domingo, 29 de novembro de 2015

Capitania dos Portos do Rio busca desaparecidos em naufrágio, em Angra dos Reis

29/11/2015 12h29
Rio de Janeiro
Cristina Indio do Brasil - Repórter Agência Brasil

Uma equipe de inspeção naval da Delegacia da Capitania dos Portos em Angra dos Reis (DelAReis), com três embarcações da Marinha, realiza operação de busca e resgate na região sul do estado do Rio de Janeiro, para localizar cinco desaparecidos após o naufrágio da escuna Minas Gerais, nas proximidades da Ilha dos Meros, na Baía da Ilha Grande. Os bombeiros do Quartel de Angra dos Reis também participam das buscas.

De acordo com nota do Comando do 1º Distrito Naval, na noite de ontem (28) a Marinha tomou conhecimento do naufrágio da embarcação, que tinha 13 tripulantes a bordo. Oito deles já foram resgatados.

Segundo a Marinha, um inquérito será instaurado para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidades pelo ocorrido. O prazo para conclusão é de 90 dias.

Até o momento, o 1º Distrito Naval não informou o tipo de atividade para a qual a embarcação era utilizada.

Edição: Denise Griesinger
Agência Brasil

Jovem é assassinado após ameaçar garota em Juiz de Fora

29/11/2015 09h47 - Atualizado em 29/11/2015 09h47

Do G1 Zona da Mata

Um jovem de 28 anos foi morto na noite deste sábado (28) no Bairro Jardim Natal, em Juiz de Fora. A Polícia Militar (PM) informou que o motivo foi passional.

Uma jovem de 21 anos disse à PM que o relacionamento dos dois já havia terminado, mas que ele não aceitava. De acordo com o registro da ocorrência, a vítima foi até a casa onde ela estava e a ameaçou de morte se a visse com um outro jovem, de 18 anos, suspeito do crime.

De acordo com a polícia, ao sair da residência, ele foi atingido por um tiro nas costas pelo suspeito, que havia o seguido até o local. O suspeito fugiu e a PM fez rastreamento, mas ninguém foi detido até o momento.

O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico legal (IML) pela funerária de plantão.

sábado, 28 de novembro de 2015

AÇÃO DA UNIÃO CONTRA SAMARCO É MEDIDA DE GOVERNO ESCROQUE E BUNDÃO

Ação contra a Samarco só vai acabar no próximo século

Jorge Béja

O anúncio feito ontem por Izabella Teixeira (ministra do Meio Ambiente) e Luis Inácio Adams (Advogado-Geral da União), informando que na próxima segunda-feira a governo federal dará entrada na Justiça Federal de Brasília com uma Ação Civil Pública contra a Samarco, para conseguir, daqui a 10 anos, constituir um fundo de R$ 20 bilhões a fim de “suavizar a bacia do Rio Doce” é de uma pusilanimidade que não tem mais tamanho. Merece a repulsa de todo o povo. Estão fazendo encenação amarga e de péssima qualidade. Tripudiam da tragédia e do sofrimento alheio. Estão enganando as vítimas. É tapeação para mostrar que estão agindo. E a mando de Dilma, é claro. Quando a ação é do governo federal, é sempre o presidente da República quem está à frente. Dele é de quem partem as ordens.

NO MÍNIMO, ATÉ O SÉCULO XXII

Ação Civil Pública não tem prazo para acabar. Criada em 1985 (Lei nº 7.347) qualquer Ação Civil Pública, mormente tendo como causa uma tragédia do tamanho da de Mariana, atravessa gerações e mais gerações, até que seja concluída. E quando a ação terminar, e se dinheiro conseguir mesmo arrecadar, a quantia reverterá para um fundo gerido por um conselho com a participação do Ministério Público e da comunidade, “sendo seus recursos destinados à reconstituição dos bens lesados” (Artigo 13 da referida lei).

Para o leitor entender: lá pelos anos 2070/2080, o dinheiro arrecadado por essa desavergonhada Ação Civil Pública que Dilma determinou fosse feita servirá para reparar os danos que a tragédia causou. Todos os danos. Mas aí começarão outras demandas. Cada sobrevivente, ou seus herdeiros e sucessores, vai precisar submeter à apreciação judicial a relação e estimativa dos prejuízos que seus antepassados suportaram. Serão outros processos, chamados de Liquidação de Sentença por Artigos, com contraditório, sentenças e muitos recursos. Serão mais 10 a 20 anos de demora. Aí estaremos no Século XXII.

