quarta-feira, 9 de setembro de 2015

JF - Mulher teve o carro tomado em assalto (roubo)

Avenida Dr José Procópio Teixeira - Bom Pastor - Juiz de Fora 

Nesta terça-feira(8), por volta de 19:30 h, policiais militares registraram a ocorrência de roubo consumado de veículo automotor.

A vítima,61, relatou que desembarcou de seu Fiat Uno, azul, 2009, HJT 8382 / JF/MG, para acessar o porta-malas. Ato contínuo surgiu um indivíduo obeso, moreno, bem vestido que simulou estar armado e lhe ameaçou de morte. 

O criminoso apoderou se da chave do carro, assumiu o controle direcional e fugiu na direção do bairro Guaruá.

Veículo possuí seguro total, estava com meio tanque de combustível; sendo que uma bolsa contendo documentos pessoais e a quantia de R$200,00 estavam no interior do automóvel.

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

Briga de mulheres deixa prejuízo de aproximadamente R$ 12.000

Imagem meramente ilustrativa

Avenida Getúlio Vargas - Centro - Juiz de Fora 

Nesta terça-feira (8), por volta de 12:40 h, policiais militares registraram a ocorrência de lesão corporal.

Duas mulheres, 21 e 24, protagonizaram uma situação inusitada , após entrarem em luta corporal que se estendeu ao interior de uma loja que comercializa cosméticos.

As envolvidas derrubaram prateleiras e danificaram vários produtos, tendo causado um prejuízo de aproximadamente R$ 12.000,00, conforme relato da gerente da loja.

Seguranças do estabelecimento comercial detiveram as mulheres até a chegada da PM.

A Perícia foi acionada e no interior do imóvel exerceu suas atividades.

O funcionamento da loja Mega Vale foi restabelecido.

As agressoras receberam voz de prisão em flagrante delito. Antes de serem conduzidas à delegacia, passaram pelo HPS, para que seus ferimentos fossem cuidados.

Não ficou totalmente esclarecido o real motivo da desavença. 

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

Nunca houve um Sete de Setembro como o deste ano. Ou: O espírito de Newton Cruz ria com sarcasmo dos petistas - Reinaldo Azevedo

08/09/2015 às 5:05

Nunca se viu um Sete de Setembro como o deste ano. Pra começo de conversa, nada de pronunciamento oficial na TV. Dilma preferiu discursar num vídeo, tornado público nas redes sociais e nas páginas oficiais. A governanta ficou bem longe do povo. Era patético vê-la acenando naquele Rolls-Royce para placas de aço, que mantinham o povo de verdade à distância. Na área permitida, só petistas e puxa-sacos.

Com alguma memória, a gente via o espírito do general Newton Cruz, comandante militar do Planalto em 1984, em seu cavalo branco, como Napoleão — a comparação foi do então presidente, o general João Figueiredo —, dando piparotes com o cabo do chicote em automóveis que faziam buzinaço em favor da aprovação da emenda das diretas. O governo decretou “medidas de emergência” em Brasília nos estertores da ditadura. Era uma questão, sem dúvida, política. As ações emergenciais de agora têm origem na cleptocracia que tomou o estado brasileiro.

Dilma não se constrangeu nem em pegar carona na crise migratória que assola a Europa, que teve na terrível imagem do gorotinho Aylan Kurdi, encontrado morto numa praia, o seu símbolo. Na cabeça perturbada dessa senhora, nós somos uma espécie de contraponto àquela barbaridade. Governantes precisam saber a hora de se inibir. Obviamente, ela não sabe.

Houve atos de repúdio ao governo e ao PT absolutamente espontâneos em pelo menos oito capitais, além do Distrito Federal. E que se note: os principais movimentos que têm organizado as manifestações contra a roubalheira e em favor do impeachment não convocaram ato desta vez, embora tenham se manifestado a favor dos protestos.

