de foco, mas a corrupção é uma das mais antigas tradições desta importantíssima pasta governamental, que faz o país andar para trás, pois mantém a logística das exportações em rodovias da idade da pedra lascada, por onde trafegam bravamente milhares de caminhões de carga.

Ao mesmo tempo, o Ministério dos Transportes consegue boicotar a expansão das ferrovias, não moderniza os portos nem incentiva a navegação de cabotagem, e ainda sustenta estatais inócuas como a ferroviária Valec, um conhecido antro de corrupção, e a estatal do fantasmagórico trem-bala, a Empresa Brasileira do Trem de Alta Velocidade (Etav), que nunca fez nada e acabou sendo transformada na Empresa de Planejamento em Logística (EPL), que nos últimos três anos está aprimorando a tecnologia desenvolvida pela Etav em matéria de dolce far niente, como dizem os italianos.

Mesmo assim, la nave va, sempre fellinianamente.

http://www.tribunadainternet.com.br/derrocada-de-dilma-e-lula-agora-e-apenas-uma-questao-de-tempo/