Leio no O Globo de hoje, sábado (página 14): “Segundo o advogado-geral da União, Luis Inácio Admas, a proposta é que o fundo seja controlado pelas próprias empresas (no caso, Samarco, Vale e BHP), que repassariam os valores conforme seus faturamentos”. Se entendi, gestores do tal fundo serão os próprios réus da ação, os réus condenados, e o dinheiro das indenizações seriam por eles entregue às vítimas na medida do faturamento das empresas. Se for isso mesmo, deixo de fazer qualquer consideração, uma vez que a proposta é indecente, desonrada e fraudatória. Se não compactuo com malandragem, menos ainda com propostas escroques e escrotas.

FALTOU CASSAR A CONCESSÃO

Sim, desavergonhada. Não que a Ação Civil Pública mereça tal adjetivação. A falta de vergonha e de pudor está no fato de o governo federal optar apenas pela propositura da ação, sem, paralela e concomitantemente, cassar a concessão que a própria União concedeu à Samarco e, no mesmo ato (decreto ou Medida Provisória), abrir nova licitação para que o serviço de exploração de minério não sofra solução de continuidade e os trabalhadores não fiquem desempregados. E nem o município de Mariana perca os quase 90% de sua receita, que procede dos impostos pagos pela mineradora.

A encampação ou reversão da Samarco (concessionária) pelo governo federal (concedente) foi exigida e reclamada aqui na Tribuna da Internet no artigo “O que Dilma espera para cassar a concessão da Samarco e abrir nova licitação?”, publicado dia 22 passado e que pode ser relido no “link”. No artigo estão as justificativas de fato e de direito para a imediata cassação da concessão. Muitos outros blogs republicaram o artigo. Para citar apenas dois: pensandovocê.blogspot de José Carlos Cataldi e debatesculturais, de Alessandro Lyra Braga.

Mas que a verdade seja dita: tudo acontece e caminha na mais absoluta normalidade. Não se pode exigir ou esperar de um governo desmoralizado, ridicularizado, sem credibilidade interna e externa, marcado pela corrupção, sem gente de razoável saber e mínima compostura… Não se pode exigir de um governo bundão atitudes, medidas e gestos de energia, sobriedade e altivez que o governo desconhece e não tem independência e força para tomar. (“Bundão – sm 1. Bunda Grande. 2. Fig. Pessoa covarde, ou desanimada”). Aurélio, Dicionário.

http://www.tribunadainternet.com.br/acao-da-uniao-contra-samarco-e-medida-de-governo-escroque-e-bundao/

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

União, Minas Gerais e Espírito Santo vão processar Samarco e Vale em R$ 20 bilhões

27/11/2015 17h34
Brasília
Paulo Victor Chagas – Repórter da Agência Brasil

O governo federal e os estados de Minas Gerais e do Espírito Santo vão processar a Samarco e as empresas Vale e BHP Billiton para que arquem com R$ 20 bilhões para as despesas de recuperação dos danos e revitalização das áreas atingidas pela tragédia ocorrida na região após o rompimento de uma barragem de rejeitos de mineração no município mineiro de Mariana, que resultou no despejo de mais de 50 toneladas de lama ao longo de 850 quilômetros do Rio Doce nos dois estados.

A ação será ajuizada na próxima segunda-feira (30) pela Advocacia-Geral da União e pedirá que a mineradora dê início à composição de um fundo de recursos de cerca de R$ 20 bilhões, que seja gerido pelos próximos 10 anos. O valor, que poderá ser aumentado ao longo da ação, compreenderá uma linha de quatro ações: acabar com os danos, minimizar os impactos do desastre, revitalizar e recompor biologicamente a bacia do Rio Doce e indenizar as pessoas que foram prejudicadas.