O Pixuleco, que já se tornou o símbolo desta era, ganhou uma companheira à altura: a Dilma inflada, com nariz de Pinóquio. Depois do desfile, manifestantes derrubaram placas de aço do cerco metálico que foi chamado de “Muro da Vergonha”. Do outro lado, na banda oficial, estavam petistas. Os dois grupos se hostilizaram, e a Polícia Militar teve de usar gás de pimenta para evitar o confronto.

Michel Temer, o vice que vem sendo bombardeado pelo PT, estava no palanque oficial, onde compareceu apenas um dos seis ministros do PMDB: justamente o de uma pasta condenada a desaparecer — Helder Barbalho, da Pesca. Henrique Alves (Turismo) está em viagem oficial à Itália. Os outros todos tinham compromissos pessoais ou políticos em seus estados. Uma coisa é certa: não estavam no palanque com Dilma. Não é um lugar que se deva disputar hoje em dia.

As pessoas disfarçadas de povo que estavam em Brasília para apoiar Dilma “contra o golpe” — qual? — participaram do tal “Ato dos Excluídos”, uma patuscada esquerdista que nasceu nos setores vermelhos da Igreja Católica e acabou sendo abraçada pela instituição.

A turma marchou em favor da presidente, mas, claro!, contra as medidas do governo e contra Joaquim Levy, o ministro da Fazenda daquela que, no vídeo divulgado na Internet, anunciou que vai nos administrar alguns “remédios amargos”.

Nunca houve um Sete de Setembro como o deste ano. Mas é possível que eu não tenha me feito entender. Nunca houve porque, tudo indica, os brasileiros realmente começam a se libertar. E, agora, eles se libertam de um tipo muito particular de ditadura: a do PT.

Dilma dialoga com as placas de aço que mantêm o povo prudentemente à distância. A mistificação está com os dias contados.

Por Reinaldo Azevedo

Vítima baleada na cabeça teve munição alojada no palato (céu da boca)

Rua Humberto Nery - Borboleta - Juiz de Fora

Por volta de 13:35 h, desta terça-feira (8), policiais registraram a ocorrência de tentativa de homicídio.

A vítima,24, estaria nas proximidades de uma Quadra Poliesportiva quando surgiu um veículo ocupado por dois indivíduos.

O carona desembarcou e efetuou vários disparos de uma arma de fogo.

A vítima foi alvejada na cabeça e teve um projetil da arma de fogo alojado no palato (céu da boca).

O baleado foi encaminhado à UPA do Bairro São Pedro e posteriormente foi conduzida ao HPS para as providências subsequentes.

A dupla de criminosos ainda não foi localizada.

Nada foi comentado sobre a motivação da ação criminosa e nem sobre o calibre da arma.

A Polícia Civil se encarrega das investigações.

Governo editará MP para repatriar dinheiro do exterior

08/09/2015 18h46
Brasília
Mariana Jungmann - Repórter da Agência Brasil

O governo editará uma medida provisória tratando da repatriação de dinheiro enviado ilegalmente por brasileiros ao exterior. Atualmente, um projeto de lei está em urgência no plenário do Senado, estipulando a cobrança de 17,5% de Imposto de Renda e mais 17,5% de multa pelo envio irregular dos recursos para outro país. No entanto, sem acordo com a Câmara dos Deputados sobre a matéria, há o receio dos senadores de que o texto seja engavetado na Câmara depois de ser aprovado no Senado.

“O governo entendeu que daria mais dinâmica, seria mais ágil, no projeto de repatriação seria [a edição de] uma medida provisória (MP). Uma vez que uma MP editada começa a valer [imediatamente] e, em razão de algumas questões de caráter jurídico, nós entendemos que a melhor solução seria essa”, disse, em plenário, o líder do governo, senador Delcídio Amaral (PT-MS).

