terça-feira, 17 de março de 2015

Rio Grande do Norte decreta situação de calamidade no sistema prisional

17/03/2015 12h11
Brasília
Ivan Richard - Repórter da Agência Brasil Edição: Marcos Chagas

O governo do Rio Grande do Norte decretou hoje (17) situação de calamidade pública no sistema prisional do estado devido a uma onda de rebeliões em várias unidades, que ocorrem há uma semana. Em decreto publicado no Diário Oficial local, o governador Robinson Faria determinou a criação de uma força-tarefa para o planejamento e a execução de medidas urgentes, como a construção e restauração dos presídios parcialmente destruídos nos motins, além de reformas, adequações e ampliações desses locais.
Rebelados destruíram mil vagas nos presídiosWilson Dias/Agência Brasil

De acordo com o governo potiguar, os rebelados destruíram mil vagas nos presídios de Alcaçuz (450), de Parnamirim (250) e na Cadeia Pública de Natal (300). Os números fazem parte de um relatório de situação e diagnóstico elaborado pela Secretaria de Segurança Pública.

O decreto informa que a força-tarefa poderá contratar emergencialmente empresas para a reforma dos presídios e nomear agentes penitenciários aprovados no último concurso público. A cada 30 dias, o grupo deverá apresentar um “relatório circunstanciado” dos trabalhos ao governo do estado.

A Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Norte destacou que cinco ônibus e uma viatura da Polícia Militar foram incendiados ontem (16), em Natal, em ação atribuída a criminosos ligados aos presos rebelados. Nesta terça-feira, a frota de coletivos circula com número reduzido em Natal, por temor de novos ataques. Algumas escolas particulares suspenderam as aulas.

Em nota divulgada na noite dessa segunda-feira, o governo do estado pediu tranquilidade aos cidadãos e que a população evite compartilhar “boatos e informações inverídicas” nas redes sociais.
Força Nacional de Segurança Pública atuará nas prisões e nas ruas de NatalValter Campanato/Agência Brasil

No documento, o governo potiguar informou ter mobilizado o efetivo policial necessário para enfrentar a crise, que contará com o reforço, a partir de hoje, de 200 soldados da Força Nacional de Segurança Pública. A tropa federal, com o apoio de dois helicópteros, atuará nas áreas prisionais e também nas ruas da capital.

Entre as ações adotadas para tentar conter a crise no sistema prisional deve ser criada uma comissão especial de licitação, instituída na Secretaria da Justiça e da Cidadania, para fiscalizar o desenvolvimento das medidas.

Agência Brasil

Força Nacional chega a Natal para auxiliar na segurança de presídios

17/03/2015 10h45 - Atualizado em 17/03/2015 12h42

Fernanda Zauli
Do G1 RN

Homens da Força Nacional chegaram a Natal em um Hércules da FAB (Foto: Georgia Câmara/PM)

Setenta e nove homens da Força Nacional desembarcaram em Natal na manhã desta terça-feira (17) para reforçar a segurança nas unidades prisionais potiguares, onde ocorre uma série de rebeliões desde a semana passada.

A previsão, segundo a Secretaria de Segurança Pública, é que a tropa chegue a 200 militares ainda nesta terça. Há um acordo para que até 300 homens da Força Nacional atuem no Rio Grande do Norte. O pedido de reforço foi feito pelo governador Robinson Farias ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Desde a última quarta-feira (11), presos se revoltaram em nove unidades prisionais. Na manhã desta terça-feira (17), duas ainda não estavam com a situação controlada: a Penitenciária Estadual do Seridó Desembargador Francisco Pereira da Nóbrega, o Pereirão, em Caicó, e o Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi.

Os militares da Força Nacional chegaram em um avião Hércules da Força Aérea Brasileira (FAB) às 10h35. Eles seguem para o local onde ficarão alojados e, em seguida, já iniciam o trabalho nas unidades prisionais.

Além disso, dois helicópteros cedidos pelo Ministério da Justiça chegam a Natal também nesta terça.

Calamidade
O governador decretou situação de calamidade do sistema prisional do estado. A decisão considerou a destruição feita pelos rebelados de mil vagas, divididas entre Alcaçuz (450), Penitenciária Estadual de Parnamirim (250) e Cadeia Pública de Natal (300).