A ação foi proposta após avaliação feita pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Agência Nacional de Águas (ANA) e pelo Instituto Chico Mendes. De acordo com o advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, a ação será contra a Samarco, a Vale e a empresa anglo-australiana BHP Billiton. Ele informou que, como o dano permanece, o valor ainda pode ser alterado ao longo da ação.

A intenção do governo é que as empresas façam um ajustamento direto com a Justiça, mas, caso isso não ocorra, a União e os estados podem pedir o sequestro dos recursos com base no faturamento ou no lucro dessas empresas.

A decisão foi anunciada há pouco, no Palácio do Planalto, após reunião da presidenta Dilma Rousseff com os governadores de Minas Gerais, Fernando Pimentel, e do Espírito Santo, Paulo Hartung.

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, que participou da reunião, cabe às empresas a responsabilidade cível, criminal e dos danos, além das multas, e dessa forma os recursos não serão obtidos por meio do Orçamento Geral da União. "O que foi perdido ali está perdido. A cadeia biológica não sera reconstruída. Temos que criar condições [para que haja revitalização da bacia]. Teremos que remediar determinadas áreas, trabalhar com sociedade civil e avaliar [os danos]", disse Izabella.

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

Assassinato a tiros na Rua Marechal Deodoro - Região central de Juiz de Fora

Rua Marechal Deodoro - Centro - Juiz de Fora 

Nesta sexta-feira (27), por volta de 15:00 h, policiais foram acionados para o atendimento de uma ocorrência de homicídio.

Informações deram conta que dois indivíduos, ocupantes de uma motocicleta, desembarcaram, invadiram um salão de beleza de onde retiraram um cliente a força e, ato contínuo, do lado externo do estabelecimento comercial, o executaram.

Tales César Pereira Pinho, 27, foi alvejado por pelo menos dez projeteis de munições de calibre 380, disparados de uma pistola.

A vítima fatal apresentava ferimentos na cabeça, na boca, nos braços e nas costas.

A Perícia foi acionada e os Agentes Municipais auxiliam no controle do fluxo de veículos nas imediações.

Nada foi comentado sobre a motivação da ação criminosa.

As câmeras do Sistema Olho Vivo captaram a fuga dos autores e as imagens poderão contribuir para a identificação dos criminosos.

Policiais Militares realizam rastreamento na tentativa de localizar os assassinos.

A funerária removerá o corpo ao IML para a expedição do laudo de necropsia.

A Polícia Civil se encarregará das investigações no sentido de elucidar o fato.

Juiz preso por suspeita de beneficiar traficantes é solto na Grande BH

27/11/2015 15h14 - Atualizado em 27/11/2015 15h34

Do G1 MG

Amaury de Lima e Souza, suspeito de envolvimento com tráfico 
(Foto: Reprodução/TV Globo)

O juiz aposentado Amaury de Lima, detido por suspeita beneficiar traficantes, obteve a liberdade provisória, de acordo com o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), ele foi solto, na tarde desta quinta-feira (26), do 18º Batalhão da Polícia Militar (PM), em Contagem, na Região Metropolita de Belo Horizonte. 

Amaury de Lima, que atuava na Vara de Execuções Criminais (VEC) de Juiz de Fora, na Zona da Mata, foi detido em uma investigação da Polícia Federal (PF). Em junho de 2014, a corporação realizou a operação Athos para desmontar uma quadrilha de tráfico internacional de drogas que agia em Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Na ocasião, o juiz foi preso em flagrante por porte ilegal de armas e munições de uso restrito. A assessoria da Justiça mineira não soube explicar qual foi o embasamento para expedição do alvará de soltura.

Em julho deste ano, ele foi condenado em um julgamento de processo administrativo do TJMG. A decisão foi pela aposentadoria compulsória. Segundo o tribunal, ele também responde a um processo criminal por tráfico ilícito e uso indevido de drogas. A ação corre na 2ª Vara Criminal de Juiz de Fora e é analisado pelo magistrado Edir Guerson Medeiros.

Conforme reportagem do Fantástico, exibida em 27 de julho de 2014, ao investigar a quadrilha de tráfico de drogas, a polícia encontrou várias sentenças assinadas pelo juiz aposentado beneficiando traficantes.

O G1 entrou em contato com a defesa de Amaury de Lima, mas, até as 15h10, o advogado não havia sido localizado.