Segundo ele, o governo pretende manter na MP o texto discutido pelos senadores. Delcídio é o relator do projeto no Senado, apresentado pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP). A preocupação deles, agora, é que o texto da MP não seja desfigurado ao ser discutido pelos deputados, que terão a palavra final, porque ele iniciará a tramitação pela Câmara.

Segundo Delcídio, além da Medida Provisória, o governo deverá enviar um projeto de lei tratando da questão criminal. A preocupação é tratar tanto dos crimes sonegação de impostos e evasão de divisas, quanto excluir da regularização o dinheiro que possa ser proveniente de atividades criminosas. “Se isso não for muito bem trabalhado, muito bem costurado, você frustra um projeto que é extremamente relevante por causa da área criminal”, afirmou.

Para o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), o mais importante é que a matéria comece a ter eficácia o quanto antes, porque a repatriação do dinheiro de brasileiros no exterior poderá ajudar a resolver o problema do déficit fiscal previsto para o próximo ano. “Nós vamos aguardar que o governo defina o que vai fazer com a repatriação. Se ele quer agilizar, pode mandar um projeto de lei com urgência ou pode editar uma medida provisória. O fundamental é que tenha eficácia imediata, isso vai ajudar o país”, disse Renan.

Edição: Beto Coura
Agência Brasil

Ocupações: cerca de 8 mil pessoas vivem em barracos em frente à Marginal Tietê

08/09/2015 09h02
São Paulo
Fernanda Cruz - Repórter da Agência Brasil
Ocupação Douglas Rodrigues do alto: terreno de 50 mil metros quadrados tem 2.620 barracos  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Com 2.620 barracos, a ocupação Douglas Rodrigues sobrevive em uma privilegiada localização na capital paulista, de frente para a Marginal Tietê e próxima à Rodovia Presidente Dutra. Os moradores se beneficiam da estrutura da região norte da cidade, como shopping, centro comercial, rodoviária, escolas e postos de saúde. O nome da ocupação é uma homenagem a um estudante de 17 anos morto por um policial militar que patrulhava a região, em outubro de 2013.

Ao passar pelos portões de entrada – a comunidade é cercada por muros –, barracos de madeira e alvenaria, de até dois andares, pequenas vielas, chão de terra batida, esgoto a céu aberto, cachorros e crianças compõem o cenário. O tamanho impressiona.

Toda eletricidade e a água da ocupação vêm de ligações clandestinas. A ocupação se formou há exatos dois anos, em agosto de 2013. As primeiras famílias a chegarem ao terreno de 50 mil metros quadrados tiveram de enfrentar o mato alto, os animais peçonhentos, como cobra e escorpião, além de “remover” uma “lagoa” que se formou ali, já que o terreno era leito do Rio Tietê.

José Miguel da Silva caminha por uma das ruas da ocupação Douglas Rodrigues: apenas pequenos comércios são permitidos
Marcelo Camargo/Agência Brasil

No Movimento Independente de Moradia de Luta por Habitação da Vila Maria, 14 pessoas coordenam e tentam manter a ordem entre os mais de 8 mil moradores. Um dos coordenadores José Miguel da Silva, 59 anos, diz qual a regra mais importante dessa pequena cidade: é proibido construir barraco para depois vender.

Os líderes da comunidade tentam conter também a chegada de aproveitadores, como donos de lojas de materiais de construção, que tentam fazer da ocupação depósito para guardar tijolos, telhas, cimento. “O espaço aqui é para moradia, para quem está precisando”, diz José Miguel. Apenas pequenos comércios como mercadinho, quitanda, salão de cabeleireiro, padaria e lanchonete são permitidos.

Dívida bilionária

A aparente tranquilidade na comunidade esconde o temor das famílias de, a qualquer momento, terem de deixar suas casas. A 1ª Vara Civil do Fórum de Tatuapé havia determinado a reintegração de posse do local para amanhã (9). 