Com o decreto, medidas de emergência podem ser adotadas, e foi determinada a criação de uma força tarefa.

A situação das unidades prisionais levou à exoneração do secretário estadual de Justiça e Cidadania (Sejuc), Zaidem Heronildes da Silva Filho.

Presos do CDP de São Paulo do Potengi foram contidos e acomodados na quadra da unidade (Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)

Pedidos dos presos
Detentos gravaram vídeos em que fazem uma série de exigências, como a saída da diretora da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, Dinorá Simas.

Uma TV e um ventilador em cada uma das celas, roupas e tênis para jogar bola na quadra e material de artesanato estão entre as reivindicações dos detentos do presídio estadual Rogério Coutinho, em Nísia Floresta, na Grande Natal. Os pedidos dos presos estão em uma carta obtida com exclusividade pelo G1.

A Secretaria de Segurança Pública afirmou, nesta segunda-feira (16), que "não vai negociar com preso".
Detentos atearam fogo dentro do Pereirão, em Caicó (Foto: Sidney Silva/G1)

Unidades atingidas
Além do Pereirão, houve revoltas em quatro unidades na Zona Norte de Natal: Centro de Detenção Provisória de Potengi, Complexo Prisional João Chaves, Presídio Provisório Professor Raimundo Nonato e Centro de Detenção Provisória da Zona Norte (CDP).

Também foram registradas rebeliões no Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal; na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, em Nísia Floresta; e na Penitenciária Estadual de Parnamirim (PEP).

Nesta terça, começou uma revolta de presos do Centro de Detenção Provisória de São Paulo do Potengi, cidade da região Agreste potiguar.

Ainda hoje, um preso foi esfaqueado dentro de Alcaçuz, maior unidade prisional do RN. Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi enviada ao local, mas a entrada da ambulância ainda estava sendo negociada com os detentos pela manhã.

Transferências de presos
Na manhã desta terça-feira (17), cerca de 90 presos foram transferidos do Centro de Detenção Provisória da Ribeira, na Zona Leste de Natal. O destino dos detentos não foi revelado por uma questão de segurança. Ao longo do dia, presidiários de outras unidades também serão removidos.
Presos durante rebelião em Alcaçuz na última
quarta (Foto: Divulgação/Sejuc)

MP investiga falta de vagas
O Ministério Público do Rio Grande do Norteinstaurou inquérito civil para investigar a falta de vagas nos presídios do estado. O inquérito vai apurar medidas usadas pelos órgãos públicos responsáveis pela gestão do sistema penitenciário estadual. Segundo o MP, não há unidades prisionais suficientes no estado.

De acordo com o MP, a população carcerária no RN é de, aproximadamente, 7.650 pessoas, e o Estado disponibiliza cerca de 4 mil vagas. Devido à recente série de rebeliões nos presídios, o órgão investigará as condições estruturais das unidades prisionais e a gestão do sistema penitenciário.

A "grave ineficiência funcional dos agentes públicos responsáveis pela gestão deste sistema" é citada na publicação do Diário Oficial local como um dos principais motivos para a superpopulação carcerária.
Terceiro incêndio ocorreu no terminal do Golandim
(Foto: Divulgação/Polícia Militar do RN)

Ataques a ônibus
A Secretaria de Segurança Pública investiga se a onda de rebeliões tem relação com a série de ataques a ônibus iniciada na tarde desta segunda na Grande Natal. Até o momento, a Polícia Militar do Rio Grande do Norteregistrou quatro ocorrências nos mesmos moldes.

De acordo com a PM, criminosos ordenaram que funcionários e passageiros deixassem os veículos e atearam fogo nos ônibus.

A cena se repetiu no bairro Petrópolis, na Zona Leste; no conjunto Vale Dourado, na Zona Norte; no bairro Golandim, em São Gonçalo do Amarante, na região metropolitana; e em Parnamirim, também na Grande Natal.