Dois anos após licitação, tarifa pode ser de R$ 3,44 para transporte coletivo

27/11/2015 14h21 - Atualizado em 27/11/2015 14h21

Do G1 Zona da Mata

Estudo foi apresentado por economista na Câmara Municipal 
(Foto: Câmara Municipal/Divulgação)

O valor da passagem de ônibus em Juiz de Fora pode chegar a R$ 2,70 já na assinatura do contrato com a vencedora da licitação do transporte coletivo na cidade. Em dois anos, o aumento poderá chegar a 14%, algo em torno de R$ 3,44. A informação é baseada no estudo apresentado pelo economista Guilherme Ventura nesta sexta-feira (27), a pedido da Câmara Municipal.

Ventura explicou ao G1 que o trabalho levou em consideração a licitação do transporte coletivo na cidade, que está em andamento e terá as propostas divulgadas na próxima segunda-feira (30).

O economista disse que o edital do processo licitatório determina a diminuição da idade média da frota e o acréscimo de veículos no sistema. “Esses investimentos que as empresas vão precisar fazer significam custos a mais. No final das contas, dimensionamos que, até o final do segundo ano de atuação das empresas, o aumento poderá ser acima da inflação”, afirmou.

Ventura chamou atenção, no entanto, para outro ponto do edital, em que a concorrência pode determinar descontos nas tarifas. “A licitação coloca quatro parâmetros de decisão e um deles é a oferta na passagem. Por isso, só poderemos fazer um estudo melhor quando houver um vencedor do processo, para sabermos o que ele ofereceu em cada um desses pontos”, explicou Ventura.

Servidor estadual mineiro receberá o 13º salário em parcela única em dezembro 2015

27/11/2015 
Foto : USP imagem/Fotos públicas

Os servidores estaduais vão receber o 13º salário em parcela única em dezembro. Conforme a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), o acerto do abono natalino está garantido, mas ainda não há data para a sua efetivação. Em 2014, o pagamento foi feito no dia 20. 

Segundo o diretor político do Sindicato dos Trabalhadores no Serviço Público do Estado de Minas Gerais (Sindpúblicos -MG), Geraldo Henrique, nos últimos 12 anos, o pagamento ao servidores estaduais tem acontecido em cota única. Pelas contas da entidade, cerca de 500 mil trabalhadores, entre ativos e inativos, serão beneficiados em todo o estado. Henrique não considera o risco de não pagamento integral até o dia 20. “Seria um desastre político”, avalia. “A nossa perspectiva é que o pagamento virá normalmente e que o Governo terá recursos para esta finalidade.”

Prêmio de produtividade

O pleito dos servidores, segundo ele, é em relação ao pagamento do prêmio por produtividade, conhecido popularmente como 14º salário, pago a todos aqueles que estão com conceito positivo na avaliação de desempenho institucional. O último acerto foi feito no ano passado, referente a 2012. Conforme o Sindpúblicos-MG, o anúncio de pagamento costumava ser feito sempre no início do ano, o que não aconteceu. “Não temos nenhuma sinalização”, comenta o diretor. A Seplag, por meio de sua assessoria, informou que não há perspectiva para pagamento este ano, já que o Estado apresenta déficit, que já chega a R$ 3 bilhões.

Fonte : Rádio Muriaé/Tribuna de Minas
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Nota do blog: (O pagamento, previsto para o dia 20 de dezembro, foi efetuado na quinta-feira, 18 de dezembro 2014).

ASSIM NASCE MAIS UM PARTIDO NANICO…


Bernardo Mello Franco
Folha

A salada política do Congresso ganhou mais um ingrediente. Nasceu o Partido da Mulher Brasileira, a 35ª sigla registrada no Tribunal Superior Eleitoral. Apesar do nome, a legenda estreou com uma bancada 100% masculina. Tem sete deputados, todos homens.

“Eles vieram para ser cúmplices do nosso projeto”, diz a presidente do PMB, Suêd Haidar. Nos próximos dias, ela promete anunciar a filiação de duas deputadas, que se elegeram pelos nanicos PTC e PMN.