Na última sexta-feira (4), entretanto, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, José Reinaldo Nalini, adiou a retirada dos moradores, acatando um pedido da prefeitura, com apoio da Secretaria de Segurança Pública do estado e do Ministério Público. Por questões de segurança, a prefeitura solicitou que o caso seja analisado pelo Grupo de Apoio às Ordens Judiciais de Reintegração de Posse (Gaorp) antes do cumprimento da retirada dos ocupantes. Uma ação de reintegração de posse ofereceria riscos à população e grandes prejuízos à cidade, já que parte da Marginal Tietê precisaria ser interditada.

O Gaorp, órgão coordenado pelo Tribunal de Justiça, foi criado no ano passado, após violenta reintegração de posse na Avenida São João. Com representantes das três esferas públicas (municipal, estadual e federal), o grupo busca a conciliação e a resolução pacífica de conflitos fundiários.

Essa foi a quinta vez que os moradores sofreram ameaça de despejo.

Antes de servir de morada às 2.620 famílias, o local funcionou como depósito da transportadora de caminhões Dom Vital. Os antigos galpões, abandonados há mais de 20 anos, ainda existem e hoje foram transformados em uma imensa residência coletiva. Cada família se organiza como pode, instalando tapumes que servem de divisória para dar mais privacidade.

Proprietária do terreno, a Ideal Empreendimentos S/A, pertencente ao Grupo Tenório, tem dívida estimada em mais de R$ 1 bilhão em impostos com a União, segundo ofício da Procuradoria-Geral da Fazenda obtido pela reportagem da Agência Brasil. De acordo com o documento, a Receita Federal identificou a criação, pelo grupo, de inúmeras empresas de fachada com o intuito de deslocar o capital sem ligá-lo aos passivos tributários.

Para garantir o pagamento de parte da dívida bilionária, a Fazenda Nacional obteve a penhora e o bloqueio da matrícula do imóvel, registrado no 17º Cartório de Registro de Imóveis de São Paulo. Para os procuradores da Fazenda, o custo social de uma reintegração é “desnecessário e demasiadamente alto”. “Haverá o desalojamento traumático de grande número de pessoas, dentre elas mais de 4 mil crianças e jovens”, diz o documento.

Para a defensora pública do Núcleo Especializado de Habitação e Urbanismo, Luiza Lins Veloso, que acompanha o caso, a reintegração de posse também não seria vantajosa para o proprietário, já que ele teria de arcar com os custos dos caminhões e dos ajudantes para fazer a retirada dos pertences das famílias. “Tudo isso com o imóvel penhorado, que será entregue à União”, explica.

A defensora defende o deslocamento de competência do caso. Na avaliação dela, no momento em que a União demonstra interesse no processo, o julgamento deve ser feito pela Justiça Federal. Apesar do adiamento da reintegração de posse, o processo continua na Justiça Estadual, e os moradores ainda correm risco de serem removidos.

“A ideia é que o imóvel passe para o patrimônio da União e que não haja reintegração de imediato. Haveria uma tentativa de encaminhamento [do imóvel] para as famílias. Não precisaria da execução da ordem”, disse a defensora.

A reportagem conversou com a advogada Maria Rafaela Guedes Pedroso Porto que representa a Ideal Empreendimentos. Ela afirma que as dívidas e o possível penhor da área são questões alheias ao pedido de reintegração de posse.

No mês passado, a prefeitura deu um passo importante em favor dos moradores, ao publicar, no dia 4 de agosto, o Decreto de Interesse Social, que pode resultar na desapropriação da área para habitação social. O local está inserido na Zona Especial de Interesse Social - 2, o que significa que a região tem potencial para construção de moradias populares. Os moradores defendem que o local seja transformado em um empreendimento do Minha Casa, Minha Vida 3.
Região de conflitos

Vizinhos de prédios de classe média (ao fundo) fizeram abaixo-assinado pedindo a retirada da ocupação - Douglas Rodrigues Marcelo Camargo/Agência Brasil

A ocupação se localiza no centro de uma região de intensos conflitos sociais. A morte do estudante Douglas Rodrigues, de 17 anos, em 2013, ganhou grande repercussão depois de testemunhas terem contado que, durante a abordagem, o policial militar não saiu do carro e que o jovem não esboçou reação. Ainda segundo testemunhas, ele apenas perguntou, logo depois de ser atingido: “Por que o senhor atirou em mim?