Os ataques levaram as empresas de ônibus a recolher a frota de veículos mais cedo. Conforme a Secretaria de Mobilidade Urbana de Natal, os táxis da cidade foram autorizados a realizar lotações durante a noite e madrugada para atender a população. O Sindicato dos Rodoviários do RN informou que os ônibus voltaram a circular às 5h desta terça.

Carro da PM
Um carro da Polícia Militar do Rio Grande do Norte foi incendiado na noite desta segunda-feira (16) na zona Oeste de Natal. O veículo estava dentro de uma oficina na avenida Amintas Barros, no bairro do Bom Pastor. A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Sesed).

"O carro estava parado dentro da oficina porque passa por conserto. Alguém descobriu isso, entrou no local e ateou fogo nela", informou a assessoria da Sesed. Não se sabe qual o tamanho da destruição do veículo e quem ateou fogo nele.
Ônibus foi incendiado na Avenida Hermes da Fonseca, em Petrópolis (Foto: Kléber Teixeira/Inter TV Cabugi)

“50 Tons de Cinza”é a atração da semana na Sessão Cidadão - Cinema a R$ 1

JUIZ DE FORA - 16/3/2015 - 18:26
Notícias de: FUNALFA

Cinema a R$ 1 – “50 Tons de Cinza”é a atração da semana na Sessão Cidadão

O filme “50 Tons de Cinza” é a atração do projeto Sessão Cidadão nestas terça e quinta feiras, 17 e 19. A exibição do longa-metragem acontece às 19 horas, no CineArte Palace (Rua Halfeld, esquina com a Batista de Oliveira – Centro). O ingresso tem preço simbólico de R$ 1, e a classificação etária é 16 anos.

“50 Tons de Cinza” liderou, logo em sua estreia, as bilheterias dos Estados Unidos e do Canadá. No Brasil, não foi diferente. De acordo com o estúdio Universal Pictures, ao ser lançado, em fevereiro deste ano, o longa levou aos cinemas 500 mil pessoas.

Adaptação do best-seller de E. L. James, a produção é estrelada por Jamie Dornan, no papel de Christian Grey, e Dakota Johnson, como Anastasia Steele.

Promovido pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), em parceria com a direção do CineArte Palace, o projeto Sessão Cidadão é parte do esforço de revitalização do cinema e constitui uma importante alternativa de lazer cultural, com preço acessível.

“CINQUENTA TONS DE CINZA” (EUA/2015)
Gênero: Drama Duração: 125 minutos Classificação: 16 anos Direção: Sam Taylor-Johnson Elenco: Jamie Dornan, Dakota Johnson, Jennifer Ehle Sinopse: Anastasia Steele é uma estudante de literatura de 21 anos, recatada e virgem. Um dia, ela deve entrevistar para o jornal da faculdade o poderoso magnata Christian Grey. Nasce uma complexa relação entre ambos: com a descoberta amorosa e sexual, Anastasia conhece os prazeres do sadomasoquismo, tornando-se o objeto de submissão do sádico Grey.

*Mais informações com a Assessoria de Comunicação da Funalfa pelo telefone 3690-7044.
Portal PJF

Roubo a padaria/ Carro furtado no centro de JF

Avenida Rio Branco - Centro Juiz de Fora 
Nesta segunda-feira(16), por volta 14:10 h, policiais militares registraram o roubo a padaria.
A vítima, 54, trabalhava quando foi surpreendida por um indivíduo que portava uma arma de fogo e roubou a quantia de R$ 30,00.
O indivíduo, branco, alto, olhos claros, cavanhaque, trajava bermuda da cor azul, camisa da cor vermelha com o numeral 10 e boné de cor azul, marca Adidas.

Rua Espírito Santo - Centro - Juiz de Fora 
Por volta de 23:35 h, foi registrado o furto do VW, Voyage, cor bege, GWJ 1027, ano 1990.
A vítima havia estacionado o carro por volta de 12:15 h, e ao retornar não mais o encontrou.

PM recuperou uma moto e um automóvel que constavam como furtados

Rua Onofre Francisco Eva - Jardim Natal - Juiz de Fora 
Nesta segunda-feira(16), por volta de 23:20 h, policiais militares registraram a localização de um veículo que havia sido furtado.
O Fiat, Palio, cinza, 2007, HEB 5145, de São João Nepomuceno/MG, foi removido pelo auto socorro e posteriormente será restituído ao proprietário.