Suêd também vem de uma legenda pequena, o PT do B. Em 1998, ela disputou uma vaga de deputada estadual no Rio. Ficou em 334º lugar, com apenas 3.490 votos. Em 2006, tentou concorrer ao Senado pela mesma sigla, mas teve a candidatura indeferida pela Justiça Eleitoral.

Perguntei se ela teme que o PMB seja visto como mais uma legenda de aluguel. “Isso nós jamais vamos admitir”, respondeu. “Agora, se nos chamarem de nanicos, eu não vou me incomodar”, acrescentou.

CONTRA O ABORTO

O estatuto do partido defende a “não submissão da mulher em relação ao poderio ainda dominante do homem brasileiro”. Isso não quer dizer que será solidário às bandeiras feministas. “Sou contra a legalização do aborto”, diz a dirigente. Dos sete deputados filiados, quatro são da Frente Parlamentar Evangélica.

Segundo a presidente, o PMB não tem opinião formada sobre os temas mais quentes em Brasília. Governo ou oposição? “Seremos independentes”, ela responde. Ajuste fiscal? “Vamos votar caso a caso”. Cassação de Eduardo Cunha? “Não temos nenhum posicionamento”.

A nova sigla já foi usada pelo empresário Silvio Santos, que tentou disputar a Presidência pelo extinto Partido Municipalista Brasileiro. Agora era cobiçada pelo deputado Capitão Augusto, que circula na Câmara de farda da PM. Ele queria registrar o Partido Militar Brasileiro, inspirado nas ideias do golpe de 1964, mas terá que escolher outro nome. “O PMB já é nosso”, diz Suêd.

http://www.tribunadainternet.com.br/assim-nasce-mais-um-partido-nanico/

200 milhões de brasileiros podem ser punidos porque PT, MST e MTST querem lei antiterror de mentirinha

Por: Reinaldo Azevedo 27/11/2015 às 7:56

O Brasil está prestes a ser punido com sanções financeiras por não ter uma lei que defina terrorismo, com o consequente estabelecimento da pena. Caro leitor, entre no mecanismo de busca do blog e veja desde quando trato do assunto… Já falo sobre a pressão internacional. Antes, algumas informações.

Há 194 representações na ONU. Apenas quatro não tipificam o crime de terrorismo. Sim, a nossa gloriosa Banânia é uma delas. As outras três são Líbia, Autoridade Palestina e República Tcheca. Não sei os motivos desta última. Os das outras duas é fácil: a Líbia é hoje governada por terroristas, e parte da Autoridade Palestina, a Faixa de Gaza, também. Para um terrorista, o que seria o terrorismo?

E por que o Brasil integra esse fabuloso grupo dos quatro, na contramão de 190 países, e está prestes a ser punido por isso? Ora, porque o Guilherme Boulos, do MTST, não quer uma lei antiterror. Porque o João Pedro Stedile, do MST, não quer uma lei antiterror. Porque os petistas e as esquerdas, com algumas raríssimas exceções, não querem uma lei antiterror. Porque, em suma, essas minorias radicais ou extremistas acreditam que podem impor a sua vontade a 200 milhões de brasileiros.

E por que essa gente não quer? Porque afirma que os ditos “movimentos sociais” seriam criminalizados. É? Então vamos ver o que estabelece o excelente substitutivo do senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), aprovado por 38 votos a 18, a projeto originalmente enviado pelo governo à Câmara. A íntegra estáaqui.

O texto vai ao ponto:
“Comete ato de terrorismo contra pessoa aquele que, isoladamente ou em concurso de agentes, pratica violência premeditada e provoca terror generalizado por extremismo político, intolerância religiosa ou de preconceito racial, étnico, de gênero ou xenófobo.”

A pena prevista vai de 16 a 24 anos de prisão. Mas pode ser de 24 a 30 “se o crime for praticado mediante emprego de explosivo, fogo, arma química, biológica, radioativa ou outra arma de destruição em massa.”

O substitutivo aprovado define também o chamado “terrorismo contra coisa”, a saber:
“Comete ato de terrorismo contra coisa aquele que, isoladamente ou em concurso de agentes, provoca terror generalizado, por extremismo político, intolerância religiosa ou de preconceito racial, étnico, de gênero ou xenófobo, mediante destruição ou inutilização de bem ou serviço social, por qualquer meio, inclusive eletrônico.”