“Existe muita tensão com a polícia, que também está preocupada. Aquela é uma região de periferia muito pobre”, diz o advogado Benedito Roberto Barbosa, do Centro Gaspar Garcia de Direitos Humanos.

Moradores das favelas Marconi, Funerária e Berimbau, nas proximidades, garantem que vão se unir às famílias da ocupação Douglas Rodrigues para resistir à reintegração de posse.

A dificuldade de se relacionar com a vizinhança de classe média - há diversos prédios na mesma rua da comunidade - intensifica o clima de tensão. “Eles vivem nos filmando, tentando pegar algum ato irregular. Eles fizeram abaixo-assinado para nos tirar daqui”, conta Miguel.

A reportagem da Agência Brasil conversou com alguns desses vizinhos, que pediram para não ser identificados. Eles dizem que, após a criação da comunidade, o índice de assaltos na Rua Manguari, onde está localizada uma das entradas da ocupação, aumentou. Eles confirmam as filmagens com o objetivo de registrar atos irregulares, como a venda e o consumo de drogas na comunidade, e dizem que estão em contato permanente com o 5º Batalhão da Polícia Militar. Eles também confirmam a organização de um o abaixo-assinado que pede a remoção da ocupação.
Relatos de esperança

“O dinheiro que eu usava com aluguel dá agora para gastar com meus filhos”, diz Queiciane Iraci, moradora da ocupação Douglas RodriguesMarcelo Camargo/Agência Brasil

Apesar de toda a dificuldade e insegurança de viver em uma ocupação, os moradores mantêm firme a esperança de continuarem na comunidade. Para Queiciane Iraci, 21 anos, morar na Douglas Rodrigues significa a única chance de recuperação do seu filho Gabriel, 4 anos, que sofre de malformação na válvula direita do coração. Mãe e filho vieram da Paraíba, onde não havia estrutura nas redes hospitalares. “Eu morava em São Paulo numa casa de aluguel, pagava R$ 600 por mês. Mas fiquei sem dinheiro. Ou pagava o aluguel ou passava fome”, conta.

A malformação no coração do pequeno Gabriel deixou sequelas que o fazem ter problemas neurológicos e paralisia em todo o lado direito do corpo. Ele também não desenvolveu a fala. Em São Paulo, Gabriel tem acompanhamento médico gratuito do InCor, hospital de excelência, do Hospital do Mandaqui e faz sessões de fisioterapia e de fonoaudiologia na Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD).

“Meus sonhos? Primeiro é que meu filho ande, depois é ter a minha casa. Futuramente, eu quero trabalhar para comprar as coisas para o meu filho, ele tem pouca roupa. E colocar ele na escola, para que seja um homem trabalhador”, diz Queiciane.
Josefa Quitéria diz que vive bem com R$ 300 por mês; aluguel consumia a maior parte do orçamento  Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dona de uma pequena quitanda na ocupação, Josefa Quitéria da Conceição, 52 anos, lucra R$ 300 por mês com a venda de frutas, verduras e legumes. Ela diz ser suficiente para pagar arcar com as contas já que não paga aluguel. “Hoje em dia eu como filé-mignon. É de porco, mas já está bom, né? Morar aqui é uma delícia. Quem mora de aluguel, tem que pagar prestação, água e luz. E tem o 'se'. Se sobrar, você come”, diz.