Rua Joaquim Pinto Apolinário - Bela Aurora - Juiz de Fora 
Nesta terça-feira(17), por volta de 00:15 h, policiais militares registraram a localização da motocicleta, Honda, CG 125, Titan, vermelha, HEP 3745, 2006, JF/MG.
O veículo constava como furtado e foi removido pelo auto socorro para o pátio credenciado.

segunda-feira, 16 de março de 2015

Ministério Público denuncia tesoureiro do PT e mais 26 investigados na Lava Jato

16/03/2015 17h30
Brasília
André Richter – Repórter da Agência Brasil 
Edição: Nádia Franco

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou hoje (16) à Justiça Federal em Curitiba 27 investigados na Operação Lava Jato. Entre eles estão o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque e o ex-gerente da estatal Pedro Barusco, além de outros investigados na décima fase da operação, deflagrada hoje (16).

Entre os denunciados também estão o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e executivos de empreiteiras, já investigados em outras fases da Operação Lava Jato. Todos são acusados dos crimes de lavagem de dinheiro e corrupção. As acusações serão julgadas pelo juiz federal Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal em Curitiba.

Na denúncia, os procuradores apontam novos desvios de recursos em contratos com a Petrobras. Desta vez, as obras investigadas foram a Refinaria Getúlio Vargas, em Araucária, no Paraná, e a Refinaria de Paulínia, em São Paulo.

Segundo os procuradores, João Vaccari Neto participou de reuniões com Renato Duque, ex-diretor de Serviços da Petrobras, nas quais eram acertados os valores que seriam transferidos ao PT por meio de doações legais. Segundo o MPF, foram feitas 24 doações no valor de R$ 4,26 milhões.

Desde o surgimento das denúncias envolvendo Vaccari, o PT afirma que só recebe doações de campanha com valores oriundos de origem legal.

Agência Brasil

Expansão da maior mina de ouro do país assusta moradores de Paracatu

16/03/2015 05h54
Paracatu (MG)
Paula Laboissière - Enviada Especial Edição: Lílian Beraldo
A proximidade entre as atividades de mineração e os bairros da cidade e a possibilidade de intoxicação por metais pesados liberados durante a extração do ouro deixam a população de Paracatu preocupada José Cruz / Agência Brasil

Localizada na região noroeste de Minas Gerais e conhecida como Cidade do Ouro, Paracatu conta atualmente com a maior mina de ouro do país e a maior do mundo a céu aberto. A mineração no chamado Morro do Ouro, liderada pela empresa canadense Kinross Gold Corporation, representa a principal atividade industrial para a geração de emprego e renda na região, mas assusta moradores do pequeno município.

A proximidade entre as atividades de mineração e os bairros da cidade e a possibilidade de intoxicação por metais pesados liberados durante a extração do ouro deixam a população preocupada.

Em 2006, a mineradora iniciou um projeto de expansão para elevar a capacidade de produção da mina de Paracatu de 5 para 15 toneladas anuais de ouro até setembro de 2008. O projeto também ampliava em mais de 30 anos o tempo de vida útil da mina. As atividades exigiram ainda a criação de uma nova barragem para o despejo de rejeitos – material que sobra do processo de separação do ouro.

Um dos bairros diretamente atingidos pela expansão da mineradora é o Alto da Colina. No local, ainda é possível ver postes de iluminação e árvores frutíferas onde antes havia ruas e casas. Os terrenos foram comprados pela Kinross e cercados. Nos locais, uma placa indica: “propriedade privada”.

Cleonice Magalhães, 33 anos, chegou a ser sondada para vender o terreno, mas permanece no bairro. “Mudou muita coisa por aqui. A gente tinha muita vizinhança. O bairro era tranquilo, sem barulho”, contou a dona de casa, que mora no local com o marido e dois filhos.

“Já ouvi histórias sobre ficar doente por causa da mineração. A poeira no bairro é escura, cinzenta e tem cheiro ruim. Além disso, todos os dias, na parte da tarde, temos a detonação agendada [explosões controladas feitas pela mineradora para a quebra da rocha], que balança tudo. Já chegou a derrubar vasilhas.”

