Nomeações vão abrir espaço para suplentes na Assembleia e na Câmara dos Deputados
Cel. Bianchini (centro)
Os principais cargos do governo Fernando Pimentel (PT) já estão definidos. Os deputados estaduais reeleitos André Quintão (PT), Paulo Guedes (PT), Tadeu Leite (PMDB) e Sávio Souza Cruz (PMDB) serão secretários de estado no governo Fernando Pimentel (PT). Eles vão comandar, nesta ordem, as pastas de Desenvolvimento Social, de Desenvolvimento e Integração do Norte e Nordeste de Minas Gerais, de Turismo e Esportes e de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável. A participação de Paulo Guedes no primeiro escalão do governo põe fim à disputa com o deputado estadual Adalclever Lopes (PMDB) pela presidência da Assembleia Legislativa. Além disso, Guedes pretende ser candidato a prefeito de Montes Claros em 2016.
As quatro futuras nomeações de deputados estaduais reeleitos abrirão vagas no Legislativo para os primeiros suplentes da coligação PT-PMDB-Pros-PRB: Geisa Teixeira (PT), mulher de Mauro Teixeira, ex-prefeito de Varginha morto em 2010; o atual deputado estadual Tony Carlos (PMDB); o advogado e novato João Alberto (PMDB); e Cristina Corrêa (PT), irmã do deputado federal Miguel Corrêa Júnior (PT).
No núcleo político, estarão na Casa Civil o advogado Marco Antônio Rezende Teixeira, que foi procurador-geral de Belo Horizonte e coordenador da equipe de transição; na Fazenda o economista José Afonso Bicalho, secretário de Finanças de Belo Horizonte entre 2005 e 2012; no Planejamento Helvécio Magalhães, que foi secretário municipal da Saúde e secretário de Atenção Primária no Ministério da Saúde; além do engenheiro civil Murilo Valadares, que ocupou vários cargos entre 1995 e 2012 na Prefeitura de Belo Horizonte, entre eles ,o comando da Sudecap, e assumirá a pasta de Obras e Transporte Público.
O deputado federal reeleito e presidente estadual do PT Odair Cunha vai para a Secretaria de Estado de Governo, o que abrirá, na primeira suplência da coligação PT, PMDB, PCdoB, Pros, PRB vaga para o aliado Ademir Camilo (Pros). No âmbito federal, a indicação do deputado federal eleito Patrus Ananias (PT) para o ministério do Desenvolvimento Agrário também levará o segundo suplente da coligação, Silas Brasileiro (PMDB), de volta à Câmara dos Deputados. Bernardo Santana (PR), cujo mandato termina em 31 de janeiro, não concorreu à reeleição, portanto, a sua indicação já anunciada por Pimentel para a Secretaria de Defesa Social não afetará a composição da bancada mineira.
Ao contemplar André Quintão, muito ligado a Patrus Ananias, e o próprio indicado para a Esplanada dos Ministérios, Fernando Pimentel consegue pacificar com a composição de seu governo antigas disputas internas no PT. São também nomes já definidos: Macaé Evaristo para a Educação e o deputado federal Nilmário Miranda (PT), que está na quarta suplência da coligação para a Câmara dos Deputados, comandará a pasta de Direitos Humanos e Participação Popular. Já Ângelo Oswaldo vai para a Cultura, e Ronald de Freitas, para a Comunicação. O comandante-geral da Polícia Militar será o coronel Marco Bianchini.
Para o comando da Cemig, uma das joias da coroa, está certo o nome de Mauro Borges, atualmente à frente do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Ele é doutor em economia e tem brilhante carreira acadêmica como professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
Para a Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (Cohab), será nomeado Claudius Vinicius Leite Pereira, que comandou a Companhia Urbanizadora e de Habitação de Belo Horizonte durante o governo municipal Fernando Pimentel.
INDEFINIÇÕES
A nova equipe, porém, não está toda fechada. Ainda há indefinições. Para a Copasa, está cotado o economista Paulo Moura, colaborador próximo de Fernando Pimentel e seu secretário municipal de governo.
O empresário Marco Antônio Castelo Branco está sendo considerado para comandar tanto a Secretaria de Desenvolvimento Econômico como a Companhia de Desenvolvimento Econômico de Minas Gerais (Codemig), órgão com maior capacidade financeira do estado.
Está ainda em aberto a pasta da Saúde e a de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, que será entregue a um partido aliado.
Caberá ao vice-governador Antônio Andrade (PMDB) a indicação para a Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Ele estuda trazer um de seus colaboradores de Brasília, quando comandou o Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento. O deputado federal Miguel Corrêa, que a princípio assumiria a secretaria de Desenvolvimento Regional, Política Urbana e Gestão Metropolitana, deve permanecer em Brasília, atendendo ao pedido da presidente Dilma Rousseff (PT) de manter parlamentares experientes no Congresso.
EM