Nesse caso, a reclusão vai de 8 a 20 anos.

E o que um bem ou serviço essencial? Está lá:
“Barragem, central de energia, linha de transmissão de energia, aeroporto, porto, rodoviária, ferroviária, estação de metrô, meio de transporte coletivo, ponte, plataforma fixa na plataforma continental, patrimônio material tombado, hospital, casa de saúde, instituições de ensino, estádio esportivo, sede diplomática ou do poder executivo, legislativo ou judiciário da União, estado, distrito federal ou municipal.”

Atenção! Nada do que vai acima representa novidade em relação à legislação das democracias mundo afora. As práticas acima listadas são consideradas terroristas por… bem… 190 nações.

Desatino
A Câmara cometeu o desatino de aprovar um texto que definia, também ele, boa parte dessas práticas como crimes de terrorismo, mas, atenção!, excluía do tipo penal “pessoas em manifestações políticas, movimentos sociais, sindicais, religiosos, de classe ou de categoria profissional, direcionados por propósitos sociais ou reivindicatórios, visando a contestar, criticar, protestar ou apoiar, com o objetivo de defender direitos, garantias e liberdades constitucionais”.

É de uma má-fé e de uma sem-vergonhice escandalosas. Ora, quer dizer que, em nome de uma causa social, um grupo poderia se apoderar de um avião que não estaria cometendo terrorismo? Quer dizer que, em nome de uma reivindicação “justa”, pode-se ameaçar a vida de pessoas com explosões, incêndio e veneno?

O substitutivo aprovado no Senado retirou essa sandice e incluiu a expressão “extremismo político” (ausente no texto da Câmara) como uma das motivações do ato terrorista. As esquerdas não querem. Como o projeto foi alterado, tem de voltar aos deputados, que podem retomar o original. Ainda restaria a possibilidade de Dilma vetar o trecho.

É claro que é um absurdo excluir os tais “movimentos sociais” do crime de terrorismo. Que se note: o substitutivo de Aloysio não chama de terrorista uma passeata, uma greve ou mesmo a ocupação de um prédio público. É preciso ler o substitutivo aprovado. Para que se possa falar em terrorismo contra pessoa ou coisa, é preciso que os criminosos provoquem “terror generalizado”, apelando à violência.

Por acaso resta no ar a sugestão de que esses tais movimentos consideram legítimo se impor pelo terror? Digam-me: o MTST e o MST se sentiram flagrados nas definições do que é terrorismo contra pessoa e contra coisa?

A Folha informa que “o Gafi (Grupo Internacional de Ação Financeira contra Lavagem de Dinheiro e Financiamento do Terrorismo) estabeleceu fevereiro de 2016 como prazo máximo para o Brasil aprovar uma lei que tipifique o crime de terrorismo”.

A reportagem informa que, caso não cumpra o prazo, “o Brasil entrará na lista de países ‘de alto risco’, segundo uma fonte do órgão. Isso implica um aumento no custo de transações financeiras para os bancos do país, segundo fonte do órgão”.

José Robalinho, presidente da ANPR (Associação Nacional dos Procuradores da República), chama atenção, na reportagem da Folha, para um dado óbvio: os atentados ocorridos na França, segundo o texto absurdo aprovado na Câmara, não seriam considerados terroristas. Afinal, o que se viu por lá não foi “xenofobia” ou “discriminação”? Trata-se, por óbvio, de… “extremismo político”. A menos que os ditos movimentos sociais estejam pensando em recorrer à violência e ao terror generalizado, não têm razão para se opor ao texto.

Bem, é claro que, houvesse um governo, suas bases já teriam sido mobilizadas na Câmara para acatar o substitutivo oriundo do Senado e impedir que o país seja punido. Mas governo não há. E o PT insiste em franquear aos movimentos sociais que comanda a possibilidade de, se necessário, recorrer ao terror, que pretendem chamar por outro nome.

O conjunto da população é que vai pagar o pato.

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/200-milhoes-de-brasileiros-podem-ser-punidos-porque-pt-mst-e-mtst-querem-lei-antiterror-de-mentirinha/