No bairro Amoreiras 2, também vizinho à mina, os moradores demonstram preocupação com o avanço da mineração. A aposentada Ermelinda da Silva Pereira, 66 anos, se mudou para o local há sete anos, quando vendeu a casa onde morava em outra região de Paracatu para a Kinross. “Saí, mas continuo vizinha da mineradora. É muita poeira e muito barulho. A casa vive cheia de rachaduras por causa das detonações. E o ruim disso tudo é que o ouro não fica aqui. É exportado”, reclamou.

Mesmo no centro histórico da cidade, mais distante da mina, é possível sentir os tremores provocados pela mineradora.

O geólogo e diretor da Fundação Acangaú, Márcio José dos Santos, mora em Paracatu há 26 anos e critica fortemente o fato de as atividades da empresa serem executadas tão perto do município.

“O projeto de lavra, no início, era curto, de 15 anos, mas a empresa veio com um plano de expansão”, contou. Ele lembrou que a região vive longos períodos de estiagem e que a poeira carregada de metais pesados é perigosa para a saúde humana, sobretudo para os que vivem em bairros periféricos e mais próximos à mina. “Quando um processo de contaminação se inicia, é muito difícil reverter. A tendência é a acumulação”, alertou.

A secretária de Saúde da cidade, Nádia Maria Roquete Franco, destacou que, em 2013, a prefeitura divulgou um estudo garantindo que a população da cidade estava livre de qualquer tipo de intoxicação – inclusive por arsênio, liberado pela mineração de ouro a céu aberto. Foram colhidas amostras de urina, sangue e cabelo dos habitantes. Também foi feita uma análise da água consumida pela população. Ela admite, entretanto, que vê com preocupação a aproximação da mineradora com a cidade e defende um monitoramento constante das atividades e da saúde dos moradores.

“É prudente para o município fazer esse tipo de estudo a cada quatro ou cinco anos”, disse. “Mas a população não precisa estar alarmada em relação ao arsênio. Mitos e boatos são muito difíceis de serem desmistificados, mas a pesquisa está à disposição para quem quiser ver”.

A Kinross Gold Corporation, por sua vez, informou que também fez um estudo que comprova que não há perigo de intoxicação para a população paracatuense. Além de amostras de urina, sangue, cabelo e água, a empresa também diz ter analisado a qualidade da poeira nas regiões próximas à mina. Em todos os casos, as concentrações de arsênio foram consideradas abaixo do nível permitido pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Agência Brasil

Tupi vence Villa Nova e sobe para 7º no Mineiro

16 de março de 2015 - 10:59

POR TRIBUNA

Com os três gols marcados, atacante Daniel Morais foi muito assediado no final da partida (Foto: Divulgação Tupi)

Após o empate sem gols com o Boa Esporte na última quarta-feira (11), o Tupi voltou a balançar as redes do Estádio Municipal neste domingo (15). Mesmo com um a menos durante aproximadamente 80 minutos de partida, após a expulsão de Bruno Arrabal, ainda aos nove do primeiro tempo, o time de Santa Terezinha conseguiu demonstrar superioridade diante do Villa Nova e vencer por 3×0.

Todos os gols da partida foram marcados pelo inspirado Daniel Moraes.

Com o resultado, o time chegou aos 10 pontos, subindo uma posição na tabela, ocupando agora a sétima colocação. A próxima partida do time de Juiz de Fora será no próximo sábado (21) contra o Mamoré, às 16h, no Estádio Bernardo de Queiroz, em Patos de Minas.

O Cruzeiro segue líder do Campeonato Mineiro, com 17 pontos. Atlético-MG, Tombense e América fecham o G-4, ambos com 16 pontos.
Jornal Tribuna de Minas

Suspeito de esfaquear motorista de ônibus é preso em igreja de MG

15/03/2015 13h55 - Atualizado em 16/03/2015 10h39

Do G1 Zona da Mata
Preso suspeito de esfaquear motorista em Juiz de Fora (Foto: Reprodução/ TV Integração)

O homem de 40 anos suspeito de esfaquear um motorista de ônibus e assumir a direção do veículo foi preso após ser localizado em uma igreja no Centro de Juiz de Fora, na manhã deste domingo (15). Havia um mandado de prisão contra ele pela agressão.