Com 17 anos, João Paulo Silva Soares é quem leva dinheiro para casa. A responsabilidade chegou quando, há dois anos, seu pai foi preso por roubo de carga e um dos seus irmãos, por homicídio. Ele tem mais dois irmãos condenados por tráfico de drogas. João agora sustenta a mãe com o dinheiro recebido do trabalho em um lava rápido, onde ganha R$ 35 por dia. “Meu sonho é arranjar um serviço bom, registrado. Ter meu carro, minha moto. Mas a primeira coisa vai ser ajudar a minha mãe, depois eu penso em mim”, diz. João quer também, um dia, voltar a estudar.

Edição: Lílian Beraldo
Agência Brasil

Anvisa interdita remédio contra infecções causadas por parasitas intestinais

08/09/2015 15h36
Brasília
Paula Laboissière - Repórter da Agência Brasil

Resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), publicada hoje (8) no Diário Oficial da União, determina a suspensão cautelar lote 1409579 do medicamento Albendazol, 400 miligramas, comprimido, fabricado pela Cimed Indústria de Medicamentos Ltda, com validade até agosto de 2016.

De acordo com o texto, o lote do remédio apresentou resultados insatisfatórios no ensaio de dissolução, conforme consta do laudo de análise fiscal emitido pela Fundação Ezequiel Dias, de Minas Gerais.

A Anvisa destacou que a interdição cautelar é uma medida preventiva e provisória que, neste caso, vai vigorar pelo prazo de 90 dias. Enquanto aguarda o resultado de análise definitivo, a orientação da agência é que os usuários do medicamento suspendam o uso do lote citado.

Edição: Nádia Franco
Agência Brasil

PM prendeu dupla que roubou e portava objetos das vítimas

Avenida Barão do Rio Branco - Centro - Juiz de Fora

Nesta terça-feira (8), por volta de 03:05 h, policiais militares registraram a ocorrência de roubo tentado a transeuntes.

Duas vítimas, 26, foram surpreendidas por dois indivíduos que usaram de força física, lhes roubaram alguns objetos e fugiram.

A equipe policial iniciou o rastreamento e nas proximidades do Parque Halfeld abordou os suspeitos que tentavam se desfazer dos objetos roubados.

Ramon, 28, e Harley, 38, ainda portavam os objetos das vítimas e foram reconhecidos como os autores da ação criminosa.

Diante dos fatos os supostos autores receberam voz de prisão em flagrante delito e juntamente com os objetos recuperados foram conduzidos à delegacia, onde o flagrante foi ratificado e a dupla autuada seria encaminhada ao CERESP.

PM apreendeu dinheiro, maconha ( um pé da planta, vinte buchas e oito tabletes)

Imagem meramente ilustrativa

Rua Heitor Santos Júnior - Linhares - Juiz de Fora 

Nesta segunda-feira (7), por volta de 20:45 h, policiais militares registraram a ocorrência de tráfico de drogas.

Um adolescente,17, foi abordado e portava aproximadamente R$100,00 em moeda corrente, vinte buchas de maconha, oito tabletes e um pé de maconha, mais embalagens e uma sacola plástica contendo sementes da mesma droga.

O.H.C.L, recebeu voz de apreensão pelo cometimento, em tese, de ato infracional análogo ao crime de tráfico de drogas.

Na delegacia o responsável pelo menor infrator se fez presente e acompanhou o desfecho da ocorrência.

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

Uso de resíduos minerais reduz custo da indústria e ajuda o meio ambiente

07/09/2015 18h06
Rio de Janeiro
Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil
Os resíduos da rocha eram lançados em rios e córregos, até há pouco tempo. A pesquisa sugere que os resíduos sejam utilizados para fabricação de armação de óculos e de tubetes Icmbio/divulgação

Pesquisas do Centro de Tecnologia Mineral (Cetem) e do Instituto Nacional de Tecnologia (INT), vinculados ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, sugerem que a indústria nacional pode se beneficiar da utilização de resíduos provenientes de rochas ornamentais e minerais para fabricação de armação de óculos e tubetes (recipientes biodegradáveis) usados para fixação de mudas de plantas no solo.

