06/03/2015 19h45 - Atualizado em 06/03/2015 19h45
G1 Zona da Mata
Fiscais comprovaram situação precária do Centro Cirúrgico (Foto: Reprodução/TV Integração)
O centro cirúrgico do Hospital de Pronto Socorro (HPS) de Juiz de Fora foi interditado pelo Ministério Público (MP) e pela Vigilância Sanitária na manhã desta sexta-feira (6). Os próprios funcionários do hospital enviaram um dossiê ao MP, denunciando a precariedade da unidade.
Segundo reportagem do MGTV 2ª edição, o documento traz relatos e fotos mostrando os problemas enfrentados, que vão desde estrutura precária e falta de medicamentos básicos até condições mínimas de atendimento aos pacientes. Os fiscais foram até o HPS e comprovaram as denúncias feitas pelos profissionais. À tarde, a Prefeitura de Juiz de Fora, através da Secretaria de Sáude, garantiu que todos os problemas verificados seriam resolvidos em, no máximo, 24 horas. Já no início da noite desta sexta-feira (6), a Prefeitura informou que o centro cirúrgico havia sido liberado. O G1 e a produção do MGTV entraram em contato com o MP para confirmar a informação, mas, até a publicação desta matéria, não havia obtido retorno.
De acordo com o promotor Rodrigo Ferreira Barros, do Ministério Público, a unidade apresentava problemas estruturais e de esterilização no centro cirúrgico, além da falta de medicamentos. "Avaliamos a representação dos funcionários e os itens principais foram comprovados, o que, infelizmente, levou os órgãos sanitários a aplicar a interdição cautelar, como forma de resguardar a segurança da população”, afirmou.
Com a interdição, nenhuma cirurgia poderia ser realizada no HPS, até que a situação fosse resolvida. Logo após a ação do MP e da Vigilância Sanitária, a Secretaria de Saúde afirmou que todos os problemas, incluindo as paredes mofadas, camas quebradas e pias enferrujadas seriam resolvidos em um prazo máximo de 24 horas. A secretária adjunta de Saúde de Juiz de Fora, Maria Aparecida Baeta Guimarães, disse que já conhecia as irregularidades flagradas pelos fiscais. “Podemos considerar o problema pontual, que já tinha sido detectado e estava sendo resolvido. Um hospital sempre vai ter um tipo de problema e nós vamos sempre estar correndo para fazer manutenção a tempo”, disse.