De acordo com o capitão Herivelton Soares, da 30ª Companhia da Polícia Militar, o suspeito foi localizado após denúncias anônimas recebidas pelo 190. Segundo informações de populares, ele estava em uma igreja no final da Rua José Calil Ahouagi, no Centro.

"A equipe chegou ao local e pediu que ele saísse da igreja. Na denúncia foi passado que ele estaria com uma arma branca, mas não foi encontrado nada com ele. Como havia um mandado em aberto, foi feita a prisão dele. Ele respeitou as ordens e não reagiu", explicou.

Soares destacou que o policiamento foi reforçado na área. "A gente sabia que ele era frequentador do Centro Pop, por isso a gente havia reforçado os trabalhos naquela região desde o dia em que ele saiu do Hospital de Pronto Socorro (HPS)", explicou. Segundo o capitão, o suspeito disse que estava morando em um hotel no Centro e não mencionou o caso de agressão.

O Boletim de Ocorrência (BO) da prisão do suspeito neste domingo foi feito pela PM e encaminhado à Delegacia de Plantão. Segundo informações da assessoria da Polícia Civil, a delegada de plantão Mariana Veiga cumpriu o mandado e o suspeito foi encaminhado ao Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp).

Motorista mostra ferimento após ser esfaqueado
(Foto: Reprodução/ TV Integração)

O caso
No dia 8 de março, o homem de 40 anos invadiu um ônibus e esfaqueou o motorista. Após o motorista sair do veículo para pedir socorro, o suspeito assumiu a direção por cerca de 15 minutos, até ser parado pela PM. Ele recebeu voz de prisão em flagrante e foi levado para o HPS, onde permaneceu acompanhado de militares. Ele foi atendido e liberado e não foi preso pela Polícia Civil. A vítima, Paulo César Ferreira, recebeu alta do hospital no dia 10 e está em casa em recuperação.

A assessoria da Polícia Civil também reforçou que será instaurado um procedimento administrativo para apurar o desfecho da ocorrência no dia dia 8. No dia 10, a delegada regional Sheila Oliveira informou que o delegado de plantão entendeu que não era caso de prisão em flagrante porque a vítima sofreu lesões leves, mas que deveria ter feito um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO). O caso foi repassado para a 4ª Delegacia, a cargo da delegada Bianca Mondaini, que ouviu testemunhas e realizou diligências durante a apuração da agressão.

Dois milhões saem às ruas de verde e amarelo contra a roubalheira. Em paz, manifestantes protestam contra o PT, pedem a punição dos culpados e o impeachment de Dilma.

16/03/2015 às 6:25
Quem mesmo estava nas ruas? Eram as pessoas direitas, o que parece insuportável aos “companheiros”

Dois milhões de pessoas foram às ruas nos 26 Estados do Brasil e no Distrito Federal — um milhão só em São Paulo. O número decorre da soma de estimativas feitas pelas PMs locais. O Datafolha, que vive sendo malhado pelos blogs sujos, agora mereceu testemunho de fé da companheirada porque assegura que 210 mil passaram pela Avenida Paulista. Considerada só a área dessa via, talvez. Fui ao topo de um prédio muito alto. Todas as perpendiculares estavam tomadas por uma massa compacta. A Rua da Consolação também. A PM diz ter levado em conta essas áreas adjacentes, considerando cinco pessoas por metro quadrado, mesmo critério empregado para chegar aos 12 mil petistas que se concentraram na região no dia 13.

Quantos estiveram nas ruas na cidade de São Paulo, afinal, neste domingo? Participei ativamente dos comícios das Diretas e estive presente a algumas manifestações pelo impeachment de Collor. É experiência pessoal e memória, sei disto, mas nunca vi nada igual a este 15 de março. Se, no lendário comício das Diretas do dia 17 de abril de 1984, no Anhangabaú, havia 400 mil pessoas, parece-me difícil supor que, neste domingo, o contingente se resumisse à metade daquele.