Essas inovações tecnológicas, que estão sendo patenteadas no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), podem reduzir os custos para as empresas, gerar menor dano para o meio ambiente, e enriquecer o solo, segundo os pesquisadores.

Uma das pesquisas se refere à utilização de polipropileno e resíduos oriundos de rochas ornamentais para a produção de armação de óculos de alta resistência, de autoria dos pesquisadores Roberto Carlos da Conceição Ribeiro, Marcia Gomes de Oliveira e Fernanda Veloso de Carvalho. Roberto Carlos Ribeiro disse que, embora haja produção no Brasil desse material, os elementos utilizados – talco ou resinas – são mais caros.

“Utilizando resíduo mineral, é possível reduzir custos em relação ao que se utiliza hoje. Não é um resíduo mineral qualquer. É um resíduo mineral descartado no meio ambiente”, disse Roberto Ribeiro. Segundo o pesquisador, como o novo processo não usa carga virgem – e sim um resíduo de rochas ornamentais – o custo é praticamente zero. “Os produtores de rochas ornamentais querem se livrar desse material e eu consegui gerar uma armação de óculos com resistência mecânica, flexibilidade e leveza, que pode constituir um novo material para o mercado”, acrescentou.

Segundo o pesquisador do Centro de Tecnologia Mineral, a rede de incubadoras ligadas ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação busca inovações dentro dos institutos de pesquisa e passa informações para empresas interessadas em estabelecer parcerias visando a transferência tecnológica e produção industrial das invenções.

Roberto Ribeiro disse que a indústria, antes de produzir granito ou mármore cortado, descarta 70% a 80% da matéria prima retirada das rochas. Esse material é jogado pela indústria em aterros. Segundo o pesquisador, Espírito Santo e Minas Gerais, por exemplo, “já não suportam mais receber tanta carga de resíduos”. Acrescentou que até pouco tempo, os rejeitos eram lançados em rios e córregos, gerando um problema grande de assoreamento. “Mas o Ministério Público entrou em ação, as prefeituras foram orientadas a implantar depósito para esses resíduos”, disse o pesquisador. Roberto Ribeiro disse que existem depósitos clandestinos no interior do país. Se houver interesse das indústrias em estabelecer parceria no projeto, esses resíduos de rochas ornamentais poderão ter uma nova finalidade.

A fabricação de tubetes - usados para fixar mudas de plantas - constitui outra experiência de sucesso dos pesquisadores Roberto Ribeiro e Marcia Gomes de Oliveira, do Centro de Tecnologia Mineral. O material plástico utilizado atualmente na confecção dos tubetes é biodegradável. Esses equipamentos fixam a planta no solo e o material plástico se degrada, mas não acrescenta nada de positivo. “Nossa ideia foi que, em vez de ter um polímero simplesmente se degradando ao longo do tempo no solo, sem contribuir em nada para ele positivamente, nós resolvemos colocar resíduos ricos em fósforo ou potássio na composição do polímero”.

Com isso, na medida em que o tubete se degrada no solo ao longo do tempo, ele vai despejando na terra os fertilizantes naturais, “seja potássio, fósforo ou corretores de PH (alcalinidade), como cálcio e magnésio”. Esse processo evita, ou retarda, por outro lado, o uso de fertilizantes químicos. “Na medida em que a planta está se adequando àquele solo, você está levando também nutrientes para facilitar a fixação dessa planta no solo”.

O objetivo, conforme disse Roberto Ribeiro, é preservar e meio ambiente e permitir que os produtores de rochas possam gerar um subproduto dentro de sua linha de trabalho, utilizando os resíduos como uma carga mineral.

Edição: José Romildo
Agência Brasil