Mas digamos, para efeito de pensamento, que o instituto esteja certo. Ainda assim, quase um milhão de pessoas teriam marchado em protesto contra o governo Dilma. Seja um número ou outro, já é a maior manifestação política da história. Até porque os comícios das Diretas ocorriam em uma determinada capital e pronto. Desta feita, houve protesto em todas elas e em 185 outras cidades.
A massa verde-amarela na Paulista. Um protesto sem vermelho (Foto: Hélvio Romero/Estadão)

Uma imensidão verde e amarela
Este 15 de março marca ainda outro fato inédito. Nas campanhas das Diretas e em favor do impeachment de Collor, as esquerdas davam o tom do discurso — aliás, assim tem sido desde a redemocratização do Brasil. Nas ruas, os petistas passavam a impressão de ser a força hegemônica. O vermelho disputava o espaço com o verde e amarelo. Neste domingo, não! O PT não estava presente. Ainda que Dilma tenha mobilizado boa parte das palavras de ordem, a maioria delas, no tempo em que acompanhei a manifestação — e foi bastante — tinha o PT como alvo principal. Horas depois, ficaria claro, uma vez mais, por quê.
Enquanto governistas falavam em ódio, violência e golpe, manifestantes levavam seus filhos para a rua (Foto: Beto Ribeiro)

Ódio? Qual? Violência? Onde?
Desde que começou a ficar claro que o país poderia assistir à maior manifestação de sua história, o PT, ministros de Estado e a própria presidente evocaram a palavra “golpe”, como se o vocabulário terrorista fosse afastar as pessoas das ruas. Não funcionou. Perdidos, mudaram, então, a estratégia e passaram a fazer estranhas advertências sobre o risco de violência e a política do ódio.

Nem uma coisa nem outra. Hostilidade ao petismo? Ah, havia, sim. Ou os petistas trataram com afeto, em suas pequenas manifestações do dia 13, os que hoje se opõem ao governo Dilma? Violência? Exceção feita a algumas escaramuças aqui e ali — especialmente no Distrito Federal e depois de encerrado o protesto —, nunca se viu povo tão ordeiro. Em São Paulo, a Polícia Militar, em trabalho exemplar, prendeu um grupo de autointitulados “Carecas do Subúrbio”. Carregavam bombas caseiras e soco- inglês. Um deles conseguiu escapar e se escondeu no meio da multidão. Acompanhei o momento em que foi identificado. As pessoas se agacharam, colocaram-no em evidência e chamaram a Polícia. Funcionou.
Uma cartolina com uma verdade clara e simples: país mudo não muda

Sem black blocs
As manifestações deste domingo provaram uma tese antiga deste blog. Os “black blocs” nunca foram um fenômeno urbano, uma estética, uma ética — ou seja lá que outro lixo subintelectual se tenha tentado inventar. Eram e são bandidos tolerados e protegidos por movimentos de ultraesquerda. Onde estavam no dia de ontem? Sabiam que não seriam nem abrigados nem protegidos. Sabiam que seriam expulsos da rua pela massa de, estes sim, trabalhadores!

Como esquecer que Gilberto Carvalho, em entrevista histórica concedida à Folha, confessou ter se reunido várias vezes com lideranças da canalha mascarada?

Eram poucas as faixas porque praticamente não havia movimento organizado. Também não se permitiu que o protesto fosse aparelhado por partidos políticos — e, com isso, não estou rejeitando a política, não! Ao contrário! Vi nas ruas um momento de tomada de consciência de pessoas que já não aguentam mais a conversa mole e vigarista, segundo a qual, na prática, uma suposta justiça social serve de compensação à roubalheira descarada.

O Brasil está mudando. Os reacionários do PT e suas franjas fascistoides na subimprensa optam, agora, por atacar a população de trabalhadores que vai às ruas. Perderam o eixo e a noção de tudo. Com satisfação, vi uma frase de um texto deste blog estendida na Paulista: “Não somos de direita. Somos brasileiros direitos”.

Atenção! A democracia nos reserva, sim, o direito de ser de direita. Mas, neste domingo, as pessoas direitas é que estavam nas ruas, de direita ou não.
Texto publicado originalmente às 3h12

Por Reinaldo Azevedo